
A coincidência do super-juiz ...
Por obra e graça de uma entrevista ao juiz Carlos Alexandre, descobri que a vida e a Justiça se resumem a 2 títulos de livros de Gabriel Garcia Marquez.
Perguntei: Sente-se "Um General em seu Labirinto"? E ele disse sentir-se mais na pele de "O Náufrago". A entrevista versava sobre um computador que sorteara um processo contra um ex-primeiro-ministro preso pelo super-juiz.
E coincidências? A única falta ao trabalho de Carlos Alexandre, em décadas, aconteceu no preciso dia do tal sorteio. "Se tinha de ser naquele dia, foi naquele dia!" - respondeu. O ´Processo-Marquês` foi entregue a outro juiz, alegadamente adversário de Carlos Alexandre.
Voltemos a Gabriel Garcia Marquez porque ele tem um outro livro que nos pode calhar-na-rifa: "História de uma Morte Anunciada". Será aziago? Claro, porque numa versão portuguesa, não será Nassar a morrer. A vítima será a Liberdade devolvida aos Portugueses há cinquenta anos. José Ramos e Ramos

Jornais em saldo
Cristiano Ronaldo comprou o jornal mais lido de Portugal, ao preço de um automóvel. Aconteceu meses depois de atirar o microfone de um jornalista desse jornal-TV a um lago.
E assim três linhas dizem tudo sobre a saúde da Imprensa portuguesa. E qual é a posição dos jornalistas? Oh! Também ajudam à festa, por exemplo, interrompem uma
entrevista numa TV, para dar em "directo" a chegada de um de futebol ao aeroporto de Lisboa.
E os repórteres? Fazem jornalismo-de-precaução, disse e bem Baptista Bastos. os polícias? Esses põe no Panteão um jogador futebol, ao lado do escritor Eça de Queirós.
E os directores das TVs? Empenham-se em impingir políticos como se fossem comentadores. E dormem colados aos telefones vermelhos ligados aos Tribunais e ao Ministério Público. Dizem tratar-se de "investigação jornalística!"
E os autarcas ajudam? Claro! Pulverizam as cidades, impedindo a distribuição dos jornais. E então? O que fazer? Pois! Venha um cervejola e Viva o Ronaldo: estamos a regressar (mais velhos) ao ano de 1973!


O pópó enfiado
em casa
Já foi chiquérrimo ter uma casa com um popó, enfiado... em casa.
O Bentley do senhor e o Mercedes Sedan da senhora tinham quarto com porta própria. E ao lado dançava-se foxtrot e os miúdos dançariam depois yé-yé para mostrar as máquinas às amigas.
Nas soirėe lia-se António Couto Viana. O'Neil e Natália Correia nem pensar! E o elétrico já passava à porta. Era cómodo mas era para o povo, que não tinha pópó.
O consumo e, mais tarde, a Liberdade deram ao povo dinheiro e o povo também comprou
popós. E os senhores? Abalaram nos seus popós para sítios cada vez longe do povo-com-popós. E povo? Foi
morar para longe, porque assim podia ter casa e popó. E agora? Agora há popós por todo o lado e casas... abandonadas em quase todas as ruas vistosas das cidades. E o foxtrot? Tornou-se nome de bar de Lisboa, onde já se dançou tango.
Mas os senhores já não dançam. Já não estão... deixaram para sempre os seus popós e a belíssima casa em ruínas.António Couto Viana também se sumiu. Ficaram O'Neil e Natália Correia. josé ramos e ramos


Quando um gato afia as unhas num livro
O meu gato adora livros, como Natália Correia gostava de gatos, soube eu através de um amigo. O Umberto Eco também tinha um gato.
O autor do 'Pêndulo de Foucault' forrou as paredes de casa com estantes, onde o seu gato afiava as unhas. O meu já fez isso. E eu achei graça. Pensei, ele osta de livros!
Umberto Eco, o autor do 'Pêndulo de Foucault', forrou as paredes de casa com estantes, onde o seu gato afiava as unhas. O meu já fez isso. E eu achei graça. Pensei: ele gosta de livros!
O meu Max também adora a entrada do prédio, para meter ´conversa´ e receber carinhos. Há dias sentei-me ao lado dele, no degrau de entrada, e recebemos apenas três ´boas tardes` em doze passagens de vizinhos. E carinhos? Nem um.
Devem ter imaginado que o Max também gostava de livros; ou então embirarram por eu ser amigo de um gato ´vira-latas´.
O Max não ligou e eu, ao seu lado, sentado, continuei com a ler Eco, semelhante a Fernando Campos em 'A Casa do Pó'. Mas poucos poucos passaram cartão ao escritor português, que foi professor no Liceu Pedro Nunes. Se fossemos 'francius' ou 'camones', era diferente. Por cá a estrangeirada sempre teve palmas, desde pai de Afonso, importado da Borgonha, há 800 anos.

De quando em vez dá-me o medo de me tornar num homem de sentido único, vulgo de perder quatro dos cinco sentidos. Um pânico de tonto, suponho, mas o que mais me inquieta em perdendo um que seja é a ausência quase absoluta da visão.Que em vendo sinto o ritmo das coisas e dos bichos, o feliz paladar alheio, o toque da névoa e de em emoção não precisar de despejar palavras. Vejo à minha volta os sentidos perdidos.
Escrevo estas linhas em memória de um querido
Cegueira sobre o ensaio

amigo, mais cego que um morcego e que de cada vez que dava um encontrão em alguém sorria de lado, como se uma abelha lhe vivesse em alegria canto da boca. E dizia: 'sou mesmo parvo, que sempre que saio à rua de óculos esqueço-me de trazeros olhos'

José Alves Mendes
De as coisas do mundo não existirem antes do reflexo, sussurre ou não nele o rumor das armas. De pino feito, à beira do Arno, havia núvem escura e céu estrelado de meio da tarde ao saber da corrente, ao traço da água.
E pensei que talvez fosse uma boa ideia fixar o que não parava de se mexer. O que só a água espelhada contava, como um prato de trippe ou um copo de verduzzo a tresandar a arroz acabado de cozer sorvido longe da terra da mãe. São sempre as pequenas coisas que fazem as grandes saudades.
Do avesso das coisas. Florença, 1980.


Vizinhos são cães gentis
Canso-me a falar com os senhores cães, quando vou ao parque fazer um pouco de jogging.
Nestes meses, desde a minha mudança de casa, conheci no parque o Carvão (cão d'água português), o Hulk ( pastor alemão), o Teco (vira-latas), a Lulu (caniche), o Simão (um rafeiro divertido) e por aí fora. Todos passseados à trela por zelosos donos.
O dono do Carvão tem-me posto ao corrente das maleitas... do Carvão. No caso do Teco falam-me dos traumas de infância. Já a Lulu anda aborrecida com os vizinhos. O Hulk sente-se depremido. E o Simão passou a detestar as viagens de automóvel. Enfim .E vá lá! Qual é o nome dos donos? Não sei. Eu apresento-me ´Bom dia, eu sou o José eles respondem muito prazer, eu sou o dono do Farrusco.Já tenho até o número de telemóvel de todos, porque estão preocupados que os meus 2 gatos possam ter um súbito mal estar. Que bom! Estou encantado com tantos cães bem-falantes, gentis e... bons vizinhos. josé ramos e ramos
GARCIA MARQUEZ ILUSTRA A MÁ-SORTE PORTUGUESA

Graças a uma entrevista a juiz, fiquei a saber o seguinte: uma vida ou um sistema judicial resumem-se a 2 dos títulos de livros de Gabriel Garcia Marquez: "Um General em seu Labirinto" e "O Náufrago".
Ou seja vencemos no caos ou desistimos nas agruras, mesmo já com um mão numa qualquer praia.
A entrevista versava sobre um computador atrapalhado no sorteio de um processo sobre um ex primeiro-ministro preso com transmissão directa nas televisões.
Pelo meio veio a pergunta sobre se o tal juiz se identificava com

"O general no seu Labirinto", mas o juiz preferiu "O Naúfrago".
as vidas têm imprevistos e o também tropeçou faltando ao importante sorteio da sua vida. a única falta em décadas de a única falta em décadas de e concluiu assim : se tinha de faltar naquele dia, foi naquele dia!".
E lá aconteceu o que ja se previa. O processo foi distribuído a uma espécie de rival.
O juiz criara como sempre um mega-processo que já dura para além dos 7 (sete) anos de investigação arrastada.
E qual será o desfecho?
Um outro livro de Gabriel Garcia Marquez com um título muito premonitório: "História de uma Morte Anunciada".
Mas, creio que numa versão portuguesa, não será Nassar a morrer. Mas sim a Liberdade devolvida aos Portugueses há 50 anos.



LIVROS EM VEZ DE ÉCRANS
Os dias da Assembleia da República seriam diferentes, se José Lello continuasse a distribuir livros aos deputados.
Todos os anos, pelo Natal, José Lello oferecia uma cabazada de livros, com títulos em função da actividade de cada deputado. Para além da graça, praticava-se o foco, coisa importante para o sucesso das vidas.
Um livro obriga a mente a focar-se num único assunto e desabitua-se de confusões e dichotes. Com um livro à frente, reflectimos no que vamos dizer e nas consequências.
Claro, as convulsões políticas continuarão, por serem inerentes à vida. Os debates seriam assim gentis e produtivos, por serem estribados por livros.
José Lello era generoso, trabalhador e alegre. Faleceu a 14 de Outubro de 2016. Deixou de haver livros oferecidos. Agora só há ecrãs de computador nas bancadas do Parlamento, como num escritório.

Na morte de um alfarrabista amadoríssimo (daqueles de amado) e figura de esquina.
Que como ele sempre dizia: 'não tenho arcaboiço para vir a ser de bairro'.
Os livros guardam os guardadores de livros. Que em não accreditando nisso eu passava a vida vestido de luto.


'É como eu aponto as coisas'.
Cozinheiro compulsivo da família, em casa alheia trato de ajudar no que fôr preciso mesmo que a cozinha da vizinha esteja mais suja que a minha.
Há dias deitei ao lixo lixo que nem era meu: latas de conserva, gargalos de iogurte, voltarenes encarquihados, rolos de papel higiénico sem destino, sacos secos de chá, resquícios de ovos mal cozidos e lascas de sabonete. E diz-me horrorizada a dona da casa: 'atiras à rua a minha lista de compras?!'.
Diz que há gente assim e eu nem sabia: a que nos pede uma lista escrevinhada ou a fixa notelemóvel para melhor ir às compras e aquela outra que deixa pedaços de lixo ao lado do fogão, a meio caminho do caixote, para se lembrar daquilo que tem de voltar a comprar. Aprendi a lição. Hoje de manhã vi cascas de cebola no chão da rua e pensei: 'ora gaita, que alguém se esqueceu do bloco de apontamentos'.


Comecei pelos versos dela. Depois por ela ter feito do barroco uma antologia contemporânea sob a chancela da espiral do Escada na Moraes.
Depois tonitruante, voz de carne. Até na 'Mátria' televisiva que tinha da eloquência e em igual dose todos os trejeitos e uma boa maquia das qualidades. Faz hoje 100 anos que nasceu, a miúda de Fajã de Baixo e boquilha à ilharga. Fugidia afogueada das suas próprias certezas, nem deus ou diabo lhe hão-de voltar a pôr a vista em cima. Abençoada.

Raphael Bodalo Pinheiro (Lisboa, 21 março de 1846 — Lisboa, 23 janeiro de 1905)
Foi um artista português, de obra vasta dispersa por largas dezenas de livros e publicações, precursor do cartaz artístico em Portugal, desenhador, aguarelista, ilustrador, decorador, caricaturista político e social, jornalista, ceramista e professor.
O seu nome está intimamente ligado à caricatura portuguesa, à qual deu um grande impulso, imprimindo-lhe um estilo próprio que a levou a uma qualidade nunca antes atingida.
É o autor da representação popular do Zé Povinho, que se veio a tornar num símbolo do povo português. (wikipédiaI)
lustração de Raphael Bordallo Pinheiro
VIVA O REI... E AS SONDAGENS!

Voltou à mercearia de uma senhora romani e ela tem o Chega no coração. Tenho um amigo ´podre de rico`, com vasta herdade no Alentejo, e ele anda metido com o PC.
Os italianos eram mais lógicos, nos tempos do PCI e do PDC: escolhiam os partidos por tradição familiar. Por cá acontece, mas só no futebol.
A senhora romani da mercearia justifica o seu voto em Ventura, porque ´Portugal tem de ser só dos portugueses`. No caso do meu amigo ´podre de rico`, ele vota PC porque os governos de esquerda serenam a populaça e não fazem nada para chatear os ricos… como aconteceu com Costa.
Também tenho uma vizinha, com várias graduações e muitas viagens, a querer o regresso da monarquia sumptuosa com um rei bonzinho de bigode. E um João Franco ao leme para meter todos na ordem, como há cem anos. Viu-se o resultado, acrescento eu.
Enfim, com todas estas particularidades, deixem-me confessar: é extraordinário as sondagens raramente falharem nos resultados eleitorais em Portugal.


Hipersónico é o meu dormitar
O meu ressonar só é mensurável pela escala de Richter, ao que dizem as amadas que em infelicidade tentaram adormecer ao meu lado nos últimos 45 anos. Aventuras de casa-de-banho de hotel, varandim de pensão, corredor de hospedaria, armário de quarto, taque-tuque-taque de comboio nocturno, garagem da casa do pai, cave da casa da mãe.
Sempre empurrado para estar acordado por perto na condição de ir dormirnoutro lado e longe. Aproveito a oportunidade para pedir perdão das noites perdidas. as delas às minhas e as minhas às delas.
Que se já tentaram sonhar contra os pesadelos em acotovelado na banheira ou despertado a murro como a batata regressada do forno... Em homenagem à garina que embriagada de generosidade mex perguntava vai para trêsquartos de hora: 'e como é que alguém como tu ainda é solteiro?'. Pois, pois.


Lembro-me de aos 12 anos rabiscar em diário de chave e cadeado que a perfeição não é fazer tudo bem: é parar de fazer as mesmas asneira recebi 2025 no colo apensar que demorei meio século até garantir que tudo o que extraviei dormita no lugar certo. Agora só falta acordar o que adormeceu.
A ver se dá tempo, que no fim das contas o que nos une são as diferenças. Se não acreditasse nisso a esta hora já seria pó e cinza ou quase nada. A seco insisto em professar uma fé sem manda-chuvas. E ainda por cá estrebucho, entre cruz e xis e sob o gizdo céu, pau-mandado da regra de ouro que reza:'não há mal que sempre dure nem bem que sempre se ature'.
"NÃO PAGAMOS"
O dono de vários grandes super-mercados, em entrevista, acusouca classe política de viver na babugem dos impostos.
Mas não disse que ele vive à conta de margens de distribuição e do esmagamento dos produtores nacionais. Para tal dono, a solução está na isenção total de IVA em bens essenciais. E pronto.
Nem revelou que os impostos da sua empresa são pagos no Países Baixos, por ser mais barato.Também não aflorou o valor do seu ordenado superior em 280 vezes salário mínimo do seu empregado mais simples. Esqueceu-se ainda que, nos dias de hoje, 75 por
cento da nossa comida é distribuída por hipermercados, que assim asfixiaram o comércio local.
E também que os trabalhadores dos hipermercados estão a ser substituídos por máquinas de self-pagamento.
Devíamos era seguir Dario Fo na sua peça teatral e gritar bem alto:"Não Pagamos, Não Pagamos".
Só pagaremos impostos na Países Baixos e não compraremos comida em hipermercados. E seria possível? Com 75 por cento da nossa alimentação na mão dos hipermertcados... Não.
josé ramos e ramos



A pianista Maria João Pires e o barítono Matthias Goerne, dois extraordinários intérpretes da obra de Franz Schubert, interpretando Viagem de Inverno, um dos mais fascinantes ciclos de canções escritos pelo compositor austríaco.

Dedicado à figura romântica do viajante, que atravessa um inverno habitado pela dúvida e pelas memórias, esteeste ciclo é um exemplo sublime da elegância dos Lieder de Schubert. de esperar. O anunciado concerto de Maria de João Pires esgotou-se rapidamente.
Maria João Pires toca na Torre de Marfim
O anunciado concerto de Maria de João Pires esgotou-se rapidamente. Só não se compreende os elevadíssimos, de 28 a 70 euros.
A provável primeira resposta será: o concerto é para amantes e entendidos. E nós acrescentamos que a Fundação foi obra de um rico petroleiro, que poisou em Portugal por misteriosa causa.
A segunda resposta será talvez: estando o concerto esgotado, é porque não é caro. Pois! 28 euros para uma família?Ao menos transmitam o concerto pelo YouTube. E deixam de se queixar que a malta está sempre de olhos nas mensagens e jogos do telemóvel.
Ou querem continuar a viver numa Torre de Marfim? josé ramos e ramos


Foram-se dois amigos
Escrever uma linha numa página branca, foi sempre o diabo para mim. Por isso tinha dois peixes vermelhos, que todos os dias me esperavam na sala. Então eu começava com o nome de um deles e depois zás! já me sentia a nadar.
Quando mudei de casa, continuei a limpar o aquário. Cinco vezes por ano, repetia e na repetição lembrava-me de ainda miúdo a entrevistar - para o jornal escolar Cntacto,- José Cardoso Pires e dele dizer ´estamos sempre a escrever o mesmo livro`. E eu achava graça peixes, à escritae aos escritores.
Há dois anos, o peixe vermelho morreu, de forma inesperada, como se fosse texto apagado; e depois nos conformamos pensando estar numa pen ou drive. Senti aquela morte como um virar de página.
Ficou o peixe laranja e decidi há dias comprar um aquário lindo, com filtro especial e o peixe laranja morreu. Sem mais! E para mais em vésperas da compra um barco. Morreu na companhia de um amiguinho, comprado há meses para lhe fazer companhia.
O peixe laranja nunca se recompôs do desaparecimento do seu amigo peixe vermelho. Já nem vinha sequer comer ao cimo, como ambos fizeram durante largos anos, com grande alegria. Eram felizes e acreditavam em mim.
Lamento, tanto. Eram meus companheiros. Eu sntava-mse frente ao aquário e contava a minha vida e eles entendiam. Foram-se, 'já não estão', como disse Saramago. O aquário ficou vazio. E os textos doem mais.


Do avesso das coisas. Florença, 1980
Lembro os primeiros sonhos. De como o pesadelo de cabeça para baixo sonhava comigo, de como eu em testa erguida assustava o medo. De as coisas do mundo não existirem antes do reflexo, sussurre ou não nele o rumor das armas. De pino feito, à beira do Arno, havia núvem escura e céu estrelado de meio da tarde ao saber da corrente, ao traço da água.
E pensei que talvez fosse uma boa ideia fixar o que não parava de se mexer. O que só a água espelhada contava, como um prato de trippe ou um copo de verduzzo a tresandar a arroz acabado de cozer sorvido longe da terra da mãe. São sempre as pequenas coisas que fazem as grandes saudades.

Dos mortos do dia.
Não é que em data oficial de defunto eu espere que a chuva graúda dê a boiar as almas perdidas, como se chegadas tarde a um encontro prometido. Aos mortos confunde-me não saber se me tomavam por faltoso fosse a história contada do avesso, como é certinho que um destes dias será. A segunda à esquerda, acho eu. Ou a primeira à direita.
Lembro-me de haver uma rotunda mas não sei se era só para confundir. Ou se as voltas foram feitas para trocar o destino ou se assim devo chegar a outro lugar, diferente daquele do qual parti nesse começo apontado a nenhures. Que ir faz mais sentido que ter de voltar. 'És um parecido entre os desaparecidos', como uma miúda em tempos idos os teve no sítio para dizer da minha alegada condição.
Só gosto que chova, que me resvale na careca o aguaceiro, que bufem perdigotos de gelo enquanto conto os metros até chegar a casa. A de alguém, em me faltando uma que me chame pelo nome como se em teimosia o sítio só proclamasse os nevões.
De não esperar melhor paragem que o último bairro. E sabendo eu rir da matreirice pregada ao mais cabotino dos fados, não haver um pingo de sentido numa verdade desse tamanho. E que só no fim fique quieto, no lugar onde deveria ter ficado em pulgas.

A Milão do quarto de hora

Apercebi-me à minha quarentena de anos que, quando em viagem, em vez de ir voltava ao lugar. Que escolhia a nostalgia em vez do exotismo, os favores do regresso em vez da curiosidade. E tinha os meus achaques. Em Milão, por exemplo, vadiava em fidelidade pela igreja de Santa Maria delle Grazie. é onde está o fresco do Da Vinci, 'A Última Ceia'.
De passar por uma trindade de portas calafetadas, do marmanjo me dizer: 'respire, mas devagar'. De ciclicamente haver um novo restauro por conta do Leonardo se ter posto ao fresco e, julgava ele, se ter pirado a tempo.
E quando lá volto começo pela parede oposta, a 'Crocifissione' do Monfortano (1460-1502) a que ninguém liga
patavina. Lembra-me o marmanjo dos museus do Vaticano cujo trabalhinho era dizer 'ssshhh, ssshhh' dez vezes por minuto à malta que com perigo de torcicolo sem se calar se espantava com o tecto da Sistina.
E reclamava ele: "qual é a parte da palavra 'capela' que vocês não percebem?!". Aquilo a que a mais nova das minhas sobrinhas (Mendes Solnado de apelido, que lá por casa não brincamos em serviço) acenando a mão à frente da cara como um pára-brisas chama o 'momento daaahaaa'.



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Do fim do princípio do SNOB
Sem ofensa a Guimarães, o meu Portugal nasceu aqui. A luz afogueada sobre a relva, o esbracejar benfazejo da dona Maria, o esgar sabedor do sôr Albino. Dos hábitos iluminados nas prateleiras como vícios prometidos.
De, em mal cheio de tudo o que enche, o todo dar pelo nome de 'refill'. De nunca ter de armar ao fino para enfartar o bruto. Da música ambiente ser feita de notícias frescas, azedumes de afeição, azedas doces e gargalhares. De sermos da mesma matéria sob o lusco-fusco...
Está vendido. Há quem entre pares diga que o amanhã há-de ser parecido à noitada de ontem. Que a coisa parecida vai dar pelo mesmo nome. Não me entristece discordar. Só desejo que quem tanto nos agraciou descubra ou confirme os prazeres da vida depois do SNOB.
E que o lugar em mudando de mãos não mude em mais nada. Ou em mudando fique tal e qualmente. Que a ter de mendigar, pedincho a coisa inteira.
O Homem invísivel em versão moderna

Vi o "Homem Invisível", escrito de H. G. Wells, ainda pequeno, na TV a preto e branco, e ...descubro agora uma certa semelhança com os rótulos de produtos à venda nos supermercados portugueses. Desculpem mas sinto mesmo.
O "Homem Invisível" voltou aos ecrans em 2020, cheio de um apavorante terror, escrito e dirigido por Leigh Whannell, depois de ter estreado na Universal Studios em 1933. Quase 100 anos depois. Mas o seu ´modus operandi`espalhou-se pelos hipers-mercados portugueses. Sim, é mesmo isso!
O"Homem invisível" rivalizava com a série "O Fugitivo". E parece-me ter sido um espécie de aviso global. que assentou como uma luva no nosso País: "deixem-se de ideias, seus ceguetas!".

Rótulo em letra 8/8, e letra branca em fundo amarelo!
E a malta deixoiu de se meter na política. As gentes ficavam cheias de medo da PIDE".´Mas é a mesma arrogância dos dias de hoje. Um género de vira-o-disco e toca-o-mesmo dos cenários políticos, moendo-se e remoendo-se.
Felizmente já não há PIDE, mas, por curiosidade, afinal já existem 19 entidades que podem, por exemplo, escutar os nossos telefonemas, desde Fisco a uma Esquadra da PSP de bairro. Basta o simples pressuposto falso de sermos alegadamente traficantes de droga ou coisa assim e pronto: telefone son escuta.
Para que servem as escutas
O juiz não tem possibilidade de verificar detalhes e mais não pode afzer do que confiar np requerente e zás!… lá está o tal programa ´Pegasus´ ou primo do mesmo.
E para que servem afinal essas escutas? Perguntem a Jorge Silva Carvalho! Receio que servem mais para chatear do que ganhar na barra dos tribunais. Falemos assim para semos finos.
Em boa verdade, nem queremos saber para que servem as escutas telefónicas aos outros. Estamos mais interessados no dia de amanhã, quando levamos os miúdos à escola ou nos engarrafamos em filas intermináveis.
Tudo por causa de um arquitectos alegadamente mancunenados com quem nos atira para um apartamento nos subúrbios porque os ricos e os politicos querem apropriar-se do centro das cidades. E depois dá crédito para pópós e lá andamos todos os fim-de-semana na "volta dos tristes"... em Lisboa e no Porto.
HIPERS têm 75% da comida
Digam-me, é justo uma cadeia de supermercados (que domina fornecimento da comida aos portugueses em 75 por cento) colocar nas usas prateleiras um produto miraculoso... com rótulos impossíveis de ler?
Está claro a macaquear os consumidores. Ou insiste ´remake' (rasca) do "O Homem Inviável pondo à prova a nossa paciência? Nos últimos 50 anos, a evolução das nossas cidades ficou nas mãos de arrivistas!
Isto não tem nada a ver com as razões (escondidas) Ventura. Que se lixe o homem que ese apoia em especuladores imobiliários e vendedores de armas..
É um simples lamento nozes quando se esvaem as nozes que a Europa nos dá. Pelo menos metam letras grandes nos rótulos dos produtos de super-mercado? Já ficávamos mais confortados.

O tema continua em cima da mesa e eu confesso que gostei da entrevista de José Rodrigues dos Santos ao secretário geral do PCP, Paulo Raimundo.Mas Raimundo não gostou, porque lhe correu mal!
José Rodrigo dos Santos é um extraordinario jornalista e também escritor
Em TV muitos políticos gostam de perguntas apontadas às suas ladainhas. Mariana Mortágua crispou-se. O experiente José recuou. Deu-lhe espaço. E qual foi o resultado? Mortágua afogou-se em chavões, por falta de uma pergunta provocatória.
Em tempos idos, Álvaro Cunhal ansiava por perguntas 'afiadas' para crescer nas respostas. Depois regressava a sua bonomia gentil com os jornalistas, enxotando os desconfiados funcionários do PCP. O tempo é escasso em TV. O formato é diferente da rádio, jornais ou revista. Como, por exemplo. o formato do Teatro, não e o da Novela.—
A pergunta da Ucrânia era central para sabermos as linhas que cozem o actual PCP. Raimundo podia aproveitar para responder em todas as vertentes. Mas foi muito diferente de Cunhal, um homem culto. arguto, com excelente nota em Direito, artista notável e escritor de vários romances. Depois de Cunhal o PCP teve um "achim" e a seguir operários como se um partido fosse uma fábrica e uma fábrica pudesse ser dirigida por partidos.
O director de Informação da RTP António José Teixeira veio dizer um 'talvez'. O Sindicato dos Jornalistas fez um pouco melhor. Em rigor, a pergunta do José foi acertiva e a insistência ainda melhor. E levou inclusive a uma questão perturbadora:
Qual é a relação de Puti-um não comunista, com o PCP? Frequentaram o mesmo restaurante? Foram companheiros de carteira? Ou são clientes no mesmo banco? josé ramos e ramos

O dono do Correio da Manhã

E DEPOIS VEIO A PRIMAVERA

A aconchegante biblioteca do Conde Castro Guimarães, Cascais, onde o Fernando Pessoa tratou de arranjar ofício (desgraçadamente negado, ao que contava o Gaspar Simões). ao tempo em que o vício e outros hábitos já o não deixavam fazer do sonho um calendário e a primeira morte atropelou de rompante e em cirrose hepática a segunda vida. Muitas manhãs de inverno lá fui em vez dele, sentado à lareira ao fundo vai para 50 anos.
Fiz-me sócio mas o lugar era tão acolhedor que tomei por jura ser associado de um só livro. E assim li umas 4 vezes de seguida a História da Filosofia Ocidental, do Bertrand Russell, num único volume perigosamente do meu mesmíssimo e físico tamanho. E depois veio a primavera e os troncos de madeira cuidaram de migrar.

A seguir só lá. passava para descansar os costados nos cadeirões e as costelas que tenho ainda agradecem esses tempos. Fiz tudo menos tirar fotografias dos momentos: que ele há limites para o que é maior do que nós e bem dispensa a nossa fuça de aconchego, como se só a nossa fronha em pose soubesse corrigir a perfeição. Sorry lá, que é inglês p'ra 'desculpa lá'.


FALTA DE FOLHA
Bem podes atar as folhas aos ramos que o Outono chega na mesma. Nunca fui de levar a sério a inevitabilidade. Sou mais de matutar no que pode ser evitado. Que, como o farmacêutico, não gosto de chatices sem remédio. Ou como dizia um velho amigo ao fim de três balões de medronho, no seu estilo de sabedoria primordial: 'o que nos mata deixa de nos moer'. Pois...


PELA METADE
Não trago para dentro de casa coisa alguma encontrada na rua, fora a chuva. Hoje pela matina dei de caras com o Super-Homem a ser soqueado pelos pneus dos passantes.
Achei graça à ausência no super da parte do homem, como se em tendo os pés tão assentes na terra ele só voasse da cintura para cima. Algures num trilho de asfalto a metade em falta saltita ainda sob os chassis. Que quem dê por ela saiba agora quem guarda a outra parte.
Jornais a caminho do fim
em poucas palavras, os jornais portugueses estão a um passo de fechar portas. Mas estamos todos a assobiar.
O jornal mais popular vende 38 mil exemplares, o de refência 8 mil. Há muitos anos fiz um jornal de liceu com tiragem de 5 mil exemplares vendidos em 3 números consecutivos.
Vitor Direito desabafou em 1995: perdemos todos os dias um leitor. E porquê? Porque enchemos os jornais e as TVs com politicos-comentadores-sarrafados e empurramos jovens repórteres (a 800 euros) para surfar o Facebook. Falta um ano para o apocalipse.
josé ramos e ramos

creditos imagem do portal da sobrriedade Brazil

em poucas palavras, a vingança liderada por Netanyahu na Faixa de Gaza envergonha o Estado de Israel. Não respeita crianças, mulheres e idosos. E persegue e mata selectivamente jornalistas, médicos, enfermeiros e funcionários das Nações Unidas. Os governantes de Israel envergonham a memória dos 6 milhões de judeus exterminados durante a 2ª Grande Guerra.
Israel bombardeia, há 19 meses, uma faixa de terreno com uma extensão de Lisboa a Setubal (50km) e uma largura de 10 km. Hospitais, campos de refugiados e cemitérios foram arrasados. E o mundo ficou estarrecido de medo da Mossa*. A Mossa* tem ética, Netanyahu não. jrr



O KITTY
Grande em tanta coisa, pequeno em coisa alguma.
Fica assim de epitáfio aos outros ainda por defuntar, de tão farto ando que a morte me não deixe tempo para escrever sobre os vivos. (foto: Kitty, o gato. livraria Shakespeare and Company. paris)


'É pura poesia!', dizia em almoço de peito de pato um voluntarioso amigo que se tinha na conta da vida ao clamar-se fazedor de versos.
E como tratei de lhe explicar: 'não se mastiga, que este pato vem cheio
de nervos. Não é bem pato, é psicopato'. Ou como uma antiga namorada
decidiu imprimir-me de etiqueta: 'só os teus reversos rimam'. Tinha
muita piada essa garina.

Não é que em data oficial de defunto eu espere que a chuva graúda dê a boiar as almas perdidas, como se chegadas tarde a um encontro prometido. Aos mortos confunde-me não saber se me tomavam por faltoso fosse a história contada do avesso, como é certinho que um destes dias será. A segunda à esquerda, acho eu. Ou a primeira à direita.
Lembro-me de haver uma rotunda mas não sei se era só para confundir. Ou se as voltas foram feitas para trocar o destino ou se assim devo chegar a outro lugar, diferente daquele do qual parti nesse começo apontado a nenhures. Que ir faz mais sentido que ter de voltar. 'És um parecido entre os desaparecidos', como uma miúda em tempos idos
Dos mortos do dia
os teve no sítio para dizer da minha alegada condição. gosto que chova, que me resvale na careca o aguaceiro, que bufem perdigotos de gelo enquanto conto os metros até chegar a casa.
A de alguém, em me faltando uma que me chame pelo nome como se em teimosia o sítio só proclamasse os nevões.
De não esperar melhor paragem que o último bairro. E sabendo eu rir da matreirice pregada ao mais cabotino dos fados, não haver um pingo de sentido numa verdade desse tamanho. E que só no fim fique quieto, no lugar onde deveria ter ficado em pulgas.


A cada um a sua Jerusalém. a minha fica em Alfama, berço de jardim suspenso. Em tanta vez me ter alongado a contar os degraus ou caído de borco no empedrado como um distraído de Deus, para lá da portinhola esverdeada ao fundo com guita de puxar.
E de não saber se por tropeção ali vi a luz original mesmo que nascido noutro lado. Como se o que importa contasse e o que é contado nem fosse importante. Que vindos ao mundo em gritos, nascemos no lugar onde em primeiro desatamos a rir.


A um amigo que se foi e de quem nunca soube o nome. 'Trata-me pela alcunha. Até eu me trato pela alcunha', dizia ele.
E insistia emensinar que quando em defunto não se morre por inteiro, quanto mais não seja em protesto por na tampa da caixa nunca aparecerem os dois ladrões. Estava na vida mas não era suposto sair dela.
Prometeu estrebuchar até que o caixão lhe cobrisse a cova. Garantiu não defuntar apesar da ceguinha ciumeira de Deus. Jurou brilhar na rábulados dois ladrões a ladear o Cristo perdido, a ver a banda passar cantando coisas de horror. A morte, que só devia ser permitida às gentes cansadas que insistem em brincar às escondidas uma última vez, não vale o papel em que foi carimbada.
Mesmo que Dismas e Gestas, incapazes de caminhar sobre as águas, tenham achado que chapinhar chegava e sobrava, réus dess'outro reino de figurantes de Gólgota onde os ouvidos há muito são cegos.
O meu amigo viveu como uma alcunha em pó. Gosto de pensar que há um grãozinho dele a cada brisa. Ele ia gostar que eu gostasse de outra coisa qualquer menos disso.

em poucas palavras,
Portugal assobia perante o horror da invasão de Gaza. Ao contrário de Espanha ou da Irlanda. Agora é a vez da Itália se ôpor à invasão, pela voz de Antonio Tajanidos, ministro italiano dos Negócios Estrangeiros da mais à Direita Giorgia Meloni.
18 mil crianças morreram num total de 50 mil palestinianos, segundo a ONU. Em 19 meses de invasão de um território do tamanho da peninsula de Setúbal. E os terroristas do Hamas? Mortos ou capturados?
Não se viu um!



em poucas palavras, 2 pessoas avaliavam o exterminio de 6 milhões de mortos de Judeus no Holocausto na 2ª Grandse Guerra, comparando agora com Gaza.
Diziam ser insignificante o numero de 52 mil mortos palestinianos na invasão de Gaza por Israel. Em dois anos de bombardeamentos diários. 18 mil são crianças.
Entâo... perguntei: Algum dos senhores tem família entre as vitimas, em Gaza? Não. E na Alemanha? Tinhamos. Hum! Fiquei a perceber

Quanto vale um morto?

Matar à fome e à bomba
em poucas palavras, o Hamas faz muito jeito a Netanyahu; quem o diz é Paulo Portas. Enquanto Netan esmaga cruelmente a população de Gaza, afasta os seus problemas com a Justiça.
À sua perspicaz, Portas não somou a falta de memória dos israelitas. Há 80 anos, o nacional-socialista Hitler matou de forma brutal 6 milhões de Judeus na Europa.
Agora matam à sede, fome e bomba milhares de homens, mulheres e crianças, em Gaza, na Palestina. jrr
As palavras santas de Agostinho

em poucas palavras, vale reviver Agostinho da Silva, apontando o dever do Mundo assentar em três pilares: Sustento, Saber e Saúde. Em tempo de guerras.... santas!Sustento é coisa para ricos, empanturrados com a massa sacada do pratos dos pobres. Saber é a arma de poderosos em birras que assassinam centenas de milhar de jovens, velhos, mulheres e crianças. Um horror a cada dia.Saúde, basta ir à farmácia, onde o Povo só avia metade da receita. Porque razão os Agostinhos nunca serão Presidentes?
PUTIM É SÁBIO E BONDOSO ?


Trump, Putin, Israel, Ucrânia e sobretudo Gaza são temas banalizados e infelizmente perigosos para qualquer cidadão de qualquer país falar, desde logo por razões de segurança pessoal.
Mas aconteceu um golpe de magia nunca visto. O senhor Putin apareceu agora, pasme-se! como um homem bondoso e sábio.
Ele explicou a Trump a história da Gronelândia. E também ficou triste por Trump não aceitar a sua proposta de tropas das Nações Unidas na paz em breve na Ucrânia. Nem mais!
Se John Le Carré fosse vivo mudaria o nome de Agente Smiley para Agente Putin, logo em "A Chamada para a Morte". E faria também uma reviravolta total no enredo do belíssimo livro"A Gente de Smiley".
Alexandra Gilkman voltava feliz para a Rússia, abraçando o pai às gargalhadas. E o general Oleg Kirov metia-se a cuscar pessoas para permitir a entrada de espiões na Rússia, sob cobertura de biografias falsas. Tudo ao contrário do que lemos durante anos.
Mais, porque razão se pode condenar a Rússia ao bombardear ´dia-sim-dia-não` a gigantesca Ucrânia com drones-bombas, se os israelitas (com o apoio claro americano) bombardeiam 'dia-sim-dia-sim' Gaza, uma faixa de um terço do tamanho do Algarve?
Já nem falamos da Rússia ter morto num dia dez ucranianos, enquanto no mesmo dia (quebrando unilateralmente tréguas) um só ataque israelita matou 400 palestinianos. Claro que tanto faria um como mil, mas não faz!
Estamos a viver tempos de barbaridades sem limites. E uma parte dos livros escritos com dedicação por John Le Carré tornou-se uma enorme incongruência. Não é possível rescrever a História, mas a História pode rescrever os livros que já lemos. jrr
A estratégia cruel
em poucas palavras, os Estados Unidos da América estão numa nova aventura, com Trump a "twitar" "os EUA dominam os céus do Irão". Os americanos saíram humilhados do Vietname em 30 de Abril de 1975. E do Afeganistão a 30 de Agosto de 2021.Muito milhares de norte-americanos morreram em 20 anos de cada uma das guerras: no Vietname e no Afeganistão. E não falemos da Invasão do Iraque. Feitas as contas, usar a guerra para dinamizar a economia é uma estratégia cruel. jrr
"O Americano Tranquilo "
em poucas palavras, os americanos preparam-se para mergulhar na Guerra Israel-Irão, comandados por um presidente descontrolado. Trump governa por "twites", ameaça prender governadores de Estados, algema senadores, vai às escolas para expulsar crianças e, pior, insiste em vangloriar-se da sua imprevisibilidade. Andámos enganados com o título maroto de "O Americano Tranquilo" de Graham Greene. O jovem Pyle não vai bem e não tínhamos percebido e Trump está ao nível dele. josé ramos e ramos

Querem o colapso da Europa
em poucas palavras, a Europa vive uma preocupante onda de imigração vinda dos países arrasados no Médio Oriente. Arrasados pela Europa e Israel.
Com isso, a direita extremista-populista está a esmagar as Democracias. Quem chega traz no Islão a mão de Deus e vê no Ocidente a abundância. Quem são os mentores desta estratégia para obrigar a Europa a comprar cabazadas de armas, antes de desmoronar? Não é só o senhor Putin!


em poucas palavras, a Justiça portuguesa ganhou a fama de errática e o Caso Marquês de José Socrátes é um bom exemplo disso. Um super-juiz deixa arrastar o caso durante 7 longos anos. Carlos Alexandre investigou e assumiu papel contrário de juiz de Instrução,
Ou seja mandou investigar o que o Ministério Público lhe trouxe e ele próprio sancionou o que mandou investigar.
Depois houve um computador que encravou e o juiz Ivo Rosa que mandou arquivar o processo. Agora, 11 anos depois José Sócrates afinal vai ser julgado. A mesma cozedura em lume branco podia ter acontecido a António Costa, não tivesse ele ido para presidente do Conselho Europeu.
Pior aconteceu a Paulo Pedroso detido em directo na Assembleia da República por um juiz, por provas evidentes de pedofilia, e libertado 6 meses depois por uma juíza, por "falta de provas". Veja a reportagem-entrevista de Carlos Alexandre no Linha da Frente, RTP, ao 1'10 segundos. A Justiça portuguesa é perigosa.
clique no video acima e veja por favor ao 1'13" 2 declaração: "Há treze anos atrás..." (começa por dizer)

Era uma vez os Templários
em poucas palavras, o desparecimento da Ordem dos Templários pode estar relacionada com uma inesperada 'descoberta' dos seus cavaleiros:
o conjunto de livros da Bíblia (do Deus justiceiro judaico) difere em absoluto do Deus (misericordioso) apostolado pelo judeu Jesus Cristo, da seita dos Essénios.
Por causa dessa alarmante 'heresia', os reis europeus ocidentais saquearam a riqueza dos Templários.
E o Papa e os Judeus agiotas (que tinham absorvido as restantes 11 tribos de Israel, depois de tomarem o reino do mesmo nome a norte) aquietaram-se e continuaram a engordar.
Os judeus mudaram-se depois de Veneza para Lisboa para aumentar a capacidade de comércio com o Oriente. Enquanto continuavam a celebrar a Arca da Aliança com o seu Deus, que os salvará (só a eles) no final dos tempos (está na sua Bíblia).
Em nome da riqueza e também desse Deus já massacraram dezenas de milhares de palestinos e não param de arrasar e usurpar as Terras de Canan.
Esqueceram a brutalidade do Alemães há 80 anos.

E por querem esquecer, só muito dificilmente Primo Levi conseguiu editar "Isto é um Homem". E tempos depois, profundamente deprimido, suicidou-se.

Podemos acreditar na Justiça portuguesa?
A pergunta é legitima e aflitiva, o texto abaixo foi extraído de uma sentença, onde José Rodrigo dos Santos testemunhou durante uma hora (apenas estas 11 linhas, termina em "que indicou" e..nada). Ao ver o jornalista e escritor entrar na sala a juíza exclamou: "ainda bem que veio, para eu o poder ver ao vivo e a cores" (existe gravação da audiência).
O texto extraído da sentença não reproduz as verdadeiras declarações de José Rodrigo dos Santos e indicia perturbações graves em várias áreas. A juíza não sabe escrever? Tem problemas de expressão? Está mentalmente perturbada? jrr


Era uma vez os Templários e agora os judeus!

em poucas palavras, o desparecimento da Ordem dos Templários pode estar relacionada com uma inesperada 'descoberta' dos seus cavaleiros:
o conjunto de livros da Bíblia (do Deus justiceiro judaico) difere em absoluto do Deus (misericordioso) apostolado pelo judeu Jesus Cristo, da seita dos Essénios.
Por causa dessa alarmante 'heresia', os reis europeus ocidentais saquearam a riqueza dos Templários
e o Papa e os Judeus agiotas (que tinham absorvido as restantes 11 tribos de Israel, depois de tomarem o reino do mesmo nome a norte) aquietaram-se e continuaram a engordar.
Os judeus mudaram-se depois de Veneza para Lisboa para aumentar a capacidade de comércio com o Oriente. Enquanto continuavam a celebrar a Arca da Aliança com o seu Deus, que os salvará (só a eles) no final dos tempos (está na sua Bíblia).
Em nome da riqueza e também desse Deus já massacraram dezenas de milhares de palestinos e não param de arrasar e usurpar as Terras de Canan.
Esqueceram a brutalidade do Alemães há 80 anos.
E por querem esquecer, só muito dificilmente Primo Levi conseguiu editar "Isto é um Homem". E tempos depois, profundamente deprimido, suicidou-se.




As demolições dos casebres ilegais em Loures são uma vergonha para o Partido Socialista.
Dar 24 horas aos indigentes - para abandonar um tecto de chapa, agarrando nos aos poucos pertences para ficarem
debaixo de uma ponte - não é a matriz do Partido Socialista, fundado e liderado por Mário Soares, durante anos. Presidente da Câmara Ricardo Leão mandou a sua vereadora Paula Magalhâes - com o pelouro da logística e da polícia - dar a cara. Que mulher tão desumana.
A propósito fui ler "Ratos e Homens" de Steinbeck, onde 2 homens atravessam a América à procura de casa e trabalho.
E também fui ao You Tube rever as fotos de Gérald Bloncourt, retrato das centenas de milhar de portugueses que abalaram para França, onde viveram em bairros de lata, os "bidonville".
Temos memória curta e não lemos os evangelhos do cristianismo. Gerir uma Câmara, não é pôr mulheres e crianças na rua. É arranjar soluções. Que gente vergonhosa.
Os emigrantes portugueses nos anos 60 em Paris
Dizer os nomes de crianças é crime, diz Manuela Eanes

em poucas palavras, vale tudo no Parlamento para o Presidente da Assembleia da República, Aguiar Branco,. Não modera, não impõe urbanidade e permite discursos exaltados e cheios de ódio.O alerta vem do Casal Eanes a propósito de nomes de crianças revelados no Parlamento. O Casal Eanes tem sido um farol de bom senso, coerência e integridade. Dizer nomes de crianças, em qualquer discurso, é crime.



Azarentos que rezam
Morrem como deuses quem os jovens amam. Não há manhã que acorde e me não lembre de em feriado ter sido ferido em rasgos desses. Atendo a mais velórios que a baptizados, preço simpático a pagar por em sexagenário estreante sobressair em exercício de esquecimento.
Sem o ressábio ou o paciente vôo do abutre que se esqueceu das graças da morte. Ferido de vida, isso é que faz sentido. O resto são azarentos que rezam sem saber nicles da sorte e sortudos caídos em desfortuna de crer que existe o destino, esse mais-que-vadio dos fados.
Feliz entre a santíssima trindade de amores, amigos e pisca d'olhos, saberia o que resta da vida se desse por mim capaz de reconhecer as sobras do céu. Um destes dias vou ter de fazer por passar a fase de grupos e lutar pelo apuramento. Ou sair em lesão como um anjo triste a quem coube inteiro o ditado 'na maca que farás, nela te sentarás'. E à espera deter o azar de ter tal sorte
Tribunal deita abaixo plano de recuperação
O fim de várias importantes publicações, como a Visão, Jornal de Letras e Exame diminuem a Democracia, cada vez mais refém das redes sociais cruéis, autênticas destilarias de ódios, fábricas de noticias falsas, boçalidades e analfabetismos. O Tribunal competente não aceitou a recuperação da Trust In News, aprovada por 77% dos credores. Luís Delgado o único acionista não queria os seus bens pessoais nas garantias. Era uma exigência razoável, mas a Lei não aceita.
Delgado ficara com as revistas que Balsemão não quiz, em troca de nada e com dividas de milhões. Uma facto estranho. Durante meses todos fizeram os impossíveis para levar os anunciantes às suas páginas e os leitores às bancas. jrr


Mas a má sorte estava traçada, por causa da dispersão urbanística e da estúpida ideia de serem os jornalistas responsáveis pelas intrigas e dificuldades do País.
Em rigor, muitos portugueses preferem abraçar a maledicência, agora com o Rolls Royce das redes sociais, onde até partidos políticos vão buscar textos para lerem no Parlamento e... afinal brr! depois confessam (ao Observador, por exemplo) que não confirmaram a fonte! Estamos em tempos onde quem tirar um dente de leite a um filho, pode reclamar o título de especialista em medicina dentária.
E solução? Não será cruzar os braços perante o caos e os juízes sem bom senso. Há-de haver uma solução para este labirinto que está a ser erguido por tiranos.


Sócrates Super Star
em poucas palavras, o presidente da Assembleia da República. Provas em 11 anos de investigações? Nada!Já Berardo também gostaria do mesmo sucesso televisivo, mas a sua prestação no Parlamento foi patética! Chumbou. Contra ele, o Ministério Público tem agora as actas assinadas do seu alegado saque de 1 000 milhões aos portugueses. Irá a julgamento. E o resultado em tribunal? Sócrates será condenado. Joe Berrado não será condenado, A Justiça estará em linha com as emoções. Mais uma vez.

o resto do putedo

Telefonema fora de hora: foi-se Margarida. A que tinha por causa pública ser absurdamente anônima. Não tem de morrer forçosamente jovem quem os deuses não fazem a pôrra de uma ideia de como se chama.
Viveu feliz de imaginar ser o que devia ter sido. Morreu nos seus termos antes que alguém soubesse da marosca e levou anos nisso. Peguei em sorte em vida, como uma alegoria. No meio do fim só me pediu que eu desse um jeito de não sepultá-la nos prazeres: 'é um nome muito infeliz p'ra cemitério'. Vou recordá-la pela fama auto-infligida no mais cerrado secretismo, tornado lema na frase: 'sou tal e qual o resto do putedo'. Para mim morreu diferente entre nem sequer parecidos.
Que nem metáfora de si mesma, essa garota não teve a cachola de vir a ser e preferiu ser quem foi, só por despeito aos outros não saberem como se assemelhar a ela.

A América há 50 anos

A América mudou
Os Estados Unidos mudaram muito, esqueceram os tempos do "make love not war", cantado no Festival de Woodstock de 1969. Nessa altura, os hippies ganhavam o coração da América e a guerra do Vietnam era contestada. Todos ainda acreditavam no impossível "sonho americano". Mas tudo isso se desmoronou com a chegada ao poder do primeiro presidente negro, Barak Obama.
Ele recebeu o Prêmio Nobel da Paz ao prometer acabar com a prisão americana de Guantanamo em Cuba, mas isso não aconteceu. Ao contrário do que se supunha, Obama será o presidente que mais fez guerras no mundo. Lembremos o cinismo da Primavera Árabe
Começou aí um inesperado caminho autoritário e isolacionista que desembocou numa reeleição do Donald Trump (em 2024, pela segunda vez). Trump é casado agora com a modelo Melanie que obteve o Visto EB 1, destinado apenas a estrangeiros de alto QI. Terrível América essa! JRR
Trump desfez o "sonho americano" e enviou para Tribunal cxrianças que cruzaram sozinhas a fronteira com o México




Hiper-mercados acusados
de cartelização
chorando pelo homem errado

O António era um grunho. Tinha a tara de desrespeitar tudo o que era amável. Finou-se de madrugada, ao que me dizem, à hora em que somos os últimos a dar por nós em vivos.
Em tarado tinha por filosofia 'a vida está dividida em três partes: há as mulheres que são boas, as mulheres que são más e as mulheres que alternam'. Nenhuma das três vai ter saudades do António, que ele há defuntice em que chorando pelo homem errado esperamos carimbar-lhe a morte certa. Se não cromarem o António, dele se dirá que veio à vida para dela melhor se pirar.

Prefiro em antecipação só dele me lembrar em fantasma antes que o António se multiplique. Ou como um dia tive de explicar a um outro António que achava que eu só tinha jeitinho para abusar das vogais como um argumentista de filme porno: 'ó pá, isso é consoante...'
russos de férias em Chipre
de Paphus com amor
meu amigo turco cipriota Abdul Ahmed ri-se porque estar em na cidade de Paphos (antiga capital cipriota) é igual a estar no enclave de Kalinegrado na Europa, no mar Báltico.
Há russos em todas as esquinas, bares e praças. Os russos vêm de férias, muitos à procura de sexo, sol e praias, enquanto as suas torpas bombardeiam sem limites, todas as cidades da Ucrânia. E isso irrita muito, porque é (clarinho) que a Rússia vai ficar com a Crimeia e o Donbass. E pronto. O senhor Jens Stoltenberg, patrão da NATO, tem enganado os europeus, acenando com uma vitória da Ucrânia sobre a Rússia.

O que não vai acontecer, já se percebeu.
Stoltenberg é acólito de Trump em enviou-lhe até um SMS: "Ó pá! Já os convenci a comprarem um balúrdio de armas, a ti".Por causa do senhor Stoltenberg Portugal vai gastar em armasr 15 mil milhões, todos os anos, uma verba superior ao Orçamento para a saúde.
Já não bastavam os submarinos do Portas. Nikos (outro amigo, mas gregomcipriota) ri-se: "Há dois 2 anos o governo grego comprou 4 submarinos tipo Ty 214. Agora temos 11. Todos fabricados na Alemanha.
Onze? sublinhei eu. E Abdul respon deu curto e grosso: é para ajudar a economia alemã e para alguns (do costume) receberem luvas. Ok! Encolhemos todos os ombros e pediu-se uma nova rodada de brandy shur. jose ramos e ramos
GAZA é igual ao Gheto de Varsóvia

de Paphus com amor
à noite, em Paphos, aqui em Chipre, chegam os murmúrios dos gritos de fome das crianças em Gaza. E as gaivotas falam de horrores, apenas comparáveis ao Holocasto.
Em Gaza, os palestinos são agora a assassinados a tiro nos pontos de distribuição de comida. Ás centenas e de forma intencional pelas forças armadas israelitas, conta J.S. da agência turca, enquanto de naifa em riste vai cortando tiras de pão para ensopar em azeite.
Não era necessário ele dizer, vê-se todos os dias, a todas as horas na AlJazera, em directo via telemóvel-satélite.
No correr destes tempos de chumbo, Paphos abarrota de turistas russos e de espiões de todas as cores. Mas os espiões sentem-se tristes.
Aquilo em Gaza é uma chacina, desabafa A.B da Arábia Saudita, bebendo brandy shur. Ao mesmo tempo, L.C. do MI6 acena com um baralho de cartas. Mas o alemão G.R. não quer jogar, nem ele nem ninguém.
Aparece agora Y.Q. de Israel, de camisa de linho, de cabelo a pingar, acabado de sair do chuveiro. Senta-se acabrunhado. E o Italiano G.A. revolta-se: Eh, pá! Vocês estão a matar milhares de bambinis... Isso é o holocasto do povo palestino. É uma merda! Oi! Interrompe o russo I.S., apontando para mim, não escrevas nomes. E baralha as iniciais. Ok? Ok!
Desde ontem, em Paphos, todos aguardam por um telefonema encriptado. Aquilo nunca desvia estar a acontecer. A diplomacia e a espionagem seriam sempre os melhores caminhso. Os espiões servem para encurtar guerras e por isso a declaração do primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, foi bem recebida ao almoço. Há grande expectativa sobre as próximas horas.
O noite está abafada. O italiano G.A. fala com o russo I.S. No Holocausto, os hebreus estavam acompanhados de ciganos, intelectuais, políticos, homossexuais e maçons. Sim? Mas em Gaza, nos dias de hoje, os palestinos estão sozinhos, sem mais ninguém. Faltam-lhes apoios. Ui! Ali enfiados sozinhos numa nesga de terra do tamanho da área metropolitana de Paris.
A noite continua quente. O garçon trouxe mais uma garrafa de brandy shur e ninguém quer jogar às cartas.
não sei se isso conta


E tocas-te?', como o padre afogueado em água benta me inquiriu em miúdo em confissão. Ao que respondi: 'enfiei o dedo no nariz e soube-me a sal com açúcar. não sei se isso conta...'
Foi o começo e o fim da minha carreira em asas. Sigo ainda a pé com os tansos e no caminho grunho como os mansos, a perguntar-me se só o purgatório sabe gerir segredos ou se há qualquer coisa depois disso.
GAZA... se o outro lado não existir?

ainda não eram 7 da manhã aqui em Paphos, Chipre, quando o meu amigo italiano Giulio bateu desalmadamente à porta do meu quarto. José! José! Eufórico, porque o Canadá se havia juntado ao Reino Unido e à França no reconhecimento da Palestina como estado independente. Estão atrasados 77 anos da decisão das Nações Unidas de 1948 - disse eu. E depois? abespinhou-se ele.
E depois Meloni e Mertz ainda vacilam em interditar o acesso de Israel a fundos europeus para o desenvolvimento de engenharia informática. 200 milhões de euros. E depois? E depois, atalhei eu, dá cá um abraço porque o mundo é uma farsa.
No abraço ressenti dúvidas sobre o verdadeiro patrão de Giuglio: Itália ou o Vaticano?Novidades? perguntei eu, enfiando 4 fatias de pão escuro na torradeira. Querem-me em Gaza para conversar com a outra parte. E entras como?
Pior será descobrir quem é o outro lado, desanimou ele. E se o outro lado não existir? se o outro lado for um papão para justificar aquela terrível matança,
dúvidas sobre narrativa do 7 de Outubro

de Paphus, Chipre, com amor
duas da tarde. sim, mais um copo disso! Da zivania aguada? perguntou Igor, à cautela a Giovani. Claro! eu não sou russo.
Igor fingiu não ter ouvido e encheu também o meu copo e o dele, porque é impossível suportar o calor de Paphos, sem deitar mão a uma zivania carregada de gelo.
Lá do canto, Giovani voltou a resmungar de copo em riste contra Yale, o israelita. Vocês sempre vão ocupar Gaza por inteiro? Claro que sim, pá! Ah! Essa é boa! E qual é a história que vão inventar? E emborcou o copo, mas respigou de imediato: qual é a porção de água nesta mistela? Meio a meio, porque o bagaço está nos 60 por cento de álcool, confirmou Igor.
Yale? retomou Giovani. Se o Natanyahou também quiser rebentar com a nossa querida ilha, é só acender um isqueiro numa pipa de zivania. E desatou a gargalhar.Querem mais gelo? perguntou o taberneiro Giorgio, homem imponente, filho de Afrodite, gerada nas ondas de Paphos.
Põe o gelo num jarro, Giorgio.
Olha lá! continuou Giovani. Os américas publicaram na CNN imagens de 6 campos de treino daquela malta, junto ao muro, ainda antes do tal 7 de Outubro. Viste? Mas Yale não respondeu. Estava ocupado com os envios no telemóvel.
Giovani voltou à carga. Que raio de história tão mal contada. Então os vossos soldados nem tuz nem muz, lá empoleirados nas guaritas do muro mais vigiado do mundo? E Yale não respondeu. Se fosse um peido, respondias, azedou Gionavi à conta de tanta zivania.
E eu lembrei-me do Sobral português, vencedor de uma Eurovisão, que sumiu por causa de peidos. "Ei lá! Vocês batem palmas por tudo e por nada, até vão aplaudir os meus peidos!" disse e está desaparecido.
Giorgo! bota mais gelo no jarro, para cortarmos a zivania, pediu Giovani. Quem teve a bela ideia de pôr morangos e limão nisto. Eu, acusou-se Samio, o turco. A Turquia sabe temperar o islão com o cristianismo e sorriu. Foi por isso que nos meteram na NATO.
Aaah! teatralizou Giovani. Pois eu julgava que tinha sido para comprarem mais F16 aos américas, para eles darem gás ao sonho americano. Giovani! Sim?! Não bebas mais zivania. Então bebo o quê?
Paphos 5 de Agosto 2025 *nota: os nomes referidos não são os verdadeiros, exclulndo Sobral


sonho mal parido antes da dormida
Já nem sei de onde veio a história. Insisto em meter na cabeça que é real, a confissão do tipo meu conhecido que se vinga da namorada e lhe estilhaça a cara, travando o carro a fundo depois de lhe desencaixar a fivela do cinto de segurança.
Um horror de sonho mal parido antes da dormida, deve ser isso. No pesadelo a história confunde-se com uma velha piada: a amante abandona a casa do amado e em despeito rasga todas as duas últimas páginas da sua venerada colecção de policiais deixando em manuscrito o recado:
'assim nunca vais saber como as histórias acabam ou quem era o assassino...' Suponho que o sono é o toque do recreio da imaginação, mas ele há noites ou sestas em qu faria mais sentido eu ficar acordado.

um tgv chamado desejo
TGV Lisboa - PORTO: esbanjar dinheiro para caçar votos

A Streetcar Named Desire ou Um Eléctrico Chamado Desejo foi um filme drama norte-americano de 1951, dirigido por Elia Kazan, e com roteiro baseado na peça A Streetcar Named Desire, de Tennessee Williams.
O enredo: DuBois é uma madura mas ainda atraente mulher sulista que gosta da virtude e da cultura mas que usa isso como escudo para esconder sentimentos de amargura e desilusão, além do vício do alcoolismo.
Ao mesmo tempo em que foge da realidade, Blanche ainda busca atrair pretendentes. Ela chega ao apartamento da irmã Stella Kowalski, em New Orleans, usando o bonde (elétrico) que faz a rota chamada "Desire".
Esse novo ambiente abala os nervos de Blanche. Stella teme a reação do marido Stanley com os modos e a doença da irmã.
Blanche diz que trabalhava como professora de inglês, mas que teve de parar por causa de sua doença nervosa.
Na verdade ela foi despedida por se envolver com um garoto de 17 anos de idade. Seu marido se suicidara e ela fugira da sua cidade para escapar dos problemas. in wiki

gostei do título de um extraordinário filme inspirado no livro de Tennessee Williams, e parece-me ser um bom mote para o disparate da construção de uma linha ferroviária de Alta Velocidade (TGV) entre Porto e Lisboa.
Querem usar o nosso dinheiro (fruto do trabalho dos portugueses) para engordar os empresários que vivem à custa dos dinheiros públicos e para tal dão gás a ideologias populistas.
(Viajei há um mês para o Porto no comboio Inter-Cidades e voltei no Alfa, com uns 30 passageiros (contei-os ainda nas plataformas de embarque)!
O TGV vai custar 8 mil milhões de euros para transportar diariamente apenas 300 passageiros para um lado e para o outro. E não foi revelado ainda o custo-benefício de esta nova obra faraónica.
Nem se sabe se Portugal vai fabricar um único parafuso.
O mais certo será um pacote-chave na mão impingido pela Alemanha, com recurso aos escravos angolanos a carregar brita.
TGV vai demorar
o mesmo tempo do Alfa
Querem reduzir o tempo de viagem para 1h 15 minutos, agradando aos 300 felizardos e sobretudo às cidades e vilarejos... onde o TGV vai parar, para caçar votos.Feitas as contas, o TGV irá demorar as mesmas 3 horas do Alfa-Pendular.
Seria mais justificável a ligação à rede de Espanha- Europa, numa linha Lisboa a Badajoz, via Alentejo. Mas não acontecerá porque atravessaria o deserto do Alentejo (Mário Lino em 2007). E um deserto populacional não dá votos. Nessa lógica as próximas linhas TGVs serão a de Sintra e a de Cascais! Os políticos gostam de alimentar desejos... perdulários
.Quando os ventos já sopravam liberdade
original do discurso de Miller Guerra na Assembleia Nacional

João Miler Guerra foi um neurologista feito deputado da Ala Liberal na Assembleia Nacional, antes do 25 de Abril de 1974, quando a liberdade já vinha nos ventos. de todos os lados.
No início de 1973 Miler Guerra tomou, a palavra na vez de Francisco Sá Carneiro, que ficara retido no Porto, por causa de uma avaria num avião. Levantou-se, tossiu e questionou o governo de Marcelo Caetano sobre a intervenção policial na Capela do Rato, onde católicos faziam uma vigília contra a Guerra Colonial.
Os deputados Tenreiro e Casal Ribeiro pegaram nos pesados microfones de então e tentaram agredir Miler Guerra imperturbável na leitura do texto, cujo original publicamos. Assisti juntamente com outros 10 alunos do Liceu de Queluz, levados pelo padre Alberto Neto, um revolucionário anarquista sorridente.
Era revolucionário porque dava a s aulas no anfiteatro de cimento e anarquista porque não tinha fio condutor no que dizia. E sorria, sorria muito.
Os ventos já sopravam a favor da liberdade. E até as 23 poderosas-famílias já sonhavam com novos negócios e novos mundos.





MIGUEL TORGA: "ELA NASCEU PÓSTUMA"
Natália Correia foi desses seres que chegam adiantados no tempo, vindos do futuro para no-lo antecipar. Miguel Torga dizia que ela nasceu póstuma. A excepcionalidade de Natália Correia não lhe permitiu, por isso, caber nas normas, nas ideologias, nas culturas, nas religiões, nos sentimentos que a envolviam - e que logo ela extravasou, inovou.
Daí as incompreensões, os desajustamentos sofridos toda a vida. Incompreensões e desajustamentos motivados por um certo anedotário gerado à sua volta - de que ela foi co-responsável por poses, exotismos que a cracterizavam. Reconhecendo-o, afirmará "falar-se muito da minha personalidade, transformando-a num espectáculo para abafar a minha obra" FD


José Alves Mendes
Não vou amontoar metatretas. O futuro da casa não se segura em pilares assim nem serve na sua mal guiada exaustão para base de café ou pires de absinto. São os livros, rapaziada. são os livros. Que me hei-de finar como um fitilho de páginas sepulto entre lombada e desfolhadas.
E rir do heroísmo em falta por tal feito.
foto: The Twilight Zone. 'Time Enough at Last' 1959. Burgess Meredith.


A única causa que conheço pela qual vale a pena combater é a de lutar para que o bom senso se torne comum. Que por me faltarem tantas peças ainda sou demasiado pacóvio para ser um puzzle. Vai-se vivendo.
Ou, à falta de carro, vou andando. E se nem conduzo automóvel, muito menos guio o povo à vitória. Mas a minha causa é justa.
L'École des Arts Joailliers e Van Cleef & Arpels é a Escola das Pedras Preciosas Duras

A L'École des Arts Joailliers permite ao público descobrir o mundo da joalheria num cruzamento entre a história e o savoir-faire, entre os materiais e as gemas.
Fundada em 2012 com o apoio da Van Cleef & Arpels, ela oferece cursos, conferências, projectos de pesquisa, exposições e publicações, em Paris, Hong Kong, Xangai e Dubai – seus quatro locais permanentes – e no resto do mundo por meio de sessões itinerantes.
L'École des Arts Joailliers e Van Cleef & Arpels, abriu as suas portas do seu mais novo empreendimento no coração de Paris. Fundada em 2012 com o apoio da Van Cleef & Arpels, a escola inaugurou agora um novo e amplo espaço — uma área de exposições, livraria, biblioteca bem equipada e num ambiente elegante que reúne uma variedade de cursos, oferecendo formação em temas que vão desde gemologia até a história da joalheria e o savoir-faire em geral, incluindo técnicas de cravação e design com laca.
O acesso do público ao mundo da joalheria
L'École está localizada no Hôtel de Mercy-Argenteau, em estilo Neoclássico outrora uma residência privada. De acordo com Nicolas Bos, Presidente e CEO da Van Cleef & Arpels, o objectivo desta instituição é "proporcionar acesso ao mundo da joalheria ao público mais amplo possível."Bos explicou num comunicado, que eles escolheram o Hôtel de Mercy-Argenteau, localizado no "9º arrondissement" de Paris, por vários motivos.
"A sua fachada é tão discreta que cria um elemento de surpresa", disse Bos. "Quem esperaria encontrar um cenário tão bonito ao cruzar o limiar da sua porte-cochère?"

Le Hôtel foi restaurado
Construído em 1778 a partir dos planos de Firmin Perlin e financiado pelo Marquês de Laborde, o Hôtel de Mercy-Argenteau deve o seu nome ao seu primeiro ocupante, Florimond-Claude, Conde de Mercy-Argenteau, embaixador austríaco na França de 1766 a 1790 e braço direito de Maria Antonieta.
Destacando-se tanto por ser uma das primeiras residências construídas ao longo dos Grands Boulevards de Paris quanto por ser uma das últimas a ser preservada, o hôtel, constantemente transformado e recentemente restaurado, hoje abre suas portas a estudantes e visitantes da L'École des Arts Joailliers.
Exposição Recriando o Gesto: Réplica do Torque Celta de Montans
De acordo com a sua missão de compartilhar o conhecimento e a cultura da joalheria, a L'École des Arts Joailliers, apresenta publicamente o projecto de pesquisa radicalmente novo, na confluência entre a arqueologia e a história das técnicas, de 3 de Julho a 21 de Setembro de 2025, no Hôtel de Mercy-Argenteau, em Paris.
Entre os projectos de pesquisa realizados pela L'École des Arts Joailliers, a recriação do torque de "Montans" é absolutamente única: o objectivo desta aventura colaborativa em arqueologia experimental foi compreender as habilidades e técnicas de um determinado período por meio da reprodução do objecto estudado.
Neste caso, um torque celta, um tipo de colar rígido feito de ouro, descoberto em 1843 em "Montans", na região do Tarn, no sul da França, e datado da Segunda Idade do Ferro (450–25 a.C.).
A possibilidade de interagir com o ouro
Quando a L'École des Arts Joailliers, propôs recriar o projecto — iniciado pelo Centro Arqueológico de "Montans", pelo "Musée d'Archéologie Nationale" em Saint-Germain-en-Laye e por Barbara Armbruster, do CNRS (Centre national de la recherche scientifique, o Centro Nacional de Pesquisa Científica, a maior organização pública de pesquisa da França, actuante em todas as áreas do conhecimento) - a ideia foi recebida com entusiasmo imediato.Havia a oportunidade de interagir profundamente com um material - o ouro - e, além disso, de compreender um colar celta com mais de 2.500 anos, cuja complexidade até então era incompreensível.
O ourives Antoine Legouy, mestre cinzelador e Meilleur Ouvrier de France (título concedido exclusivamente na França, que certifica um altíssimo nível de qualificação na prática de uma actividade), contribuiu para a recriação e compreensão dessas formas extremamente delicadas, em colaboração com arqueólogos e com Gregory Weinstock, Director de Métiers de Alta Joalheria da Van Cleef & Arpels.
Redescobrir técnicas esquecidas
Gregory afirmou que pensar a forma através das acções da mão esteve no centro das preocupações comuns. Referindo-se aos Celtas, Antoine Legouy diz que pensou a partir do lugar deles, que para ele o desafio era "seguir os seus passos": redescobrir técnicas esquecidas. Acerca do projecto da réplica do Torque de "Montans," Emmanuelle Amiot curadora da exposição, afirmou: "O que levo dessa experiência é a contribuição dos ofícios para a compreensão do objecto.
A pesquisa não pode prescindir dos artesãos. A inteligência da mão, o saber dos artesãos são decisivos e complementam o conhecimento erudito, e vice-versa. Essa troca alimenta a história da arte e a arqueologia, que, por sua vez, enraízam as artes e as técnicas no longo prazo, no tempo da História."

A história do Hôtel de Mercy-Argenteau
Durante a exposição em Paris, os visitantes podem descobrir a arquitectura e a história do Hôtel de Mercy-Argenteau, que abriga todas as actividades da L'École des Arts Joailliers, desde Junho de 2024.
Esta mansão do século XVIII, classificada como Monumento Histórico, é uma das mais antigas residências privadas preservadas nos Grands Boulevards de Paris e deve o seu nome ao seu primeiro ocupante: o Conde Florimond-Claude de Mercy-Argenteau, uma figura de grande influência que foi embaixador de Maria Teresa da Áustria junto à corte do Rei da França.
Um programa cultural, incluindo mesas-redondas, é oferecido como parte da exposição.
O novo formato expositivo de L'École
A mostra viajará, de 24 a 30 de Novembro de 2025 para Lyon, como parte do evento "de Mains en mains", organizado pela Maison Van Cleef & Arpels e baseado na transmissão do savoir-faire joalheiro.A L'École des Arts Joailliers criou um programa, através de um novo formato expositivo, Élise Gonnet Pon Directora Geral da L'ÉCOLE, des Arts Joailliers, França & Europa, disse:
"O programa de verão destaca o savoir-faire, um dos pilares da transmissão na L'ÉCOLE. Através de um novo formato expositivo, a L'ÉCOLE revela um projecto de pesquisa inédito, realizado em parceria com o Centre Archéologique de Montans e o Musée d'Archéologie Nationale.
Ao mesmo tempo, a L'ÉCOLE abre os esplêndidos espaços do Hôtel de Mercy-Argenteau, permitindo aos visitantes aprofundar a sua descoberta da história e da arquitetura com visitas aos salões classificados dos séculos XVIII e XIX."


Theresa Beco Lobo é licenciada pela Escola Superior de Belas Artes, em Lisboa e doutorada pela Universidade de Sevilha, Espanha, em 2005. Professora Catedrática na Universidade UEHS - University of Economics and Human Sciences, (with the course of Fashion Design & Sustainable, Fashion Management), Warsaw, Poland e Professora Catedrática no IADE -Universidade Europeia, Lisboa, desde 1985.
De 2008 a 2024 é Visiting Professor do School of Art Institute of Chicago (SAIC) e Professora Honorária do International Institute MSKPU, Warsaw, Poland. Fez o Pós-Doutoramento na Carnegie Mellon University, EUA, em 2009. É membro de investigação da UNIDCOM/IADE, Lisboa, através da qual tem apresentado conferências em Portugal, EUA, Índia, China, Turquia, Grécia, Espanha e Polónia e mais de 30 artigos publicados sobre design em revistas científicas. De 2008 a 2024 é Visiting Professor do School of Art Institute of Chicago (SAIC) e desde 2020 é membro de investigação da FIT (Fashion Institute of Tecnology), New York, USA.
Participou em exposições coletivas e individuais de Pintura em Portugal, Bélgica e EUA. Contribuiu com artigos sobre História de Arte, Design e Moda em revistas da especialidade, como MODA&MODA, Casa e Jardim e Quilate tendo publicado mais de 400 artigos. É jornalista creditada pela Foreign Press em Nova Iorque, EUA, através da revista MODA&MODA e correspondente, dos museus: MOMA, MET, Guggenheim e National Gallery, Washington, USA. Design Museum, Victoria & Albert Museum em Londres e Musée des Arts Décoratifs, Musée du Louvre entre outros. Recebeu prémios como: IADE Investigação e Docência 2014. ANA - Aeroportos em 1992 e 1997. Brisa em 1997. Metropolitano de Lisboa em 1994 e ADA (Aeroportos de Macau) em 2000. Prémio IADE em 1990. Publicou 3 livros.
No 3º andar ficava o meu quarto crescente


De mal se ver nos céus beleza mais pura. Ou assim capaz de auto-retrato como um deus desavindo de si mesmo, aquele que inventou o
ciúme e insiste em confissão ser incapaz de o desinventar. E assim me debruço a dormir, sabendo que me calha em sorte sonhar com precipícios. A lembrar o regresso à quinta noite no Fiorentino, Via degli Avelli 8, canteiro descarado de Santa Maria Novella.
Do patrão me saudar como se eu fosse pela quarta vez o primeiro português da vida dele: 'como vê, agora tenho um cão. e por causa dele deixei de pagar a prostitutas...'. Tinha um jeitaço com a palavra, o ragazzo.
No 3º andar ficava o meu quarto crescente, 3 janelas a dar para a árvore onde nos fins de novembro os estorninhos se esmurravam ao recreio, lenhosos ciumentos de arbusto. Cada pedaço do que vivo aqui leva-me ao que vivi n'outro lado.
E assim deve ser, não vá por desleixo ser
deixada à morte a tarefa de me fazer as contas da vida.
John Singer Sargent volta a Paris

O Musée d'Orsay inaugura em 5 de Setembro a Exposição de John Singer Sargent, focada em grande parte na sua década de transformação em Paris. A exposição coincide com o 100º aniversário da morte do artista.
As obras de John Singer Sargen já foram expostas no Metropolitan Museum of Art, em Nova Iorque
A exposição é titulada como "Sargent e Paris" e reporta o início da carreira de John Singer Sargent (1856 -1925), desde a sua chegada a Paris em 1874, como um talentoso estudante de arte de 18 anos, até meados da década de 1880. Nessa altura o seu retrato "Madame X " tornou-se um grande sucesso no Salão de Paris.
Quai d'Orsay expõe 100 obra de Sargent
A colecção tem de cerca de 100 obras de arte, pinturas, aguarelas e desenhos, e inclui também um grupo seleccionado de retratos de contemporâneos de Sargent.
Este é o maior acontecimento internacional da obra de Sargent, desde 1998, e é a primeira apresentação monográfica de sempre da arte do artista em França.
A mostra é organizada pelo The Metropolitan Museum of Art, Nova Iorque em parceria com Musée d'Orsay, Paris.
John e a sua sociedade vibrante
Max Hollein, director do Met, afirma: "Esta magnífica exposição lança uma nova luz sobre um período transformador da vida e da carreira de um dos mais importantes pintores americanos.
"Ao situar o trabalho do artista no contexto da cidade que o formou e inspirou, "Sargent e Paris" irá iluminar a ascensão meteórica deste influente pintor, fornecendo novas perspectivas sobre o seu talento único e a sua capacidade de captar a sociedade vibrante em que vivia."
Já Stephanie L. Herdrich, curadora de Pintura e Desenhos Americanos no Met, diz: "A carreira de Sargent foi moldada pelo tempo que passou em Paris. Ao longo de uma década notável, criou as pinturas mais ousadas e arrojadas da sua obra. "Sargent e Paris" apresenta estas obras visualmente deslumbrantes e ambiciosas, lançando uma nova luz sobre a sua visão artística distinta. Estamos entusiasmados com a parceria com o Musée d'Orsay para reunir esta colecção de grandes obras em Nova Iorque e Paris."
Atelier retratista de Carolus-Duran admite John
O John Singer Sargent nasceu em 1856 em Florença, Itália, filho de dois pais americanos. E ainda muito jovem já era considerado um artista talentoso.
A sua mãe era uma viajante ávida, curiosa pelo mundo, e o seu pai era um médico com raízes em Gloucester e Filadélfia. Sargent teve uma infância cosmopolita: foi imerso na arte e na cultura europeias, falando francês, italiano e alemão, para além do inglês. Estudou brevemente na Accademia di Belle Arti, em Florença, e aos 18 anos matriculou-se na Ecole des Beaux-Arts, em Paris, depois entrou no atelier independente do retratista Carolus-Duran.
Expôs regularmente no Salão de Paris a partir de 1877, estabelecendo o seu próprio estúdio em Paris até 1886, quando se mudou para Londres.

Sargent foi o principal pintor de retratos da sua geração, com mais de 900 pinturas a óleo, 2 mil aguarelas e inúmeros esboços.
Em meados do século XX, abandonou o retrato e concentrou-se em encomendas de murais de grande escala para a Biblioteca Pública de Boston, a Biblioteca Widener da Universidade de Harvard e o Museu de Belas Artes de Boston.
Em 1918, aceitou o papel de artista oficial de guerra e viajou para a Frente Ocidental. John Singer Sargent morreu em Londres em 1925.
Mais de 900 pinturas e 2 mil aguarelas
Expôs regularmente no Salão de Paris a partir de 1877, estabelecendo o seu próprio estúdio em Paris até 1886, quando se mudou para Londres. Foi o principal pintor de retratos da sua geração, com mais de 900 pinturas a óleo, 2 mil aguarelas e inúmeros esboços.
Em meados do século XX, abandonou o trabalho de retrato e concentrou-se em encomendas de murais de grande escala para a Biblioteca Pública de Boston, a Biblioteca Widener da Universidade de Harvard e o Museu de Belas Artes de Boston.
Em 1918, aceitou o papel de artista oficial de guerra e viajou para a Frente Ocidental. John Singer Sargent morreu em Londres em 1925.

Atendo a mais velórios que a baptizados


Morrem como deuses quem os jovens amam. Não há manhã que acorde e me não lembre de em feriado ter sido ferido em rasgos desses.
Atendo a mais velórios que a baptizados, preço simpático a pagar por em sexagenário estreante sobressair em exercício de esquecimento. Sem o
ressábio ou o paciente vôo do abutre que se esqueceu das graças da morte. Ferido de vida, isso é que faz sentido.
O resto são azarentos que rezam sem saber nicles da sorte e sortudos caídos em desfortuna de crer que existe o destino, esse mais-que-vadio dos fados. Feliz entre a santíssima trindade de amores, amigos e pisca d'olhos, saberia o que resta da vida se desse por mim capaz de reconhecer as sobras do céu.
Um destes dias vou ter de fazer por passar a fase de grupos e lutar pelo apuramento. Ou sair em lesão como um anjo triste a quem coube inteiro o ditado 'na maca que farás, nela te sentarás'. E à espera de
ter o azar de ter tal sorte.



Queixa das almas jovens censuradas
Dão-nos um lírio e um canivete
e uma alma para ir à escola
mais um letreiro que promete
raízes, hastes e corola
Dão-nos um mapa imaginário
que tem a forma de uma cidade
mais um relógio e um calendário
onde não vem a nossa idade
Dão-nos a honra de manequim
para dar corda à nossa ausência.
Dão-nos um prémio de ser assim
sem pecado e sem inocência
Dão-nos um barco e um chapéu
para tirarmos o retrato
Dão-nos bilhetes para o céu
levado à cena num teatro
Penteiam-nos os crâneos ermos
com as cabeleiras das avós
para jamais nos parecermos
connosco quando estamos sós
Dão-nos um bolo que é a história
da nossa historia sem enredo
e não nos soa na memória
outra palavra que o medo
Temos fantasmas tão educados
que adormecemos no seu ombro
somos vazios despovoados
de personagens de assombro
Dão-nos a capa do evangelho
e um pacote de tabaco
dão-nos um pente e um espelh
pra pentearmos um macaco
Dão-nos um cravo preso à cabeça
e uma cabeça presa à cintura
para que o corpo não pareça
a forma da alma que o procura
Dão-nos um esquife feito de ferro
com embutidos de diamante
para organizar já o enterro
do nosso corpo mais adiante
Dão-nos um nome e um jornal
um avião e um violino
mas não nos dão o animal
que espeta os cornos no destino
Dão-nos marujos de papelão
com carimbo no passaporte
por isso a nossa dimensão
não é a vida, nem é a morte
Natália Correia

Maria Antonieta vai a Londres

Maria Antonieta conhecida como Rainha da Moda com um Estilo Icónico vai ganhar vida na Grande Exposição no Victoria & Albert Museum, em Londres, pela primeira vez.
Durante as suas duas décadas de reinado, Maria Antonieta não apenas governou a França, mas remodelou o mundo da moda e do design do século XVIII à sua imagem.
Estilo elegante e extravagante
Desde os seus vestidos sumptuosos em tons pastel e as perucas imponentes até às suas joias deslumbrantes e móveis dourados, a rainha adoptou um estilo pessoal de elegância extravagante que se estendia até seus aposentos no Palácio de Versailles, onde cores marcantes, tapeçarias luxuosas e toques rococó redefiniram o esplendor real.
O Estilo Maria Antonieta foi tão revolucionário que, séculos depois, ainda inspira artistas, designers e cineastas contemporâneos — de Alexander McQueen a Sofia Coppola — foram atraídos pela sua imagem. E o Victoria & Albert Museum não ficou de fora, de 20 de Setembro de 2025 a 22 de Março de 2026, ele apresenta uma grande mostra dedicada a esse ícone de Moda da Realeza.
"O Estilo Maria Antonieta", é a primeira exposição no Reino Unido centrada na rainha francesa, onde destaca as suas escolhas de vestuário e decoração, revelando como o seu estilo incomparável ecoou ao longo das eras. Entre os 250 objectos que estão expostos, também fazem parte do evento os artefactos históricos — alguns vindos directamente de Versailles — além de peças contemporâneas que atestam o apelo atemporal da monarca. A exposição é patrocinada pelo designer de calçados Manolo Blahnik.
"A rainha mais de moda, analisada e controversa da história, o nome de Maria Antonieta evoca tanto visões de excessos quanto objectos e interiores de grande beleza", afirmou a curadora da exposição, Sarah Grant, em comunicado. "Esta mostra explora esse estilo e a figura central por trás dele, utilizando uma variedade de peças requintadas que pertenceram a Maria Antonieta, além das mais belas obras de arte inspiradas no seu legado."
Vestidos leves e esvoaçantes
Quando subiu ao trono em 1774, as escolhas de vestuário da rainha rapidamente causaram alvoroço. Em contraste com a paleta sombria da corte francesa, os seus vestidos leves e esvoaçantes destacavam-se tanto pelas silhuetas quanto pelas cores vibrantes e detalhes intricados — rendas, fitas, babados. Ela popularizou estilos que priorizavam o conforto, como a "Robe à la Polonaise", reconhecível pelo corpete ajustado e a saia em três volumes distintos, e a "Robe à l'Anglais"e, em que o corpete justo se abre para uma ampla saia com fenda revelando a anágua.
Esse visual foi imortalizado por Élisabeth-Louise Vigée Le Brun no seu retrato de 1783 da rainha ricamente vestida segurando delicadamente uma rosa — obra que está presente na mostra "O Estilo Maria Antonieta". Também estão expostos fragmentos de vestidos de corte, sapatilhas de seda, joias e até um frasco de água de colónia da sua colecção pessoal. O museu recriou os aromas da corte e o perfume favorito da rainha na sua experiência olfativa imersiva.
Os visitantes também podem conhecer como Maria Antonieta decorava o seu refúgio particular em Versailles, o "Petit Trianon". Nesse santuário íntimo, a rainha expressava o seu amor pelo rococó, com papéis de parede pintados, objectos e móveis com formas florais e as suas célebres venezianas espelhadas. O seu serviço de jantar requintado está exibido na exposição, assim como conjuntos de cadeiras e outros objectos decorativos.
A fantasia e o estilo de Maria Antonieta
A mostra também destaca como a influência da moda da soberana perdurou através dos séculos, alimentando a imaginação cultural do século XIX até os dias actuais. Enquanto ilustradores Art Déco como Erté e George Barbier tentaram captar a fantasia do estilo de Maria Antonieta, a alta-costura moderna — com nomes como Vivienne Westwood, Moschino, Dior, Chanel e Valentino — procuraram igualar sua extravagância.
Claro, que é dado o devido destaque ao filme de Sofia Coppola, "Marie Antoinette", de 2006, vencedor do Oscar de Melhor Figurino. Looks e sapatos Manolo Blahnik criados para o filme de Sofia Coppola estão presentes, ao lado de outros figurinos, imagens de filmes e videoclipes que ressaltam o duradouro legado da rainha nas telas e nos palcos.

Retrato de Maria Antonieta, Rainha de França, num Vestido de Corte. Pintura a óleo de François Hubert Drouais, 1773. Créditos da imagem: © Victoria and Albert Museum, London. Colecção Victoria and Albert Museum, London. Cortesia Victoria and Albert Museum, London.
Sobre o Estilo de Maria Antonieta, Sarah Grant, Curadora da diz ser "este o legado de design de uma celebridade da era moderna e a história de uma mulher cujo poder de fascinar nunca enfraqueceu. A história de Maria Antonieta foi recontada e reinterpretada por cada geração para atender aos seus próprios interesses. A combinação de glamour, espectáculo e tragédia que ela representa continua actualmente, como era no século XVIII."
As visões de excesso
Maria Antonieta evoca tanto visões de excesso quanto objectos e interiores de grande beleza. A arquiduquesa austríaca transformada em Rainha da França marcou profundamente o gosto e a moda europeia, criando um estilo distintivo que permanece universal. Esta exposição apresenta objectos requintados que lhe pertenceram, ao lado de peças inspiradas no seu legado — a herança de uma celebridade da modernidade inicial e a história de uma mulher cujo poder de fascinar jamais diminuiu.

Figurino, Andrea Grossi. Fotografia: Cortesia de Andrea Grossi. Cortesia Victoria and Albert Museum, London.

Kate Moss, com um Vestido de Sarah Burton para Alexander McQueen, Van Cleef & Arpels, e Julian d'Ys, The Ritz, Paris 2012. Fotografias de Kate Moss no Ritz de Paris para a edição de Abril de 2012 da Vogue Americana. Créditos da imagem: © Tim Walker. Cortesia Victoria and Albert Museum, London.


As palavras densas ora gelam ora incendeiam, não são cinzas. Por perigosas, certos poderes querem que elas percam futuro, definhem em jornais, livros, teatros, pensamentos
Ler implica esforços, lucidez, daí a sua conveniente desvalorização, o repetir-se que uma imagem vale mil palavras quando o contrário é igualmente verdadeiro: quantas mil imagens são necessárias para uma palavra só, como saudade?
Última trincheira da liberdade individual, porque visceralmente autónoma e intemporal, a escrita tornou-se difusora privilegiada de ideias, memórias, inovações, documentando cada época tal como, no concreto, muito do nela edificado.
As suas palavras podem revelar-se tão sólidas como as pedras, a literatura tão duradoura como a arquitectura.
Apesar disso (talvez por isso) ela, literatura, foi varrida pelos actuais órgãos de comunicação, ignorada pelos poderes, usurpada pelo fisco, infantilizada pelo ensino.
Ora o primeiro afloramento civilizacional que projectou Portugal além fronteiras, lembrava Fernando Pessoa, foi de natureza literária (poemas do Cancioneiro e crónicas de cavalaria), não militar, não comercial, não religiosa. Os nossos maiores génios, Camões e Pessoa, são poetas – universais.
A grande literatura pertence ao domínio do sagrado, não do super mercado, provocava outro génio, também poeta: Natália Correia.
F. D.
pires de absinto


Não vou amontoar metatretas. O futuro da casa não se segura em pilaresassim nem serve na sua mal guiada exaustão para base de café ou pires de absinto.
São os livros, rapaziada. são os livros. Que me hei-de
finar como um fitilho de páginas sepulto entre lombada e desfolhadas.
E rir do heroísmo em falta por tal feito.
foto: The Twilight Zone. 'Time Enough at Last' 1959. Burgess Meredith.

"Viver para os outros"
Natália Correia dizia que ela, mais do que viver com os outros "vivia para outros" – os que escolhia, defendia, subia.
Fernando Dacosta
Retrato talvez saudoso da menina insular


GAZA... há dúvidas sobre narrativa
de Paphus, Chipre, com amor
duas da tarde. sim, mais um copo disso! Da zivania aguada? perguntou Igor, à cautela a Giovani. Claro! eu não sou russo.

Igor fingiu não ter ouvido e encheu também o meu copo e o dele, porque é impossível suportar o calor de Paphos, sem deitar mão a uma zivania carregada de gelo. Lá do canto, Giovani voltou a resmungar de copo em riste contra Yale, o israelita. Vocês sempre vão ocupar Gaza por inteiro? Claro que sim, pá! Ah! Essa é boa! E qual é a história que vão inventar?
E emborcou o copo, mas respigou de imediato: qual é a porção de água nesta mistela? Meio a meio, porque o bagaço está nos 60 por cento de álcool, confirmou Igor. Yale? retomou Giovani. Se o Natanyahou também quiser rebentar com a nossa querida ilha, é só acender um isqueiro numa pipa de zivania. E desatou a gargalhar.
Querem mais gelo? perguntou o taberneiro Giorgio, homem imponente, filho de Afrodite, gerada nas ondas de Paphos. Põe o gelo num jarro, Giorgio. Olha lá! continuou Giovani. Os américas publicaram na CNN imagens de 6 campos de treino daquela malta,
junto ao muro, ainda antes do tal 7 de Outubro. Viste? Mas Yale não respondeu. Estava ocupado com os envios no telemóvel.
Giovani voltou à carga. Que raio de história tão mal contada. Então os vossos soldados nem tuz nem muz, lá empoleirados nas guaritas do muro mais vigiado do mundo? E Yale não respondeu. Se fosse um peido, respondias, azedou Gionavi à conta de tanta zivania.
E eu lembrei-me do Sobral português, vencedor de uma Eurovisão, que sumiu por causa de peidos. "Ei lá! Vocês batem palmas por tudo e por nada, até vão aplaudir os meus peidos!" disse e está desaparecido.
Giorgo! bota mais gelo no jarro, para cortarmos a zivania, pediu Giovani. Quem teve a bela ideia de pôr morangos e limão nisto. Eu, acusou-se Samio, o turco. A Turquia sabe temperar o islão com o cristianismo e sorriu. Foi por isso que nos meteram na NATO.
Aaah! teatralizou Giovani. Pois eu julgava que tinha sido para comprarem mais F16 aos américas, para eles darem gás ao sonho americano. Giovani! Sim?! Não bebas mais zivania. Então bebo o quê?
Paphos 5 de Agosto 2025
*nota: os nomes referidos não são os verdadeiros, exclulndo Sobral

nem toda a treta dá leite
Passo pelo tempo a caminho de outros afazeres, alontanado da coisa da vida.
Ou como aprendi de um amigo com idade para ser meu avô e destemperança
que chegasse para ser meu neto: 'olha de cautela, que nem toda a treta dá leite'.


um tgv chamado desejo
TGV Lisboa - PORTO: esbanjar dinheiro para caçar votos

A Streetcar Named Desire ou Um Eléctrico Chamado Desejo foi um filme drama norte-americano de 1951, dirigido por Elia Kazan, e com roteiro baseado na peça A Streetcar Named Desire, de Tennessee Williams.
O enredo: DuBois é uma madura mas ainda atraente mulher sulista que gosta da virtude e da cultura mas que usa isso como escudo para esconder sentimentos de amargura e desilusão, além do vício do alcoolismo. Ao mesmo tempo em que foge da realidade, Blanche ainda busca atrair pretendentes. Ela chega ao apartamento da irmã Stella Kowalski, em New Orleans, usando o bonde (elétrico) que faz a rota chamada "Desire".
Esse novo ambiente abala os nervos de Blanche. Stella teme a reação do marido Stanley com os modos e a doença da irmã. Blanche diz que trabalhava como professora de inglês, mas que teve de parar por causa de sua doença nervosa. Na verdade ela foi despedida por se envolver com um garoto de 17 anos de idade. Seu marido se suicidara e ela fugira da sua cidade para escapar dos problemas. in wiki

gostei do título de um extraordinário filme inspirado no livro de Tennessee Williams, e parece-me ser um bom mote para o disparate da construção de uma linha ferroviária de Alta Velocidade (TGV) entre Porto e Lisboa.
Querem usar o nosso dinheiro (fruto do trabalho dos portugueses) para engordar os empresários que vivem à custa dos dinheiros públicos e para tal dão gás a ideologias populistas.
(Viajei há um mês para o Porto no comboio Inter-Cidades e voltei no Alfa, com uns 30 passageiros (contei-os ainda nas plataformas de embarque)!
O TGV vai custar 8 mil milhões de euros para transportar diariamente apenas 300 passageiros para um lado e para o outro. E não foi revelado ainda o custo-benefício de esta nova obra faraónica. Nem se sabe se Portugal vai fabricar um único parafuso. O mais certo será um pacote-chave na mão impingido pela Alemanha, com recurso aos escravos angolanos a carregar brita.
TGV vai demorar o mesmo tempo do Alfa
Querem reduzir o tempo de viagem para 1h 15 minutos, agradando aos 300 felizardos e sobretudo às cidades e vilarejos... onde o TGV vai parar, para caçar votos.Feitas as contas, o TGV irá demorar as mesmas 3 horas do Alfa-Pendular.
Seria mais justificável a ligação à rede de Espanha- Europa, numa linha Lisboa a Badajoz, via Alentejo. Mas não acontecerá porque atravessaria o deserto do Alentejo (Mário Lino em 2007). E um deserto populacional não dá votos. Nessa lógica as próximas linhas TGVs serão a de Sintra e a de Cascais! Os políticos gostam de alimentar desejos... perdulários
Eduardo Gageiro

O "Amor" de Eduardo Gageiro
A foto de um jovem casal aos beijos, tirada em Amesterdão em 1972, (quando os beijos em publico eram proibidos em Portugal) serviu de capa ao novo álbum de Eduardo Gageiro com o intitulo Amor, considerada uma das melhores imagens do século.
Eduardo Gageiro, 90 anos, foi um dos maiores fotógrafos de todos os tempos.
António Brás


Nasceu em Sacavém, foi um de três irmãos, os seus pais eram proprietários de uma modesta casa de pasto, onde também se vendia bacalhau e se aquecia as marmitas dos trabalhadores da Fábrica de Louça, que ficava defronte. Cedo começou a aviar copos de vinho aos trabalhadores da fábrica, onde também ingressou, por volta dos 11 anos, como paquete, por ordem do pai, e depois como empregado de escritório.
Com apenas 12 anos tomou de empréstimo uma máquina de plástico do irmão (Kodak Baby) e começou a receber aulas de arte e composição do escultor Armando Mesquita, trabalhador na fábrica de Louça de Sacavém. Fotografava os trabalhadores à saída da fábrica e viu uma fotografia sua publicada na 1.ª página do Diário de Notícias em 1947. in wikipedia


A foto de Munique...
Eduardo Gageiro: Foi colaborador das principais publicações portuguesas e estrangeiras e da Presidência da República. Tem trabalhos reproduzidos um pouco por todo o mundo, com os quais ganhou mais de 300 prémios internacionais. Foi o único fotógrafo do mundo a fotografar os terroristas que sequestraram os atletas israelitas da aldeia olímpica nos Jogos Olímpicos de Munique, em 1972. Uma foto dificil de encontrar por motivos talvez explicáveis: a mania do secretismo

Gageiro preso em Israel
Excerto da entrevista de José Cabrita Saraiva em O Sol
"Estive em 70 países, até em ditaduras: Iraque, Cuba, União Soviética, China. Só tive problemas num sítio: Israel. Quando estava a fazer o livro Fé – Olhares Sobre o Sagrado, quis ir a Jerusalém, porque há provas de que Jesus Cristo existiu e está sepultado lá. Fui numa excursão. Não se vê nada.
Acaba a excursão e fico lá dez dias sozinho, a fotografar para mim. A Igreja do Santo Sepulcro, etc. Um dia vejo um jovem palestiniano de calções e t-shirt ser parado e despido na rua. Para humilhar. E fotografei. Imediatamente sou preso.
Vale que levava daqui uma carta de apresentação da embaixada a dizer quem eu era e para não me tratarem mal. Se não tinha lá ficado. É o único país do mundo onde não gostaria de voltar."
A lista impressionante de prémios de Letria
Designadamente em França, onde o seu livro "Um Amor Português", com tradução de Séverine Rosset, foi publicado com a chancela da Albin Michel. A sua obra poética foi objecto de uma dissertação de Mestrado apresentada em 2003 na Universidade Aberta pela drª Fátima Azóia.
A sua obra literária foi distinguida, até à data, com dois Grandes Prémios da APE ( conto e teatro), com o Prémio Internacional Unesco (França), com o Prémio Aula de Poesia de Barcelona, com o Prémio Plural (México), com o Prémio da Associação Paulista de Críticos de Arte (São Paulo).
E ainda com um Prémio Gulbenkian, com o Grande Prémio Garrett da Secretaria de Estado da Cultural, com o Prémio Eça de Queirós-Município de Lisboa (duas vezes).

Focado nos países lusófonos
Destaque-se o seu importante contributo nos últimos anos para que o direito de autor se implante nos países da lusofonia com a sustentabilidade desejada e merecida.
A partir de 2013 foi lançado um projecto de cooperação com os países africanos lusófonos e com Timor-Leste que, em 2014 e 2015, teve significativos desenvolvimentos em Angola e em Timor com a passagem da UNAC, em Luanda, a sociedade de gestão colectiva e com a criação em Díli da primeira sociedade de autores nacional e do Código do Direito de Autor e dos Direitos Conexos.
Deste modo, facultando apoios nas áreas da informática, do direito, dos recursos humanos e outros, a SPA tem vindo a contribuir para que o direito de autor seja uma realidade sólida e com futuro em países onde se fala e escreve a língua portuguesa.
José Jorge Letria tem sido o principal dinamizador de um projecto que recebe o aplauso das sociedades de autores de vários continentes e que serve de referência para o seu trabalho de crescimento e comunicação.
https://youtu.be/G-RPjMshOso?t=948
E também com o Prémio Ferreira de Castro de Literatura Infantil ( três vezes), com o Prémio "O Ambiente na Literatura Infantil"(três vezes), com o Prémio Garrett, com o Prémio José Régio de Teatro e com o Prémio Camilo Pessanha do IPOR, entre muitos outros.
O seu livro para crianças "O Homem que Tinha uma Árvore na Cabeça" integrou, em 2002, a lista "Books and Reading for Intercultural Education", da União Europeia. O essencial da sua obra poética encontra-se condensado nos dois volumes da antologia "O Fantasma da Obra", publicados em 1994 e em 2003, ano em que completou três décadas de actividade literária em livro.
Um combatente pela liberdade
Foi, antes do 25 de Abril, um dos nomes mais destacados da canção da resistência (com vários discos gravados e centenas de espectáculos realizados, nomeadamente na Galiza e em Madrid, em 1972 e 1973) ao lado de nomes como José Afonso, Adriano Correia de Oliveira e Manuel Freire, tendo sido agraciado, em 1997, com a Ordem da Liberdade pelo Presidente Jorge Sampaio. Em Paris foi-lhe atribuída a medalha da Internationale des Arts et des Lettres.
É membro da World Literary Academy. Integrou durante seis anos o Bureau Executivo da Associação dos Eleitos Locais e Regionais da Grande Europa para a Cultura, tendo sido membro da Comissão de Redacção do Livro Branco sobre as Políticas Culturais na Europa.
A grande projecção de Letria na UE
Presidiu, em 2012, ao júri nacional do Prémio Literário da União Europeia, integrando, nessa condição, o júri europeu, em Bruxelas. É, desde Janeiro de 2011, presidente da Direcção e presidente do Conselho de Administração da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA). Integra, desde Abril de 2005, em representação da SPA, o Comité Executivo do Writers and Directors Worldwide.
É ainda membro da Direcção do Grupo Europeu de Sociedades de Autores (GESAC), com sede em Bruxelas. Assumiu em Abril de 2014 as funções de presidente do Comité Europeu da confederação Mundial das Sociedades de Autores. Integra, desde Julho de 2017, o Conselho Estratégico da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias.
https://youtu.be/GfqOv5mdxcM




O mosaico retrata uma menina da Síria que perdeu toda a família na guerra, onde se envolveram durante largos anos EUA, Grâ-Bretanha, França e Rússia num pro-e-contra o ditador sírio. E a menina? E os outros meninos? JRR





A carreira profissional de Alfredo Cunha principiou em 1970, ligada inicialmente à publicidade e fotografia comercial. Foi colaborador do jornal Notícias da Amadora (1971), integrando depois os quadros do jornal O Século e da sua revista O Século Ilustrado, de Lisboa, em 1972.
Destacou-se como fotógrafo da revolução de 25 de Abril de 1974, captando algumas das imagens mais memoráveis do acontecimento. Também documentaria imagens da Descolonização, com a chegada dos "retornados" a Lisboa, em 1975.
Sete anos de jornal Público
Trabalhou depois para a Agência Noticiosa Portuguesa (ANOP), a partir de 1977, a Notícias de Portugal, a partir de 1982, e para a Agência LUSA, resultante da fusão das anteriores, desde 1987. Foi também o fotógrafo oficial do Presidente da República, general António Ramalho Eanes, de 1976 a 1978, como seria depois do seu sucessor, Mário Soares, de 1986 a 1996.
Trabalhou também como editor de fotografia no diário Público, de Lisboa, de 1990 a 1997, e do Grupo Edipresse, a partir de 1997. Foi depois editor do Jornal de Notícias, do Porto, de 2003 a 2012, e director de fotografia da Global Imagens.
Passou a ser freelancer em 2012. Durante a sua carreira, documentou acontecimentos internacionais como a queda do regime comunista na Roménia, em 1989, e a Guerra do Iraque, em 2003. A 13 de fevereiro de 1996, foi agraciado com o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique.
A maior exposição da sua obra foi realizada com o título de Tempo Depois do Tempo. Fotografias de Alfredo Cunha, 1970-2017, reunindo 480 fotografias de toda a sua carreira na Galeria Municipal da Cordoaria Nacional de Lisboa, em Março-Abril de 2017.



https://youtu.be/djiVJEEKEoM?si=M5Wu-DYUJdxd67u7

Medalha cultural para José Manuel Castanheira do Teatro S. Carlos
José Manuel Castanheir, cenógrafo no Teatro Nacional de São Carlos, vai ser agraciado vai ser agraciado pelo Governo com a Medalha Cultural
É Doutorado em Arquitetura pela Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa onde é professor desde 1982.
A sua obra é caracterizada pela diversidade e interdisciplinariedade das áreas que aborda, nomeadamente a Cenografia do Espectáculo e das Exposições/Museologia, a Arquitectura Teatral e a Pintura.
Realizou mais de 250 cenografias em 15 países.

Em 2010 foi eleito membro da Real Academia de Belas Artes de Espanha.É o coordenador para a Europa do projecto Teatros da América Latina sob o patrocínio da OISTAT/UNESCO-Organização Mundial de Cenógrafos, Técnicos e Arquitectos de Teatro.
(transcrição biografia Faculdade de Arquitectura Lisboa)
Exposição no Pompidou
Em 1993 o Centre Georges Pompidou-Paris e em 2015 o Festival Internacional de Teatro de Almada exibiram exposições retrospectivas da sua obra
Em Lisboa e na Figueira da Foz teremos "Wonderful town", levado a cabo pelo Tatro Nacionasl de Saõ Carlos. «A minha vida dava um livro», foi o que pensou Ruth McKenney quando escreveu crónicas acerca do seu dia-a-dia. Mal sabia que daria origem a um filme… e a um musical de Leonard Bernstein.
Nos anos 30 do século XX, as irmãs Ruth e Eileen McKenney mudaram-se de Columbus (Ohio) para Nova Iorque, em busca de oportunidades. A bela Eileen era aspirante a atriz e Ruth sonhava ser escritora.
Foi no The New Yorker que escreveu curtas histórias autobiográficas, que viriam a ser reunidas em livro, em 1938. My sister Eileen, que relata as inusitadas aventuras das duas irmãs num bairro repleto de figuras curiosas, tornou-se um sucesso. A popularidade do livro fez com que fosse adaptado a uma peça de teatro (1940), um filme (1942) e, em 1953, num musical composto por Leonard Bernstein.
Celebração liberdade e a tolerância
A produção original teve 559 representações e o musical recebeu cinco Tony Awards, incluindo o de melhor musical. Números musicais como One hundred easy, Ways to lose a man, Conga!, Swing! e Wrong note rag são perfeitos exemplos da vivacidade, ritmo contagiante e alegria do musical que celebra a diversidade, a liberdade e a tolerância. (do site do Teatro nacional de São Carlos)



Sebastião Ribeiro Salgado Júnior OMC (Aimorés, 8 de fevereiro de 1944 – Paris, 23 de maio de 2025) foi um dos maiores fotógrafos documentais e fotojornalista . Salgado viajou por mais de 120 países. A maioria deles apareceu em inúmeras publicações de imprensa e livros. Exposições itinerantes de seu trabalho foram apresentadas em todo o mundo.
Sebastião Salgado fotografou sempre a preto e branco. Nas suas fotos ressalta o respeito pela Humanidade e a sua determinação em mostrar o significado alargado dos acontecimentos.Economista de formação, Sebastião Salgado nasceu em 1944, em Minas Gerais e vivia em Paris, França. Iniciou sua carreira de fotógrafo em 1973 Em 2014, o documentário O Sal da Terra, codirigido pelo premiado cineasta alemão Wim Wenders e por Juliano Ribeiro Salgado, filho de Sebastião, foi premiado em Cannes e indicado ao Oscar de Melhor Documentário.

https://youtu.be/bY6HdPMtqpA?si=w-kRej645D2buY4M


Amnistia Internacional
apela à salvação dos mares
A Amnistia Internacional lançou uma petição para impedir que os plásticos continuem a ser vazados nos oceanos. A petição é assinável na página da Amnistia Já não sáo só as gigantescas ilhas de plástico, com quilómetros quadrados de extensão, que levantam grandes receios.
Agora começa a praga dos micro-plásticos ou seja dos plásticos que se decompõem e entram na corrente alimentar. Quando comemos peixe, já estamos a ingerir micro particulas de plástico.

Ana Lacerda a bailarina comendadora
Dançou a maior parte do repertório apresentado pela Companhia Nacional de Bailado, e enquanto bailarina Solista e Principal interpretou obras dos dezenas de autores consagrados Foi artista convidada em vários países, incluindo Alemanha, Itália, Rússia, Espanha, França, Holanda, Chéquia, EUA e Tailândia.
Teve como partenaires convidados, bailarinos como Carlos Acosta, Alen Bottaini, Filip Barankiewicz, Romel Frometa e Francisco Rousseau, entre outros.A sua versatilidade artística mereceu-lhe menções de destaque pelas suas interpretações de papéis tanto de caráter clássico como moderno e contemporâneo.

https://youtu.be/mRiluOi9j5I?si=kvCqu3Mh7QykLudU
Ana Lacerda é bailarina Principal da Companhia Nacional de Bailado desde 1995. Integrou o elenco da Companhia em 1988. E tornou-se comendadora. Recebeu de Jorge Sampaio a Comenda da Ordem do Mérito no Palácio de Belém.
https://youtu.be/QCc74tTVL5Y?si=pE0bb-clAQRB_2w3
Natural de Lisboa, iniciou os seus estudos de dança aos cinco anos de idade. Frequentou a Escola do Centro de Formação Profissional da Companhia Nacional de Bailado do Teatro Nacional de São Carlos. Em 2003 e 2006 foi convidada a representar a NIKE WOMAN.
Em 2008 recebeu, pelas mãos dos Amigos da Dança, o Prémio Carreira, pelos seus 20 anos de carreira e pela sua interpretação no bailado Lago dos Cisnes. Em 2009 recebeu o prémio de Melhor Bailarina na área de dança clássica no I Festival Prémios da Dança realizado em Portugal.
Atualmente dedica-se a dar coaching a bailarinos profissionais, jovens e crianças de várias escolas do país. (textos baseados em texto do site da Companhia Nacional de Bailado)
https://youtu.be/dP_AKRFCe9Q?si=qZmrvUJO_OStyGhQ


As questões podem ser académicas: a primeira página define um livro e também caracteriza o autor? Irving Wallace foi mais longe e apontou para o primeiro parágrafo de cada livro. Disse Wallace serem as primeiras linhas que agarravam o leitor, ao passar numa livraria.
Hoje deixamos a primeira página de Niassa de Francisco Camacho, filho de dois notáveis jornalistas Rui Camacho e Helena Marques, também ela escritora, ambos já não estão entre nós

FRANCISCO CAMACHO nasceu em 1969 no Funchal, Madeira, e é jornalista. Foi redactor e editor do semanário O Independente, redactor e director-adjunto da Grande Reportagem, director da Volta ao Mundo; director da NS, a revista de sábado do Diário de Notícias e do Jornal de Notícias.
Recebeu o Prémio Revelação do Clube Português de Imprensa (1992) e o Prémio Fernando Pessoa de Jornalismo (1998). «Niassa» foi o seu primeiro romance (ASA, 2007). SEguiram-se mais dois: A Última Canção da Noite (Dom Quixote, 2013) e O Monte do Silêncio (Dom Quixote, 2023).
Niassa foi distinguido com o prémio PEN Clube Português na Categoria Primeira Obra em 2007. A Última Canção da Noite foi publicado também em França pela editora Asphalte, em 2019, com o título Dernier Chanson Avant La Nuit.


As questões podem ser académicas: a primeira página define um livro e também caracteriza o autor? Irving Wallace foi mais longe e apontou para o primeiro parágrafo de cada livro. Disse Wallace serem as primeiras linhas que agarravam o leitor, ao passar numa livraria. Hoje deixamos a primeira página A Rainha Ginga de José Águalusa.

A Rainha Ginga, conta a vida fantástica de Dona Ana de Sousa, a Rainha Ginga (1583-1663), cujo título real em quimbundo, "Ngola", deu origem ao nome português para aquela região de África. É a história de uma relação de amor e de combate permanente entre Angola e Portugal, narrada por um padre pernambucano que atravessou o mar e recorda personagens maravilhosos e esquecidos da nossa história - tendo como elemento central a Rainha Ginga e o seu significado cultural, religioso, étnico e sexual para o mundo de hoje.

José Eduardo Agualusa (Huambo, 13 de Dezembro de 1960) é um jornalista, escritor e editor angolano de ascendência portuguesa e brasileira
Nasceu em Huambo, é neto materno de Joaquim Fernandes Agualusa, Oficial da Ordem Civil do Mérito Agrícola e Industrial Classe Industrial a 13 de Maio de 1960.
Estudou agronomia e silvicultura no Instituto Superior de Agronomia da Universidade Técnica de Lisboa. Colaborou com o jornal português Público desde a sua fundação; na revista de domingo desse diário (Pública) assinava uma crónica quinzenal. Escreveu crónicas para a revista portuguesa LER e o portal Rede Angola. Escreve crónicas para o jornal brasileiro O Globo e para a revista portuguesa Visão. Na RDP África é realizador do programa A Hora das Cigarras, sobre música e poesia africana. in Wikipédia

Primeira Página: A Rocha Branca de Fernando Campos
Eis a primeira página A Rocha Branca de Fernando Campos. Era um homem sereno, que adorava escrever e vivia sobressaltado com o filho.



Fernando
Campos
nasceu a 23.5.1924, em Águas-Santas,
concelho da Maia, distrito do Porto.
Cursou e licenciou-se em Filologia Clássica pela Universidade de Coimbra. Leccionou no ensino secundário em várias escolas técnicas e liceus do país, sendo o último o Liceu Pedro Nunes em Lisboa.
Em 1986 escreveu o romance A Casa do Pó que logo lhe deu notoriedade e o colocou a par dos grandes romancistas portugueses do século XX. Desde então escreveu e publicou vários romances, nem sempre de cariz histórico, entre os quais se contam A Esmeralda Partida, A Sala das Perguntas, O Prisioneiro da Torre Velha e O Cavaleiro da Aguia. Viúvo, continuou a dedicar-se à literatura e a outras artes. A Rocha Branca foi o seu último romance histórico

As questões podem ser académicas: a primeira página define um livro e também caracteriza o autor? Irving Wallace foi mais longe e apontou para o primeiro parágrafo de cada livro. Disse Wallace serem as primeiras linhas que agarravam o leitor, ao passar numa livraria.
Rodrigo Guedes de Carvalho nasceu em 1963, no Porto.
Estreou-se na ficção com o romance Daqui a Nada (1992), vencedor do Prémio Jovens Talentos da ONU.
Seguiram-se-lhe A Casa Quieta (2005), Mulher em Branco (2006), Canário (2007), O Pianista de Hotel (2017) - Prémio Autores SPA Melhor Livro de Ficção Narrativa 2018 -, Jogos de Raiva (2018), Margarida Espantada (2020), Cuidado com o Cão (2022) e As Cinco Mães de Serafim (2023) - semifinalista do Prémio Oceanos 2024.

PRIMEIRA PÁGINA
Matarás Um Culpado e Dois Inocentes
de Rodrido Guedes de Carvalho
Elogiado pela crítica, foi considerado uma das vozes mais importantes da nova literatura portuguesa.
É autor dos argumentos cinematográficos de Coisa Ruim (Filme de Abertura do Fantasporto 2006) e Entre os Dedos (2009), e também da peça de teatro Os Pés no Arame (2002). Matarás Um Culpado e Dois Inocentes é o seu décimo livro. (in livro)

As questões podem ser académicas: a primeira página define um livro e também caracteriza o autor? Irving Wallace foi mais longe e apontou para o primeiro parágrafo de cada livro. Disse Wallace serem as primeiras linhas que agarravam o leitor, ao passar numa livraria.
Bruno Vieira Amaral (Barreiro, 1978) é um escritor, crítico literário e tradutor português. É licenciado em História Moderna e Contemporânea, pelo ISCTE.
https://youtu.be/TQo__6PVJA8?si=FffNrosB-r0s3_WL




No ano de 2002 foi selecionado para a Mostra Nacional de Jovens Criadores através da sua poesia. Fez várias colaborações no DN Jovem, na revista Atlântico e no jornal i. Atualmente, executa as tarefas de crítico literário, tradutor e autor do Guia Para 50 Personagens da Ficção Portuguesa, e é autor de vários blogues, como o Circo da Lama. É, ainda, editor-adjunto da revista LER e assessor de comunicação das editoras do Grupo Bertrand Círculo. in wiki

Gaza, Natanyahu reescreve
História Universal da Infâmia de Jorge Luís Borges
A invasão da Faixa de Gaza por Israel é uma página negra da História dos Homens. Pior só a História Universal da Infâmia de de Jorge Luís Borges. Ou igual só Holocausto Judeu da 2ª Guerra Mundial.
O pretexto do alegado ataque de 7 de Outubro transformou a Faixa de Gaza num cemitério a céu aberto, onde já morreram - em 22 meses de invasão - mais de 60 mil palestinos, 20 mil dos quais crianças (segundo dados das Organização das Nações Unidas- ONU).
É hoje evidente que o primeiro-ministro quer reduzir a cinzas a resolução 194 da ONU de 11 de Dezembro de 1948 que criou o Estado de Israel e da Palestina.
O governo de Netanyahu já falou em bomba nuclear para "limpar" a futura "Riviera de Gaza".
E também propôs uma ilha artificial ao largo de Haifa para enfiar os palestinos e agora fala em exportação dos 2,5 milhões de palestinos de Gaza para o Sudão - um estado ruína, devastado pela fome e guerra.
Conversa vai, conversa vem, Natanyahu vai matando à fome e à bala os palestinos. Lavra, inclusivé, os cemitérios com bulldozers e varre a tiro de morte quem procura comida. A área da Faixa de Gaza equivale à distância entre Lisboa e Setúbal (50 km), com metade da largura da Península de Setúbal (10 km). jrr

Publicado em 1935, História Universal da Infâmia é uma coletânea de contos do escritor argentino Jorge Luis Borges. A obra reúne sete relatos ficcionais inspirados em figuras históricas e criminosas, além de alguns textos adicionais. Com uma linguagem precisa e um estilo que mescla realidade e fantasia, Borges explora os limites entre a verdade histórica e a imaginação literária.
"O Cruel Redentor Lazarus Morell"
Os contos de História Universal da Infâmia apresentam personagens marcados por atos de crueldade, engano e transgressão. Entre as histórias mais conhecidas estão "O Cruel Redentor Lazarus Morell", que narra as artimanhas de um explorador de escravizados em fuga, e "O Provedor de Iniquidades Monk Eastman", que descreve a trajetória de um gângster de Nova York.
Outro conto marcante é "A Viúva Ching – Pirata", que relata a vida de uma temida líder pirata chinesa. Borges transforma esses relatos em reflexões profundas sobre a moralidade, a identidade e o destino. O livro também inclui três textos curtos sob o título "Etcetera", nos quais o autor amplia sua experimentação literária.
O destino e a busca de significado
Um tema recorrente na obra é a relação entre realidade e ficção. Borges mistura fatos históricos com elementos imaginários, questionando a veracidade dos relatos oficiais. Esse jogo entre verdade e invenção revela a fragilidade da história como um registro objetivo dos acontecimentos.
Outro tema importante é a infâmia como expressão da condição humana. Os personagens, apesar de suas ações condenáveis, são retratados com certa ambiguidade moral, sugerindo que a linha entre o bem e o mal é tênue e complexa. Borges também explora a ideia do duplo, refletindo sobre as múltiplas facetas da identidade e os limites da percepção humana.
O simbolismo em História Universal da Infâmia aparece na figura do labirinto, que representa a complexidade do destino e a busca incessante por significado. Os contos funcionam como pequenas peças de um quebra-cabeça maior, em que as fronteiras entre o real e o imaginário se confundem.
https://youtu.be/7Vz6Wkbqp6A?si=F7ABb8ZWGQ8MYgYQ
Jorge Francisco Isidoro Luis Borges Acevedo (Espanhol: [ˈxoɾxe ˈlwis ˈβoɾxes] (escutar Buenos Aires, 24 de agosto de 1899 — Genebra, 14 de junho de 1986) foi um escritor, poeta, tradutor, crítico literário e ensaísta argentino, considerado um dos maiores escritores do século XX.
Sua obra, que dialogava com o surrealismo e a literatura fantástica, exerceu grande influência sobre o boom latino-americano e a literatura contemporânea em geral.
Professor universitário público
Fez o colegial no Colégio Calvino, na Suíça. Estudou Direito na Universidade de Buenos Aires. Mais tarde, Borges estudou na Universidade de Cambridge para tornar-se professor. Foi, ainda, diretor da Biblioteca Nacional de Buenos Aires.
Em 1914, sua família mudou-se para Suíça, onde estudou e de onde viajou para a Espanha. Quando regressou à Argentina em 1921, Borges começou a publicar seus poemas e ensaios em revistas literárias surrealistas. Também trabalhou como bibliotecário e professor universitário público.
Em 1955, foi nomeado diretor da Biblioteca Nacional da República Argentina e professor de literatura na Universidade de Buenos Aires.
Aviões: Israel 365; Palestina 0
https://youtube.com/shorts/QmWz0FWwo-U?si=Z5CMbT549zxu1Hed

A Resolução 194 da Assembleia Geral das Nações Unidas foi adotada pela ONU em 11 de dezembro de 1948, e tinha como objetivo pôr fim à Guerra Árabe-Israelense de 1948 e resolver o problema dos refugiados na Palestina.
A Resolução prescrevia o estabelecimento de uma comissão de conciliação para facilitar a paz entre os Estados Árabes e Israel, dando continuidade aos esforços do mediador da ONU, Folke Bernadotte, que havia sido assassinado.
Também reconhecia o direito de retorno dos refugiados aos seus lares. A guerra civil de 1948, entre as comunidades judia e árabe da Palestina e, depois, a guerra entre Israel e seus vizinhos vizinhos árabes provocaram o êxodo de 725 000 dos 900 000 árabes palestinos que viviam nos territórios que atualmente formam o estado de Israel.
https://youtu.be/iEpwgDez1DY?si=C0SF-b69PstFWdpJ
https://youtu.be/DbSiXYkHG64?si=9ouIhkapHIeCr0BA
Em 1961, destacou-se no cenário internacional quando recebeu o primeiro prêmio internacional de editores, o Premio Formentor de las Letras Internacional, compartilhado com o dramaturgo Samuel Beckett. No mesmo ano, recebeu do então presidente da Itália, Giovanni Gronchi, a condecoração da Ordem do Comendador.
Suas obras abrangem o "caos que governa o mundo e o caráter de irrealidade em toda a literatura". Seus livros mais famosos, Ficciones (1944) e O Aleph (1949), são coletâneas de histórias curtas interligadas por temas comuns: sonhos, labirintos, bibliotecas, escritores fictícios, livros fictícios, religião e Deus. Seus trabalhos têm contribuído significativamente para o gênero da literatura fantástica.
Estudiosos notaram que a progressiva cegueira de Borges ajudou-o a criar novos símbolos literários através da imaginação, já que "os poetas, como os cegos, podem ver no escuro".[6][7] Os poemas do seu último período dialogam com vultos culturais como Spinoza, Luís de Camões e Virgílio.
O artigo 7 da Resolução concerne à proteção e o livre acesso aos lugares religiosos. Os artigos 8 e 9 referem-se à cidade de Jerusalém (desmilitarização e livre acesso, controle pelos capacetes azuis). A resolução foi adotada por 35 dos 58 estados membros da ONU, à época, embora os seis países árabes então representados (Egito, Iraque, Líbano, Arábia Saudita, Síria e Iêmen) e envolvidos no conflito em questão, tivessem votado contra. Israel ainda não eram membro da ONU. in WIKI
Posteriormente, Israel bloqueou o retorno dessa população deslocada, o que foi reivindicado pelos Estados árabes e pelos negociadores da ONU. Com base nas recomendações de Folke Bernadotte, a Assembleia Geral votou então pelo direito de retorno a Israel. A resolução nunca foi obedecida, embora seja frequentemente invocada pelos juristas e negociadores, no âmbito da problemática dos refugiados palestinos.
Segundo um estudo realizado por Antonio Andrade, Jorge Luis Borges tem ascendência portuguesa: o bisavô de Borges, Francisco, teria nascido em Portugal, em 1770, e vivido na localidade de Torre de Moncorvo, situada no Norte de Portugal, antes de emigrar para a Argentina, onde teria casado com Cármen Lafinur.

Palestina na Feira
https://youtu.be/mLerm9fslsk?si=Z78pCVwRdbjdTX5a
Uma trabalhadora de uma editora apelou à solidariedade com a Palestina, aproveitando a presença de várias televisões, rádios e jornais, que seguiam o Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa na visita à Feira do Livro de Lisboa. Marcelo ficou incomodado com o facto da manifestante dizer que p cidadão raramente fala, ao contrário do Presidente. E ainda com a inflexibilidade da manifestante em não querer escutar as suas palavras. https://youtu.be/NgtFxnWNbrQ?si=IrwUWQJBj4JS53qE



Arthur Miller (Nova Iorque, 17 de outubro de 1915 – Roxbury, 10 de fevereiro de 2005) foi um dramaturgo norte-americano, conhecido por ser o autor das peças Morte de um Caixeiro Viajante (Death of a Salesman) e The Crucible (pt - As Bruxas de Salem; br - As Feiticeiras de Salem), e por ter se casado com a atriz Marilyn Monroe. Morreu de insuficiência cardíaca crônica, aos 89 anos, em Roxbury, Connecticut. (da wiki)
FOTOS ETERNAS
Quando Arthur Miller se apaixonou por Marilyn
são "fotografias eternas" disponibilizadas no site Life. Fotos de tempos passados que moldaram o nosso actual mundo. Um caminho registado por grandes mestres fotógrafos com excelente técnica: fotos icónicas
Marilyn Monroe foi diversas vezes capa da Life. O seu romance com Arthur Miller (considerado na altura escritor de esquerda na América) foi muito fotografado. Arthur abandonaria mais tarde Marilin para casar com uma assitente de uma filme seu em parceria com Marilyn.
O seu nome era Norma Jeane Mortenson nasceu em Los Angeles, 1 de junho de 1926 , onde morreu a 4 de agosto de 1962. Em circunstâncias nunca esclarecidas. Alguns dizem que um alegado romance com o John Kennedy e seu irmão Robert pode ser a chave do mistério da sua morte. Marilyn foi modelo, cantora e estrela de cinema de Hollywood. É um dos maiores símbolos sexuais do século XX,




Miller comunista?
Segundo a wiki, Miller compareceu perante a House Un-American Activities Committee ("Comité parlamentar das atividades antiamericanas"), depois de ter sido denunciado por Elia Kazan por ter participado em reuniões do Partido Comunista. No final do mês casou-se com Marilyn Monroe, que tinha conhecido oito anos antes, apresentado, exatamente, por Kazan.
Em 31 de maio de 1957, Miller foi considerado culpado de desobediência ao Congresso por recusar-se a revelar os nomes dos membros de um círculo literário suspeito de pertencer ao Partido Comunista. A sua condenação foi anulada pelo Tribunal Federal de Apelação (U.S. Court of Appeals) no dia 8 de agosto de 1958. No mesmo ano, publicou as suas peças na coletânea Collected Plays.
Divorcia-se de Marilyn a 24 de janeiro de 1961. Casou-se, um ano mais tarde, com Inge Morath, a 17 de fevereiro de 1962. Conheceram-se enquanto os fotógrafos da agência Magnum documentavam a realização do filme The Misfits ("Os Inadaptados".

Teresa da Palma Pereira abre Festival de Oeiras ,
com Mozart, Chopin, Liszt e a inspiração flamenca de Turina e Falla de 6 de Julho. Nesse dia, o FIPO homenageia o pioneiro Festival de Música do Estoril, na pessoa do seu fundador e diretor artístico, Piñero Nagy. O VIII FIPO é dedicado a Bach e a Ravel, no 150º aniversário do seu nascimento. Em três dos cinco concertos serão tocadas peças de Ravel e o de Angela Hewitt vai ser dedicado às Variações Goldberg de Bach.
Abriram as inscrições para o recital de abertura do Festival Internacional de Piano de Oeiras (FIPO).
O Recital de Abertura do FIPO decorrerá no domingo, 29 de junho, às 18 horas, no Auditório Municipal Ruy de Carvalho, em Carnaxide. Os restantes recitais decorrerão nos dias 6, 13, 20 e 27 de julho, sempre ao domingo e às 18 horas, no mesmo auditório. A entrada é livre, mas, devido à intensa procura, os ingressos para cada recital são previamente reservados ao cuidado do Festival: https://www.fipoeiras.com Nesse site podem também consultar o programa pormenorizado.

A América já foi assim... há 50 anos



Nick e Bobby Ercoline são um casal norte-americano de 70 anos que sempre gostou demonstrações públicas de ternura, viu desde logo no Festival de Woodstock.
Agora, decorridos mais de 50 anos sobre a foto de Burk Uzzle, de Woodstock que os imortalizou tornando-se a capa do disco do festival, o casal casal regressou a Woodstock para recordar como foi feita a famosa foto.
O Holocasto do Povo Palestino
https://youtu.be/OW-rl3Vuefg?si=QYh1plROzm7gOn8D
https://youtu.be/OW-rl3Vuefg?si=QYh1plROzm7gOn8D
Gaza: matar à fome não é guerra
Sindicato apela a doações para os jornalistas a morrem de fome em Gaza
https://youtu.be/kEr_cjtZ57k?si=FVsXwQAtBP0cuNHY
https://youtube.com/shorts/L3nHmxR2zb4?si=mqDyQS4PW_sLLaLy
https://youtu.be/qNsNK2S-pFU?si=grjDcuQLU7QywGCW
"Não podemos limitar-nos a oferecer palavras de apoio aos nossos colegas em Gaza. Apelamos a todos os jornalistas que possam fazê-lo que façam uma doação através do Fundo de Segurança da IFJ, que garantirá que os fundos angariados sejam utilizados da forma mais eficaz e segura possível", acrescentou Maja Sever. O donativo pode ser feito para o Fundo de Segurança da IFJ através de nome do banco: BNP Paribas Fortis BIC: GEBABEBB
IBAN: BE64 2100 7857 0052 Nome: AISBL Federation Internationale des Journalistes
Sindicato lança apelo por doações aos jornalistas que morrem de fome em Gaza O Sindicato dos Jornalistas associou-se a uma iniciativa da Federação Europeia de Jornalistas (FEJ) e apela a todos os jornalistas portugueses que ajudem os jornalistas palestinianos e famílias que morrem de fome em Gaza desde que se acentuou o cerco israelita. A iniciativa, "De Jornalista para Jornalista", nasceu de conversas entre a presidente da FEJ, Maja Server, e o presidente do Sindicato Palestiniano de Jornalistas (SPJ), Nasser Abu Bakr, sobre a dramática situação vivida em Gaza que afeta também os nossos camaradas de profissão.
Através desta nova iniciativa conjunta, "De Jornalista para Jornalista", FEJ e o SPJ apelam a cada jornalista europeu para doar 10 euros ao Fundo de Segurança da Federação Internacional de Jornalistas (IFJ, na sigla original), com o objetivo de financiar a compra de alimentos para jornalistas em Gaza e famílias.
https://youtu.be/jFa0pCwIDw4?si=8dNeYQf1D6Nxieyl
https://youtu.be/-gBLbnmRMKg?si=9jv99FbquXnsGqOH
"Memorial do Banco de Portugal"
o livro da loucura de Mário Centeno



Memorial do Convento é um romance de José Saramago, conhecido internacionalmente, publicado pela primeira vez em Outubro de 1982[1]. A acção decorre no início do século XVIII, durante o reinado de D. João V e da Inquisição.
Primeiro foi o rei João V a construir um gigante de tijolo e pedra que serviu para pouco: o Convento-Palácio de Mafra. Ja muito agora, tivemos Cavaco Silva, com o Centro Cultural de Belém (CCB), a Caixa Geral de Depósitos e o BNU. Gastou balúrdios em edifícios que já têm outros fins, à excepção do CCB.
Agora vem Mário Centeno enterrar mais 250 milhões numa nova sede para o Banco de Portugal (BP), já quase esvaziado de todas as suas antigas funções. Não serve para nada. Ou melhor o BP tem servido para Mário Centeno ganhar 18 mil euros mês, enquanto o seu homólogo dos EUA, o presidente do Banco Federal, aufere 17 mil euros.
Um País onde o risco de pobreza atingiu 16,6% da população, o que corresponde a 1,761 milhões de pessoas. Mário Centeno é afinal um tratante também deu o salto de ministro da tutela para presidente do Banco de Portugal. Tal qual Ferreira do Amaral que saltou do Ministério das Obras Públicas para a presidência da Luso-Ponte.
Centeno espatifa 1250 casas sociais
Usando a IA Gemini - mais sábia que as secretas portuguesas - os milhões que Mário Centeno quer esbanjar dão para construir 2500 casas sociais - se for a 100 mil euros cada uma- ou 1250, se custarem 200 mil euros por apartamento. De 1250 a 2500 casas! Sociais! Porque as "casas normais" apenas servem para especular ou para certos estrangeiros alegadamente "lavarem" dinheiro.
Bem, em rigor temos de condescender com o rei João V, porque a existência daquele "marracho", levou ao "Memorial do Convento" de José Saramago, o primeiro prémio Nobel da Literatura portuguesa. E o segundo Prémio Nobel para Portugal , contando com o Nobel da Medicina de Egas Moniz, premiando a assassina lobotomia pré-frontal.
O mesmo não acontecerá com o novel mamarracho do Banco Portugal de Mário Centeno. A não ser que desçam à terra os escritores Marcel Allain (1885–1969) e Pierre Souvestre (1874–1914) para escrever "Fantomas instala-se no novo Banco de Portugal", edição Pinguim. Mário Centeno passou, de forma justificada, de "bestial a besta". Revelou-se agora um despesista, um arrogante e vive numa torre de marfim. Devia abrir as janelas para ver o País onde os bébés nascem com frequência em ambulâncias à procura de uma urgência hospitalar aberta.

Este rei absolutista, graças à grande quantidade de ouro e de diamantes vindos do Brasil Colónia, mandou construir o magnânimo Palácio Nacional de Mafra, mais conhecido por convento, em resultado de uma promessa que fez para garantir a sucessão do trono.
Através da íntima relação entre a narração ficcional e a histórica, o romance critica a exploração dos pobres pelos ricos, que origina a guerra entre os indivíduos, e a corrupção pertencente à natureza humana. Com especial enfoque na corrupção religiosa. Revela igualmente o tema do solitário que luta contra a autoridade, recorrente nas obras de Saramago

Ver e não ver são as chaves simbólicas do romance. Baltasar tem a alcunha de Sete-Sóis, porque apenas consegue ver à luz, enquanto que Blimunda é chamada de Sete-Luas, porque consegue ver no escuro, com o recurso ao seu dom - a ecovisão.
A extraordinária vida de Tenesse
Williams nasceu em Columbus, Mississippi, na casa de seu avô Pedro, o pastor local.
O pai era um vendedor de sapatos viajante, alcoólatra e viciado em jogos de aposta. Tenesse ficou um ano fora da escola com difteria e passou o tempo só em volta dos livros. A mãe, Edwina Dakin Williams, tinha o humor instável. Williams buscou inspiração para escrever nos problemas familiares.
"Descobri na escrita uma fuga de um mundo real no qual me sentia profundamente desconfortável". Para fugir à insensibilidade paterna, Em 1918, quando Williams tinha 7 anos, a família se mudou para University City, Missouri, e ele frequentou a Soldan High School, facto que usou em sua peça The Glass Menagerie, e depois a University City High School. Em 1927, aos 16 anos, Williams recebeu um prémio de 5 dólares por um ensaio publicado no Smart Set, intitulado "Can a Good Wife Be a Good Sport?". Um ano depois, publicou "The Vengeance of Nitocris", no Weird Tales.
Obrigado a abandonar o jornalismo
Foi recusado pelo exército e o pai (veterano de guerra) obrigou-o a abandonar o jornalismo e a trabalhar numa fábrica de calçados. Viciou-se nessa altura em álcool, e foi internado num sanatório. Na época, Williams escreveu Cairo, Shanghai, Bombay!.
Aos 26 anos escolheu o nome "Tennessee" por causa dos 2 anos felizes que passou em Nashville. Em 1944, "The Glass Menagerie", encenada com estrondoso êxito de público e crítica, iniciando assim sua carreira de sucesso
As peças "A Streetcar Named Desire", "Summer and Smoke" alcançaram grande sucesso. Williams viveu por um tempo no French Quarter, de New Orleans, Louisiana, onde escreveu para a WPA. Começou a escrever A Streetcar Named Desire (1947) enquanto estava na St. Peter Street, n. 632, e a terminou mais tarde, em Key West, Flórida, para onde se mudou nos anos 40.
Com a morte do pai, em 1956, e do avô, em 1958, Tennessee começou a fazer psicanálise. Após a alta de sua terapia, Tennessee ingressou numa nova etapa, a partir de 1959. Depois vários sucessos, veio um revés: a peça de 1968 "The Seven Descendents of Myrtle" foi muito criticada. Tenessse apenas voltou em 1970 com uma linguagem mais fria. Infelizmente a "Dragon Country", a sua coletânea de peças da época, não o reconciliou com a crítica.

Tennessee Williams, pseudônimo de Thomas Lanier Williams III (Columbus, 26 de março de 1911 – Nova Iorque, 25 de fevereiro de 1983), foi um dramaturgo estadunidense. Williams foi o vencedor do Prémio Pulitzer de Teatro por A Streetcar Named Desire em 1948 e por Cat on a Hot Tin Roof em 1955.
As suas peças The Glass Menagerie (1944) e The Night of the Iguana (1961) receberam o Prêmio New York Drama Critics' Circle. Sua peça The Rose Tattoo, de 1952, recebeu o Tony Award de melhor peça. Em 1980, foi presenteado com a Medalha Presidencial da Liberdade pelo presidente Jimmy Carter.
Assassinado' px;">com tampa de plástico
Williams morreu no seu quarto no Hotel Elysee, em Nova York. Engasgou-se com uma tampa de plástico do do frasco de spray nasal. O relatório policial, entretanto, sugeriu uso de barbitúricos e álcool, que diminuíram os seus reflexos. Foi sepultado no Calvary Cemetery, em St. Louis, Missouri.próximo do poeta Hart Crane, o seu maior influenciador.
Tenesse deixou os seus direitos autorais à University of the South, em Sewanee, em homenagem a seu avô, Walter Dakin, aluno dessa universidade. Em 1989, a University City Loop (num subúrbio de St. Louis) colocou Tennessee Williams na sua St. Louis Walk of Fame. com base na wiki
nos 80 anos de Hiroshima, mundo ignora tragédias semelhantes



O componente do exército do projeto foi designado como Distrito Manhattan, sendo que posteriormente o termo "Manhattan" gradualmente substituiu o codinome oficial ("Desenvolvimento de materiais substitutos"). Ao longo do caminho, o programa absorveu o seu homólogo britânico, o Tube Alloys.
O Projeto Manhattan começou modestamente em 1939, mas cresceu e empregou quase 130 mil pessoas e custou cerca de dois bilhões de dólares (o equivalente a cerca de 26 bilhões de dólares em 2013[1]). Mais de 90% do custo foi para a construção de fábricas e produção de materiais físseis, com menos de 10% para o desenvolvimento e produção das armas.
A pesquisa e produção ocorreu em mais de 30 locais nos Estados Unidos, Reino Unido e Canadá.⁸ in wiki
https://youtu.be/6fsuiVHtEfc?si=i_z1WnlLCjIps86U
"Estes desenvolvimentos ignoram de forma flagrante as lições que a comunidade internacional deveria ter aprendido com as tragédias da história", afirmou Kazumi Matsui, junto à Cúpula da Bomba Atómica, um dos poucos edifícios que sobreviveram ao ataque nuclear.O secretário-geral da ONU enviou uma mensagem em que alerta para "o risco de conflito nuclear" que "está a aumentar" e a confiança "está a diminuir"
António Guterres aponta que "as divisões geopolítica estão a aumentar" e avisa que as armas nucleares "que trouxeram tanta devastação a Hiroshima e Nagasaki estão novamente a ser tratadas como instrumentos de coerção."Maguerite Duras
"Hiroshima meu amor"
Um homem e uma mulher encontram-se. Ele é japonês; ela é francesa e veio a Hiroshima para trabalhar na rodagem de um filme sobre a paz. Encontramo-los agora despidos, deitados sobre a cama de um hotel. E conversam. Ela quer que estes sejam os derradeiros momentos que passam juntos, antes de regressar a casa, no dia seguinte. Ele não a quer deixar ir. São ambos casados, com filhos e uma vida familiar relativamente feliz.
A breve aventura acontece no único lugar do mundo em que não se espera que estas coisas aconteçam. Conversam sobre Hiroshima, como se não fosse impossível falar de Hiroshima. Ambos carregam uma ferida aberta do passado, não apenas ele. A dela é a do primeiro grande amor, por um soldado alemão executado à sua frente após a libertação - a que se seguiu o calvário da tosquia e da humilhação das mulheres que se haviam deitado com o inimigo.
Este livro nasce a partir do argumento que Marguerite Duras escreveu para o filme homónimo de Alain Resnais e reaparece, agora, numa nova edição. in WOOK
https://youtu.be/RA9Tk2G5N6s?si=nUrXrptluuFLKHWK
Onde está Yuval Noah Harari?
Yuval Noah Harari (Haifa, 24 Fevereiro 1976) é um professor israelense de História, autor dos best-seller internacionais Sapiens: Uma breve história da humanidade e Homo Deus: Uma Breve História do Amanhã e ainda 21 Lições para o Século XXl.
Leciona no departamento de História da Universidade Hebraica de Jerusalém.
Yuval Noah Harari tem publicado numerosos livros e artigos, incluindo Special Operations in the Age of Chivalry, 1100–1550 ; The Ultimate Experience: Battlefield Revelationsand the Making of Modern War Culture, 1450–2000; The Concept of 'Decisive Battles' in World History; e "Armchairs, Coffee and Authority: Eye-witnesses and Flesh-witnesses Speak about War, 1100–2000".
A evolução da humanidade até ao presente
A sua bibliografia é numerosa e muito técnica, em especial os diferentes artigos e livros que redigiu antes de 2010. São obras sobre temas associados à História Militar da Idade Média e da Idade Moderna [...] A sua visão passou entretanto a ser mais ampla, procurando um estudo mais generalizado sobre a evolução da humanidade até ao presente.
O seu livro mais famoso é Sapiens: Uma breve História da Humanidade, traduzido para mais de 30 idiomas. O livro aborda toda a extensão da história humana, desde a evolução do Homo sapiens na idade da pedra até a revolução política e tecnológica do século XXI.
Quatro editoras rejeitaram Sapiens
Sapiens teve sua origem em um curso de história mundial em que Harari, enquanto professor da Universidade Hebraica de Jerusalém, ensinou pela primeira vez com outros professores iniciantes [...] .Quatro editoras rejeitaram o livro, entendendo que a história não vingaria em Israel. A edição hebraica tornou-se um best-seller em Israel [...] transformando Harari em uma celebridade instantânea.
O livro entrou no top 10 do mais vendidos do The New York Times, sendo recomendado por Mark Zuckerberg, Barack Obama, Bill Gates e outras grandes personalidades da mídia, da política e da história mundial.
Os vídeos em hebraico de Harari sobre a história do mundo têm sido visualizados através do YouTube. Ele também dispinobiliza um curso de história gratuito, em inglês, que foi acompanhado por mais de 100mil pessoas em todo o mundo.
O seu livro Homo Deus: Uma Breve História do Amanhã
https://youtu.be/BLP6K8xm0Kc?si=7iskPlBxvd295g3i
https://youtu.be/kvEkBdQBx_U?si=aBf340MWcomSKE5F
teve 21 milhões de cópias em 60 idiomas. Em entrevista ao Financial Times, Harari explicou a escolha por assuntos de grande abrangência: "Sempre me interessei pelas grandes questões da história (...) por exemplo "somos mais felizes do nossos antepassados?' ou 'por que os homens dominaram as mulheres na maioria das sociedades?'
Em 2024, Harari publicou Nexus: Uma breve história das redes de informação da idade da pedra até a inteligência artificial, para demonstrar o perigo da inteligência artificial na humanidade. texto baseado na wikipédia
A verdadeira anomalia do conflito israelo-palestino...
Harari declarou-se homossexual, o que lhe permite, segundo ele próprio, "colocar em questão ideias herdadas".
Ele vive com seu cônjuge e agente, Itzik Yahav, na moshav de Mesilat Zion, perto de Bete-Semes, no distrito de Jerusalém.
Moshav é uma comunidade-cooperativa rural formada por pequenas quintas individuais, incentivadas durante o século XX para abrigar imigrantes judeus.
Harari não tem smartphone e medita 2 horas por dia – um bom método de investigação, diz. Também faz um retiro anual.
Harari afirma ser "vegan-ish" - um "vegano flexível". "Tento envolver-me o mínimo possível com a indústria de carne e laticínios (...), mas se eu for à casa da minha mãe e ela fizer um bolo com queijo, eu como."
Contra a erosão das normas liberais
No final de julho de 2018, Yuval Noah Harari recusou-se a participar de uma festividade do consulado de Israel em Los Angeles, numa atitude de protesto contra a adoção da polêmica Lei do Estado-nação, pelo Parlamento de Israel, qualificando-a de "erosão das normas liberais de base de Israel".
Harari reitera assim suas opiniões sobre o conflito israelo-palestino:
"A verdadeira anomalia do conflito israelo-palestino é que a ordem global tem permitido

o agravamento dessas anomalias ao longo de décadas, como se fossem perfeitamente normais".
A anomalia é a ordem global permitir o agravamento das anomalias, ao longo de décadas, como se fossem normais
Em julho de 2019, Harari foi criticado por permitir omissões e alterações na edição russa de seu terceiro livro 21 Lições para o século 21, usando um tom mais suave ao falar sobre as autoridades russas.
Leonid Bershidsky, no Moscow Times, chamou isso de covardia, e Nettanel Slyomovics, no Haaretz, afirmou que Harari está sacrificando as ideias liberais que ele supõe representar. texto baseado na wikipédia

































