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Edição de 25 a 31 de Agosto sujeita a actualizações diárias

O Inferno é a primeira parte da "Divina Comédia" de Dante Alighieri, sendo as outras duas o Purgatório e o Paraíso. Está dividido em trinta e três cantos (uma divisão de longas poesias), possuindo um canto a mais que as outras duas partes, que serve de introdução ao poema. A viagem de Dante é uma alegoria através do que é essencialmente o conceito medieval de Inferno, guiada pelo poeta romano Virgílio. No poema, o inferno é descrito com nove círculos de sofrimento localizados dentro da Terra. Foi escrito no início do século XIV. Os mais variados pintores de todos os tempos criaram ilustrações sobre esta obra, se destacando Sandro Botticelli, Gustave Doré e Salvador Dalí.

Vasco Graça Moura (1942-2014) tradutor de A Divina Comédia, fioi advogado, político, escritor. Começou a destacar-se como secretário de Estado no IV Governo de Vasco Gonçalves. Entre 1975 foi deputado à Assembleia Constituinte, pelo PPD.
Na década de 80 tornou-se nome central da literatura portuguesa da segunda metade século XX. Casou filha de Miguel Torga.
Apoiante de António Ramalho Eanes, foi director da RTP1, esteve na Imprensa Nacional, no PEN Clube, na UNESCO, no Conselho da Europa.
E nas Comemorações do Centenário de Fernando Pessoa e na Comissão das Comemorações dos Descobrimentos, na revista Oceanos, na Fundação Casa de Mateus, na Exposição Universal de Sevilha.
Vasco Graça Moura contra Acordo Ortográfico
E ainda nas Bibliotecas da Fundação Calouste Gulbenkian, na Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento, na Fundação Centro Cultural de Belém.
Com António Mega Ferreira, propôs a Exposição Mundial de de 98 em Lisboa. Durante dez anos foi deputado ao Parlamento Europeu.
Liderou o Movimento Contra o Acordo Ortográfico.

O Inferno existe...
e é na terra de Jesus
Todos oram por Jesus, são muitos milhões pelo mundo, que se esquecem que tudo possível graças a um burro que consegui atravessar um deserto com um casal pobre e um menino a nascer numa manjedora. Nessa mesmas terras e por causa das religiões abraâmicas está a ser assassinado um povo que também acredita em Jesus na Naria Virgem, no Arcanjo Gabriel. Estão a ser assassinados à bala e à fome. É a terra por onde andou o tal Jesus. jrr
Politico de Israel quer matar todas as crianças de Gaza
Este politico de Israel pede o extermínio das crianças palestinas
Sobre A Divina Comédia e os pecados
Dante perdeu-se numa selva sombria. E, segundo a tradutora Dorothy L. Sayers, a selva é uma representação simbólica da perdição no pecado, "onde a confusão é tão grande que a alma não é capaz de reencontrar o caminho certo".
Uma vez perdido na selva escura, um homem só poderá escapar se, através do uso da razão do intelecto.
Para Sayers, estaremos no nível místico com a ascensão da alma a Deus.
No nível moral, é a imagem do arrependimento. Pode ser escalado diretamente pela estrada certa, mas não pela selva selvagem porque ali os pecados da alma são expostos e aparecem como demónios com um poder e vontade próprios".
Três feras apareceram a Dante
O monte será uma representação alegórica da montanha do purgatório que não pode ser escalada pela selva escura.
Dante a subiu e logo apareceram três feras, provavelmente os animais representam três tipos de pecados (discutidos no Canto 11) e também três divisões do inferno. É uma representação alegórica dos pecados de acordo com Tomás de Aquino, influenciador de Dante.
A Pantera (incontinência), o leão (violência) e a loba (fraude) refletem níveis de gravidade de acordo com os conhecimentos do homem (quanto mais se sabe, mais grave é o pecado).
Os estágios da vida de um homem
Segundo Sayers, refletem três estágios da vida do homem (juventude, meia-idade e velhice). Os pecados cometidos na velhice seriam mais graves, pois quem os comete já sabe diferenciar o certo do errado.s
Então Dante encontra Virgílio – que seria seu autor favorito - para sair dali. Virgílio propõe a Dante uma jornada pelo Inferno, Purgatório e Paraíso, finalizando-se o canto 1.
No canto 2, Dante se acovarda e tenta desistir da jornada, entretanto Virgílio o impede e revela ter sido mandado por Beatriz – a amada do Dante que saiu do céu e foi falar com Virgílio, no Limbo – para que o ajudasse. Então, Dante recupera sua coragem e é iniciada a sua epopeia.
Militares de Israel prendem crianças
Crianças palestinas são presas pelos militares de Israel e levadas para longos interrogatórios sozinhas... por suspeitas de terem atirado pedras. Um absurdo que viola todas as regras e convenções internacionais
Acontece todos os dias na Faixa de Gaza e na Cisjordânia - o Estado Palestino que Israel invadiu e não reconhece, desde 1948.
Existem muitos videos publicados no You Tube a testemunhar que o Inferno afinal é na Terra onde Jesus pregou o amor. E Abraão andou à procura de uma terra prometida pelo deus cruel da Bíblia.
Dormir com o medo

Quem dorme comigo é o medo, é o medo, cantava Amália por saber que ele, medo, se tornara um abismo nos portugueses.
Recentemente outra mulher de excepção, a juíza Maria José Morgado, afirmou com desassombrada lucidez estarmos a viver em generalizado clima de medo.
José Gil, destacado filósofo e escritor, publicara já um notável ensaio sobre Portugal, o Medo de Existir, aspecto pouco abordado apesar de, para muitos, ser uma sombra visceral.
Monarquias e repúblicas, totalitarismos e democracias, igrejas e partidos sustentam-se, ora através do terror, ora do ludíbrio, com fogueiras umas vezes, com seduções outras, que o domínio e a manipulação dos povos têm a mesma raiz.
Mitificada, a liberdade pós 25 de Abril não impediu comportamentos autoritários, fascizantes mesmo, que estão a recuar conquistas feitas e aceites pelas populações.
O medo de hoje é, no entanto, mais sugerido do que explícito - estamos ainda em democracia - mais paralisante do que actuante, o medo de perder emprego, casa, saúde, reforma, família, o de sofrer a ineficácia das instituições - nos hospitais, nos tribunais, nas escolas, nos partidos, na comunicação social - a que se acrescentam, externamente, ameaças de conflitos nucleares, de nova guerra mundial, de descontrolos climáticos, de subjugação à Inteligência Artificial.
As bíblias (das igrejas, das ideologias, dos pensamentos correctos) são, por sua vez, alfobres de terrores e hipocrisias circundantes.
Este medo ganha características novas, próprias da época, isto é de mudança de eras, de culturas, de relacionamentos que atravessamos.
A imprevisibilidade desorienta-nos, o amanhã indefine-se, indefine-nos. O único futuro emergente é o da tecnologia (formidável se bem usada) não é, pelo que se perspectiva, o das humanidades, o da equidade, o da cultura, o do mérito, o da esperança.
Ante esse vazio (políticos, intelectuais, artistas, governantes, ninguém apresenta ideias de novos horizontes) as pessoas voltam-se para o passado, puxam por ele, pela solidez das suas normas, pela segurança dos seus conceitos tentando recuperar-lhe crenças e ideologias, sentimentos e virilidades, alienações e acções que restituam a ilusão da harmonia perdida.
Os extremos, à direita e à esquerda ressurgem, consequentemente, irracionais, populistas, beatos, patéticos - fogos fátuos na história por vir .
Daí Agostinho da Silva dizer que não temos saudades do passado, mas saudades do futuro, futuro sonhado no passado - e que continua futuro.
Oren Rozemblat: o embaixador que mente
Porque razão o Ministro dos Negócios Estrangeiros português não o cma para pedir explicações?


Retângulo negro
um video impressionante
Clique na palavra You Tube no rectângulo
pires de absinto


Não vou amontoar metatretas. O futuro da casa não se segura em pilaresassim nem serve na sua mal guiada exaustão para base de café ou pires de absinto.
São os livros, rapaziada. são os livros. Que me hei-de
finar como um fitilho de páginas sepulto entre lombada e desfolhadas.
E rir do heroísmo em falta por tal feito.
foto: The Twilight Zone. 'Time Enough at Last' 1959. Burgess Meredith.
O Holocasto do Povo Palestino
Uma breve histórias (documentada num video casual ) de duas crianças sozinhas no meio de uma invasão cruel sustentada pela Bíblia. No livro sagrado dos Judeus está escrito que só o Povo Judaico se salvará no fim dos tempos. Trata-se de um acordo selado com a famosa Arca da Aliança. O Judeismo, o Cristianismo e o Islamismo são três religiões Abraâmicas que, na sua luta pela supremacia, têm causado grandes males ao mundo. Onde estão as duas crianças do video? E porque razão se matou 20 mil crianças? Em nome de deus? jrr
Maria Antonieta vai a Londres

Maria Antonieta conhecida como Rainha da Moda com um Estilo Icónico vai ganhar vida na Grande Exposição no Victoria & Albert Museum, em Londres, pela primeira vez.
Durante as suas duas décadas de reinado, Maria Antonieta não apenas governou a França, mas remodelou o mundo da moda e do design do século XVIII à sua imagem.
Estilo elegante e extravagante
Desde os seus vestidos sumptuosos em tons pastel e as perucas imponentes até às suas joias deslumbrantes e móveis dourados, a rainha adoptou um estilo pessoal de elegância extravagante que se estendia até seus aposentos no Palácio de Versailles, onde cores marcantes, tapeçarias luxuosas e toques rococó redefiniram o esplendor real.
O Estilo Maria Antonieta foi tão revolucionário que, séculos depois, ainda inspira artistas, designers e cineastas contemporâneos — de Alexander McQueen a Sofia Coppola — foram atraídos pela sua imagem. E o Victoria & Albert Museum não ficou de fora, de 20 de Setembro de 2025 a 22 de Março de 2026, ele apresenta uma grande mostra dedicada a esse ícone de Moda da Realeza.
"O Estilo Maria Antonieta", é a primeira exposição no Reino Unido centrada na rainha francesa, onde destaca as suas escolhas de vestuário e decoração, revelando como o seu estilo incomparável ecoou ao longo das eras. Entre os 250 objectos que estão expostos, também fazem parte do evento os artefactos históricos — alguns vindos directamente de Versailles — além de peças contemporâneas que atestam o apelo atemporal da monarca. A exposição é patrocinada pelo designer de calçados Manolo Blahnik.
"A rainha mais de moda, analisada e controversa da história, o nome de Maria Antonieta evoca tanto visões de excessos quanto objectos e interiores de grande beleza", afirmou a curadora da exposição, Sarah Grant, em comunicado. "Esta mostra explora esse estilo e a figura central por trás dele, utilizando uma variedade de peças requintadas que pertenceram a Maria Antonieta, além das mais belas obras de arte inspiradas no seu legado."
Vestidos leves e esvoaçantes
Quando subiu ao trono em 1774, as escolhas de vestuário da rainha rapidamente causaram alvoroço. Em contraste com a paleta sombria da corte francesa, os seus vestidos leves e esvoaçantes destacavam-se tanto pelas silhuetas quanto pelas cores vibrantes e detalhes intricados — rendas, fitas, babados. Ela popularizou estilos que priorizavam o conforto, como a "Robe à la Polonaise", reconhecível pelo corpete ajustado e a saia em três volumes distintos, e a "Robe à l'Anglais"e, em que o corpete justo se abre para uma ampla saia com fenda revelando a anágua.
Esse visual foi imortalizado por Élisabeth-Louise Vigée Le Brun no seu retrato de 1783 da rainha ricamente vestida segurando delicadamente uma rosa — obra que está presente na mostra "O Estilo Maria Antonieta". Também estão expostos fragmentos de vestidos de corte, sapatilhas de seda, joias e até um frasco de água de colónia da sua colecção pessoal. O museu recriou os aromas da corte e o perfume favorito da rainha na sua experiência olfativa imersiva.
Os visitantes também podem conhecer como Maria Antonieta decorava o seu refúgio particular em Versailles, o "Petit Trianon". Nesse santuário íntimo, a rainha expressava o seu amor pelo rococó, com papéis de parede pintados, objectos e móveis com formas florais e as suas célebres venezianas espelhadas. O seu serviço de jantar requintado está exibido na exposição, assim como conjuntos de cadeiras e outros objectos decorativos.
A fantasia e o estilo de Maria Antonieta
A mostra também destaca como a influência da moda da soberana perdurou através dos séculos, alimentando a imaginação cultural do século XIX até os dias actuais. Enquanto ilustradores Art Déco como Erté e George Barbier tentaram captar a fantasia do estilo de Maria Antonieta, a alta-costura moderna — com nomes como Vivienne Westwood, Moschino, Dior, Chanel e Valentino — procuraram igualar sua extravagância.
Claro, que é dado o devido destaque ao filme de Sofia Coppola, "Marie Antoinette", de 2006, vencedor do Oscar de Melhor Figurino. Looks e sapatos Manolo Blahnik criados para o filme de Sofia Coppola estão presentes, ao lado de outros figurinos, imagens de filmes e videoclipes que ressaltam o duradouro legado da rainha nas telas e nos palcos.

Retrato de Maria Antonieta, Rainha de França, num Vestido de Corte. Pintura a óleo de François Hubert Drouais, 1773. Créditos da imagem: © Victoria and Albert Museum, London. Colecção Victoria and Albert Museum, London. Cortesia Victoria and Albert Museum, London.
Sobre o Estilo de Maria Antonieta, Sarah Grant, Curadora da diz ser "este o legado de design de uma celebridade da era moderna e a história de uma mulher cujo poder de fascinar nunca enfraqueceu. A história de Maria Antonieta foi recontada e reinterpretada por cada geração para atender aos seus próprios interesses. A combinação de glamour, espectáculo e tragédia que ela representa continua actualmente, como era no século XVIII."
As visões de excesso
Maria Antonieta evoca tanto visões de excesso quanto objectos e interiores de grande beleza. A arquiduquesa austríaca transformada em Rainha da França marcou profundamente o gosto e a moda europeia, criando um estilo distintivo que permanece universal. Esta exposição apresenta objectos requintados que lhe pertenceram, ao lado de peças inspiradas no seu legado — a herança de uma celebridade da modernidade inicial e a história de uma mulher cujo poder de fascinar jamais diminuiu.

Figurino, Andrea Grossi. Fotografia: Cortesia de Andrea Grossi. Cortesia Victoria and Albert Museum, London.

Kate Moss, com um Vestido de Sarah Burton para Alexander McQueen, Van Cleef & Arpels, e Julian d'Ys, The Ritz, Paris 2012. Fotografias de Kate Moss no Ritz de Paris para a edição de Abril de 2012 da Vogue Americana. Créditos da imagem: © Tim Walker. Cortesia Victoria and Albert Museum, London.
Quando os reis não sabiam escrever

O selo uitilzado numa simples carta nos dias de hoje, foram precioos para os primeiros reis portugueses porque não sabiam escrever. No caso do Dom Afonso Henriques empregou os selos de cera sobre tiras de couro. Dom Afonso II usou-os de chumbo, Dom Afonso III introduziu o "selo de autoridade", Dom Pedro I usou o "de puridade" ou "de camafeu" e o de Dom João V utilizou o cera vermelha.
Selos eram autenticações
Nos dias actuais os emails vão tornando o uso das cartas algo do passado, bem como os selos que continuam, no entanto, objecto de colecionismo
Surgido como meio de autenticar, dignificando, documentos, tratados, leis, o selo ganhou uma importância fundamental, durante séculos, na história mundial. Apareceu na mais remonta antiguidade, desde o Egipto, chegou aos nossos dias depois de várias e crescentes



alterações. Asua época áurea ocorreu no século XVIII pela qualidade e estética então atingidas, originando uma disciplina própria, denominada Esfragística, que versou a sua génese, funcionalidade e estrutura. A preocupação pela sua defesa levou à feitura de pormenorizados estudos, como os dos valores que se lhe associam nos campos diplomáticos, jurídicos, legislativos, comerciais, históricos e artísticos.
Primeiro selo postal em 1853
O seu objectivo inicial destinava-se a fechar invólucros de maneira a garantir a prelados utilizaram-no com especial ênfase, o tornou um símbolo de superioridade, de poder. Com o evoluir das sociedades passou a ser acessível à burguesia, ao funcionalismo e, pouco depois, entrava, popularizando-se, no uso dos autarcas, artesãos, funcionários e comerciantes.
O primeiro selo de carta ou postal português data de 1853, tendo a efígie de D. Maria II. Trata-se de uma pequena estampilha, de 4 e 25 reis, hoje de grande raridade e valor.
A sua confecção, design, riqueza e estética marcaram-no e distinguiram-no especialmente. O ouro, a prata, o chumbo, a cera, o gesso foram materiais usados nasua feitura. A forma (redonda, oval e rectangular) tornou-se-lhe especialmente apreciada, tal como as dimensões e os elementos decorativos.
Entre estes predominavam figuras humanas, brasões e conjuntos de letras. Especialistas estabeleceram-lhe quatro categorias de tipos: a iconográfica, a armorial, a emblemática e a de inscrições.
Selos e sinetes eram de uso reservado
A generalização do uso do papel provocou alterações que abriram espaço ao "selo de chapa" e aos actuais selo branco e carimbo impresso. Anteriormente emergiram os sinetes, os anéis sigilares (muitos deles encastoados com pedras preciosas e requintadas decorações) e os lacres. Um dos melhores exemplares dos segundos é o anel de D. João III conservado no Museu de Arte Antiga, em Lisboa.
Os selos e os sinetes estritamente pessoais, isto é com matrizes próprias, eram inutilizados aquando da morte do seu possuidor (caso dos Papas), ou enterrados com ele (caso do Rei Humberto II de Itália).A fim de impedir a sua utilização fraudulenta eram confiados a "guarda-selos", a chanceleres e a outros funcionários superiores.
Primeiro selo português tem 900 anos
O primeiro uso do selo entre nós remonta a 1102, altura em que o Arcebispo de Compostela o utilizou em Braga nos cofres que continham as relíquias de São Vítor e outros santos. Quarenta e três anos mais tarde, em 1145, Dom João Peculiar autenticou com eles as rendas da diocese da mesma cidade. Quase na mesma altura os bispos de Lisboa e Lamego serviam-se da sua representatividade em documentos religiosos.São raros os selos de ouro maciço, exceptuando os das bulas papais, tal como os de prata dourada e de prata branca. Entre os mais preciosos conservados entrenós sobressaem os existentes na Torre do Tombo.
A culpa é de Aguiar Branco

.

Toda a gente grita na esplanada onde me sento, junto ao rio. É assim em todas as esplanadas. E era tal o vozeirão, que perguntei a quem estava sentado atrás: O amigo grita, porquê? Eu? Sim! Então eu não posso falar mas na Assembleia da República, podem gritar?
E o do lado acrescentou: os tipos gritam, pateiam e dizem dichotes. Afinal será que o senhor presidente da Assembleia da República pensa estar a presidir a uma assembleia de comediantes ruidosos, alegadamente?


o catoon é uma formsa de comunicação opinitiva sublime




Retrato talvez saudoso da menina insular





Edição de 01 a 07 de Setembro sujeita a actualizações diárias

O Inferno é a primeira parte da "Divina Comédia" de Dante Alighieri, sendo as outras duas o Purgatório e o Paraíso. Está dividido em trinta e três cantos (uma divisão de longas poesias), possuindo um canto a mais que as outras duas partes, que serve de introdução ao poema. A viagem de Dante é uma alegoria através do que é essencialmente o conceito medieval de Inferno, guiada pelo poeta romano Virgílio. No poema, o inferno é descrito com nove círculos de sofrimento localizados dentro da Terra. Foi escrito no início do século XIV. Os mais variados pintores de todos os tempos criaram ilustrações sobre esta obra, se destacando Sandro Botticelli, Gustave Doré e Salvador Dalí.

Vasco Graça Moura (1942-2014) tradutor de A Divina Comédia, fioi advogado, político, escritor. Começou a destacar-se como secretário de Estado no IV Governo de Vasco Gonçalves. Entre 1975 foi deputado à Assembleia Constituinte, pelo PPD.
Na década de 80 tornou-se nome central da literatura portuguesa da segunda metade século XX. Casou filha de Miguel Torga.
Apoiante de António Ramalho Eanes, foi director da RTP1, esteve na Imprensa Nacional, no PEN Clube, na UNESCO, no Conselho da Europa.
E nas Comemorações do Centenário de Fernando Pessoa e na Comissão das Comemorações dos Descobrimentos, na revista Oceanos, na Fundação Casa de Mateus, na Exposição Universal de Sevilha.
Vasco Graça Moura contra Acordo Ortográfico
E ainda nas Bibliotecas da Fundação Calouste Gulbenkian, na Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento, na Fundação Centro Cultural de Belém.
Com António Mega Ferreira, propôs a Exposição Mundial de de 98 em Lisboa. Durante dez anos foi deputado ao Parlamento Europeu.
Liderou o Movimento Contra o Acordo Ortográfico.

O Inferno existe
é na Terra de Jesus
Todos oram por Jesus, são muitos milhões pelo mundo, que se esquecem que tudo possível graças a um burro que consegui atravessar um deserto com um casal pobre e um menino a nascer numa manjedora. Nessa mesmas terras e por causa das religiões abraâmicas está a ser assassinado um povo que também acredita em Jesus na Naria Virgem, no Arcanjo Gabriel. Estão a ser assassinados à bala e à fome. É a terra por onde andou o tal Jesus. jrr
Politico de Israel quer matar todas as crianças de Gaza
Sobre A Divina Comédia e os pecados
Dante perdeu-se numa selva sombria. E, segundo a tradutora Dorothy L. Sayers, a selva é uma representação simbólica da perdição no pecado, "onde a confusão é tão grande que a alma não é capaz de reencontrar o caminho certo".
Uma vez perdido na selva escura, um homem só poderá escapar se, através do uso da razão do intelecto.
Para Sayers, estaremos no nível místico com a ascensão da alma a Deus.
No nível moral, é a imagem do arrependimento. Pode ser escalado diretamente pela estrada certa, mas não pela selva selvagem porque ali os pecados da alma são expostos e aparecem como demónios com um poder e vontade próprios".
Três feras apareceram a Dante
O monte será uma representação alegórica da montanha do purgatório que não pode ser escalada pela selva escura.
Dante a subiu e logo apareceram três feras, provavelmente os animais representam três tipos de pecados (discutidos no Canto 11) e também três divisões do inferno. É uma representação alegórica dos pecados de acordo com Tomás de Aquino, influenciador de Dante.
A Pantera (incontinência), o leão (violência) e a loba (fraude) refletem níveis de gravidade de acordo com os conhecimentos do homem (quanto mais se sabe, mais grave é o pecado).
Os estágios da vida de um homem
Segundo Sayers, refletem três estágios da vida do homem (juventude, meia-idade e velhice). Os pecados cometidos na velhice seriam mais graves, pois quem os comete já sabe diferenciar o certo do errado.s
Então Dante encontra Virgílio – que seria seu autor favorito - para sair dali. Virgílio propõe a Dante uma jornada pelo Inferno, Purgatório e Paraíso, finalizando-se o canto 1.
No canto 2, Dante se acovarda e tenta desistir da jornada, entretanto Virgílio o impede e revela ter sido mandado por Beatriz – a amada do Dante que saiu do céu e foi falar com Virgílio, no Limbo – para que o ajudasse. Então, Dante recupera sua coragem e é iniciada a sua epopeia.
Torturados, torturadores

Existe tanta gente a passar fome hoje (hoje, década 20 do século XXI) como existia, avisa a FAO, na mesma década do século XIX.
Parece haver, porém, quem não faça perguntas e o negue. Tal como nessa época, ela, a fome volta a ser arma de extermínio.
O humanismo só não soçobrou porque continuam a resistir quem impõe partilha à usurpação, inteligência ao obscurantismo. Não há emprego para toda a vida, ouve-se, mas há estômago, há corpo.
Ideologias, instituições, capelas em vez de fomentarem conhecimentos fomentam ficções, crendices, santinhos, para cada aflição, cada regime, insaciáveis em grilhetas e fogueiras, esbulhos e opressões.
Perseguidos passam a perseguidores, torturados a torturadores, colonizados a colonizadores. De mártires no início, grupos emergentes tornam-se, por ascensões várias, verdugos do não sancionado por si, fazendo outros sofrer, multiplicado, o que eles sofreram, impondo regressos de totalitarismos, de esclavagismos, pervertendo liberdades, dignidades, esvaziando vidas, futuros.
Não íntegros, líderes perdem credibilidade; não amadas, mulheres sucumbem agredidas; não
considerados, idosos sentem-se desperdícios; não reconhecidos, jovens empacotam-se em fugas avulsas; não apoiados, casais substituem filhos por animais de companhia e bonecos (bebés Reborn?) de aproximação.
Povos de democracias antigas agridem migrantes, refugiados, negros, ciganos, velhos, doentes, apátridas, criança, inculcam-lhes a dor de não merecerem existir; países soberanos invadem países soberanos, arrasam cidades, chacinam populações, provocam doenças, geram suicídios e terrorismo.
Cientistas falam de novas pandemias causadas por retracções na saúde, na investigação, no crescer da miséria, da desigualdade, da desesperança.
Sempre que um ser humano se nega o universo contrai-se, a harmonia rompe-se.
A morte dos assassinados é o princípio da morte dos assassinos.
As mudanças de era geram mutações imprevisíveis, como está a acontecer hoje. Salvaguardar a perspectiva disso deverá ser a função da cultura - daí ela ser tão temida pelas forças dominantes. Ainda.
Fernando Dacosta
Casas de grandes paixões,
Marquesa apaixona-se por Nemésio

Ao longo do País abundam locais, desde a palácios a conventos, que foram palco de amores invulgares e desmesurados ao longo dos séculos. Conhecê-los nos seus cenários reais torna-se uma viagem de acolhedora melancolia.
A mais lendária paixão decorreu na Quinta das Lágrimas (actualmente um hotel de charme), em Coimbra, e teve como protagonistas Pedro e Inês.
O seu desfecho tornou-os símbolos de uma mitologia intemporal – mitologia que contempla relações como as de Mariana Alcoforado pelo cavaleiro de Chamilly, no Convento da Conceição (Museu Regional) de Beja; a de D. João V e de Madre Paula no Palácio Pimenta em Lisboa (Museu da Cidade).
E ainda no Convento de Odivelas; a de Camilo Castelo Branco e Ana Plácido, na Quinta de São Miguel de Seide (casa-museu) em Famalicão; a de Francisco Sá Carneiro e Snu, num duplex da Rua D. João V, em Lisboa.
Vitorino Nemésio e a Marquesa Jácome Correia
Outras relações, noutros ambientes, são igualmente referências no mapa romântico do país. Como a surgida nas festas dadas pela Marquesa de Jácome Correia no seu Palácio de Santa Rita, em São Miguel, famosas nos anos 60 e 70.
Numa, conhece Vitorino Nemésio: ele tem 72 anos, ela 54. Margarida Victória divorciara-se três vezes e levava uma vida lendária e complexa.
O escritor, casado há décadas, tem vários filhos e um quotidiano aparentemente tranquilo. Meses depois reencontram-se. Conversam e descobrem afinidades. Apaixonam- se. Não escondem dos outros o sentimento que os une. Nemésio desloca-se assiduamente a São Miguel, alojando-se na casa da amada.
Mau Tempo para a Marquesa apaixonada
A morte do poeta em 1978 afecta profundamente a marquesa que, entretanto, fica arruinada. Vende as terras, as obras de arte, as jóias e a Casa de Santa Rita, hoje do exército, onde passara, com o autor de "Mau Tempo no Canal", os melhores momentos da sua vida.
Doente, empobrecida e solitária, Margarida Jácome Correia confidencia a amigos, pouco antes de falecer em 1996, que "o mundo acabou com a perda de Vitorino.
"Quando ele desapareceu, compreendi a falta dolorosa e irremediável que ele fazia. A minha vida modificou-se por completo. Hoje, o que me faz continuar são todas estas memórias"- memórias que publica e são, na verdade, surpreendentes, inesquecíveis mesmo.
Nelas o tema dominante é a paixão que o escritor e a marquesa mantiveram durante anos. "O homem que mais marcou a minha vida foi, sem sombra de dúvida, Vitorino Nemésio", sublinhará. "Apesar de ter
Vitorino Nemésio Mendes Pinheiro da Silva, 1901– 1978, foi um poeta, romancista, cronista, académico e intelectual português que se destacou como autor de Mau Tempo no Canal, e professor da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
Expulso do liceu
Na infância a vida não lhe correu bem em termos de sucesso escolar, foi expulso do Liceu de Angra, e reprovou o 5.º ano, facto que o levou a sentir-se incompreendido pelos professores.
Com 16 anos de idade, Nemésio desembarcou pela primeira vez na cidade da Horta para se apresentar a exames. Acabou por concluir o Curso Geral dos Liceus com a qualificação de dez valores.
Foi autor e apresentador do programa televisivo Se bem me lembro, que muito contribuiu para popularizar a sua figura e dirigiu ainda o jornal O Dia entre 11 de dezembro de 1975 a 25 de outubro de 1976. Recebeu, em 1965, o Prêmio Nacional de Literatura e, em 1974, o Prémio Montaigne.
Faleceu a 20 de fevereiro de 1978. Pouco antes de morrer, pediu ao filho para ser sepultado no cemitério de Santo António dos Olivais, em Coimbra, ao som de o Aleluia tocado por sinos.
recordações maravilhosas de outros, Vitorino foi pai, irmão e amante, sempre com manifestações de ternura, interesse e admiração, enfim, tudo o que uma mulher pode desejar". António Brás
O Holocasto do Povo Palestino
menina de 8 anos carrega irmã doente em busca de auxílio, jornalista leva as crianças para abrigo
Uma breve histórias (documentada num video casual ) de duas crianças sozinhas no meio de uma invasão cruel sustentada pela Bíblia.
No livro sagrado dos Judeus está escrito que só o Povo Judaico se salvará no fim dos tempos. Trata-se de um acordo selado com a famosa Arca da Aliança. O Judeismo, o Cristianismo e o Islamismo são três religiões Abraâmicas que, na sua luta pela supremacia, têm causado os grandes males do mundo.
Soldados israelitas prendem crianças palestinas
Militares de Israel prendem crianças palestinas por suspeitas de terem atirado pedras. Uma violação de todas as regras e convenções internacionais Acontece todos os dias na Faixa de Gaza e na Cisjordânia - o Estado Palestino que Israel invadiu e não reconhece, desde 1948. Existem muitos videos publicados no You Tube a testemunhar este Inferno na Terra onde Jesus pregou o amor.
Os Eduardianos: A Era da Elegância (1)

A exposição, intitulada "Os Eduardianos: A Era da Elegância", agora patente na "King's Gallery", a galeria pública no Palácio de Buckingham, em Londres destaca a elegância eduardiana, através das imagens de dois casais reais que definiram o estilo no início do século XX: Eduardo VII e a Rainha Alexandra, e o seu filho, Jorge V, e a sua mulher, a Rainha Maria. (Jorge V é o bisavô materno do actual rei da Grã-Bretanha, Charles III.)
Os visitantes podem admirar tiaras de diamante, colares e outros itens reais brilhantes, que estão expostos a partir de 11 de Abril no Palácio de Buckingham e apresenta também uma selecção da enorme colecção real de arte, como móveis, pinturas e muito mais.
A Era Eduardiana (1901–1910) no Reino Unido foi um período de mudança significativa marcado pelo reinado do rei Eduardo VII, que sucedeu à rainha Vitória. Embora tenha sido curto, o reinado de Eduardo VII define esta era, que por vezes é alargada até ao início da Primeira Guerra Mundial, em 1914. Este período é considerado uma época de grande convulsão social e política, avanços tecnológicos e a ascensão da classe trabalhadora.


"O período eduardiano, como o concebemos, é muito glamouroso," disse Kathryn Jones, curadora da exposição e curadora sénior de artes decorativas da Royal Collection Trust, a entidade beneficente criada em 1993 para gerir a colecção.
"A família real da época levava um estilo de vida incrivelmente opulento e, não frívolo, mas um tanto hedonista, participando de festas nos jardins, eventos desportivos e bailes de fantasia," afirmou ela.
Cerca de metade dos 315 objectos de arte seleccionados para a exposição é exibida pela primeira vez, segundo Kathryn Jones, "ainda não tínhamos abordado o período eduardiano, porque a galeria onde as peças estão expostas foi só inaugurada pela Rainha Elizabeth II em 2002".

Ela disse ainda, "que a exposição incluí a cigarreira de esmalte azul de Eduardo VII realizada por Peter Carl Fabergé, mostrando que os homens podiam "expressar-se artisticamente através dos seus acessórios para fumar, e ainda um leque de penas de avestruz "que a Rainha Alexandra usou na sua coroação, com diamantes nos bastões de sustentação".
Segundo Kathryn Jones, "as joias desempenham um papel importante na narrativa da história da realeza: Tanto Alexandra quanto Mary são conhecidas pelas suas joias. Os retratos oficiais delas, mostram as peças que elas usaram. É algo que faz parte do reflexo delas. Alexandra, em particular, tem essa imagem incrivelmente glamourosa e, na época, era conhecida por ser uma líder da moda."
"Às vezes, os membros da realeza participavam no design das joias, já que estavam a encomendar peças e enviando-as de volta para serem alteradas", disse Kathryn Jones. Como exemplo, ela mencionou o elaborado colar Dagmar de diamantes, com sua cruz de ouro e esmalte, que foi dado a Alexandra, então princesa, por um primo, o rei da Dinamarca, por ocasião do seu casamento em 1863. "Quando chegou à Grã-Bretanha, ela o enviou à joalheria Garrard's e mandou adicionar pérolas extras, o que mostra a sua intervenção pessoal", disse Kathryn Jones.
A exposição, que vai até 23 de Novembro de2025, termina com os anos posteriores à Primeira Guerra Mundial. A morte e destruição provocadas pelo conflito trouxeram "uma percepção muito diferente da monarquia", disse Kathryn Jones.
(primeiro de 3 textos)


À falta de carro, vou andando


A única causa que conheço pela qual vale a pena combater é a de lutar
para que o bom senso se torne comum.
Que por me faltarem tantas peças
ainda sou demasiado pacóvio para ser um puzzle.
Vai-se vivendo.
Ou, à falta de carro, vou andando.
E se nem conduzo automóvel, muito menos guio o povo à vitória. Mas a minha causa é justa.
Trump anima cartoonistas americanos








.
Já tinham morto o Conde Andeiro, quando afinal estavam descontentes com a Lei das Sesmarias de D. Fernando.
Mas mataram o rei D. Carlos porquê? Por causa de João Franco? Porque ele vivia à grande-e-à-francesa. E mataram para quê? Para continuarmos na mesma, com um Chega aqui?
Ardeu a mata de Leiria com 570 anos. E mais 350 agentes da Polícia Judiciária aterraram na Madeira... para nada.
Gastámos 6 mil milhões com o buraco financeiro do BPN, outro tantos com o Banco Espirito Santo, mais outro tanto com o Novo Banco e igual valor com o Banif, metade com o Banco Privado. Metemos um jogador de futebol no Panteão.
Temos um antigo primeiro ministro investigado, durante 7 anos, com escutas telefónicascomo provas! Um presidente do Conselho Europeu a ser triturado porque alguém disse "que ele disse". 730 mil casas vazias e o Governo a querer construir mais 12 mil com fundos europeus... a caminho do mercado imobiliário que dá mama aos portugueses especuladores e à lavagem estrangeira de milhões.
Mais, a costa maritima do Alentejo está a ser betonada em exclusivo para ricos "camones". As urgências dos hospitais tornaram-se uma lotaria. Os bombeiros viram parteiros. As grávidas viajam horas em busca de auxilio. O Serviço Nacional de Saúde está a ser oferecido às mesmas 23 familias de sempre.
Temos até uma época balnear cheia de afogados e uma época de incêncios que engorda muita gente...
E mataram o rei, porquê?
Continuamos a repetir o modelo escolar do empinanço há décadas. Os alunos colam agora o cu durante 90 minutos. Uma tortura presenciada todos os dias por centenas de... pedagogos que se perdem em avaliações gordas.
Fomos empurrados para as bordas periféricas de Lisboa e do Porto para empanturrar empreiteiros e vendedores de carros.
Vamos gastar 250 milhões de euros com uma nova sede do Banco de Portugal... só porque é giro e não só, claro! Temos um SIRESP que afinal não era nosso e tivémos de largar 350 milhões e não 250 milhões. O Cavaco, "o homem mais sério da Terra", negou uma pequena pensão a um herói Salgueiro Maia, para medalhar dois pides.
E Douro? Enchemos o nosso mais belo rio com barragens desnecessárias. E temos um apalhaçado que toma a Assembleia da República por circo e os portugueses por parvos - a quem o banco público Caixa Geral de Depósitos emprestou 439 milhões de euros para ele jogar na Bolsa.
E fiquemos por aqui. Afinal mataram o rei e fizeram de golpe militar para quê?
Para estarmos todos no Big Brother e no Tik ToK, de ouvidos surdos a tanto gamanço?
Fiz um conto de embalar disse Natália





Edição de 08 a 14 de Setembro sujeita a actualizações diárias

A ultra Direita Meloni agarra nas bandeiras esquecidas da Esquerda

Meloni está a abraçar as bandeiras abandonadas pelas Esquerdas, acusando a França de explorar as crianças no Niger. Ao mesmo tempo saúda inesperadamente a memória do carismático general Kadafi, assassinado num "raid" militar americano-francês-britânico.
Pela primeira vez, a França é acusada por um chefe de governo europeu de peso ( e da ultra-direita ) de lapidar recursos africanos.
Meloni aponta para o Niger, país da escritora Antoinette Tidjani Alou, que está a quebrar todos os laços paternalistas com França. A revolta já se espalhou ao Burkina Faso e Mali.
O movimento é liderado pelo Capitão Traore, recente autor de um golpe militar que abandona a França da Liberdade, Igualdade e Fraternidade e vira-se para a Rússia em busca dde parcerias.
Meloni percebeu o dilema do jovem líder e foi directa contra Macron, acusando de roubar o urânio dos nigerianos, levado para as centrais nucleares francesas, enquanto o Niger permanece sem energia eléctrica.
Em resumo Meloni diz a Traore que a França não representa os povos da Europa, mesmo quando sai à rua de colete amarelo.
Neste discurso violento, Meloni lança (nas entre-linhas) o desafio do desenvolvimento económico e social de África, como forma eficaz contra a deslocação de populações famintas, assegurando-lhes paz, instrução, alimentação e o progresso das suas nações. É o regresso ao Mare Nostrum Mediterrânico
Em breves minutos, Meloni ultrapassa de forma pragmática os políticos das Esquerdas, desesperados e queda continua, por causa da vassalagem aos fabricantes de armas - que arrasaram países inteiros.

Meloni recupera imagem de Kadafi
A maior irritação de Meloni recai no derrube do regime do general Kadafi da Líbia, assassinado de forma bárbara, por tropas especiais estrangeiras a 20 de Outubro de 2011.
A Itália ficou privada do acesso a petróleo abundante e próximo e passou a enfrentar gigantescas vagas de migração.
Sergio Sousa Pinto e as guerras da Europa e EUA
O "eixo-do-bem" arrasa países
O "eixo-do-bem" - composto pela França, Grã-Bretanha, EUA e Israel (país que recebe 33 por cento de armas da Alemanha) - têm arrasado o norte de África e o Próximo e Médio Oriente, reduzindo vários países a escombros.
À devastação soma-se a exploração colonial cruel da África central nos tempos modernos, empurrando muitos países para os braços da Rússia.
Meloni quer para pôr fim a esta situação calamitosa, o futuro é a paz, a justiça e cooperação entre nações. Sem roubos. JRR
As águas onde europeus molham pés nas férias


ANA FRANÇA conta drama no Mediterrâneo
Foi há 13 anos, Ana França, jornalista do Expresso, escreveu "Lampedusa – Ir e Não Chegar". Um relato dramático de um naufrágio a poucos metros da ilha de Lampedusa.
A bordo de uma traineira estavam 500 pessoas vindas da Líbia.
Naquela noite sem lua, um barco que carregava 500 pessoas e a esperança de todas elas de chegar a um sítio melhor do que aquele de onde partiam, afundou ao largo da ilha siciliana, que é o território europeu - 366 morreram.
txt reduzido

Na manhã de 3 de outubro, no Porto Militar de Lampedusa, um homem de olhos postos no céu ora: "Que não seja um piccirìddo, que não seja uma criança, por favor, ó Deus, se me ouves, que não seja um pequenito."
Pietro Bartolo é médico e há mais de 30 anos que caminha para aquele porto "para ver chegar barcos carregados de vida e carregados de morte. Está de mãos em oração a olhar o mar, a rezar para que não seja o primeiro cadáver não seja uma criança.
A prece não foi atendida. A criança não tinha mais de 90 centímetros. Dois anos.
E, de repente, a dor cai-nos no colo de forma mais pungente porque as crianças são vida e a morte delas faz-nos desacreditar do que quer que seja que acreditemos. (txt reduzido)

Ana França
Jornalista do Expresso
Durante quatro anos foi correspondente do Expresso em Londres, onde completou uma pós-graduação na London School of Journalism.
Em 2012 fez parte da Monocle 24, o projeto de rádio da revista britânica Monocle. Trabalhou para o Daily Telegraph e na revista New Statesman.
Ana França escreve sobre crises sociais e migratórias. No Líbano visitou os campos de refugiados sírios ao longo do Vale de Bekaa. Foi enviada especial do Expresso à Guerra da Ucrânia
contacto: afranca@impresa.pt


(Pietro Bartolo, é médico e político italiano. De 1992 a 2019, foi o médico responsável pelas primeiras consultas aos migrantes que desembarcavam em Lampedusa. Em 25 anos, examinou e cuidou de cerca de 250 mil refugiados na ilha. Em 2019, Bartolo foi eleito membro do Parlamento Europeu pelo Partido Democrata)
Torturados, torturadores

Existe tanta gente a passar fome hoje (hoje, década 20 do século XXI) como existia, avisa a FAO, na mesma década do século XIX.
Parece haver, porém, quem não faça perguntas e o negue. Tal como nessa época, ela, a fome volta a ser arma de extermínio.
O humanismo só não soçobrou porque continuam a resistir quem impõe partilha à usurpação, inteligência ao obscurantismo. Não há emprego para toda a vida, ouve-se, mas há estômago, há corpo.
Ideologias, instituições, capelas em vez de fomentarem conhecimentos fomentam ficções, crendices, santinhos, para cada aflição, cada regime, insaciáveis em grilhetas e fogueiras, esbulhos e opressões.
Perseguidos passam a perseguidores, torturados a torturadores, colonizados a colonizadores. De mártires no início, grupos emergentes tornam-se, por ascensões várias, verdugos do não sancionado por si, fazendo outros sofrer, multiplicado, o que eles sofreram, impondo regressos de totalitarismos, de esclavagismos, pervertendo liberdades, dignidades, esvaziando vidas, futuros.
Não íntegros, líderes perdem credibilidade; não amadas, mulheres sucumbem agredidas; não
considerados, idosos sentem-se desperdícios; não reconhecidos, jovens empacotam-se em fugas avulsas; não apoiados, casais substituem filhos por animais de companhia e bonecos (bebés Reborn?) de aproximação.
Povos de democracias antigas agridem migrantes, refugiados, negros, ciganos, velhos, doentes, apátridas, criança, inculcam-lhes a dor de não merecerem existir; países soberanos invadem países soberanos, arrasam cidades, chacinam populações, provocam doenças, geram suicídios e terrorismo.
Cientistas falam de novas pandemias causadas por retracções na saúde, na investigação, no crescer da miséria, da desigualdade, da desesperança.
Sempre que um ser humano se nega o universo contrai-se, a harmonia rompe-se.
A morte dos assassinados é o princípio da morte dos assassinos.
As mudanças de era geram mutações imprevisíveis, como está a acontecer hoje. Salvaguardar a perspectiva disso deverá ser a função da cultura - daí ela ser tão temida pelas forças dominantes. Ainda.
Fernando Dacosta

Escritores
da Líbia
e do Niger
Ide Adamou

Falante nativo da língua zarma, Idé deixou a sua casa em Niamey, no Níger, para estudar administração pública em França, onde se licenciou pela Sorbonne. Foi funcionário do governo do Níger e em organizações internacionais.
Idé publicou a sua primeira coletânea de poemas, Cri Inachivé, em 1984, e o seu primeiro romance em 1987.
Publicou em francês e em zarma. Idé ganhou o primeiro Prémio Nacional de Poesia do Níger (Prix national de Poésie) em 1981 e o Grand Prix Littéraire Boubou Hama du Niger em 1996. Foi presidente da "Societé des Gens de Lettres du Niger"

Antoinette Tidjani Alou é uma académica, cineasta e escritora jamaicana-nigeriana. Publicou o romance "On m'appelle Nina" em 2016 e uma coletânea de poemas com um livro de memórias "A Tina deu-me um tiro entre os olhos" e outras histórias em 2017.
É professora de Literatura Comparada e, em 2016, foi nomeada Coordenadora do Departamento de Artes e Cultura da Universidade Abdou Moumouni, no Níger.
Entre a sua infância na Jamaica, a sua formação universitária em França e a sua vida profissional no Níger, Tidjani Alou adaptou-se a diferentes culturas.
Publicou o seu primeiro romance, On m'appelle Nina, em 2016, pela Présence Africaine. Esta autoficção traça o percurso de uma mulher, Vilhelminma, que deixa a Jamaica para se estabelecer em busca de amor no Níger.
No ano seguinte, publicou Tina atirou-me entre os olhos e outras histórias, uma coletânea de poemas e um livro de memórias, pela editora senegalesa Amalion.

Najwa Bin Shatwan
é uma académica e romancista líbia, a primeira mulher líbia a ser nomeada para o Prémio Internacional de Ficção Árabe.
É autora de quatro romances: Waber Al Ahssina (A Crina do Cavalo); Madmum Burtuqali (Conteúdo Laranja); Zareeb Al-Abeed (Os Pátios dos Escravos); e Roma Termini, para além de várias coletâneas de contos, peças de teatro e contribuições para antologias.

Najwa Bin Shatwan
"Roma Termini"
Foi escolhida como uma das trinta e nove melhores autoras árabes com menos de quarenta anos pelo projeto Beirute 39 do Hay Festival.
Concluiu o doutoramento em humanidades pela Universidade La Sapienza, em Roma. A sua investigação de doutoramento centrou-se no tráfico de escravos na Líbia e nas repercussões na sociedade e organização líbias durante o período otomano (1552-1911)

A moeda do colonialismo francês
O franco africano francês é uma moeda corrente usada em doze países africanos, antigas colónias francesas (Camarões, Costa do Marfim, Burquina Fasso, Gabão, Benim, Congo, Mali, República Centro-Africana, Togo, Níger, Chade e Senegal).
Também é usado na Guiné-Bissau (de língua portuguesa) e na Guiné Equatorial (de língia castelhana), perfazendo um total de catorze países.
Atualmente, o franco CFA é dividido em duas moedas o franco CFA central (XAF), e o franco CFA ocidental (XOF).
Embora o franco CFA central tenha o mesmo valor monetário que o franco CFA ocidental, ele não é aceito em países que utilizam o XOF, e vice-versa.
Em 22 de dezembro de 2019, foi anunciado que a moeda da África Ocidental seria substituída por uma moeda independente, denominada eco.
wikipédia
Casas de grandes paixões,
Marquesa apaixona-se por Nemésio

Ao longo do País abundam locais, desde a palácios a conventos, que foram palco de amores invulgares e desmesurados ao longo dos séculos. Conhecê-los nos seus cenários reais torna-se uma viagem de acolhedora melancolia.
A mais lendária paixão decorreu na Quinta das Lágrimas (actualmente um hotel de charme), em Coimbra, e teve como protagonistas Pedro e Inês.
O seu desfecho tornou-os símbolos de uma mitologia intemporal – mitologia que contempla relações como as de Mariana Alcoforado pelo cavaleiro de Chamilly, no Convento da Conceição (Museu Regional) de Beja; a de D. João V e de Madre Paula no Palácio Pimenta em Lisboa (Museu da Cidade).
E ainda no Convento de Odivelas; a de Camilo Castelo Branco e Ana Plácido, na Quinta de São Miguel de Seide (casa-museu) em Famalicão; a de Francisco Sá Carneiro e Snu, num duplex da Rua D. João V, em Lisboa.
Vitorino Nemésio e a Marquesa Jácome Correia
Outras relações, noutros ambientes, são igualmente referências no mapa romântico do país. Como a surgida nas festas dadas pela Marquesa de Jácome Correia no seu Palácio de Santa Rita, em São Miguel, famosas nos anos 60 e 70.
Numa, conhece Vitorino Nemésio: ele tem 72 anos, ela 54. Margarida Victória divorciara-se três vezes e levava uma vida lendária e complexa.
O escritor, casado há décadas, tem vários filhos e um quotidiano aparentemente tranquilo. Meses depois reencontram-se. Conversam e descobrem afinidades. Apaixonam- se. Não escondem dos outros o sentimento que os une. Nemésio desloca-se assiduamente a São Miguel, alojando-se na casa da amada.
Mau Tempo para a Marquesa apaixonada
A morte do poeta em 1978 afecta profundamente a marquesa que, entretanto, fica arruinada. Vende as terras, as obras de arte, as jóias e a Casa de Santa Rita, hoje do exército, onde passara, com o autor de "Mau Tempo no Canal", os melhores momentos da sua vida. Doente, empobrecida e solitária, Margarida Jácome Correia confidencia a amigos, pouco antes de falecer em 1996, que "o mundo acabou com a perda de Vitorino.
"Quando ele desapareceu, compreendi a falta dolorosa e irremediável que ele fazia. A minha vida modificou-se por completo. Hoje, o que me faz continuar são todas estas memórias"- memórias que publica e são, na verdade, surpreendentes, inesquecíveis mesmo.

Nelas o tema dominante é a paixão que o escritor e a marquesa mantiveram durante anos. "O homem que mais marcou a minha vida foi, sem sombra de dúvida, Vitorino Nemésio", sublinhará. "Apesar de ter recordações maravilhosas de outros, Vitorino foi pai, irmão e amante, sempre com manifestações de ternura, interesse e admiração, enfim, tudo o que uma mulher pode desejar".
António Brás
Vitorino Nemésio
(1901– 1978) foi um poeta, romancista, cronista, académico e intelectual português que se destacou como autor de Mau Tempo no Canal, e professor da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
Expulso do liceu
Na infância a vida não lhe correu bem em termos de sucesso escolar, foi expulso do Liceu de Angra, e reprovou o 5.º ano, facto que o levou a sentir-se incompreendido pelos professores.
Com 16 anos de idade, Nemésio desembarcou pela primeira vez na cidade da Horta para se apresentar a exames. Acabou por concluir o Curso Geral dos Liceus com a qualificação de dez valores.
Foi autor e apresentador do programa televisivo Se bem me lembro, que muito contribuiu para popularizar a sua figura e dirigiu ainda o jornal O Dia entre 11 de dezembro de 1975 a 25 de outubro de 1976.
Recebeu, em 1965, o Prêmio Nacional de Literatura e, em 1974, o Prémio Montaigne.Faleceu a 20 de fevereiro de 1978. Pouco antes de morrer, pediu ao filho para ser sepultado no cemitério de Santo António dos Olivais, em Coimbra, ao som de o Aleluia tocado por sinos.
O Holocasto do Povo Palestino
Uma breve histórias (documentada num video casual ) de duas crianças sozinhas no meio de uma invasão cruel sustentada pela Bíblia.
No livro sagrado dos Judeus está escrito que só o Povo Judaico se salvará no fim dos tempos. Trata-se de um acordo selado com a famosa Arca da Aliança. O Judeismo, o Cristianismo e o Islamismo são três religiões Abraâmicas que, na sua luta pela supremacia, têm causado os grandes males do mundo.
Soldados israelitas prendem crianças palestinas
Militares de Israel prendem crianças palestinas por suspeitas de terem atirado pedras. Uma violação de todas as regras e convenções internacionais Acontece todos os dias na Faixa de Gaza e na Cisjordânia - o Estado Palestino que Israel invadiu e não reconhece, desde 1948. Existem muitos videos publicados no You Tube a testemunhar este Inferno na Terra onde Jesus pregou o amor.
Os Eduardianos: A Era da Elegância
no Palácio de Buckingham (1)

A exposição, intitulada "Os Eduardianos: A Era da Elegância", agora patente na "King's Gallery", a galeria pública no Palácio de Buckingham, em Londres destaca a elegância eduardiana, através das imagens de dois casais reais que definiram o estilo no início do século XX: Eduardo VII e a Rainha Alexandra, e o seu filho, Jorge V, e a sua mulher, a Rainha Maria. (Jorge V é o bisavô materno do actual rei da Grã-Bretanha, Charles III.)
Os visitantes podem admirar tiaras de diamante, colares e outros itens reais brilhantes, que estão expostos a partir de 11 de Abril no Palácio de Buckingham e apresenta também uma selecção da enorme colecção real de arte, como móveis, pinturas e muito mais.
A Era Eduardiana (1901–1910) no Reino Unido foi um período de mudança significativa marcado pelo reinado do rei Eduardo VII, que sucedeu à rainha Vitória. Embora tenha sido curto, o reinado de Eduardo VII define esta era, que por vezes é alargada até ao início da Primeira Guerra Mundial, em 1914. Este período é considerado uma época de grande convulsão social e política, avanços tecnológicos e a ascensão da classe trabalhadora.


"O período eduardiano, como o concebemos, é muito glamouroso," disse Kathryn Jones, curadora da exposição e curadora sénior de artes decorativas da Royal Collection Trust, a entidade beneficente criada em 1993 para gerir a colecção.
"A família real da época levava um estilo de vida incrivelmente opulento e, não frívolo, mas um tanto hedonista, participando de festas nos jardins, eventos desportivos e bailes de fantasia," afirmou ela.
Cerca de metade dos 315 objectos de arte seleccionados para a exposição é exibida pela primeira vez, segundo Kathryn Jones, "ainda não tínhamos abordado o período eduardiano, porque a galeria onde as peças estão expostas foi só inaugurada pela Rainha Elizabeth II em 2002".

Ela disse ainda, "que a exposição incluí a cigarreira de esmalte azul de Eduardo VII realizada por Peter Carl Fabergé, mostrando que os homens podiam "expressar-se artisticamente através dos seus acessórios para fumar, e ainda um leque de penas de avestruz "que a Rainha Alexandra usou na sua coroação, com diamantes nos bastões de sustentação".
Segundo Kathryn Jones, "as joias desempenham um papel importante na narrativa da história da realeza: Tanto Alexandra quanto Mary são conhecidas pelas suas joias. Os retratos oficiais delas, mostram as peças que elas usaram. É algo que faz parte do reflexo delas. Alexandra, em particular, tem essa imagem incrivelmente glamourosa e, na época, era conhecida por ser uma líder da moda."
"Às vezes, os membros da realeza participavam no design das joias, já que estavam a encomendar peças e enviando-as de volta para serem alteradas", disse Kathryn Jones. Como exemplo, ela mencionou o elaborado colar Dagmar de diamantes, com sua cruz de ouro e esmalte, que foi dado a Alexandra, então princesa, por um primo, o rei da Dinamarca, por ocasião do seu casamento em 1863. "Quando chegou à Grã-Bretanha, ela o enviou à joalheria Garrard's e mandou adicionar pérolas extras, o que mostra a sua intervenção pessoal", disse Kathryn Jones.
A exposição, que vai até 23 de Novembro de2025, termina com os anos posteriores à Primeira Guerra Mundial. A morte e destruição provocadas pelo conflito trouxeram "uma percepção muito diferente da monarquia", disse Kathryn Jones.
(primeiro de 3 textos)


Trump anima cartoonistas americanos








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Já matámos o Conde Andeiro, quando afinal estavamos descontentes com a Lei das Sesmarias de D. Fernando.
Mas matámos o rei D. Carlos porquê? Por causa de João Franco? Porque ele vivia à grande-e-à-francesa?
E matámos para quê? Para continuarmos na mesma, com um Chega aqui?
Vamos lá... Ardeu a mata de Leiria com 570 anos. Mais 350 agentes da Polícia Judiciária aterraram na Madeira... e nada.
Gastámos 6 mil milhões com o buraco financeiro do BPN, outro tantos com o Banco Espírito Santo, mais outro tanto com o Novo Banco e igual valor com o Banif, metade com o Banco Privado. Metemos um jogador de futebol no Panteão.
Temos um antigo primeiro ministro investigado, durante 7 anos, com apenas escutas telefónicas como provas! Um presidente do Conselho Europeu a ser triturado porque alguém disse "que ele disse".
730 mil casas vazias e o Governo a querer construir mais 12 mil com fundos europeus... que vão acabar dde certeza no mercado imobiliário - que dá mama aos portugueses especuladores e lugar à lavagem estrangeira de milhões.
Temos a costa marítima do Alentejo a ser betonada para apaparicar os ricos "camones". As urgências dos hospitais transformadas em lotaria. Os bombeiros a fazerem de parteiros. As grávidas a viajar horas em busca de auxilio. O Serviço Nacional de Saúde a ser oferecido às mesmas 23 famílias de sempre - nas barbas dos maçons que passam a vida a elogiar (em vão) António Arnault
E mataram o rei, porquê?
Temos uma época balnear cheia de afogados e uma época de incêndios a engordar muita gente... Tínhamos guarda-florestais zelosos e o Costa acabou com eles. São agora GNRs de secretária.
Continuamos a repetir o modelo escolar do impinanço há décadas. Os alunos colam agora o cu nas carteiras durante 90 minutos. Uma tortura apoiada pelos professores carreiristas do ensina-todos-os-anos-o-mesmo.
Fomos empurrados para as bordas de Lisboa e do Porto para empanturrar empreiteiros e vendedores de carros. E encolhemos os ombros
Vamos gastar 250 milhões de euros com uma nova sede do Banco de Portugal... só porque é giro e não só, claro! Temos um SIRESP que não serve para nada, por 350 milhões e não 250 milhões. O Cavaco, "o homem mais sério da Terra", negou uma pequena pensão ao herói Salgueiro Maia, para medalhar dois pides. E pronto.
E Douro? Metemos no nosso mais belo rio barragens desnecessárias para dar massa aos "investidores". E na Assembleia da República? Vimos a filha de um alfaiate citar Simone Bevoir contra o Povo indignado com a Troika.
E também vimos um apalhaçado a fazer da Assembleia da República um circo e a tomar os portugueses por parvos. O senhor José Berrado a quem o banco público Caixa Geral de Depósitos emprestou 439 milhões de euros para ele jogar na Bolsa. Que giro, pá! E fiquemos por aqui.
Afinal mataram o rei e fizeram de golpe militar para quê?
Para estarmos todos no Big Brother e no Tik ToK, de ouvidos surdos a tanto gamanço?
Fiz um conto de embalar disse Natália





2ª Actualização da Edição de 15 a 21 de Setembro
Portugal reconhece Estado da Palestina
O Ministério dos Negócios Estrangeiros confirma que Portugal vai reconhecer o Estado da Palestina.
O reconhecimento "acontecerá no domingo, 21 de Setembro", o que significa que "a Declaração Oficial de Reconhecimento terá lugar ainda antes da Conferência de Alto Nível sobre a Palestina na próxima semana".
França anunciou que 10 países, entre os quais Portugal e França, reconheceriam o Estado da Palestinia na segunda-feira, numa conferência à margem da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque.
França será acompanhada de Andorra, Austrália, Bélgica, Canadá, Luxemburgo, Malta, Reino Unido e São Marino", afirmou o Governo Francês.

1ª Actualização da Edição de 15 a 21 de Setembro
Europa une-se contra invasão de Gaza


A Bélgica reconheceu formalmente o Estado da Palestina, quando cresce na Europa a oposição à invasão e aos horrores de Gaza. Portugal adia como sempre a sua decisão, seja qual for o tema (a não ser Timor).
Soma-se a Flotilha que navega na direção do mar de Gaza e espera-se o pior. Os navios poderão ser afundados e os ocupantes morrerão de forma trágica.
A Europa mergulhará na pior crise política desde a Segunda Guerra Mundial, uma vez que Espanha já garantiu proteção à Flotilha. Abordo de um dos barcos estão espanhóis. Persiste a interrogação: os israelitas vão copiar os serviços secretos franceses que há 40 anos afundaram o maior navio dos ambientalistas da Greenpeace?
Ursula von der Leyen e António Costa farão nada farão... para desgraça de milhões de pessoas e vergonha da Europa! jrr

Edição de 15 a 21 de Setembro sujeita a actualizações diárias
Elas morreram de pé

A estreia do notável filme sobre Natália Correia, intitulado pela realizadora Rosa Coutinho Cabral de "A Mulher que Morreu de Pé", revitaliza a frase que a actriz Palmira Bastos imprimiu no nosso imaginário, "As Árvores Morrem de Pé", a partir da peça de Alejandro Casona, que ela interpretou magistralmente.
Ambas, Natália Correia e Palmira Bastos morreram, porque viveram, de pé, afirmando-se (como muitas outras mulheres no seu século) seres de excepcional envergadura humana. Curiosamente passam agora 150 anos sobre o nascimento da grande actriz que, nos últimos de vida era, no mundo de então, a intérprete mais velha a subir ao palco.
Palmira Bastos, que representou durante 75 anos, estreou-se com 15 anos no teatro da Rua dos Condes, na opereta "Reino das Mulheres", rapidamente se impondo ao lado de Augusto Rosa, Eduardo Brasão, Lucinda Simões, Chaby Pinheiro e Ângela Pinto.
Cedo ganhou a carinhosa designação de Grande Palmira, "quando está na ópera-cómica faz falta ao drama, quando está no drama falta à ópera-cómica", dizia-se a seu respeito. "A Grã-Duquesa", "A Severa", "A Conspiradora", "Uma Mulher Extraordinária", "Leonor Teles", "Ciclone" foram alguns dos seus grandes êxitos, entre dramas, comédias, operetas e revistas.
Detentora de um enorme talento, de rara versatilidade, de exigente profissionalismo, o seu amor ao teatro não tinha limites. Talvez por isso, seduziu todas as gerações e classes sociais de então.
No Brasil teve enormes apoteoses fazendo dezenas de tournée aquele país desde 1900. "A minha mãe era muito admirada, chegavam a tirar os cavalos do break que ela utilizava para o puxarem à mão entre

o teatro e o hotel", disse-nos a filha Amélia Bastos Moreira da Cruz: "Voltou lá em 1960, sendo longamente homenageada com recepções e descerramentos de placas".
Palmira Bastos recebeu inúmeros prémios e condecorações, caso das ordens de Santiago e de Cristo, da medalha de ouro da cidade de Lisboa, do Cruzeiro do Sul e de Cidadã Carioca.
"Representámos pela primeira vez em 1922", destacaria por sua vez Amélia Rey Colaço, "tivemos uma camaradagem, uma admiração de mais de 40 anos. Ela foi tudo, a grande intérprete, a grande amiga que me acompanhou em horas más, sempre muito solidária, e em horas gloriosas, magníficas".
A artista recusava invariavelmente os convites do realizador Leitão de Barros para fazer cinema, afirmando que "passada pela máquina não dava nada". Dela ficou-nos apenas o filme mudo "O Destino", e a gravação de "As Árvores Morrem de Pé", feita pela RTP em 1965.
Numa entrevista, a actriz confessava: "Represento esquecendo-me de mim própria e da minha idade, destes anos todos de desilusões, de desgostos. Os momentos mais felizes da minha vida foram aqueles em que ouvi as primeiras palmas e em que fui mãe."
A 15 de Dezembro de 1966 apareceu pela última vez na festa de despedida do actor Raul de Carvalho com a reposição de "Ciclone". Pouco depois sofreu um AVC. Na clinica onde passou os derradeiros três meses, insistia que "haveria de voltar ao teatro, nem que fosse numa cadeira de rodas, pois desejava morrer de pé como as árvores". Morreu.
Secreta afunda barco


Já foi afundado um barco e há uma grande expectativa sobre a Flotinha a Caminho de Gaza, sobretudo quando os barcos se aproximarem das águas da Faixa de Gaza. É importante, por isso, recordar o afundamento do navio Rainbow Warrior ( navio-almirante do Greenpeace) em 1985 por agentes dos serviços secretos franceses. Foi há 40 anos e a acção terrorista teve a cancela do governo francês. Os israelitas farão o mesmo?
Em 10 de julho de 1985, o navio estava atracado em Auckland, na Nova Zelândia, preparando-se para liderar uma flotilha de protesto contra os testes nucleares da França no atol de Mururoa, no Oceano Pacífico. Dois agentes franceses colocaram bombas no casco do navio.
Português morre no ataque ao barco
As explosões afundaram o navio e mataram tragicamente o fotógrafo e ativista luso-neerlandês, Fernando Pereira. Ele estava a bordo, a tentar salvar o seu equipamento fotográfico após a primeira explosão.
O ataque foi um ato de terrorismo de Estado que provocou um enorme escândalo internacional. A Nova Zelândia prendeu dois agentes franceses, e a França acabou por admitir o seu envolvimento. A crise diplomática que se seguiu resultou na demissão do Ministro da Defesa francês.
Warrior pôs em causa armamento nuclear
O afundamento do Rainbow Warrior tornou-se um marco na história do ativismo ambiental. O caso atraiu uma enorme atenção pública para a causa do desarmamento nuclear e reforçou o papel do Greenpeace como uma organização global.
O nome "Rainbow Warrior" foi continuado por outros navios do Greenpeace, mantendo vivo o legado da embarcação original. Os destroços do navio original foram mais tarde afundados e agora servem como um recife artificial e um local de mergulho na Matauri Bay, na Nova Zelândia, como um memorial ao evento.

Um erro colossal chamado Mortágua
Mortágua está a mais na Flotilha de Gaza. A sua presença inquina uma iniciativa que deveria ser abrangente.
A Flotilha está agora conotada de forma irremediável com a extrema-esquerda, quando na Europa já existe um grande consenso sobre a urgência em parar o cruel genocídio do povo Palestino, levado a cabo por Israel.
Os destinos do Ocidente estão nas mãos da Direita, por vontade dos povos. E encostar a Flotilha à extrema-esquerda é um erro fatal para a solução dos 2 Estados, para o fim imediato da invasão militar de Gaza e para a regressão dos colonatos na Cisjordânia.
Salta do barco Mortágua!
jrr
15 jornalistas
Uma Redação Flutuante a caminho de Gaza
Um redação com 15 jornalistas seniores vai funcionar nos próximos dias num dos barcos que se dirigem para Gaza, na flotilha humanitária.
È uma iniciativa do Witness for Gaza, da associação Palestine Witness, fundada pelo ex-jornalista espanhol Khalil Sayyad Hilario. A Federação Europeia de Jornalistas acompanhará a redação flutuante e abriu as candidaturas, que têm o apoio também do Sindicato do Jornalistas portugueses
Khalil Sayyad Hilario é atualmente consultor em gestão de riscos de segurança para várias agências humanitárias, trabalhou extensivamente com os Médicos Sem Fronteiras (MSF) e tem desenvolvido um contacto próximo com o Sindicato de Jornalistas Palestinianos (PJS). Informações adicionais sobre este projecto podem ser obtidas através dos emails partnerships@palestinewitness.org ou press@palestinewitness.org
O abate do jornalismo
Tornou-se moda nos últimos tempos anatemizar, insultar, culpabilizar o jornalismo, ou seja, os que o exercem, os jornalistas, pelos males abatidos sobre nós, repetindo-se uma vez mais o propósito de matar o mensageiro pelas más notícias que ele divulga.
A ilusão de que não se conhecendo as desgraças elas deixam de existir fez - sobretudo na política, na economia, na justiça, na comunicação social, etc. - caminho largo. Consequentemente, os jornalistas passaram a "jornaleiros", as notícias a "lixo", os comentadores a "comentadeiros" os periódicos a "pasquins"; e assim por diante. Adiante.
Em muitos casos, demasiados por certo, isso é, com efeito verdadeiro, mas é-o como consequência, não causa da situação criada, fruto de estratégias ardilosamente concebidas nesse sentido.
Por os interesses dos dominadores quase nunca corresponderem aos dos dominados, surgiu a decisão de os poderes controlarem o que se torna público. As ditaduras resolvem-no através de censuras directas, as democracias de manipulações indirectas; as primeiras utilizando repressores, as segundas sedutores.
Assim tem sido – e continua a ser. Ao desaparecimento, com o 25 de Abril, da Censura oficial surgiu (multiplicada pela sua privatização) a censura, sem esse nome, de partidos políticos, de instituições, de administrações, de autarquias, de todo bicho careta com poder, manha e desvergonha.
A seguir à Revolução entregou-se um jornal a cada partido (às vezes mais do que um), encheram-se as redacções de comissários políticos , proletarizaram-se os jornalistas

retirando-lhes independência e intervenção (o PS de Sócrates, esse, acabou-lhes com a assistência médica própria), trocaram hierarquias por ideologias, criaram cursos de comunicação (de formatação do correcto), ou seja, perverteu-se a liberdade de criação, de expressão, de isenção, de intervenção.
Para melhor confundir, impôs-se o rótulo de comunicação social à informação, que ninguém sabe exactamente o que é: serão os comboios, os telefones, as auto-estradas? sabe-se, sim, que se assemelha a guarda-chuva (ou guarda-sol) para tapar safadezas da manipulação, da mentira, e inviabilizar a informação credível, confirmada, pluralista, democrática.
Cereja no bolo: a culpa passou, depois, a ser das vítimas, os jornalistas, não os travestis, os sabotadores do jornalismo, da liberdade que os mensageiros dele (jornalismo) necessitam para o cumprir, cumprindo-se.
"Tão censurante é impedir de dizer como obrigar a dizer", repetia Natália Correia - e dela nós aqui repetimos.
Modelo Sofia Aparício embarcada na Flotilha
Sofia Aparício é atriz e modelo, conhecida pelo seu trabalho na televisão e no teatro. Nascida em 1976 em Lisboa, ela ganhou destaque em várias produções televisivas e de cinema ao longo de sua carreira. Sofia começou sua carreira artística ainda jovem. Além de sua carreira como atriz, Sofia tem se envolvido em diferentes projetos e campanhas, agora na Flotilha por Gaza
Malraux:
um jornalista
que foi terrorista?

A propósito do afundamento terrorista do barco Rainbow Warrior pelos serviços secretos franceses lembremos André Malraux o jornalista escritor francês que participou em movimentos revolucionários, durante os anos 1920 e 1930. Ele envolveu-se na luta contra o colonialismo e esteve ativo na Revolução Chinesa, onde suas experiências o levaram a refletir sobre a condição humana em seus escritos.
Tentou roubar máscaras funerárias
Em 1925, Malraux foi preso por tentar roubar máscaras funerárias de um templo em Phnom Penh, no Camboja, e essa ação pode ser vista como uma expressão de seu ativismo cultural e político. Mais tarde, ele se alistou como voluntário na Guerra Civil Espanhola, apoiando os republicanos contra o governo franquista, o que demonstrou seu comprometimento com causas políticas.
Embora tenha estado envolvido em situações de conflito e tenha se oposto a regimes autoritários, é importante lembrar que seu foco principal era a literatura e a reflexão sobre a condição humana, e não ações terroristas.
Ele é mais conhecido por seu trabalho como escritor e político do que por qualquer atividade violenta ou terrorista. André Malraux era amigo e admirador do General De Gaulle, sobre quem escreveu "Os robles também se abatem".
O General De Gaulle (de óculos) co. André Malraux
Quem foi André Malraux
André Malraux foi um importante escritor, romancista e político francês, nascido em 3 de novembro de 1901, em Paris, e falecido em 23 de novembro de 1976. Ele é conhecido por suas contribuições à literatura e sua vida rica em experiências.
Malraux teve uma juventude marcada por uma intensa atividade intelectual e política. Ele começou a estudar na Universidade de Sorbonne, onde se interessou por filosofia e arte. Em 1923, ele viajou para a Indochina (atual Vietnã), onde trabalhou em várias atividades, incluindo o comércio de arte. Essa experiência influenciou profundamente sua visão de mundo e sua escrita.
A sua obra mais famosa, "A Condição Humana" (1933), aborda temas como a luta, a morte e a condição do homem em tempos de crise. O livro reflete sua experiência na Revolução Chinesa. Além de romances, Malraux também escreveu ensaios sobre arte e filosofia, mostrando seu interesse pela interação entre a arte e as questões sociais e políticas.
Malraux teve uma intensa vida política e participou ativamente da resistência contra o nazismo durante a Segunda Guerra Mundial. Após a guerra, ele se tornou Ministro da Cultura da França sob a presidência de Charles de Gaulle, onde trabalhou para promover a cultura francesa e a preservação do patrimônio. Seu legado vai além da literatura, afetando também a política cultural e a arte na França. André Malraux permanece uma figura influente, especialmente nas discussões sobre a relação entre arte e sociedade. (texto com recurso IA)
A história de amor de Isabel Paim
Do convento para o casamento

Desfiaram-se quase 250 anos mas o riso feliz de Isabel Paim ainda se ouve, abraçando Alexandre Holstein no sumptuoso casamento, na bela e grande Quinta do Calhariz, em Sesimbra.
Isabel havia sido obrigada a casar antes com o segundo filho do Marquês de Pombal, D. José Francisco Xavier Maria de Carvalho Melo e Daun, mas recusou sempre a consumação.
O caso escandalizou a nobreza e era motivo de conversas em todos os corredores do poder. Isabel acabaria por conseguir a anulação do casamento por decreto papal.
Quando tudo parecia resolvido, o Marquês de Pombal voltou a desgraçar a vida de Isabel Paim, obrigando-a a uma reclusão perpétua no Convento de Chelas. Isabel amargurou, até ao dia em que o Marquês de Pombal foi derrubado.
Finalmente livre, correu para os braços do seu amado Alexandre e o casamento decorreu com grande alegria no ano de 1779. O casal viveu uma vida feliz e teve vários filhos, entre eles o futuro Duque de Palmela que se evidenciaria na política.
O palácio da Quinta do Calhariz (que aqui recordamos como mais uma das casas de grandes amores em Portugal) tem os interiores bem conservados e está na posse do VII Duque de Palmela. É uma das propriedades mais antigas e históricas do País e abriu-se ao turismo. Visitar a Quinta do Calhariz, em Sesimbra, é fazer uma surpreendente visita ao passado.
Alexandre Holstein

O ducado de Palmela foi instituído por decreto de D. Maria II de Portugal, por intermédio de D. Pedro IV enquanto Regente do reino, de 13 de Junho de 1833 (primeiramente em vida, depois concedido de juro e herdade em 18 de Outubro de 1850) em benefício de D. Pedro de Sousa Holstein, diplomata e herói das Guerras Liberais, que fora, sucessivamente, primeiro conde (decreto de D. Maria I de 11 de Abril de 1812) e marquês de Palmela (decreto de D. João VI de 3 de Julho de 1823). Antes de ser feito duque de Palmela, D. Pedro de Sousa Holstein tinha recebido o título de duque do Faial (4 de Abril de 1833).

Nascida em dezembro de 1753, no Palácio dos Monteiro Paim, na Rua Formosa, actual Rua do Século, em Lisboa, Isabel Juliana Bazelisa José de Sousa Coutinho Monteiro Paim era filha de D. Vicente Roque de Sousa Coutinho de Menezes Monteiro Paim (1726-1792), embaixador português em Paris, e de D. Teresa Rita Vital da Câmara (1734-1753).
Oriunda de ricas famílias da nobreza portuguesa, pelo lado materno era neta de D. Luís José da Câmara, senhor das Ilhas Desertas.
Ambicionando consolidar o estatuto social e político da sua família, Sebastião José de Carvalho e Melo, ministro do rei D. José I e então 1.º conde de Oeiras e 1.º marquês de Pombal, escolheu a herdeira do morgadio da Casa de Alva para casar com o seu segundo filho varão,
Trump confirma "há fome em Gaza"
menina de 8 anos carrega irmã doente em busca de auxílio, jornalista leva as crianças para abrigo
O Holocasto do Povo Palestino
Uma breve histórias (documentada num video casual ) de duas crianças sozinhas no meio de uma invasão cruel sustentada pela Bíblia.
No livro sagrado dos Judeus está escrito que só o Povo Judaico se salvará no fim dos tempos. Trata-se de um acordo selado com a famosa Arca da Aliança. O Judeismo, o Cristianismo e o Islamismo são três religiões Abraâmicas que, na sua luta pela supremacia, têm causado os grandes males do mundo.
Art Deco regressa ao coração de Paris
Art Deco 1

Está anunciada para 22 de Outubro a comemoração dos "100 Anos da Art Deco" no Musée des Arts Décoratifs, em Paris. Atraente, exótica e vibrante, assim se pode definir a Art Deco, um dos estilos mais populares do século XX.
Será uma exposição muito em especial, para quem sente grande fascínio por esta arte. Estão reunidos mais de 80 objectos- pintura, escultura, arquitectura, mobiliário, têxteis, vidro, metal, joalharia, artes gráficas, design industrial, moda, cinema e fotografia – fazendo parte da colecção do museu das Artes Decorativas de Paris.
Após a primeira Grande Guerra, a França tinha sido sacudida por uma euforia de viver, um frenesim de novidades, um transbordar de ritmos e de cores.
A Art Deco surgiu neste ambiente da grande festa dos Anos Loucos e foi o novo e excitante movimento de arte que varreu a ornamentação elaborada dos séculos anteriores e a substituiu com uma surpreendente simplicidade de linhas, o seu nome deriva da Exposição das Artes Decorativas e Industriais, realizada em Paris em 1925.
A visão analítica da forma
As raízes da Arte Deco estendem-se ao cubismo com as formas geométricas das suas decorações; ao "esprit nouveau" de Le Corbusier, de que retém a visão analítica da forma; ao fauvismo, cuja negação ao modelado e ao claro-escuro adoptado; ao futurismo, onde encontra a noção de velocidade; aos Ballets Russos, de que assimila o colorido e uma nova concepção de espectáculo.
Mas a par desse aspecto, a Art Deco encontrava a sua razão de ser não apenas na cidade de Paris, e em definitivo conquistava a Europa e a América, sendo aí participante activo na difusão de um gosto e de uma mentalidade moderna.
A euforia escaldante da vida
Depois dos corpos massacrados e estropiados da primeira grande guerra, explode a euforia escaldante da vida "Folles ou Rouring". Assim se denominam, se consomem e se publicitam. Consumia-se a vida na necessidade de ilusão, do desfazer quotidiano de antigas fronteiras e hierarquias, de velhos hábitos e modos, como exigível condição para devorar todos as energias da vida e, entre elas, a não menos relevante tarefa de ganhar dinheiro numa febre que acabaria fortemente no "rouring arack" de 1929.
Uma forma de estar efervescente
A par de preocupações mais directamente reflexivas e pesquisadoras, a cultura europeia conhecia uma dimensão mais despreocupadamente mundana e soberanamente vivencial.
As modalidades artísticas, literárias e da moda, o jornalismo, o cinema, o "music-hall", o teatro e até a política, aproximam-se entre si e não poucas vezes se equivalem ou confundem, ao afirmarem os seus produtos como valores essenciais e objectos atraentes, prontos a serem consumidos por uma assumida forma de estar veloz e efervescente.
Ela própria é atractiva, extremamente apetecida, numa época que se quer e que se descobre de uma forma precipitada promissoriamente na imagem de um carro desportivo ou na silhueta esguia de uma "starlete" representada num écran de cinema ou ainda no subtil odor de um perfume.


As imagens da mulher emancipada
Os Anos 20 eram vividos na cidade, território natural e reinventado, em precisos espaços públicos onde se investia a desejável cumplicidade entre produtos e consumidores entre o imaginário e o real.
Das salas dos "night clubs", do cinema e do "music hall", dos livros e dos magazines, projectavam-se para a rua, como por magia, imagens da mulher emancipada, com corte de cabelo à "garçonne" ao volante dum carro de sport, ou da rapariga fazendo pose com uma cigarrilha, onde o fumo em serpentina se cruza com o seu companheiro,.
Ou ainda a imagem de uma "vamp" lembrando o aspecto distante, perverso e às vezes fatal, como representavam nesta época nos seus filmes Dietrich, ou ainda desarticulada pela noite dentro à euforia trepidante do charleston ou do mais violento tango, a dança que deu nome à cor dos "Twenties", esse alaranjado metal por fogoso entusiasmo do seu componente vermelho.
(primeiro de dois textos sobre esta exposição)



nem toda a treta dá leite
Passo pelo tempo a caminho de outros afazeres, alontanado da coisa da vida.
Ou como aprendi de um amigo com idade para ser meu avô e destemperança
que chegasse para ser meu neto: 'olha de cautela, que nem toda a treta dá leite'.

A América sofre por causa... da América!








O corpo é a praia, a boca a nascente



O corpo é a praia, a boca a nascente




Edição de 22 a 28 de Setembro sujeita a actualizações diárias (usamos IA e Wikipédia nas pesquisas)
Portugal num futuro ibérico
Com inesperada frontalidade Durão Barroso, ex-ministro dos Negócios Estrangeiros e ex- primeiro ministro, afirmou que Portugal é hoje o país mais pobre da Europa Ocidental, já ultrapassado pelos da antiga União Soviética.
Referindo saídas para um possível futuro, preconizou a formação, pelo seu potencial económico e cultural, de uma comunidade de povos ibéricos na qual seriamos motor, não passageiros.

O iberismo que propõe não significaria, assim, a integração de Portugal na Espanha (como preconizaram no passado alguns iberistas), mas a constituição de um bloco de nações ibéricas independentes, como entendiam, entre outros, Fernando Pessoa, Agostinho da Silva e Natália Correia.
Esta criaria mesmo o conceito de ibericismo (para se desligar do de iberismo) tendo escrito, a propósito, o notável ensaio Somos todos Hespanos.
A perspectiva agora retomada por Durão Barroso emergiu - vale a pena lembrá-lo - quando, regressado de intensa estadia em Espanha, Agostinho da Silva se encontrou, em Dezembro de 1934, no Martinho da Arcada com Fernando Pessoa.
Durante 10 meses, até 27 de Novembro de 1935 (Pessoa morreria dois dias depois), ambos se interessaram a fundo sobre o futuro de Portugal, do seu império e da sua posição internacional.
O autor da Mensagem publicara, entretanto, no Jornal um texto onde afirmava que para o futuro do País as colónias não só não serão precisas para nada como constituirão um forte empecilho.
E especificaria que "só as línguas dos povos que criam impérios têm direito ao futuro. Nós criámos civilização, e não simplesmente a vivemos e a exploramos, pois a recriámos pela escrita".
Isso numa altura em que monárquicos e republicanos, situacionistas e opositores, intelectuais e analfabetos eram, na sequência do Ulimatum Inglês, colonialistas. Pessoa só não foi maçado porque, à época, não lhe davam importância.
Deu-lha, porém, e decisiva, Agostinho da Silva, sobretudo a partir da sua frase, "A minha pátria é a língua portuguesa". Os dois privilegiariam a importância desse património porque seria ele, perdido o império, a ligar-nos
mutuamente. Radicado no Brasil, ele começa a desenvolver estruturas nesse sentido, apoiado pelos presidentes Juscelino Kubicheck de Oliveira e Jânio Quadros- influenciando líderes africanos como Agostinho Neto,Amílcar Cabral e Eduardo Mondlane.
As suas ideias, que incluíam os países de língua espanhola, impressionaram Adriano Moreira, Marcelo Caetano, Franco Nogueira e o próprio Salazar. Numa reacção surpreendente, o Presidente do Conselho gizou um plano para Agostinho da Silva vir secretamente, estava na lista negra da Pide, a Lisboa.
Veio e foi detido no aeroporto. O embaixador Franco Nogueira, ministro dos Negócios Estrangeiros, teve de libertá-lo à socapa. O diálogo com o governo tornou-se, porém, inviável pois a essência dessa Comunidade Ibérica exigia a independência das colónias portuguesas e das regiões espanholas .
Após o 25 de Abril, Agostinho da Silva, já radicado entre nós, reformula, seguido pelo presidente José Sarney e pelo embaixador Costa e Silva, do Brasil, o projecto em causa no sentido de fazer evoluir a CPLP, Comunidade de Países de Língua Portuguesa, então criada, para CPLI, Comunidade de Países de Línguas Ibéricas.
Esse bloco será o único, sublinhará Agostinho da Silva, "capaz de ombrear com o asiático (China, Rússia, Índia, Paquistão), com a vantagem de ser muito rico (em minérios, gás, petróleo, diamantes, etc.), muito jovem (a maioria das suas populações africanas e americanas tem menos de 25 anos) e muito criativo - numa altura em que o bloco da URSS implodiu e o da EUA vai no mesmo caminho.
O único político que, então, entendeu o projecto foi António Ramalho Eanes cuja primeira visita oficial como Presidente da República foi a África. No Maputo, Samora Machel, apontando-o aos moçambicanos, dirá: "Camaradas, apresento-vos o nosso antigo patrão!" Inteligente, pretendia dessa maneira indicar, com subtiliza, um futuro a nascer.
Os poderes emergentes em Portugal não consideraram esse futuro e, prestes, o trocaram pelo da Comunidade Europeia. Ainda haverá condições para o relançar?

3ª Actualização Edição de 22 a 28 de Setembro sujeita a actualizações diárias (usamos IA e Wiki nas pesquisas)
O diabo tem nome: Bezalel Smotrich e quer construir resort em Gaza

Um video de Bezalel Smotrich confirmou o pior cenário para Gaza: Israel bombardeia há 2 anos a Faixa de Gaza para lá poder montar um negócio imobiliário, segundo o ministro das finanças israelitas.
O video foi publicado pela BBC e mostra Bezalel Smotrich a rir (acompanhado nas gargalhadas pela assistência) por ter arrasado a Faixa de Gaza, dizendo que Trump tem em cima da mesa um plano para um grande negócio imobiliário.
Trump já fez aliás declarações no sentido uma futura Riviera (turistico-imobiliária) em Gaza.
A satisfação do ministro levanta agora dúvidas sobre a verdade de todos os acontecimentos do ataque a Israel, ignorado pelo forças armadas israelitas durante longas horas.
Com as suas declarações Bezalel destaca-se como um verdadeiro demónio, homem sem coração, crente incondicional da crença do povo eleito por deus, os Hebreus, e da aliança descrita nos 5 primeiros livros da bíblia.
Se o diabo existe, o seu nome é Bezabel Smotrich, mora nas Terras de Canan, que os Britânicos ofereceram aos Judeus e ao mesmo tempo prometeram aos Árabes, se estes lutassem contra o Império Otomano.

Em resumo, a figura do diabo é um amálgama de mitos e personagens de diferentes culturas. A sua forma mais conhecida, como o anjo caído e líder das forças do mal, foi moldada e consolidada principalmente pelo cristianismo ao longo de sua história. in gemini
A figura do diabo, como a conhecemos hoje, não foi inventada por uma única pessoa, mas sim desenvolvida e transformada ao longo de milhares de anos por várias culturas e religiões. É um conceito complexo que evoluiu a partir de diferentes mitologias e crenças.
O diabo nasceu há 4 mil anos
A Origem do Mal nas Religiões A ideia de uma força oposta ao bem existe em muitas tradições antigas.
Por exemplo: Zoroastrismo: Esta religião persa, uma das mais antigas do mundo (2 milanos AC) introduziu a ideia de um dualismo cósmico entre o bem (Ahura Mazda) e o mal (Angra Mainyu). Angra Mainyu, o "espírito destrutivo", é uma das primeiras figuras a personificar o mal de forma tão clara.
A Evolução na Tradição Judaico-Cristã
O conceito de um adversário divino ganhou forma mais definida nas tradições judaicas, cristãs e islâmicas.
No Judaísmo: A palavra hebraica "Satan" (do hebraico, ha-satan) significa "adversário" ou "acusador". No Antigo Testamento, Satan não é um ser maligno independente, mas sim um anjo de Deus que testa a fé das pessoas, como no Livro de Jó. Ele age a serviço de Deus.
No Cristianismo: Foi o cristianismo que transformou Satan em uma figura de maldade absoluta. Nos textos do Novo Testamento, ele é identificado como o líder dos anjos caídos, o tentador de Jesus e a origem do pecado. A figura de Lúcifer, o "anjo da manhã" que se rebelou contra Deus, foi popularizada por teólogos e poetas, especialmente na Idade Média. Essa fusão de Satan com Lúcifer solidificou a imagem do diabo como o principal inimigo de Deus e da humanidade.
No Islã: No Alcorão, Iblis ou Shaytan é uma figura semelhante. Ele era um jinn (um ser de fogo) que se recusou a se curvar a Adão por arrogância, sendo expulso do paraíso. Ele é visto como o tentador que sussurra más intenções aos corações humanos.
2ª Actualização Edição de 22 a 28 de Setembro sujeita a actualizações diárias (usamos IA e Wiki nas pesquisas)
Aumenta a tensão no Mediterrâneo
A situação no Mediterrâneo oriental é agora explosiva depois de Itália ter enviado um navio de guerra para escoltar barcos italianos da Flotilha que se dirige para Gaza, agora um Estado independente.
Poderá acontecer o pior quando Israel atacar a Flotilha ou enviar sabotadores marítimos. A presença de meios navais italianos é anunciada por uma emissora indiana de televisão.
Analista consideram muito perigoso um conflito no Mediterrâneo, perto da base naval russa na Síria.
O Holocausto do Povo Palestino
Pela primeira vez Miguel Sousa Tavares fala em Holocausto do Povo Palestino, abandonando a forma suave de "Genocídio". Foi na sua habitual entrevista na TVI, onde tece também duras críticas à liderança europeia e à posição da Grã-Bretanha face a Donald Trump
Governo italiano em alerta
Em Itália sucedem-se atos de vandalismo. A agitação na Europa já era esperada, desde que Meloni criticou Natanyahu, acusando-o de cometer um genocídio contra 2,5 milhões de palestinianos em Gaza.
As manifestações de apoio ao Povo Palestino transformaram-se em violentos confrontos com a polícia em Milão. E poderá acontecer o mesmo noutras cidades.
Quem apoia uma ideia pacífica não pode ser quem provoca violentos tumultos, critica o governo italiano.
Ao mesmo tempo Israel bombardeia a cidade de Gaza, já arrasada por dois anos de chuva de bombas israelitas. As forças armadas de Israel têm 620 aviões.
No video a Frota Israelense podemos ter uma dimensão da frota aérea, que do lado Palestino não tem uma única aeronave.
A Flotilha por Gaza voltou a ser atacada por drones. Estes ataques vão agora levantar sérios problema a nível do Direito Internacional, uma vez que 154 países já reconheceram de formalmente o Estado da Palestina, entre eles Portugal.
Um ataque a um barco com bandeira nacional poderá de imediato ser considerado um ato de guerra. Entre os países que reconheceram o Estado da Palestina estão a Grã-Bretanha, França, Espanha, Bélgica, Irlanda, Austrália.
O Holocasto
do Povo Palestino
Uma breve histórias (documentada num video casual ) de duas crianças sozinhas no meio de uma invasão cruel sustentada pela Bíblia.
No livro sagrado dos Judeus está escrito que só o Povo Judaico se salvará no fim dos tempos. Trata-se de um acordo selado com a famosa Arca da Aliança. O Judeismo, o Cristianismo e o Islamismo são três religiões Abraâmicas que, na sua luta pela supremacia, têm causado os grandes males do mundo.
José Saramago, lê a Bíblia
e perdes a fé!
Portugal num futuro ibérico
Autores pelo Iberismo,
de Antero de Quental a Saramago

Antero de Quental foi um escritor, poeta e filósofo português do século XIX e grande adepto do Iberismo.
Ele escreveu principalmente poesia, sendo sua obra mais conhecida o livro de sonetos "Sonetos Completos". Além disso, ele foi um dos líderes da Geração de 70, um movimento intelectual em Portugal que defendia o progresso social e científico.
A obra mais importante e reconhecida de Antero de Quental é "Sonetos Completos".
Publicada em 1886, esta coletânea de sonetos é considerada o ponto alto de sua produção poética. A obra reflete a maturidade filosófica e o pessimismo do autor, abordando temas como o sentido da vida, a busca pela transcendência, a solidão, a dor e a morte.
Além de sua relevância literária, os sonetos de Antero de Quental são um marco do Realismo-Naturalismo em Portugal, pois, embora usem a forma clássica do soneto, rompem com o sentimentalismo romântico e mergulham em uma introspecção profunda e existencial.

A posição de Antero de Quental sobre o iberismo foi um ponto crucial de sua vida e pensamento, embora tenha evoluído ao longo do tempo.
Da República Federal à desilusão
Inicialmente, ele foi um fervoroso defensor do iberismo como um projeto político. Em seu ensaio "Portugal perante a Revolução de Espanha" (1868), Antero argumentou que a união de Portugal com a Espanha em uma república federal era a única forma de o país superar o seu atraso e abraçar os ideais do progresso social e da modernidade. Para ele, o princípio da nacionalidade era menos importante do que os ideais de liberdade e justiça social que a união poderia proporcionar.
No entanto, essa fase de entusiasmo político foi seguida por uma profunda desilusão. A instabilidade política em Espanha e o fracasso do projeto republicano fizeram com que Antero abandonasse a defesa de uma união política. Ele percebeu que a realidade dos países ibéricos era mais complexa do que seus ideais de juventude.
Apesar de ter-se afastado do iberismo político, Antero de Quental manteve sempre uma visão de iberismo cultural. Ele via Portugal e Espanha como parte de um tronco cultural comum, com uma história e um destino partilhados, e essa ideia influenciou boa parte de seu pensamento e de seu círculo intelectual, a Geração de 70.
Principais Obras
"Odes Modernas" (1865): Publicado na juventude de Antero, este livro é uma afirmação de ideais socialistas e revolucionários. A obra é combativa e cheia de otimismo na capacidade do homem para construir um futuro melhor. Reflete a sua fase de ativismo político e a crença no progresso.
"Sonetos Completos" (1886): Considerada a sua obra-prima. Esta coletânea de sonetos é o ponto alto da sua produção poética e marca uma viragem radical na sua visão do mundo. Aqui, o otimismo das "Odes Modernas" dá lugar a um profundo pessimismo e a uma introspeção filosófica. O autor explora temas como a morte, a solidão, o sentido da vida, o sofrimento e a busca por um sentido de transcendência. A sua poesia torna-se mais mística e existencial.
"Portugal perante a Revolução de Espanha" (1868): Um ensaio onde Antero defende a ideia do Iberismo, ou seja, a união de Portugal com a Espanha numa república federal. Ele via essa união como a única forma de modernizar o país e superar o conservadorismo. Com o tempo, essa posição política foi abandonada, mas a obra continua a ser um documento importante do seu pensamento político inicial.
"Causas da Decadência dos Povos Peninsulares nos Últimos Três Séculos" (1871): Este ensaio, que serviu de conferência no Casino de Lisboa, é um dos textos centrais da chamada Geração de 70. Nele, Antero aponta o fanatismo religioso, a Inquisição e o Absolutismo como as principais razões para o atraso e a decadência de Portugal e Espanha. O texto é um apelo à modernização, à ciência e ao liberalismo.
Homem controverso
Antero de Quental é uma figura complexa, cuja obra transita entre o idealismo romântico e o pessimismo existencial. O seu percurso intelectual, do ativismo político à reclusão filosófica, é um dos mais fascinantes da literatura portuguesa.
A Jangada de Pedra de Saramago ruma para o iberismo

José Saramago foi um dos mais importantes escritores de língua portuguesa de todos os tempos e um adepto do Iberismo, apontando-se o seu livro "A Jangada de Pedra" como prova disso.
Nasceu em 1922, em Azinhaga, Portugal, ele é mundialmente conhecido por seu estilo de escrita único e por ter recebido o Prêmio Nobel de Literatura em 1998.
O trabalho de Saramago é marcado por uma escrita inovadora e desafiadora. Ele usava frases longas e complexas, sem aspas para os diálogos e com pontuação diferente do padrão. Isso faz com que o leitor precise se concentrar bastante, mas também cria um fluxo narrativo que mistura a voz do narrador com a fala dos personagens. Seus romances frequentemente exploram temas como a natureza humana, a história e a sociedade, usando alegorias e parábolas.
Entre suas obras mais famosas, destacam-se:
Memorial do Convento (1982): um romance histórico que se passa durante a construção do Convento de Mafra.
O Ano da Morte de Ricardo Reis (1984): uma homenagem e uma reflexão sobre a figura de Ricardo Reis, um dos heterônimos de Fernando Pessoa.
O Evangelho Segundo Jesus Cristo (1991): uma polêmica releitura da vida de Jesus, que gerou controvérsia e o levou a se mudar para as Ilhas Canárias.
Ensaio sobre a Cegueira (1995): talvez sua obra mais famosa, é uma alegoria poderosa sobre a perda da moralidade em uma sociedade que, de repente, é atingida por uma "cegueira branca".
A escrita de Saramago é frequentemente descrita como filosófica e crítica, questionando o poder, a fé e o papel do ser humano no mundo. Ele morreu em 2010, deixando um legado imenso para a literatura mundial.

O livro "A Jangada de Pedra", de José Saramago, é uma grande alegoria. A história começa com a Península Ibérica se separando do resto do continente europeu, navegando em direção ao Atlântico. Essa ideia fantástica serve como base para que o autor explore vários temas complexos.
Os principais temas e significados da obra
O livro não tem uma única interpretação, mas os estudiosos e leitores geralmente concordam que Saramago usa essa situação para refletir sobre:
A identidade ibérica: A Península Ibérica (Espanha e Portugal) se afasta da Europa, o que levanta a questão de sua própria identidade. O que define esses países e sua cultura? Eles se sentem verdadeiramente parte da Europa, ou sempre estiveram de alguma forma "à parte"? A jangada de pedra simboliza essa separação geográfica e, ao mesmo tempo, cultural.
O futuro da Europa: Saramago questiona o projeto de unificação europeia. A separação da Península Ibérica representa uma crítica ou um questionamento sobre os rumos da União Europeia. Será que a união é realmente sólida ou pode se fragmentar? A obra sugere que a Europa, como um bloco, é frágil e que a identidade de seus povos pode ser mais forte do que a unidade política.

A busca por um novo rumo: Conforme a Península Ibérica se move, os personagens principais — que têm poderes estranhos e que supostamente causaram o fenômeno — partem em uma jornada pela terra à deriva. Essa viagem é uma metáfora para a busca por um novo propósito ou sentido na vida, tanto para os personagens quanto para a própria sociedade. A incerteza do futuro e a necessidade de se adaptar a uma nova realidade são temas centrais.
A solidariedade e a condição humana: Diante do caos e do pânico, o livro também mostra a capacidade humana de se unir, de criar comunidades e de buscar a solidariedade. Em meio à incerteza, os personagens e a população precisam se reajustar e encontrar novas formas de viver e se relacionar.
Em resumo, "A Jangada de Pedra" é uma fábula moderna que usa um evento impossível para discutir questões muito reais sobre política, identidade, destino e a natureza humana. O livro convida o leitor a pensar sobre as fronteiras, sejam elas geográficas ou culturais, e o que acontece quando elas desaparecem.
A Península Ibérica ao longo dos tempos
Romance no Palácio do Campo Grande
Conde apaixona-se por Severa

A fadista Severa foi o grande amor do Conde do Vimioso, que se manteve indiferente ao escândalo de se ter apaixonado por uma filha de um cigano e de uma taberneira da Mouraria.
Muitas das noites deste romance escaldante foram vividas no Palácio do Campo Grande, hoje menorizado por um gigantesco viaduto da 2ª Circular e por uma enorme churrascaria.
Nos grandes salões do Palácio dos Condes do Vimioso, Severa brilhou sem saraus de fado promovidos pelo conde D. Francisco de Paula de Portugal e Castro.
O conde Francisco Castro conhecera Maria Severa Onofriana, de seu nome completo, nas noites de vadiagem pelos bairros pobres de Lisboa.
Severa nascera em 26 de julho de 1820, no número 33 da Rua da Madragoa. Mas a sua mãe alugou uma taberna na Mouraria, onde ela, já senhorita, passou a cantar e a encantar. Tinha pouco mais de 20 anos e a fama da sua beleza e do seu canto rasgou Lisboa inteira à velocidade de um fósforo.
Sabe-se que Severa morou Rua Direita da Graça, depois no Pátio do Carrasco ao Limoeiro e de seguida no Bairro Alto, na Travessa do Poço da Cidade. Mas foi na Mouraria, no número 35 da Rua do Capelão que fez grande sucesso entre marujos portugueses e ingleses.
O conde Francisco Castro trouxe Severa para o seu belo palácio. Teria ela então uns 22 anos. Perdido de amores, o conde satisfazia-lhe todas as vontades da bela fadista, causando indignação na família, zangada com os rodos de dinheiro gastos.
Decorria o ano de 1846, e Severa cantava no muito belo salão do Palácio do Campo Grande, com paredes de frescos reproduzindo as florestas do Brasil, tal como ainda hoje se mantém.
As noites passavam cheias de amor, até o conde pressentir que alguns amigos tinham olhos gulosos


em cima da sua atraente amante. É muito bela, diziam uns. Canta de forma divina, sussuravam outros. O conde tomou-se então de inesperados e violentos ciúmes e acabou com os saraus e fechou a Severa no palácio.
Com a cumplicidade de um dos criados, ela tentou destrancar-se, mas o conde furioso impediu. Severa não era pessoa de se ficar e o conde sabia disso. A mãe de Severa avisara o conde. Não a prenda, porque ela transforma-se num animal perigoso. E assim aconteceu. Severa saiu do Palácio quase batendo no conde.
A jovem fadista acabou morreu dois anos depois, com apenas 26 anos, vitimada por tuberculose. Foi no dia 30 de Novembro de 1846, faleceu num bordel da Rua do Capelão, na Mouraria. Deram-lhe sepultara no Cemitério do Alto de São João, numa vala comum e sem caixão.
O conde do Vimioso não compareceu ao funeral. Severa morreu sozinha e sozinha foi enterrada. O cangalheiro distraído cantava baixinho um fado, sem saber que era um fado da Severa.
Nota: O Palácio dos Condes do Vimioso noCampo Grande foi a residência da família dos Avilez (das notáveis Maria José Nogeira Pinto e de Maria João Aviles) que preservou as suas características. Em 2020 o Palácio foi vendido a uma universidade
já não há limões

A Assembleia da República

TIM, Barraca e Angélica




Portugal reconhece Estado da Palestina
Portugal reconheceu formalmente o Estado da Palestina.
França anunciou que 10 países, entre os quais Portugal e França, reconheceram o Estado da Palestinia, numa conferência à margem da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque.
Para além de Portugal e França, também seguiram o mesmo caminho Austrália, Bélgica, Canadá, Luxemburgo, Malta, Reino Unido e São Marino. Dos 194 paises representados na Organização das Nações Unidas 156 reconheceram já formalmente o Estado da Palestina
O vento de deus comprado
nas terras do Líbano
Art Deco abre portas em Outubro em Paris

A exposição de Paris sobre "Cem anos de Art Deco" abre portas as 22 de Outubro e propõe uma viagem ao coração da criação dos anos loucos e das suas obras-primas patrimoniais, sob o signo do m´tico comboio Oriente-Expresso.
Mobiliário escultural, jóias preciosas, objectos de arte, desenhos, cartazes e peças de moda: contam a riqueza, a elegância e as contradições de um estilo que continua a fascinar.
A mostra apresenta uma cenografia que podia ser mais cativante, muitos objectos estão em cima de uns dos outros deviam estar mais distanciados, porque deste modo não nos apercebemos bem das peças exibidas.
A exposição abre-se de forma invulgar com o fantástico "Orient Express", verdadeira jóia do luxo e da inovação. Esta imagem representa uma cabine do antigo comboio "Étoile du Nord", ao lado de três maquetes do futuro "Orient Express", reinventado por Maxime d'Angeac, ocupam a nave principal do museu.
Um convite para admirar um universo onde a arte, a beleza e o sonho se inventam no presente como em 1925. O comissariado geral da exposição é assegurado por Bénédicte Gady, directora interina dos museus, e o comissariado por Anne Monier Vanryb, conservadora das colecções modernas de 1910-1960, numa instalação concebida pelo Atelier Jodar e do Studio MDA.
A mostra está organizada segundo um vasto percurso cronológico e temático que se estende pela nave e pelas galerias do 2º e 3º andares do museu, a exposição retrata as origens, o apogeu, o desenvolvimento e as reinterpretações contemporâneas da Art Deco.
Do mobiliário exposto, sobressai os cadeirões e mesas de Robert Mallet-Stevens, que repousam sobre uma base em tubo metálico. Estas peças são notáveis exemplos dos móveis em tubo metálico da Art Deco francesa, foram realizadas pelos mais importantes designers da época.

De destacar ainda colares, alfinetes, relógios, nécessaires, desenhos e documentos do arquivo da Cartier– ilustram a criatividade formal e a riqueza simbólica das criações da maison.
Para além das joias singulares, pode-se referir as belíssimas cigarreiras em prata ou ouro com esmaltes com desenhos geométricos, onde essas peças encarnam a estética do luxo Art Deco, reflectindo ao mesmo tempo a evolução dos gostos de uma clientela internacional cosmopolita, em busca de distinção e modernidade.
A exposição termina com o universo da moda e das artes têxteis, que é representado pela capa de Madeleine Pangon, o vestido com pequenos cavalos de Madeleine Vionnet, uma jaqueta criada por Sonia Delaunay, um vestido de Jeanne Lanvin, que não são as melhores peças que estas designers de moda realizaram.
Um século após o seu surgimento, a Art Deco continua a inspirar pela sua modernidade, elegância e liberdade de formas.
Ao cruzar os olhares de ontem e de hoje, a exposição mostra o quanto este movimento permanece vivo, em ressonância com as questões estéticas e os saber-fazer contemporâneos. Mais do que uma homenagem ao passado, ela convida a repensar a Art Deco como uma fonte sempre fecunda de criação e inovação.

chegada a minha hora não subo aos céus

Fui diagnosticado com medo das alturas. Um arrepio de pélvis de cada vez que do telhado vejo o tecto dos arranha-céus, das montanhas me adivinho em parapente, da falésia abro os braços sem voar.
Um amigo que ganha a vida em clínica (bem melhor cúmplice que doutor) diz que com a idade passei a sofrer de vertigens.
Enfim, a prova científica de que chegada a minha hora não subo aos céus por estar de baixa médica.
Imortal à condição: como dizia o tonto que disparava a correr da meta em direcção ao bloco de partida. (imagem: JMW Turner. Devil's Bridge 1807)

Cartoonistas americanos atentos a Gaza







Elas morreram de pé

A estreia do notável filme sobre Natália Correia, intitulado pela realizadora Rosa Coutinho Cabral de "A Mulher que Morreu de Pé", revitaliza a frase que a actriz Palmira Bastos imprimiu no nosso imaginário, "As Árvores Morrem de Pé", a partir da peça de Alejandro Casona, que ela interpretou magistralmente.
Ambas, Natália Correia e Palmira Bastos morreram, porque viveram, de pé, afirmando-se (como muitas outras mulheres no seu século) seres de excepcional envergadura humana. Curiosamente passam agora 150 anos sobre o nascimento da grande actriz que, nos últimos de vida era, no mundo de então, a intérprete mais velha a subir ao palco.
Palmira Bastos, que representou durante 75 anos, estreou-se com 15 anos no teatro da Rua dos Condes, na opereta "Reino das Mulheres", rapidamente se impondo ao lado de Augusto Rosa, Eduardo Brasão, Lucinda Simões, Chaby Pinheiro e Ângela Pinto.
Cedo ganhou a carinhosa designação de Grande Palmira, "quando está na ópera-cómica faz falta ao drama, quando está no drama falta à ópera-cómica", dizia-se a seu respeito. "A Grã-Duquesa", "A Severa", "A Conspiradora", "Uma Mulher Extraordinária", "Leonor Teles", "Ciclone" foram alguns dos seus grandes êxitos, entre dramas, comédias, operetas e revistas.
Detentora de um enorme talento, de rara versatilidade, de exigente profissionalismo, o seu amor ao teatro não tinha limites. Talvez por isso, seduziu todas as gerações e classes sociais de então.
No Brasil teve enormes apoteoses fazendo dezenas de tournée aquele país desde 1900. "A minha mãe era muito admirada, chegavam a tirar os cavalos do break que ela utilizava para o puxarem à mão entreo teatro e o hotel", disse-nos a filha Amélia Bastos Moreira da Cruz: "Voltou lá em 1960, sendo

longamente homenageada com recepções e descerramentos de placas".
Palmira Bastos recebeu inúmeros prémios e condecorações, caso das ordens de Santiago e de Cristo, da medalha de ouro da cidade de Lisboa, do Cruzeiro do Sul e de Cidadã Carioca.
"Representámos pela primeira vez em 1922", destacaria por sua vez Amélia Rey Colaço, "tivemos uma camaradagem, uma admiração de mais de 40 anos. Ela foi tudo, a grande intérprete, a grande amiga que me acompanhou em horas más, sempre muito solidária, e em horas gloriosas, magníficas".
A artista recusava invariavelmente os convites do realizador Leitão de Barros para fazer cinema, afirmando que "passada pela máquina não dava nada". Dela ficou-nos apenas o filme mudo "O Destino", e a gravação de "As Árvores Morrem de Pé", feita pela RTP em 1965.
Numa entrevista, a actriz confessava: "Represento esquecendo-me de mim própria e da minha idade, destes anos todos de desilusões, de desgostos. Os momentos mais felizes da minha vida foram aqueles em que ouvi as primeiras palmas e em que fui mãe."
A 15 de Dezembro de 1966 apareceu pela última vez na festa de despedida do actor Raul de Carvalho com a reposição de "Ciclone". Pouco depois sofreu um AVC. Na clinica onde passou os derradeiros três meses, insistia que "haveria de voltar ao teatro, nem que fosse numa cadeira de rodas, pois desejava morrer de pé como as árvores". Morreu.

Do amor nada mais resta que um Outubro

Escrito numa ânfora grega

