
Edição de 29 Set. a 04 de Outubro sujeita a actualizações diárias (usamos IA e Wiki nas pesquisas)
Empate técnico no mar
Natanyahu e a Flotilha ficaram num empate técnico no mar do Estado da Palestina. Nem os activistas foram tão longe, nem Israel aplicou a violência esperada.
A chave do pequeno desastre para Natan é o desinteresse de Trump pela sua Riviera, já muito empapada em sangue. Ninguém quererá passar férias numa zona a transbordar de lágrimas, onde já perderam a vida 20 mil crianças e outras vagueiam à procra de "pais".
A questão pode até complicar-se, se avançar a proposta francesa e sul-africana de um Estado único com um homem um voto.
Sobre a ingénua Flotilha faltaram de barcos em maior número, falhou a comunicação. novelesca, errou com a elementos da Extrema-Esquerda - quando já toda a Direita se levanta em coro contra Israel. E houve medo. Muito medo. Quem tem medo não se mete nestas coisas. jrr
2ª actualização 01 Outubro, 22.22 à Edição de 29 Set. a 04 de Outubro sujeita a actualizações diárias (usamos IA e Wiki nas pesquisas)
Israel prende delegação portuguesa na Flotilha


Todos esperam pelo amanhecer
Quando amanhecer, saberemos se os militares israelitas aproveitaram ou não a oportunidade da Flotilha para afastar Netanyahu. A abordagem aos barcos da Flotilha não foi tão violenta como se esperava, de modo a dissuadir mais flotilhas. Netanyahu ficará numa posição política muito difícil se, ao amanhecer, ainda houver barcos da Flotilha a rumar para Gaza.
As posições extremistas de Netanyahu e do seu ministro Bezalel Smotrich começam a incomodar os americanos que sonharam com uma RIviera e só agora perceberam que o fabuloso projecto de Trump seria construída com cimento e com sangue de inocentes. jrr
1ª actualização à Edição de 29 Set. a 04 de Outubro sujeita a actualizações diárias (usamos IA e Wiki nas pesquisas)
Alerta máximo em Itália, Grécia e Espanha
Apelo desesperado
Flotilha entrou nas águas de Gaza
Os barcos da Flotinha entrou nas águas de Gaza ocupadas pela marinha israelita, num bloqueio total, sem precedentes mundiais, há muitos anos.
O governo de Israel ameaça bombardear os barcos da Flotilha com bandeiras de várias nacionalidades, o que fez disparar a prontidão de forças militares da Espanha, Itália e Grécia.
Estes três países já tinham enviado navios de guerra.
Na zona estão também dois porta-aviões americanos que têm dado apoio às operações de Israel contra Gaza e a Cijordânia. A poucos quilómetros fica a base naval russa de Tartus na Síria.
Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia ainda não se manifestou. E o mesmo já se esperava de António Costa.
A resposta de Israel deverá ocorrer quando anoitecer. A Reuters afirma depois das 20.30

Edição de 29 Set. a 04 de Outubro sujeita a actualizações diárias (usamos IA e Wiki nas pesquisas)
Foi Natanyahu quem criou o Ham* afirma o coronel Agostinho Costa na TVI
Algumas das afirmações do coronel Agostinho Costa:
"Se deixarem, Netanyahu bombardeia até Lisboa"
Há 15 dias Israel tentou matar a delegação de paz
"A população de Gaza está na sua casa em Gaza"
"O ocupante é Israel"
"Eles pregam nas armas como fariam os portugueses" sem igual situação
Os palestinianos estão a defender-se
O carniceiro Bezalel Smotrich
quer construir resort em Gaza

Um video de Bezalel Smotrich confirmou o pior cenário para Gaza: Israel bombardeia há 2 anos a Faixa de Gaza para lá poder montar um negócio imobiliário, segundo afirma o ministro das finanças israelitas.
O video foi publicado pela BBC e mostra Bezalel Smotrich a rir (acompanhado nas gargalhadas pela assistência) por ter arrasado a Faixa de Gaza, dizendo que Trump tem em cima da mesa um plano para um grande negócio imobiliário.
Trump já fez aliás declarações no sentido uma futura Riviera (turistico-imobiliária) em Gaza.
A satisfação do ministro levanta agora dúvidas sobre a verdade de todos os acontecimentos do ataque a Israel, ignorado pelo forças armadas israelitas durante longas horas.
Com as suas declarações Bezalel destaca-se como um verdadeiro demónio, homem sem coração, crente incondicional da crença do povo eleito por deus, os Hebreus, e da aliança descrita nos 5 primeiros livros da bíblia.
Se o diabo existe, o seu nome é Bezabel Smotrich, mora nas Terras de Canan, que os Britânicos ofereceram aos Judeus e ao mesmo tempo prometeram aos Árabes, se estes lutassem contra o Império Otomano.
Em resumo, a figura do diabo é um amálgama de mitos e personagens de diferentes culturas. A sua forma mais conhecida, como o anjo caído e líder das forças do mal, foi moldada e consolidada principalmente pelo cristianismo ao longo de sua história. in gemini
A figura do diabo, como a conhecemos hoje, não foi inventada por uma única pessoa, mas sim desenvolvida e transformada ao longo de milhares de anos por várias culturas e religiões. É um conceito complexo que evoluiu a partir de diferentes mitologias e crenças.
O diabo nasceu há 4 mil anos
A Origem do Mal nas Religiões A ideia de uma força oposta ao bem existe em muitas tradições antigas.
Por exemplo: Zoroastrismo: Esta religião persa, uma das mais antigas do mundo (2 milanos AC) introduziu a ideia de um dualismo cósmico entre o bem (Ahura Mazda) e o mal (Angra Mainyu). Angra Mainyu, o "espírito destrutivo", é uma das primeiras figuras a personificar o mal de forma tão clara.
A Evolução na Tradição Judaico-Cristã
O conceito de um adversário divino ganhou forma mais definida nas tradições judaicas, cristãs e islâmicas.
No Judaísmo: A palavra hebraica "Satan" (do hebraico, ha-satan) significa "adversário" ou "acusador". No Antigo Testamento, Satan não é um ser maligno independente, mas sim um anjo de Deus que testa a fé das pessoas, como no Livro de Jó. Ele age a serviço de Deus.
No Cristianismo: Foi o cristianismo que transformou Satan em uma figura de maldade absoluta. Nos textos do Novo Testamento, ele é identificado como o líder dos anjos caídos, o tentador de Jesus e a origem do pecado. A figura de Lúcifer, o "anjo da manhã" que se rebelou contra Deus, foi popularizada por teólogos e poetas, especialmente na Idade Média. Essa fusão de Satan com Lúcifer solidificou a imagem do diabo como o principal inimigo de Deus e da humanidade.
No Islã: No Alcorão, Iblis ou Shaytan é uma figura semelhante. Ele era um jinn (um ser de fogo) que se recusou a se curvar a Adão por arrogância, sendo expulso do paraíso. Ele é visto como o tentador que sussurra más intenções aos corações humanos.
Onde está Yuval Noah Harari?
Yuval Noah Harari (Haifa, 24 Fevereiro 1976) é um professor israelense de História, autor dos best-seller internacionais Sapiens: Uma breve história da humanidade e Homo Deus: Uma Breve História do Amanhã e ainda 21 Lições para o Século XXl.
Leciona no departamento de História da Universidade Hebraica de Jerusalém.
Yuval Noah Harari tem publicado numerosos livros e artigos, incluindo Special Operations in the Age of Chivalry, 1100–1550 ; The Ultimate Experience: Battlefield Revelationsand the Making of Modern War Culture, 1450–2000; The Concept of 'Decisive Battles' in World History; e "Armchairs, Coffee and Authority: Eye-witnesses and Flesh-witnesses Speak about War, 1100–2000".
A evolução da humanidade até ao presente
A sua bibliografia é numerosa e muito técnica, em especial os diferentes artigos e livros que redigiu antes de 2010. São obras sobre temas associados à História Militar da Idade Média e da Idade Moderna [...] A sua visão passou entretanto a ser mais ampla, procurando um estudo mais generalizado sobre a evolução da humanidade até ao presente.
O seu livro mais famoso é Sapiens: Uma breve História da Humanidade, traduzido para mais de 30 idiomas. O livro aborda toda a extensão da história humana, desde a evolução do Homo sapiens na idade da pedra até a revolução política e tecnológica do século XXI.
Quatro editoras rejeitaram Sapiens
Sapiens teve sua origem em um curso de história mundial em que Harari, enquanto professor da Universidade Hebraica de Jerusalém, ensinou pela primeira vez com outros professores iniciantes [...] .Quatro editoras rejeitaram o livro, entendendo que a história não vingaria em Israel. A edição hebraica tornou-se um best-seller em Israel [...] transformando Harari em uma celebridade instantânea.
O livro entrou no top 10 do mais vendidos do The New York Times, sendo recomendado por Mark Zuckerberg, Barack Obama, Bill Gates e outras grandes personalidades da mídia, da política e da história mundial.
Curso de história gratuito em inglês
Os vídeos em hebraico de Harari sobre a história do mundo têm sido visualizados através do YouTube. Ele também dispinobiliza um curso de história gratuito, em inglês, que foi acompanhado por mais de 100 mil pessoas em todo o mundo.
O seu livro Homo Deus: Uma Breve História do Amanhã teve 21 milhões de cópias em 60 idiomas.
sua escolha por assuntos de grande abrangência: "Sempre me interessei pelas grandes questões da história (...) por exemplo "somos mais felizes do nossos antepassados?' ou 'por que os homens dominaram as mulheres na maioria das sociedades?'
Em 2024, Harari publicou Nexus: Uma breve história das redes de informação da idade da pedra até a inteligência artificial, para demonstrar o perigo da inteligência artificial na humanidade. texto baseado na wikipédia
O Holocasto
do Povo Palestino
Uma breve histórias (documentada num video casual ) de duas crianças sozinhas no meio de uma invasão cruel sustentada pela Bíblia.
No livro sagrado dos Judeus está escrito que só o Povo Judaico se salvará no fim dos tempos. Trata-se de um acordo selado com a famosa Arca da Aliança. O Judeismo, o Cristianismo e o Islamismo são três religiões Abraâmicas que, na sua luta pela supremacia, têm causado os grandes males do mundo.
José Saramago, lê a Bíblia
e perdes a fé!
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O Holocauto na Faixa de Gaza
A Flotilha com barcos de várias nacionalidades está nas águas territoriais do Estado da Palestina
Natanyahu destruiu por completo Gaza no seguimento da invasão de retaliação contra os acontecimentos de 7 de Outubro. Gaza passa agora a ser um território administrado por Israel
Mas ainda não está explicado como foi possível, há 2 anos, o ataque dos homens armados que atravessaram o muro mais vigiado do mundo, sem qualquer reação do Exército de Israel, durante horas. Alegadamente esses atacantes regressaram com 250 reféns, um número idêntico a 5 camionetas de transporte de passageiros.
A Faixa de Gaza tem o comprimento de Lisboa a Setúbal (45 kms) e apenas uma largura de 8 km - um terço da Península de Setúbal.
Em 24 meses de bombardeamentos israelitas diários morreram mais de 60 mil palestinos, dos quais 20 mil crianças, segundo as Nações Unidas.
A extrema-direita de Israel (aliada no governo de Netanyahu) tem dado como soluções sucessivas o bombardeamento com bomba atómica de Gaza, a construção de uma ilha ao largo de Israel e agora a deslocação dos 2,5 milhões de palestinos para países como o Sudão. jrr
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HARARI
bailando entre os pingos de balas
Existe uma grande curiosidade sobre qual a posição de um dos maiores escritores contemporâneos Yuval Noah Harari na invasão de Gaza.
Está a favor, a meio ou contra Netanyahu?
Harari nasceu em Israel e é ateu de convicção, professor da Universidade de Jerusalem, faz questão dre se declarar homosexual e é autor de best-sellers com milhões de exemplares vendidos em 60 idiomas.
Edição de 29 Set. a 04 de Outubro sujeita a actualizações diárias (usamos IA e Wiki nas pesquisas)
Natália Correia está nas salas de cinema
A estreia do notável filme sobre Natália Correia, intitulado pela realizadora Rosa Coutinho Cabral de "A Mulher que Morreu de Pé", revitaliza a frase que a actriz Palmira Bastos imprimiu no nosso imaginário, "As Árvores Morrem de Pé", a partir da peça de Alejandro Casona, que ela interpretou magistralmente.

Ambas, Natália Correia e Palmira Bastos morreram, porque viveram, de pé, afirmando-se (como muitas outras mulheres no seu século) seres de excepcional envergadura humana. Curiosamente passam agora 150 anos sobre o nascimento da grande actriz que, nos últimos de vida era, no mundo de então, a intérprete mais velha a subir ao palco.
Palmira Bastos, que representou durante 75 anos, estreou-se com 15 anos no teatro da Rua dos Condes, na opereta "Reino das Mulheres", rapidamente se impondo ao lado de Augusto Rosa, Eduardo Brasão, Lucinda Simões, Chaby Pinheiro e Ângela Pinto.
Cedo ganhou a carinhosa designação de Grande Palmira, "quando está na ópera-cómica faz falta ao drama, quando está no drama falta à ópera-cómica", dizia-se a seu respeito. "A Grã-Duquesa", "A Severa", "A Conspiradora", "Uma Mulher Extraordinária", "Leonor Teles", "Ciclone" foram alguns dos seus grandes êxitos, entre dramas, comédias, operetas e revistas.
Detentora de um enorme talento, de rara versatilidade, de exigente profissionalismo, o seu amor ao teatro não tinha limites. Talvez por isso, seduziu todas as gerações e
classes sociais de então. No Brasil teve enormes apoteoses fazendo dezenas de tournée aquele país desde 1900. "A minha mãe era muito admirada, chegavam a tirar os cavalos do break que ela utilizava para o puxarem à mão entreo teatro e o hotel", disse-nos a filha Amélia Bastos Moreira da Cruz: "Voltou lá em 1960, sendo longamente homenageada com recepções e descerramentos de placas".
Palmira Bastos recebeu inúmeros prémios e condecorações, caso das ordens de Santiago e de Cristo, da medalha de ouro da cidade de Lisboa, do Cruzeiro do Sul e de Cidadã Carioca.
"Representámos pela primeira vez em 1922", destacaria por sua vez Amélia Rey Colaço, "tivemos uma camaradagem, uma admiração de mais de 40 anos. Ela foi tudo, a grande intérprete, a grande amiga que me acompanhou em horas más, sempre muito solidária, e em horas gloriosas, magníficas".
A artista recusava invariavelmente os convites do realizador Leitão de Barros para fazer cinema, afirmando que "passada pela máquina não dava nada". Dela ficou-nos apenas o filme mudo "O Destino", e a gravação de "As Árvores Morrem de Pé", feita pela RTP em 1965.
Numa entrevista, a actriz confessava: "Represento esquecendo-me de mim própria e da minha idade, destes anos todos de desilusões, de desgostos. Os momentos mais felizes da minha vida foram aqueles em que ouvi as primeiras palmas e em que fui mãe."
A 15 de Dezembro de 1966 apareceu pela última vez na festa de despedida do actor Raul de Carvalho com a reposição de "Ciclone". Pouco depois sofreu um AVC. Na clinica onde passou os derradeiros três meses, insistia que "haveria de voltar ao teatro, nem que fosse numa cadeira de rodas, pois desejava morrer de pé como as árvores". Morreu.
Carros para o povo, a sério?

Parecendo repescar uma ideia do senhor Adolfo (talvez a única boa que ele teve) a presidente Von der Leyen acaba de anunciar o projecto de um carro para o povo, à semelhança do que o Fhuer pretendeu com o amoroso Carocha, concebido por Ferdinand Porsche, veículo barato, fiável, económico, para dois adultos à frente e três crianças atrás - seria o automóvel mais vendido no mundo desde o seu lançamento em 1946 e o seu cancelamento em 2002.
Num assomo de realismo a presidente da Comissão Europeia percebeu o perigo de impor eléctricos por decreto, a prazo, sem condições, sem viabilidade, provocando o risco de falência de uma indústria europeia (com milhares de empregados) e o domínio da China no sector, com total prejuízo das classes baixas, incapazes de comprar carros na ordem dos 20 e tal mil euros, e de os abastecer por inexistência de postos de energia.
É insólito, na verdade, apresentar a quem ganha, como no nosso caso, mil e tal euros mensais, automóveis a

preços, a impostos na ordem dos aqui praticados. Os poderes, que esticaram a corda, parecem acordar para um descalabro que a sua arrogância provocou.As exigências estipuladas a níveis de poluição, limites de velocidade, IUCs, selos, taxas, além dos impostos nos combustíveis e nas transacções de veículos, tornaram a sua posse (bem como a sua substituição por eléctricos) insuportável para a maioria dos portugueses.
Pelos vistos, também para a de outros europeus. Programa de Automóveis Pequenos e Acessíveis é a proposta da CE agora dirigida às fábricas da especialidade (sugerindo-se energias além da eléctrica), na tentativa de salvar uma das actividades melhor acolhidas, e reconfortantes, no velho continente - e no nosso tão depauperado imaginário. Carros para o povo, a sério?
"Na presença dos Espíritos" angolanos faz sucesso em Nova YorK

A melhor colecção do mundo de arte angolana está em Lisboa e é composta por centenas de peças que deslumbraram Nova York. A coleção está guardada no Museu Nacional de Etnologia, em Lisboa, mas ano-após-ano apenas capta o interesse de 6 mil visitantes -segundo dados da Direcção de Museus e Monumentos.
Esta coleção divulga de forma notável a alma dos povos de Angola e resulta de centenas de difíceis aquisições, transferências e ofertas efectuadas desde 1947.
A oportunidade da sua revelação internacional ocorreu através da exposição "Escultura Angolana-Memorial de Culturas", organizada em 1994 no âmbito das actividades de Lisboa - Capital Europeia da Cultura.
O evento, composto por 250 espécies, teve uma enorme repercussão mundial e uma invulgar aderência de visitantes. Como consequência, o Museu de Etnologia passou a ser frequentado por inúmeros especialistas em arte africana, surpreendidos pela raridade, qualidade e diversidade do seu acervo.O interesse despertado levou à organização da retrospectiva intitulada "Na Presença dos Espíritos" que foi apresentada nos Estados Undos, de seguida no Museum for African Art Nova Iorque, no Flint Institution of Arts do
Michigan, no Smithsonian Institte de Washington e, por fim, no Birmingham Museum de Alabama. As exposições revelaram, segundo o seu comissário, Frank Herreman, "as variadas facetas da herança africana que não cessam nunca de nos surpreender e maravilhar".
Através do espólio de Lisboa podemos percorrer as vivências, os rituais e as tradições de todas as etnias angolanas. Nelas destacam-se as esculturas dos deuses locais, as máscaras usadas em cerimónias sagradas, os bancos como tronos dos reis, os bastões dos chefes tribais, as estelas funerárias e os objectos de uso quotidiano como ornamentos, cachimbos e pentes.
Para os especialistas internacionais, o espólio do museu português é superior ao existente no Museu do Homem de Paris, considerado um dos maiores centros de estudo da civilização africana.
O glamour dos reis Eduardo e Alexandra da Grã-Bretanha

Theresa Lobo
Aqui deixo uma nota especial, termina a 22 de Novembro a exposição "Os Eduardianos, a Era da Elegância", na King's Gallery, em Londres, onde se destaca a elegância do Rei Eduardo e da Rainha Alexandra.
Esta exposição está assente em dois casais reais que definiram o estilo no início do século XX: Eduardo VII e a Rainha Alexandra, e o seu filho, Jorge V, e a sua mulher, a Rainha Maria.
Falamos de um período de grande opulência e mudanças profundas, com a Europa a aproximar-se da Primeira Grande Guerra e a Grã-Bretanha a entrar na Era Moderna.
A coroação do Rei Eduardo VII e da Rainha Alexandra a 9 de Agosto de 1902 foi um dos eventos reais mais sumptuosos da história britânica. Esta exposição reúne, pela primeira vez, uma variedade de itens encomendados e usados pelo casal real para a ocasião.
Alexandra escolheu um vestido dourado dramático, criado pela casa de moda parisiense Morin Blossier, liderada por mulheres, bordado com milhares de lantejoulas douradas minúsculas, desenhadas para brilhar sob as luzes eléctricas instaladas na Abadia de Westminster.
O vestido de coroação foi o primeiro traje real a incluir os emblemas nacionais da Grã-Bretanha (rosa, cardo e trevo), uma tradição que continuou em todos os vestidos de coroação posteriores.
Quarenta bordadeiras em Deli trabalharam cinco meses numa rede dourada do vestido, antes dele ser enviado a Paris para ser sobreposto ao tecido de ouro e transformado no vestido final.
Alexandra cobriu-se de jóias e pérolas para a coroação, incluindo um colar e brincos de diamantes que foram presente de casamento de Eduardo, agora expostos pela primeira vez. Levou também o colar Dagmar, presente de casamento do Rei da Dinamarca.

Nesta exposição está o seu leque de penas de avestruz, com um cabo adornado de coroa de diamantes e a letra "A". Junto vemos o manto de coroação em tecido de ouro, envergado por Eduardo e ainda os tronos encomendados para a ocasião e os retratos oficiais de Eduardo e Alexandra pintados por Sir Samuel Luke Fildes, com mais de três metros de altura.
Os tronos representaram uma ruptura com a tradição real e foram encomendados de uma empresa francesa pelo rei Eduardo fascinado pelo design francês.
Nesta exposição está também o vestido de "Maria, Rainha dos Escoceses", usada por Alexandra num baile à fantasia em 1871. E uns binóculos de ópera em ouro da Tiffany & Co, adornados com diamantes e pérolas.
São vários retratos expostos todos de grandes proporções executados por pintores famosos como Philip de László e John Singer Sargent, que captaram a moda espectacular daquele período.

Portugal: mesma população para o dobro de casas

Aqui vai uma pergunta óbvia: porque razão não lemos um livro ou um jornal? Porque passamos a vida a conduzir o pópó. E porquê? Porque moramos nos arredores das cidades, às vezes no cimo de montes sem um café, uma mercearia ou um barbeiro.
Quantas casas vazias temos em Portugal? 730 mil segundo relatório da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Económico (fundada em 1961 por 38 países). E quantas casas foram construídas nos últimos 50 anos em Portugal? O dobro para uma população estável de 10 344 024
O Census 21 revelou existirem 577 casas por cada 1000 portugueses e registou 12,5 por cento de casas devolutas. Na Gra-Bretanha o número de casas é de 433/1000 habitantes.Itália e Espanha também andam perto de Portugal com aldeias e cidades a esvaziarem-se.
A população na Europa está em queda rápida... mas é na especulação imobiliária que se ganha montes de massa. Livros para quê?

TIM, Barraca e Angélica




mas eu estou sempre à coca

Há um tipo que vejo de quando em vez e me toma por amigo dele. Não sei da razão, calha sempre uns dias depois de eu cortar o cabelo. No meu caso um pente-um rapidinho de 5 minutos, como é de tom a um careca compulsivo, sem aqueles designs da treta que só engrossam filas de clientes à espera que no lounge & atelier o artista barbeiro se despache.
O tipo que me toma por amigo dele é skinhead e despede-se com um sonoro 'white powder', que é o que insisto em ouvir dele, como se se referisse aos farináceos. Em vez de acreditar que ele grita 'poder branco'
e eu tenha de lhe explicar (como sempre ocorre quando o vejo ou ele me topa) que não sou skinhead mas sim careca, a sério e até careca de sabê-lo. E de pó de droga, nicles: que tal qual como contra o latente racismo com dose de reforço do tipo que me toma por amigo dele, não snifo mas estou

sempre à coca. Voltei a vê-lo ontem: mesma saga, mesmo white não-sei-dos-quantos, mesmo equívoco sobre a minha careca. Diz-me que vai votar na direita tonta.
Se eu bem percebo os racistas, a maior manifestação que conheço de atraso mental voluntário, o tipo que me toma por amigo dele é tão idiota que é capaz de acreditar que a causa do seu racismo só pode crescer se ele votar em branco...
Podia ser uma graçola brejeira da minha parte, mas se vissem as fuças de um racista skinhead convicto e que não sabe o que é um careca a sério...
Cartoonistas tem Trump na berlinda








Do amor nada mais resta que um Outubro

Escrito numa ânfora grega



Edição de 6 a 12 de Outubro sujeita a actualizações diárias
Quando os retornados
reconstruiram Portugal

Ainda hoje não se sabe ao certo quantos, saídos de Angola, Moçambique, Guiné, S. Tomé e Príncipe, Cabo Verde chegaram, golfados em caudais de espanto e desolação, a Portugal. Algumas estatísticas referem oitocentos mil, outras um milhão.
O eco da sua debandada condoeu então o mundo. O velho império português regressava cabisbaixo, naufragado, aos cais de onde, cinco séculos atrás, partira para gestas imorredoiras.
Apontada como fenómeno ímpar de absorção social, a integração dos vindos de África na vida portuguesa tornou-se um caso surpreendente. À desconfiança inicial, por vezes hostilidade com que foram recebidos, sucederam, com frequência, a aceitação, a convivência mútuas.
O exemplo que deram de trabalho, iniciativa, interajuda, depressa lhes granjeou respeito e admirações. Fixados no comércio, na indústria, na agricultura, nos serviços, nas autarquias, nos partidos, nas artes, na imprensa, no Governo, tornaram-se referências de actuação.
A maioria veio com a roupa do corpo. Fazendas, fábricas, contas bancárias, aviões, barcos, prédios, milhões de contos ficaram-lhes perdidos para sempre, na sequência das independências dos territórios onde a maior parte nascera, se enraízara, se afirmara.
Isolados ou em grupos chegaram a todo o país e, em pequenas ocupações, a todos os sectores; como novos bandeirantes, colonos uma vez mais, foram para o interior carregando cóleras e pânicos, engenhos e ousadias.
O seu desespero foi a sua força. Com algumas ajudas de instituições e de apoios familiares, começaram a fixar-se e a transformar os locais onde se detiveram.

A emigração, a guerra e o exílio tinham, então, despovoado Portugal. Aldeias havia que não tinham sequer um habitante. Era um país a viver das remessas dos emigrantes e dos militares — e da passagem dos turistas. Então repetiram aqui o que faziam lá.
"Lançaram mão de tudo, não trouxeram divisas, como os emigrantes, mas construíram coisas", exclamará Agostinho do Silva. Após a sua chegada a Lisboa recebiam (parte deles) alimentação e assistência; alguns beneficiaram de créditos, subsídios que lhes permitiram reorganizar-se.

foto Alfredo Cunha
Números tornados públicos apontam verbas da ordem dos 56 milhões de contos gastos em aluguer de barcos e aviões, alojamentos, roupas e transportes.
Os funcionários públicos passaram a ser integrados no Quadro Geral de Adidos com 60 por cento do ordenado - os serviços respectivos registaram 47 mil inscritos.
A ajuda prestada não proveio, porém, só do Estado português. Apreciáveis fatias surgiram de outros países que contribuíram com casas, dinheiro, géneros, empregos.
A política seguida pelos governos da época esbateu atritos ao polvilhá-los pelo país, tirando-lhes força, instigando-lhes resignação.
Os que sofreram mais problemas foram os de segunda geração. "Os pais conseguiram refazer a vida, interessar-se por novas actividades, mas os filhos sofreram grandes inadaptações, sofreram problemas psicológicos muito graves", sublinhará a psiquiatra Gracinda Ribeiro..
Construir casa e montar negócio foi o seu grande projecto lá, como depois cá. A primeira coisa que o português fez em África (no Brasil, na Ásia) foi levantar abrigo, arranjar mulher (branca ou preta, ou mulata, ou índia, ou oriental), abrir balcão, improvisar chuveiro e semear prole.
A maioria era mais qualificada do que a população portuguesa (da chamada metrópole), com "elevada percentagem de cursos médios e superiores, caso de biólogos, agrónomo, especialistas de ciências físico-químicas e pessoal docente", segundo um estudo do Instituto de Estudos Para o Desenvolvimento, coordenado Manuela Silva, o que ocasionou "um aumento geral de mão de obra qualificada em certos sectores, bem como a presença destacada de muitos em lugares de liderança, tanto no plano profissional como no político".
Constituindo uma comunidade predominantemente masculina e jovem (com apenas sete por cento de analfabetos contra 30 por cento da restante população portuguesa), passaram de subvalorizados a sobrevalorizados, tornando-se em certas zonas polos de poderio crescente.
Muitos dos que voltaram de África foram mais "colonizados" do que "colonizadores", deram mais do que receberam, deixaram mais do que trouxeram. Os que, deles, colonizaram, exploraram não estavam entre eles — haviam-se precavido antes.
Portugal viu-se, nessa fase, reconstruído pela energia, pelos conhecimentos dos (indevidamente) chamados retornados.
Foi há 50 anos, fá-los agora. Agora poderá sê-lo pelos imigrantes?

Mortágua II
a infâmia contra uma mulher corajosa
É uma infâmia querer pôr Mortágua e os outros três portugueses a pagar as despesas de repatriamento de um acto de pirataria de Israe*.
Mortágua é uma mulher corajosa que se expôs ao pior, ao alertar o mundo para o genocídio dos palestinos encurralados e chacinados na faixa de Gaza.
Tudo levava a acreditar num vergonhoso bombardeamento da Flotilh*. França e Itália não deixaram.
O Governo português falhou com gravidade por não ter condenado a acção terrorista de Israe* em águas internacionais. E por não ter recusado a passagem de F-3* pela Base das Lage*. Em vez disso quer apresentar uma espúria factura.
Mortágua afunilou o apoio dos portugueses à Flotilha porque estamos em maré de Direita. E a Palestina precisa do apoio dessa Direita, que agora governa o Ocidente.
Mas é uma mulher muito corajosa, repito. Enfrentou Israe* e agora enfrenta 200 mil ignóbeis portugueses que abaixo-assinaram para a manter encarcerada nas horrorosas prisões de Israe*. Força Mortágua. josé ramos e ramos
Fado de Malhoa vendido por 2 milhões

O mais célebre quadro que Malhoa nos legou, "O Fado", verdadeiro ex-libris do autor, e uma das mais populares pinturas do século XX, foi vendido por dois milhões e meio de euros.
O autor fez duas versões dele. A primeira, datada de 1909 (quase desconhecida por ter permanecido no Brasil mais de meio século) foi vendida por dois milhões e meio de euros pelo antiquário Florindo Santos, de Lisboa, ao empresário Pereira Coutinho. A segunda versão, executada em 1910, que se pensava única, seria adquirida em 1917 pela Câmara de Lisboa, encontrando-se no Museu do Fado.
Apaixonado pelas figuras populares e típicas da sua época, o pintor dedicou especial atenção ás cantadeiras e guitarristas que coloriam os bairros populares da capital. Gente colorida e melodramática, atravessada de prostitutas, chulos, proxenetas, bêbados, salteadores, marinheiros, policias, viu-se imortalizada por ele e, de certo modo, imortalizou-o a ele.
O quadro (neste caso os dois, visto serem praticamente iguais, havendo somente diferença no tamanho) recria o ambiente típico de uma taberna da Mouraria. Nele dominam os retratos da fadista Adelaide da Facada e do seu amante (segundo a tradição, chulo) o guitarrista Amâncio.
De acordo com relatos da época, Malhoa passou trinta e cinco dias a estudar a Mouraria (onde ficou conhecido pela alcunha de o pintor
fino) observando o local e adquirindo adereços para o seu trabalho.
A obra levou onze meses a pintar, custando seis vinténs por sessão devido ao facto de Amâncio ir frequentemente preso e estar permanentemente com exigências. Não autorizou, por exemplo, que a amante baixasse o decote, e obrigou-a a aparecer de saia vermelha.
Apesar da paciência do mestre, os turbulentos modelos envolviam-se frequentemente em agressões físicas e insultos. Quando terminou a pintura, Malhoa foi obrigado por Amâncio a retratá-lo. Pintou-o encostado a uma parede na qual estava impressa a sua mão ensanguentada.
Quando concluiu a obra, o artista convidou as rameiras, as fadistas, os músicos e os rufiões da Rua do Capelão, na Mouraria, para a contemplarem.
Pouco tempo depois, a moradia onde habitava na 5 de Outubro, tornou-se objecto de autênticas e ruidosas romarias, que ele "recebi com alegria e satisfação", segundo relata António Montês, fundador do Museu José Malhoa, nas Caldas da Rainha.
A vizinhança ficou, porém, chocada por semelhantes criaturas, ruidosas e brejeiras, lhes perturbarem o sossego habitual.
Entusiasmado, Malhoa expôs a tela no Porto, em Paris e no Rio de Janeiro. Foi nesta cidade que o coleccionador Felner da Costa a comprou, tendo-a a sua família guardado ciosamente até 1975. Aproveitando o êxito, Malhoa fez uma réplica do Fado que vendeu a Jorge de Brito, que a doou em 1970 ao município de Lisboa.
Foi Natanyahu quem criou o Ham*
diz coronel Agostinho Costa na TVI
Pode ver video da TVI num computador
"Se deixarem, Netanyahu bombardeia até Lisboa"
"Há 15 dias Israe* tentou matar a delegação de paz"
"A população de Gaza está na sua casa em Gaza"
"O ocupante é Israe*"
"Eles pregam nas armas como fariam os portugueses" sem igual situação"
"Os palestinianos estão a defender-se"
Mortágua I
a infiltrada de Netanyahu
Mortágua é uma infiltrada de Natanyahu no movimento de defesa do Estado da Palestina. Porque age como tal.
Já havia reduzido o Bloco a uma cadeira das 230 da Assembleia da República. Resultado de 7 anos de nadas e se show-off dos 2 governos de maioria de Esquerda. Agora colou a sua imagem à flotilha e por isso o País também se fartou da Flotilh*.
Por causa de Mortágua, alguém ganhou estupidez suficiente para chamar ciganos aos palestinos, como se isso fosse uma menorização.
Os palestinos são antigos cananitas, filibusteus, moabitas, amonitas, judeus, levitas, israelitas, edomitas, macabeus e por aí fora.
Mortágua será medalhada por Natanyahu. Com o apoio de Miguel Morgado, Clara de Sousa e SIC.
josé ramos e ramos

O carniceiro Bezalel Smotrich
quer construir resort em Gaza
Um video de Bezalel Smotrich confirmou o pior cenário para Gaza: Israel bombardeia há 2 anos a Faixa de Gaza para lá poder montar um negócio imobiliário, segundo afirma o ministro das finanças israelitas.
O video foi publicado pela BBC e mostra Bezalel Smotrich a rir (acompanhado nas gargalhadas pela assistência) por ter arrasado a Faixa de Gaza, dizendo que Trump tem em cima da mesa um plano para um grande negócio imobiliário.
Trump já fez aliás declarações no sentido uma futura Riviera (turistico-imobiliária) em Gaza. A satisfação do ministro levanta agora dúvidas sobre a verdade de todos os acontecimentos do ataque a Israel, ignorado pelo forças armadas israelitas durante longas horas.
Com as suas declarações Bezalel destaca-se como um verdadeiro demónio, homem sem coração, crente incondicional da crença do povo eleito por deus, os Hebreus, e da aliança descrita nos 5 primeiros livros da bíblia.
Se o diabo existe, o seu nome é Bezabel Smotrich, mora nas Terras de Canan, que os Britânicos ofereceram aos Judeus e ao mesmo tempo prometeram aos Árabes, se estes lutassem contra o Império Otomano.

Em resumo, a figura do diabo é um amálgama de mitos e personagens de diferentes culturas. A sua forma mais conhecida, como o anjo caído e líder das forças do mal, foi moldada e consolidada principalmente pelo cristianismo ao longo de sua história. in gemini
A figura do diabo, como a conhecemos hoje, não foi inventada por uma única pessoa, mas sim desenvolvida e transformada ao longo de milhares de anos por várias culturas e religiões. É um conceito complexo que evoluiu a partir de diferentes mitologias e crenças.
O diabo nasceu há 4 mil anos
A Origem do Mal nas Religiões A ideia de uma força oposta ao bem existe em muitas tradições antigas.
Por exemplo: Zoroastrismo: Esta religião persa, uma das mais antigas do mundo (2 milanos AC) introduziu a ideia de um dualismo cósmico entre o bem (Ahura Mazda) e o mal (Angra Mainyu). Angra Mainyu, o "espírito destrutivo", é uma das primeiras figuras a personificar o mal de forma tão clara.
A Evolução na Tradição Judaico-Cristã
O conceito de um adversário divino ganhou forma mais definida nas tradições judaicas, cristãs e islâmicas.
No Judaísmo: A palavra hebraica "Satan" (do hebraico, ha-satan) significa "adversário" ou "acusador". No Antigo Testamento, Satan não é um ser maligno independente, mas sim um anjo de Deus que testa a fé das pessoas, como no Livro de Jó. Ele age a serviço de Deus.
No Cristianismo: Foi o cristianismo que transformou Satan em uma figura de maldade absoluta. Nos textos do Novo Testamento, ele é identificado como o líder dos anjos caídos, o tentador de Jesus e a origem do pecado. A figura de Lúcifer, o "anjo da manhã" que se rebelou contra Deus, foi popularizada por teólogos e poetas, especialmente na Idade Média. Essa fusão de Satan com Lúcifer solidificou a imagem do diabo como o principal inimigo de Deus e da humanidade.
No Islã: No Alcorão, Iblis ou Shaytan é uma figura semelhante. Ele era um jinn (um ser de fogo) que se recusou a se curvar a Adão por arrogância, sendo expulso do paraíso. Ele é visto como o tentador que sussurra más intenções aos corações humanos.
O Holocasto
do Povo Palestino
Uma breve histórias (documentada num video casual ) de duas crianças sozinhas no meio de uma invasão cruel sustentada pela Bíblia.
No livro sagrado dos Judeus está escrito que só o Povo Judaico se salvará no fim dos tempos. Trata-se de um acordo selado com a famosa Arca da Aliança. O Judeismo, o Cristianismo e o Islamismo são três religiões Abraâmicas que, na sua luta pela supremacia, têm causado os grandes males do mundo.
José Saramago, lê a Bíblia
e perdes a fé!
Edição de 29 Set. a 04 de Outubro sujeita a actualizações diárias (usamos IA e Wiki nas pesquisas)
Natália Correia estreia nos cinemas
A estreia do notável filme sobre Natália Correia, intitulado pela realizadora Rosa Coutinho Cabral de "A Mulher que Morreu de Pé", revitaliza a frase que a actriz Palmira Bastos imprimiu no nosso imaginário, "As Árvores Morrem de Pé", a partir da peça de Alejandro Casona, que ela interpretou magistralmente.

Ambas, Natália Correia e Palmira Bastos morreram, porque viveram, de pé, afirmando-se (como muitas outras mulheres no seu século) seres de excepcional envergadura humana. Curiosamente passam agora 150 anos sobre o nascimento da grande actriz que, nos últimos de vida era, no mundo de então, a intérprete mais velha a subir ao palco.
Palmira Bastos, que representou durante 75 anos, estreou-se com 15 anos no teatro da Rua dos Condes, na opereta "Reino das Mulheres", rapidamente se impondo ao lado de Augusto Rosa, Eduardo Brasão, Lucinda Simões, Chaby Pinheiro e Ângela Pinto.
Cedo ganhou a carinhosa designação de Grande Palmira, "quando está na ópera-cómica faz falta ao drama, quando está no drama falta à ópera-cómica", dizia-se a seu respeito. "A Grã-Duquesa", "A Severa", "A Conspiradora", "Uma Mulher Extraordinária", "Leonor Teles", "Ciclone" foram alguns dos seus grandes êxitos, entre dramas, comédias, operetas e revistas.
Detentora de um enorme talento, de rara versatilidade, de exigente profissionalismo, o seu amor ao teatro não tinha limites. Talvez por isso, seduziu todas as gerações e
classes sociais de então. No Brasil teve enormes apoteoses fazendo dezenas de tournée aquele país desde 1900. "A minha mãe era muito admirada, chegavam a tirar os cavalos do break que ela utilizava para o puxarem à mão entreo teatro e o hotel", disse-nos a filha Amélia Bastos Moreira da Cruz: "Voltou lá em 1960, sendo longamente homenageada com recepções e descerramentos de placas".
Palmira Bastos recebeu inúmeros prémios e condecorações, caso das ordens de Santiago e de Cristo, da medalha de ouro da cidade de Lisboa, do Cruzeiro do Sul e de Cidadã Carioca.
"Representámos pela primeira vez em 1922", destacaria por sua vez Amélia Rey Colaço, "tivemos uma camaradagem, uma admiração de mais de 40 anos. Ela foi tudo, a grande intérprete, a grande amiga que me acompanhou em horas más, sempre muito solidária, e em horas gloriosas, magníficas".
A artista recusava invariavelmente os convites do realizador Leitão de Barros para fazer cinema, afirmando que "passada pela máquina não dava nada". Dela ficou-nos apenas o filme mudo "O Destino", e a gravação de "As Árvores Morrem de Pé", feita pela RTP em 1965.
Numa entrevista, a actriz confessava: "Represento esquecendo-me de mim própria e da minha idade, destes anos todos de desilusões, de desgostos. Os momentos mais felizes da minha vida foram aqueles em que ouvi as primeiras palmas e em que fui mãe."
A 15 de Dezembro de 1966 apareceu pela última vez na festa de despedida do actor Raul de Carvalho com a reposição de "Ciclone". Pouco depois sofreu um AVC. Na clinica onde passou os derradeiros três meses, insistia que "haveria de voltar ao teatro, nem que fosse numa cadeira de rodas, pois desejava morrer de pé como as árvores". Morreu.
Marcelo agora lava-pés

As declarações de Marcelo sobre a Flotilha colocam-no a milhas de Soares, que nunca se curvou a ninguém.
Marcelo é mestre em Direito e sabe que a definição de águas nacionais e internacionais não é "uma discussão infindável". Pelo contrário.
Razão tinha a menina da Feira do Livro, que não quis ouvir Marcelo, quando ela (com coragem) inrompeu no Parque Eduardo VII condenando Israel pelo genocídio em Gaza.
O presidente volta agora a fazer a triste figura de Pedrogão Grande desculpando tudo e todos. Na altura. até posou abraçando e prometendo casa a um velho homem lavado em lágrimas... que já se finou.
A esta impostura, Marcelo tem somado os beija-mão a padres e Papa. E só faltava um lava-pés a Natanyahu porque os coitados exaltaram-se com os flotistas, porque não tiveram tempo para preparar locais de detenção e nem esperavam tanta gente! Que história estúpida.
Em rigor, estamos muito perto de confundir Marcelo com Berardo. jrr
O glamour dos reis Eduardo e Alexandra da Grã-Bretanha

Aqui deixo uma nota especial, termina a 22 de Novembro a exposição "Os Eduardianos, a Era da Elegância", na King's Gallery, em Londres, onde se destaca a elegância do Rei Eduardo e da Rainha Alexandra.
Esta exposição está assente em dois casais reais que definiram o estilo no início do século XX: Eduardo VII e a Rainha Alexandra, e o seu filho, Jorge V, e a sua mulher, a Rainha Maria.
Falamos de um período de grande opulência e mudanças profundas, com a Europa a aproximar-se da Primeira Grande Guerra e a Grã-Bretanha a entrar na Era Moderna.
A coroação do Rei Eduardo VII e da Rainha Alexandra a 9 de Agosto de 1902 foi um dos eventos reais mais sumptuosos da história britânica. Esta exposição reúne, pela primeira vez, uma variedade de itens encomendados e usados pelo casal real para a ocasião.
Alexandra escolheu um vestido dourado dramático, criado pela casa de moda parisiense Morin Blossier, liderada por mulheres, bordado com milhares de lantejoulas douradas minúsculas, desenhadas para brilhar sob as luzes eléctricas instaladas na Abadia de Westminster.
O vestido de coroação foi o primeiro traje real a incluir os emblemas nacionais da Grã-Bretanha (rosa, cardo e trevo), uma tradição que continuou em todos os vestidos de coroação posteriores.
Quarenta bordadeiras em Deli trabalharam cinco meses numa rede dourada do vestido, antes dele ser enviado a Paris para ser sobreposto ao tecido de ouro e transformado no vestido final.
Alexandra cobriu-se de jóias e pérolas para a coroação, incluindo um colar e brincos de diamantes que foram presente de casamento de Eduardo, agora expostos pela primeira vez. Levou também o colar Dagmar, presente de casamento do Rei da Dinamarca.

Nesta exposição está o seu leque de penas de avestruz, com um cabo adornado de coroa de diamantes e a letra "A". Junto vemos o manto de coroação em tecido de ouro, envergado por Eduardo e ainda os tronos encomendados para a ocasião e os retratos oficiais de Eduardo e Alexandra pintados por Sir Samuel Luke Fildes, com mais de três metros de altura.
Os tronos representaram uma ruptura com a tradição real e foram encomendados de uma empresa francesa pelo rei Eduardo fascinado pelo design francês.
Nesta exposição está também o vestido de "Maria, Rainha dos Escoceses", usada por Alexandra num baile à fantasia em 1871. E uns binóculos de ópera em ouro da Tiffany & Co, adornados com diamantes e pérolas.
São vários retratos expostos todos de grandes proporções executados por pintores famosos como Philip de László e John Singer Sargent, que captaram a moda espectacular daquele período.

só me dá para cantar

Mesmo quando a consoada é consoante. Havemos de gargalhar destes vírus e variantes. E partilhar historietas dos amigos e amados que, à conta desses males, já não vão chegar a tempo à mesa.
Que em sendo dia de festa só me dá para cantar as almas dos que se tendo ido nunca se foram. E esperar que eles não se lembrem de nos esquecer.

TIM, Barraca e Angélica



JB: a morte não ceifa patifes
Conheci Sandra, uma mulher encantadora, a quem a morte bateu três vezes à porta.
Quando Sandra dançou, pareceu-me ser a morte bailando nas cortinas negras do Hospital Curry Cabral, era eu miúdo.
Sandra teve uma brutal ruptura amorosa. Veio então um cancro na medula, a que se sobrepôs um AVC. E quando parecia ter renascido, a morte ceifou-a com uma gripe.
Tudo no espaço de ano e meio.. Graças a ela estou agora mais atento a pessoas encantadoras. Porque a morte não ceifa patifes. JB

Cartoonistas atiram-se a Netanyahu






Edição de 13 a 18 de Outubro sujeita a actualizações diárias
Adoecer na Gare do Oriente

Quem escolheu o modelo da estação da Gare do Oriente, em Lisboa, devia ser condenado a viver nela, todo o ano, todo o tempo da sua existência que, por certo, não seria muito longa.
Meia dúzia de Invernos, de frio, de vento, de constipações viradas pneumonias, e alguns Verões, 38 graus a torrar, sem resguardo, a desidratar, a sofrer insolação seriam suficientes para o despachar e, com um pouco de sorte, escaqueirar aquela tão pretensiosamente elegante, arrogante, inumana estação.
Que diferença entre ela e a de Santa Apolónia (tal como a do Rossio, como a de São Bento), sólida, acolhedora, testemunha de acontecimentos marcantes na vida do nosso País, o desembarque do general Humberto Delgado, a recepção a Simone de Oliveira, o regresso de Mário Soares do exílio; nela há história, emoções de partidas e chegadas, memórias de um Portugal em andamento, andamento às vezes parado, às vezes febril, quase sempre, porém, envolvente, marcante.
Milhares, dali, partiram em emigrações de fuga à miséria, para um sonho europeu, França, Alemanha, Luxemburgo, êxodo de décadas, de pungências silenciadas; ali desembarcavam, atordoados pelo feérico da capital, gerações de jovens saídos do interior ásperos de terra e acanhamento; ali golfavam, em década de guerra, mancebos a caminho de Alcântara,
entreposto de vidas em imolação. Outros cais de ferrovias enraizaram em nós - as ternurentas estações de província com os seus belos relógios redondos, as suas palas de protecção, as suas salinhas de espera, os seus guichés de rede, modelo que o Estado Novo repetiu por todo o território (inclusive colónias) património nosso, afectivo, que os autores da Gare do Oriente - e os responsáveis por ela ignoraram, desprezaram.
É pecha de arquitectos sobreporem a estética dos seus projectos à função pública (comodidade dos utentes) a que, quando essa função existe, se deviam, por respeito obrigar.
Infelizmente outras estações (caso de Campanhã) manifestam idêntica indiferença pelos passageiros, sem protecções de intempéries, sem instalações sonoras audíveis, sem sinalizações perceptíveis, sem apoio eficaz aos utilizadores.
Os poderes, em Portugal, continuam a ser subservientes com os de cima e despóticos com os de baixo. Não há democracia que os democracie!
Frescura no canto:
Mimicat: Variações com Amália e rasgos de Madonna

Mimicat trouxe uma nova forma de cantar, talvez um mix de António Variações, Amália e Madonna, mas muito Mimicat, em boa verdade.
A música e o canto trazem-nos arte e tradições e agregam e alegram as gentes. Quando o face e o tik-tok nos sufocam e ofuscam artistas, eis Mimicat de mão na anca. no Bairro da Graça. em decotes generosos e num sorriso encantador.
Seja bem-vinda porque estamos num tempo onde não se compram discos, livros, nem bilhetes de teatro ou cinema. Muitos vivem de casa para o trabalho, de cerveja na mão e de olhos postos no fim-de-semana, com muito futebol; que já foi considerado ópio do povo e agora é chique.
Mimicat nos seus videos transborda de felicidade e ritmo. Bravo Mimicat, queremos mais. jrr
O adeus russo
de um coleccionador português

Anastácio Gonçalves, homem afável e elegante, inteligente e caridoso, de largos horizontes intelectuais e fortuna pessoal, morreu em 1965, aos 77 anos, num hotel de São Petersburgo, traído pelo coração após concretizar o desejo de visitar o Museu Ermitage da Rússia.
Curiosamente, ele pedira para os seus "restos mortais ficarem na terra onde falecesse", o que não foi possível concretizar. Um mês depois, o seu corpo chegava a Lisboa, tendo as autoridades soviéticas, que o "vestiram com um fato-macaco", segundo revelou o médico Luiz Silveira Botelho, "devolvido juntos todos os seus bens pessoais".
Apaixonado por viagens, Anastácio Gonçalves apreciava especialmente museus, palácios e monumentos, havendo começado muito cedo a adquirir obras de arte através de agentes em Portugal que o mantinham informado dos movimentos nos mercados do sector.
A oftalmologia era outra paixão sua. Médico de talento e sucesso, com vasta clientela, nada cobrava, no entanto, aos mais desfavorecidos.
Uma das suas realizações foi a da Casa-Museu com o seu nome, em Lisboa, destinada a preservar a grande cultura portuguesa.
Nela juntaria o mais importante conjunto de pintura naturalista existente entre nós, caso das fabulosas 26 telas de Silva Porto, de um núcleo de porcelana azul e branca da China, de relevantes móveis portugueses, franceses, holandeses e ingleses, e de um

notável acervo de pintura europeia, além de esculturas sacras e profanas, de pratas, tapeçarias, azulejos e relógios suíços.
Aberta em 1980, a casa-museu revela-se um espaço dinâmico, de excelentes condições, mostrando peças há muito em reservas. O imóvel (o respectivo recheio) foi legado em testamento ao Estado com o objectivo de manter a casa-museu.
Edição de 29 Set. a 04 de Outubro sujeita a actualizações diárias (usamos IA e Wiki nas pesquisas)
Natália Correia
estreia nos cinemas

A estreia do notável filme sobre Natália Correia, intitulado pela realizadora Rosa Coutinho Cabral de "A Mulher que Morreu de Pé", revitaliza a frase que a actriz Palmira Bastos imprimiu no nosso imaginário, "As Árvores Morrem de Pé", a partir da peça de Alejandro Casona, que ela interpretou magistralmente.
Ambas, Natália Correia e Palmira Bastos morreram, porque viveram, de pé, afirmando-se (como muitas outras mulheres no seu século) seres de excepcional envergadura humana. Curiosamente passam agora 150 anos sobre o nascimento da grande actriz que, nos últimos de vida era, no mundo de então, a intérprete mais velha a subir ao palco.
Palmira Bastos, que representou durante 75 anos, estreou-se com 15 anos no teatro da Rua dos Condes, na opereta "Reino das Mulheres", rapidamente se impondo ao lado de Augusto Rosa, Eduardo Brasão, Lucinda Simões, Chaby Pinheiro e Ângela Pinto.
Cedo ganhou a carinhosa designação de Grande Palmira, "quando está na ópera-cómica faz falta ao drama, quando está no drama falta à ópera-cómica", dizia-se aseu respeito. "A Grã-Duquesa", "A Severa", "Uma Mulher Extraordinária", "Leonor Teles", "Ciclone" foram alguns dos seus grandes êxitos, entre
dramas, comédias, operetas e revistas.
Detentora de um enorme talento, de rara versatilidade, de exigente profissionalismo, o seu amor ao teatro não tinha limites. Talvez por isso, seduziu todas as gerações e classes sociais de então. No Brasil teve enormes apoteoses fazendo dezenas de tournée aquele país desde 1900. "A minha mãe era muito admirada, chegavam a tirar os cavalos do break que ela utilizava para o puxarem à mão entreo teatro e o hotel", disse-nos a filha Amélia Bastos Moreira da Cruz: "Voltou lá em 1960, sendo longamente homenageada com recepções e descerramentos de placas".
Palmira Bastos recebeu inúmeros prémios e condecorações, caso das ordens de Santiago e de Cristo, da medalha de ouro da cidade de Lisboa, do Cruzeiro do Sul e de Cidadã Carioca.
"Representámos pela primeira vez em 1922", destacaria por sua vez Amélia Rey Colaço, "tivemos uma camaradagem, uma admiração de mais de 40 anos. Ela foi tudo, a grande intérprete, a grande amiga que me acompanhou em horas más, sempre muito solidária, e em horas gloriosas, magníficas".
A artista recusava invariavelmente os convites do realizador Leitão de Barros para fazer cinema, afirmando que "passada pela máquina não dava nada".
Dela ficou-nos apenas o filme mudo "O Destino", e a gravação de "As Árvores Morrem de Pé", feita pela RTP em 1965.
Numa entrevista, a actriz confessava: "Represento esquecendo-me de mim própria e da minha idade, destes anos todos de desilusões, de desgostos. Os momentos mais felizes da minha vida foram aqueles em que ouvi as primeiras palmas e em que fui mãe."
A 15 de Dezembro de 1966 apareceu pela última vez na festa de despedida do actor Raul de Carvalho com a reposição de "Ciclone". Pouco depois sofreu um AVC. Na clinica onde passou os derradeiros três meses, insistia que "haveria de voltar ao teatro, nem que fosse numa cadeira de rodas, pois desejava morrer de pé como as árvores". Morreu. António Brás
Ópera e Barraca


ajude-me a fugir da escola

tempo acabrunhado e eu em solidário a fingir-me infeliz da vida. na rua da primário nº2, entre as crianças no recreio, um puto afinca os dedos na porta de cerca metálica, olha para mim e diz 'senhor, ajude-me a fugir da escola!'.
Rimos da mesma maneira: ele pela encavacada partida que me pregou e eu pelo alívio de não ter de planear fura e fuga e fazer do miúdo um foragido. Manhã trafulha. Melhor isso que se chovesse e assim afogasse o incansável motor da criançada.

O Holocasto
do Povo Palestino
Uma breve histórias (documentada num video casual ) de duas crianças sozinhas no meio de uma invasão cruel sustentada pela Bíblia.
"Óptimo trabalho Bibi" diz Trump,
enquanto nos vão ao bolso
O presidente americano não esconde as suas grandes simpatias por Natanyahu (Bibi) a quem agradeceu a invasão de Gaza ao afirmar "Muito obrigado, óptimo trabalho Bibi", deixando antever novo calvário para os palestinianos.
As suas palavras afectam os nossos bolsos porque as visões guereiras deste homem acabam de nos sacar 50 milhões dados ao EUA pelo ministro Numo Melo para comprar armas para a Ucrânia cuja guerra nao tem fim. Estes milhoes apoiam a economia americana que financiou 66 por cento das armas fornecidas a Israel. o restante tem sido fornecido pela Alemanha.
Pagamos para na terra onde Jesus da Nazaré (o essénio) viveu não haver paz porque o Acordo não foi assinado pelas partes em conflito, mas apenas pelos lideres de 20 países na estância balnear de Sharm el-Sheikh, no Egipto.
Ouvindo Trumt percebe-se que Bibi tem portas abertas para continuar o massacre dos palestinos enganados desde 16 de maio de 1916 pela Grã-Bretanha e França no acordo secreto Acordo Sykes-Picot
E depois esmagados pela Declaração do britânico Arthur Balfour de 2 de novembro de 1917, dirigida a Lionel Walter Rothschild,



Barão Rothschild, líder da comunidade judaica do Reino Unido.
Nessa altura os judeus não excediam os 3% da população da Palestina. A declaração teve a anuência de França, Itália e América. E projectou-se de forma trágica em 1948 com a expulsão de mais de 750 mil famílias palestinas das suas terras.
A solução dos 2 estados (do mapa) minguou para uma faixa de 40 km por 8 para refugiados palestinos, com a Cisjordânia já quase totalmente ocupada por colonatos judeus.
Segundo a relatora especial das Nações Unidas para a Palestina Ocupada, Francesca Albanese, cerca de 40% dos palestinos da Cisjordânia são refugiados desde 1948 "que fugiram da violência que acompanhou a criação do Estado de Israel".
E neste cenário, o discurso dr Trumt ainda deitou mais gasolina, como aliás ele tem feitoem casa, perseguindo imigrantes como se fossem os índios de há 200 anos. joão Ballivet
O Holocasto
do Povo Palestino
Uma breve histórias (documentada num video casual ) de duas crianças sozinhas no meio de uma invasão cruel sustentada pela Bíblia.
200 mil portugeses assinaram
para prender Mortágua

É uma infâmia querer pôr Mortágua e os outros três portugueses a pagar as despesas de repatriamento de um acto de pirataria de Israe*. E pior é ter mais de 200 mil portugueses pedindo para que ela ficasse presa em Israe*
Mortágua é uma mulher corajosa que se expôs ao pior, ao alertar o mundo para o genocídio dos palestinos encurralados e chacinados na faixa de Gaza.
Tudo levava a acreditar num vergonhoso bombardeamento da Flotilh*. França e Itália não deixaram.
O Governo português falhou com gravidade por não ter condenado a acção terrorista de Israe* em águas internacionais. E por não ter recusado a passagem de F-3* pela Base das Lage*. Em vez disso quer apresentar uma espúria factura.
Mortágua afunilou o apoio dos portugueses à Flotilha porque estamos em maré de Direita. E a Palestina precisa do apoio dessa Direita, que agora governa o Ocidente.
Mas é uma mulher muito corajosa, repito. Enfrentou Israe* e agora enfrenta 200 mil ignóbeis portugueses que abaixo-assinaram para a manter encarcerada nas horrorosas prisões de Israe*. Força Mortágua. josé ramos e ramos
JB: a senhora da farmácia
surpreendeu-me a pronúncia da senhora da farmácia, que eu imaginava portuguesa de gema. e afinal é uma feliz cadeirada de nações. mulher bonita.
tem um sorriso de sonho da avó libanesa, sotaque ligeiro de pai brasileiro, gesticula a modos do avó italiano e ri como a bisavó fugida à fome da Irlanda, que já foi miserável durante séculos.
houve tempos onde partíamos à descoberta destes mundos, tal "Senhor Ventura" de Miguel Torga. íamos pobres, ficávamos ricos e voltávamos sem nada.
hoje ateamos a fogueira de ódios que escureceu 3 séculos da nossa História. Pois amolem-se ó incultos e raivosos! eu vou outra vez prá farmácia, fingindo que estou doente. jb

O Senhor Ventura, Miguel Torga, edição chinesa
JB: o meu relogio Rolex
comprei um relógio Rolex a um amigo que se fartou de o exibir. lembro-me de um dia José Rodrigo dos Santos aparecer a agitar um Rolex na RTP. quando editou o "Imortal". sobre um cientista chinês eliminado, porque descobriu o segredo da imortalidade. e eu também quis ter um.
mas há 2 dias, zás! apareceu na Temu chinesa uma perfeita imitação do meu Rolex Sea Dweler. e uma amiga riu-se da verdade que afinal parece uma imitação!
ontem, fui à Baixa e ups! na Sacoor entrou um tipo igualzinho a mim. gémeos não éramos. então quem é a cópia? perguntou o balconista, sem falar. o Rolex é verdadeiro adiantei eu

Cartoonistas de olho em Gaza






Deuses, Pátrias e Famílias

O general Costa Gomes dizia no Botequim que a energia sexual era mais poderosa do que a nuclear. Daí a obsessão dos poderes, todos os poderes, querem controlá-la, sobretudo quando ela foge às normas instituídas - porque quem se liberta sexualmente, amorosamente, liberta-se politicamente, socialmente, culturalmente.
Deus, Pátria e Família foram baias (alguns querem que continuem a ser) de arrebanhamento para os interesses dominantes, pelo que os desalinhados deles (interesses) tornaram-se grupos a anular, a isolar, por quebrarem negócios de subserviência, de produtividade – assentes em mão de obra farta e barata, em carne fresca para canhões e camas, em almas servis para pastoreios e manipulações.
Não se trata, porém, de retirar valores a essa trindade, mas de enriquece-la com mais (outros) deuses, pátrias, famílias. Assim tem sido há séculos e séculos, mercê de controlos de catecismos, de legislações, de educações, de ideologias, de famílias.
As religiões têm, aliás, primado pela perversão da sexualidade, vejam-se as ignomínias da Inquisição católica, da demência islâmica, da catequese pedófila; vejam-se os ataques de alguns partidos aos movimentos LGBTQI e às suas conquistas civilizacionais; atente-se no actual menosprezo dos poderes pela
cultura, pela ciência, pela diversidade, apesar de ser através dos criadores delas que a humanidade tem avançado, ora dramaticamente, ora heroicamente, ora humoristicamente.
Lembremos que os textos mais revolucionários escritos depois do 25-A entre nós foram de Natália Correia e de Jorge Sena. Este, no Diário Popular, publicou em Agosto
https://youtu.be/V_sQAmzhrdE?si=YPjsBAkRvHU-vvAX
https://youtu.be/XNclIsWlYF4?si=PoPYjy2Q1bvx8LeX
de 1975 uma exortação (que depois fizeram desaparecer da sua obra) à total liberdade no amor, desde que mutuamente consentido, independentemente do sexo, da idade, do número, do parentesco dos amantes.
Na mesma altura, Natália Correia proclamava a libertação do feminino e do masculino que existem simultaneamente nas mulheres e nos homens, pois são essências do ser humano. Mário Cesariny, por sua vez, acrescentava ser a identidade dos portugueses não marialva nem feminista, mas bissexual.
A homofobia, fruto de medos incontidos, atribui ao lóbi que a engulha perigos de degenerescência social, como outros comportamento fazem aos lóbis judaico, negro, maçónico, etc. Quem é injustamente perseguido tenta juntar-se para defender-se, afirmar-se, numa reacção de sobrevivência, de decência.

Francisco Pinto Balsemão morreu, deixou o Expresso, um farol da liberdade, um marco valioso do jornalismo e da liberdade de expressão. Partiu o homem que mudou o jornalismo fundando o Expresso, que afrontou a ditadura de Marcelo Caetano. Faleceu quando se discute a passagem da propriedade do Expresso e da SIC para as mãos do grupo mde média italiano.
Francisco Pinto Balsemão nasceu em Lisboa, a 1 de setembro de 1937, foi advogado, jornalista, empresário e primeiro-ministro entre Janeiro de 1981 e Junho de 1983.
Era filho de Henrique Patrício Pinto Balsemão e de Maria Adelaide van Zeller de Castro Pereira, era bisneto materno de Rodrigo Delfim Pereira, filho bastardo de Pedro IV de Portugal e da Baronesa de Sorocaba. Foi ajudante de Kaúlza de Arriaga durante o serviço militar e estagiou advocacia no escritório de Pedro Soares Martinez.
A Democracia portuguesa e o jornalismo sofrem uma perda irreparável, quando os portugueses estão a deixar de ler jornais e os jornais deixaram de ter publicidade. Morreu o homem que acumulou invejas, mas viveu cheio de sucessos
Morreu Francisco Pinto Balsemão
o príncipe do jornalismo
e da liberdade
Francisco Pinto Balsemão tornou-se conhecido dos portugueses durante a ditadura de Marcelo Caetano como deputado à Assembleia Nacional, pela "Ala Liberal", juntamente com José Pedro Pinto Leite, Sá Carneiro, Magalhães Mota, Mota Amaral, Miller Guerra. Demitiram-se todos ainda antes do 25 de Abril de 1974.

O misterioso caso do juiz Ivo-Rosa
Juízes eleitos pelo Povo, já!
Os juízes e magistrados tem de ser votados pelo Povo, para merecerem a confiança dos portugueses, ou continuaremos embrulhados em casos como o do juiz Ivo Rosa, impedido de aceder a processos arquivados sobre investigações a seu respeito.
Entre nós, prevalece ainda ideia que votar é ser parcial. Quando votar é de facto expressar confiança. O Presidente de República não fica sob suspeita de parcialidade, por ser

votado, nem os partidos. Aliás nos períodos críticos da nossa História foi o Povo a escolher os seus representantes, incluindo João das Regras.
Pergunta-se: o Povo votaria num juiz de 28 anos para um Tribunal de Família (que os há)? Ou aprovaria a subida ao Tribunal da Relação de um juiz com dezenas de mães queixosas de injustas retiradas de filhos? Ou aceitaria confiar nesse juiz que chamou a Tribunal um cão para escolher um dos donos, em processo de separação.
Vamos mais longe. É também necessário conhecer os nomes e caras dos juizes e magistrados ou ficaremos aparentarmos com os ICE de Trump que agem de rosto completamente tapado com gorros, a "caçar" pessoas como se fossem coelhos.
O caso do juiz Ivo Rosa envergonha o País e só se resolve (este e muitos outro casos) com o sufrágio popular dos agentes da Justiça. Independentes, sim! mas votados. Porque não queremos torres de marfim e muito menos o campear constante de bizarrices. josé ramos e ramos
AMNISTIA INTERNACIONAL CHORA PELA BURCA
A Amnistia Internacional veio "chorar" a aprovação da lei que proíbe a ocultação da identidade facial em público em Portugal. E o mesmo aconteceu com a Associação da Mulheres Juristas e com os partidos de Esquerda na Assembleia da República. Uma disparatada surpresa!
Estamos perante uma lei preventiva porque existem ainda poucos casos no nosso país de uso de nicab ou burca. Mas é uma lei necessária. E reforça o Estado Democrático de Direito laico. A Amnistia Internacional afirma ser uma lei discriminatória e violadora dos direitos humanos das mulheres, com implicações no direito à privacidade, na liberdade de expressão e de reunião. Pergunta-se: Privacidade? Direito à liberdade de expressão? com as mulheres entrapadas em rolos de pano?
A posição da Amnistia denota deriva ideológica perigosa. Reacionária. Totalitária. De quem não leu o Corão.
O uso de véus já foi norma imposta em Portugal pela Igreja de Roma, mas caiu felizmente nos anos 60.
Lamenta-se o alinhar dos partidos de Esquerda nas criticas a esta Lei necessária. A Esquerda baralhou-se em 7 anos de maiorias, perdeu os valores humanistas, enredou-se na
chicana do debate parlamentar. As bandeiras da liberdade passaram para as mãos da Direita. Fazemos votos que passem também o pensamento de Malraux, Adriano Moreira e Freitas do Amaral. jrr



Era uma vez um rei apaixonado por Sintra

Era um homem culto e ousado, afável e elegante, sensível e rigoroso, de nome D.Fernando II, rei consorte de rainha D.Maria, e apaixonou-se por Sintra. Morreu cedo, mas rodeado de grandes obras de arte.
D. Fernando nasceu na Alemanha, na Casa de Saxe Coburgo Gotha, primo do príncipe Alberto da Inglaterra e sobrinho do rei Leopoldo da Bélgica. Veio para Portugal para casar com a Rainha D. Maria II. No nosso País, D. Fernando depressa se apercebeu da ruína de importantes monumentos e obras de arte.
Reagindo, restaurou os mosteiros da Batalha e dos Jerónimos e outros edifícios de grande valor. Ao visitar a Casa da Moeda horrorizou-se ao saber que Custódia de Belém ia ser derretida. E entrepôs-se, evitando tamanha desgraça.
No Palácio da Bemposta, uma das residências reais, encontrou as "Tentações de Santo Antão" de Bosch e a "Fonte da Vida" de Holbein em muito mau estado. Imediatamente recolheu estas duas valiosas telas e mandou-as restaurar na Alemanha.
https://youtu.be/VKugzMRsIG0?si=pb9yQqZ6bp1652Nq
No Convento da Madre de Deus descobriu as esculturas dos Della Robbia em risco e salvou-as, colocando-as no Palácio das Necessidades. A própria residência-real das Necessidades estava também degradada e beneficiou de obras vultuosas.
D. Fernando II deparou-se com as outras residências reais em grande declínio: os paços de Vila Viçosa, Sintra, Mafra e Queluz. Estes palácios estavam sem qualquer conforto e beneficiaram por sua iniciativa de obras profundas, passando a existir neles acomodações de bom gosto e requinte.
Mas monarca sonhava sobretudo em edificar um paço-real de raiz. E escolheu a vila de Sintra, por ser um local semelhante à zona da Alemanha onde nascera.
O edifício existente na época que viria a ser o futuro palácio da Pena foi adquirido em hasta pública. Era um convento arruinado com 85 hectares de terreno. O local era ventoso e com pouca vegetação. Mas D. Fernando percebeu que ali poderia criar um palácio de sonho, rodeado de vegetação luxuriante.
O velho convento da Pena transformou-se num paço-real de veraneio, com um parque florestal único entre nós. D. Fernando morreu há 140 anos, ficando para a história como o rei apaixonado por Sintra – que tornou romântica e conhecida em toda a Europa
https://youtu.be/eTI8sIUalq4?si=8AXgQQvknv2DwCx_

Giorgio Armani, celebrando
20 Anos de Alta-Costura

"Nas minhas colecções de Alta-Costura, revelo minha visão de estilo e elegância através da arte do artesanato e do savoir-faire: é aqui que encontro a liberdade absoluta de criar sem limites. Vinte anos de Giorgio Armani Privé foram uma jornada extraordinária, um caminho de descobertas e libertação.
Agora, desejo partilhar esse percurso com um público mais amplo, convidando-o a entrar nesse meu sonho — um sonho de vestidos tecidos com imaginação e emoção, onde cada fio guarda a essência da beleza, da leveza e da eterna procura pela perfeição." Giorgio Armani.
A 4 de Setembro de 2025, morreu o grande génio da alta costura Italiana, Giorgio Armani. Foi uma grande perda para a moda actual. Nas suas colecções, podíamos ver um estilo de elegância, através da arte do artesanato e do savoir-faire. Considerado uma lenda da moda mundial, Armani criou a empresa de roupas masculinas homónima em 1975, que se transformou num império mundial com diferentes marcas como Emporio Armani e Armani Exchange.
Conheci Giorgio Armani em Nova Iorque, por ocasião de uma grande exposição retrospectiva que lhe foi dedicada em Outubro de 2000 pelo Guggenheim Museum, New York que celebrou a relação especial entre o estilista, os Estados Unidos e a cidade de Nova Iorque. Após quatro anos de ausência, o estilista regressou à Big Apple, a cidade que representou o início do seu trabalho e do seu sucesso, e que lhe prestou homenagem nesse ano.
Fiquei fascinada pelas suas colecções expostas, especialmente pelos vestidos de noite de uma criatividade sem igual com bordados lindíssimos e os "tailleurs" bem concebidos como realizados por um mestre alfaiate para mulheres executivas.
Armani começou a sua linha de moda em 1975 e era relativamente desconhecido até 1980 na altura em que realizou os fatos para Richard Gere para o filme "American Gigolo" proporcionou um momento de revelação tanto para Gere como para Armani. O filme "American Gigolo"de 1980 transformou tanto o actor quanto o estilista em estrelas.
Apresentada pela primeira vez em 2005, em Paris, a capital da alta-costura, a colecção Giorgio Armani Privé surgiu imediatamente como uma nova expressão do estilo Armani — ao mesmo tempo complementar e distinta do prêt-à-porter —, mas unificada pela busca de uma assinatura linear, elegante e refinada.


Exposição: Giorgio Armani Privé 2005-2025: Vinte Anos da Alta Costura
Agora, quero compartilhar esta exposição com um público mais amplo, convidando-o a fazer parte deste meu sonho — um sonho de vestidos tecidos com imaginação e graça. Um mundo muito especial que ganha um novo significado nesta mostra.
Em 30 de Abril de 2015, Giorgio Armani inaugurou o Armani/Silos na Via Bergognone 40, em Milão, para celebrar os 40 anos de sua carreira. Originalmente o celeiro de uma grande empresa internacional, construído em 1950 e com cerca de 4.500 metros quadrados distribuídos em quatro andares.
A exposição Giorgio Armani Privé: 2005-2025: Vinte Anos da Alta Costura
agora patente e instalada no Armani/Silos, até 28 de Dezembro (o espaço expositivo da maison, aberto desde o início de 2015), percorre duas décadas de alta-costura moldadas por uma estética inconfundível: linear, elegante e rarefeita. As criações Privé, que são reveladas duas vezes por ano durante a Semana de Alta-Costura de Paris, encontram-se agora em Milão, suspensas e reinterpretadas como autênticas peças de Armani.
Ao longo das salas fluidamente coreografadas no Silos, com a curadoria de Armani resiste à cronologia, optando antes por uma sequência sensorial moldada pelo estado de espírito e pela materialidade. Cerca de 150 peças foram seleccionadas do cofre de tesouros da casa, repleto de silhuetas ornamentadas que incluem vestidos compridos drapeados, corpetes decorados e peças provocantemente plissadas – formando uma composição ampliada do léxico Armani.
Esta exposição traz a Giorgio Armani Privé para Milão, o coração pulsante do universo Armani, oferecendo a oportunidade de admirar essas criações de perto e apreciar o seu artesanato requintado. A colecção nasce de uma visão de criatividade moderna, expressa em linhas refinadas, materiais e técnicas preciosas e bordados semelhantes a joias, criados por mãos habilidosas.
Com a alta-costura, Giorgio Armani permite-se experimentar e imaginar livremente, sem jamais perder o contacto com a realidade, oferecendo uma perspectiva surpreendente do seu estilo. Ele abraçou novas aventuras, inspirando-se em lugares e atmosferas distantes, criando um fascínio sereno e sedutor, numa narrativa contada no presente. Porque, quando são autênticas, as criações de moda são atemporais.
O estilista nasceu em Piacenza, no norte da Itália, em 1934. A relação profissional com a moda surgiu anos mais tarde, quando trabalhou numa loja de departamento e, apenas nos anos 1960, ganhou a primeira oportunidade como estilista na empresa Nino Cerruti.
Armani começou a sua linha de moda em 1975, com a ajuda do arquitecto Sergio Galeotti. A primeira colecção de roupas masculinas foi lançada um ano mais tarde. O costureiro adaptou o design dos fatos para valorizar o corpo de quem os vestia. Para isso, removeu ombreiras e certos tecidos dos seus modelos.
Armani também teve um importante papel nas roupas utilizadas por mulheres no mercado de trabalho. Ele foi responsável por produzir fatos elegantes para o público feminino que, na época, estava a lutar por um espaço mais significativo dentro das empresas. As suas roupas, explica Armani eram feitas para o "público, não para a indústria da moda".
Através da moda, Armani participou de outras artes, vestindo personagens icônicos do cinema americano. Um dos principais foi Julian Kaye, interpretado por Richard Gere no longa-metragem "American Gigolo". Também produziu as roupas do filme "Os Intocáveis" e de Leonardo DiCaprio em "Lobo de Wall Street".
ser filho do alívio

Tive uma namorada de ocasião (um romance que durou dois dias) que dizia em pompa sincera dos amores perdidos, como numa viuvez auto-infligida, algo parecido com isto que agora embelezo: 'a paixão é nunca me esquecer daqueles que já me morreram e ainda não se esqueceram de mim'.
Eu sei, devia ter esticado a coisa para três dias, pelo menos. Mas em namoricos sempre fui mais parvo que tanso, como um tipo seguro da diferença entre uma coisa e a mesma.
Que ainda me pergunto sobre o pouco que ganhei em ter perdido tanto. O que me safa é ser filho do alívio, como quase toda a gente. Ou crer que não sou como quase toda a gente, como se isso fizesse a vez do alívio. Questão de trocos miúdos, é certinho.

DRAMA DE COZINHA
da Nova Companhia no Teatro A Barraca

DRAMA DE COZINHA PARA UM PAÍS FASCISTA em cena de 23 Outubro a 2 Novembro, Quinta a Sábado às 20.00h Domingo às 17.00h
O Teatro A Barraca acolhe a Nova Companhia,texto, espaço cénico e direção: Martim Pedroso | Interpretação: Ana Afonso Lourenço, João Amaral, Lupa Fernandes, Martim Pedroso e Rita Lello Figurinos, caraterização e apoio ao movimento: Noé I Seleção Musical: Martim Pedroso | Sonoplastia: Carlos Morgado | Direção técnica, desenho de luz e operação:
Duração: 80min aprox.
M/16
Natália Correia
A Mulher que morreu de pé
A estreia do notável filme sobre Natália Correia, intitulado pela realizadora Rosa Coutinho Cabral de "A Mulher que Morreu de Pé", revitaliza a frase que a actriz Palmira Bastos imprimiu no nosso imaginário, "As Árvores Morrem de Pé", a partir da peça de Alejandro Casona, que ela interpretou magistralmente.
Ambas, Natália Correia e Palmira Bastos morreram, porque viveram, de pé, afirmando-se (como muitas outras mulheres no seu século) seres de excepcional envergadura humana. Curiosamente passam agora 150 anos sobre o nascimento da grande actriz que, nos últimos de vida era, no mundo de então, a intérprete mais velha em palco.
https://youtu.be/JwfQzCCG1wI?si=nRKeMLQtYeDcoN1b

O bom humor não preço





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https://youtu.be/demZteM3ofM?si=wnVGDhQOF4nIO36D
https://youtu.be/uewxukVyMJw?si=Pw4T1z0X0VAllL2s
Holocasto
do Povo Palestinono
Cartoonistas de olho em Gaza





JB: a guerra civil
das famílias

recorte do jornal Público:
"Portugal com mais crianças institucionalizadas entre 42 países da Europa e Ásia Central
Portugal é o país, entre 42 da Europa e da Ásia Central, onde há mais crianças institucionalizadas, com 95% das crianças acolhidas ao abrigo do sistema de protecção a residir em acolhimento residencial, revela um relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
https://youtu.be/7PDqG4LhgAM?si=2G_4rE5IUw8jYWIU
não consigo imaginar o tamanho do sofrimento do miúdo de 14 anos que alegadamente acaba de matar a mãe.
existe no nosso País uma guerra civil escondida no interior das famílias. e quando as batalhas transbordam os juizes e magistrados são rápidos a internar as crianças nos 361 lares existentes.
temos 6446 crianças internadas a alimentar este sistema único na Europa: 5 por cento de crianças estão em famílias de acolhimento e 95 por cento em instituições. Um horror. cada criança custa ao Estado português nos lares 1800 euros mensais!
Um negócio, como afirmou Anibal Pinto no Tribunal, onde Armando Leandro se queixou de ter sido ferida a sua presunção de inocência com a pergunta:
há incompatibilidade entre o senhor ser presidente da instituição do Estado, Comissão Nacional de Proteção de Crianças (que retira crianças aos pais) e ser presidente da Crescer-Ser, instituição privada de acolhimento com 8 lares?

O Tribunal considerou como provada ser a pergunta ofensiva e deu razão a Armando Leandro, juiz na altura com 82 anos, no comando das duas naus. Condenou os jornalistas por crime de ofensa com indemnização.
o miúdo que matou a mãe tem agora um infinito calvário. tudo porque fechamos ouvidos e por não colocarmos psicólogas no dia-a-dia das famílias sinalizadas,
preferimos engordar os donos e trabalhadores dos lares. disso deu noticia Poiares Maduro no Expresso, apontando para um negócio na ordem dos 70 milhões de euros anuais. E? paga o povo português! jb

JB: a menina da Playboy
o maior drama de uma vida será quando uma filha tenta matar um pai. filha ou filho , pai ou mãe. quando isso acontece os pais já perderam o filho ou a filha. li horrorizado o ataque a José Anes, homem afável, ex-director da Polícia Científica, maçon regular de grande empenho, ex-presidente do Observatório do Crime e erudito em história mística.
a filha de José foi aspirante a capa da Playboy, versão portuguesa de há de 25 anos, e gostava de ameaçar com a mossa* (que viria cortar os dedos a mando dela). não sei o que dói mais, se os golpes afiados de uma faca ou a perda de uma filha desta forma ignóbil... jb
JB: Soares contra Soares

João Soares tem a arte de não conseguir ser Soares, o pai.
João veio desejar as melhoras de José Anes, dizendo que são melhoras físicas e não mentais. E escreveu: "Espero que este incidente sem consequências de saúde marque a sua retirada da prática das aparições públicas disparatadas e fantasiosas que tem sido o seu percurso de pretenso 'especialista em segurança. Vê-se bem como é 'especialista em segurança'". o filho de Soares é rude.
tive a certeza quando vi Luis Vaz, autor de 4 livros sobre Palma Inácio, ser enxovalhado por João: ó Luís! a Luar não era um exército, como dizes no teu livro. eram meia-dúzia de tipos armados. o meu pai, em S.Tomé, até comentou, então o Palma quer vir libertar-me e é preso? - disse João a rir perante 200 ilustres no auditório da Fundação de seu pai, no lançamento do livro de Luís Vaz.
aproveitar o infortúnio de um homem esfaqueado pela filha, para ajustar contas, é uma canalhada! jb

OS MAIAS de EÇA Companhia Nacional Bailado




creio nos anjos, Natália Correia




Edição Novembro sujeita a actualizações diárias
Muita comida, poucos filhos

Reagindo a alarmismos sobre o domínio do velho continente por imigrados do terceiro mundo, através das suas proles, religiões, identidades, o Professor Almerindo Lessa, especialista mundial em gerontologia, desdramatizava sublinhando ser a elevada fecundidade que os caracteriza uma consequência da subnutrição nos seus territórios de origem.
Radicados entre nós, melhorada a alimentação, o número dos seus descendentes baixará (a partir da segunda geração) atenuando-se radicalismos e violências. "Quanto mais comerem menos filhos têm", sintetiza Almerindo Lessa. E justifica:
"Quando há falta de determinadas proteínas, as hormonas sexuais não são queimadas pelo fígado, o que provoca grande excitação. Um dos processos de aumentar, por exemplo, a fecundidade de galinhas, de porcos é escassear-lhes a ração.
A natalidade baixou entre nós porque subimos socialmente, a pílula ajudou, ao evoluir-se evita-se procriar. Os descendentes dos imigrantes que nos procuram hoje vão amanhã passar pelo mesmo. O s responsáveis não mostram, porém, disponibilidade para estes problemas, limitados como estão nos seus cargos, nas suas redomas, nas suas filosofias mercantilistas e imediatistas.
Julgam que tudo se resolve com dinheiro, com produtividade. Ora o nosso maior problema não é esse, é o da desumanização".
https://youtu.be/UGm3YurTCEw?si=Stt7f8byKGVME50N
https://youtu.be/NZkMzsKJ1k4?si=eUhNu7uEMZMelTlO
Desumanização que leva a populismos, a traficâncias. Daí Almerindo Lessa advertir que muitos dos defensores da entrada livre de estrangeiros movem-se por interesses penumbreos, mão de obra dócil, barata, inesgotável, ao mesmo tempo que incentivam a saída dos jovens nacionais, cinicamente tidos por muito preparados e cosmopolitas, escamoteando serem trabalhadores mais caros, mais interventivos e exigentes.
Vitimizar, enaltecer os imigrantes, como sucede frequentemente, provoca reacções desproporcionadas em alguns deles, sobretudo brasileiros, a acharem-se salvadores dos estados onde se fixam (Portugal não sobreviveria sem o seu trabalho, repete-se), em desvalorização dos naturais - e agudização de racismos, de violências.
Curiosamente, alguma esquerda apoia esta versão –e quere-a correcta. "Talvez o problema esteja mais naqueles que saem do País dos que entram nele" sintetizou, em carta aberta a Passos Coelho, Artur Ramos, um jovem estudante impelido a deixar Portugal
Canova de cinco milhões no Cemitério dos Prazeres

No interior de um dos mais imponentes mausóleos erguidos em Portugal no Cemitério dos Prazeres preserva-se um alto-relevo de autoria do maior escultor neoclássico italiano, António Canova, avaliado em mais de cinco milhões de euros.
Trata-se de uma obra-prima de grande expressividade e beleza, executada em puríssimo mármore de Carrara, que o autor criou entre 1805 e 1808 - na mesma altura em que fez o célebre retrato de Paula Bonaparte, irmã de Napoleão, hoje na Galeria Borghese.
O contrato para o monumento de Lisboa foi assinado em 8 de Julho de 1805. A sua escultura representa uma mulher (carpideira) a chorar debruçada sobre o busto de um homem. Este é Alexandre de Sousa Holstein, embaixador de Portugal na Santa Sé, onde faleceu em 1803.
O monumento, um cenotáfio, assinala o túmulo onde deveriam estar os restos mortais do homenageado - que nunca chegaram a ser trasladados da Igreja de Santo António dos Portugueses, em Roma, onde permanecem.
Durante quase dois séculos pensou-se que a escultura fosse uma obra da oficina de Canova e que o original se encontrasse em Itália. Especialistas romanos esclareceram, porém, a verdade e tentaram adquirir a obra em causa por, à época, dois milhões de euros para um museu italiano.
"Disseram-me que caso o negócio se concretizasse fariam uma réplica de resina sintética e que ninguém notaria a diferença", revelou-nos Manuel Holstein Beck, descendente do Alexandre de Souza Holstein. "Recusei imediatamente a proposta", acrescentou-nos, "e resolvi doar o mausoléu à Câmara Municipal de Lisboa, com a condição de o conservar e de nele serem sepultados os meus descendentes".
https://youtu.be/dOeg4i5KJ7g?si=ICjssTnQS7mNoy5H
doar o mausoléu à Câmara Municipal de Lisboa, com a condição de o conservar e de nele serem sepultados os meus descendentes". O panteão, mandado construir pelo primeiro duque de Palmela ficou concluído em 1848, sendo considerado dos mais imponentes da Europa.
Desde então alberga os restos mortais de sete gerações da família dispostos pela capela e por duas criptas; o espaço exterior foi destinado exclusivamente ao pessoal da Casa Palmela - as mulheres ficavam sepultadas do lado esquerdo, os homens do lado direito.
Hoje o panteão, restaurado pelo município da capital, revela-se um monumento único, tendo sido desenhado pelos arquitectos Cinatti e Rambois, e construído pelo canteiro Germano José de Sales.
Nele destacam-se esculturas de Araújo Cerqueira (um artista romântico que trabalhou essencialmente para a casa-ducal), de António e José Teixeira Lopes, de Calmels e de Leopoldo de Almeida.
Esta obra de Canova é a única existente em Portugal. O Museu Gulbenkian possui a peça "Hermes da Vestal Tucia", da oficina do escultor, e o Museu de Arte Antiga guarda um pequeno modelo em barro cozido dedicado ao "Génio da Independência da Nação Portuguesa", encomendado a Canova que nunca foi, no entanto, passado a mármore por desinteresse do governo português.
TEATRO EM CASA
com La Féria

Filipe La Féria assinala o 120º aniversário de Antoine de Saint-Éxupery levando até casa do público o espetáculo "O Principezinho - O Musical", em formato digital.
Numa versão musical Filipe La Féria criou um espetáculo para toda a família aliando a poesia, o imaginário as imagens de Saint-Exupéry e a mais recente tecnologia de vídeo na construção de atmosferas surpreendentes da magia através da sensibilidade e a filosofia do autor, com personagens plenas de simbolismos: a Raposa, a Flor, o Rei, o Homem de Negócios, o Vaidoso Solitário, a Serpente entre outros.
O Principezinho vivia sozinho num pequeno planeta com três vulcões. No planeta havia uma formosa flor de grande beleza mas muito vaidosa. Foi a vaidade da rosa que fez entristecer o Principezinho e o levou a começar uma viagem que o trouxe ao planeta Terra onde encontrou diversas personagens a partir das quais conseguiu descobrir o segredo do que é realmente importante na vida.
TRAQUEM O POVO EM CASA
A ideia parece excelente, mas continua a colar o Povo ao sofá, em vez de a malta ir ao Teatro, e falar, e apanhar o Metro, e aplaudir os actores felizes.
A Lisboa é do tamanho de Cascais a Vila Franca, de Bucelas a Palmela. Não há transporte colectivo que resista e Teatro que sobreviva. O automóvel e a construção "à la carte" descontinuaram a cidade. Ver o Principezinho no computador custa 7 euros. Coisa barata que um dia há-de sair cara. jrr
AMNISTIA INTERNACIONAL chora a burca
A Amnistia Internacional veio "chorar" a aprovação da lei que proíbe a ocultação da identidade facial em público em Portugal. E o mesmo aconteceu com a Associação da Mulheres Juristas e com os partidos de Esquerda na Assembleia da República. Uma disparatada surpresa!
Estamos perante uma lei preventiva porque existem ainda poucos casos no nosso país de uso de nicab ou burca. Mas é uma lei necessária. E reforça o Estado Democrático de Direito laico. A Amnistia Internacional afirma ser uma lei discriminatória e violadora dos direitos humanos das mulheres, com implicações no direito à privacidade, na liberdade de expressão e de reunião. Pergunta-se: Privacidade? Direito à liberdade de expressão? com as mulheres entrapadas em rolos de pano?
A posição da Amnistia denota deriva ideológica perigosa. Reacionária. Totalitária. De quem não leu o Corão.
O uso de véus já foi norma imposta em Portugal pela Igreja de Roma, mas caiu felizmente nos anos 60. Lamenta-se o alinhar dos partidos de Esquerda nas criticas a esta Lei necessária. A Esquerda baralhou-se em 7 anos de maiorias, perdeu os valores humanistas, enredou-se na
chicana do debate parlamentar. As bandeiras da liberdade passaram para as mãos da Direita. Fazemos votos que passem também o pensamento de Malraux, Adriano Moreira e Freitas do Amaral. jrr





Palestina, Judeus & Benfica
Eu desconfiava da ligação dos portugueses aos Descobrimentos e percebi uma realidade nova, quando me perguntaram: o que temos nós a ver com a Palestina?
Temos uma Bíblia em cada canto, em cada casa. Adoramos o menino lá nascido nas palhinhas. Ficámos com mais 71 mil portugueses judeus safarditas naturalizados portugueses, só em 2024, que reivindicaram ascendência de há 500 anos. A Altice nasceu da PT (que se foi por artes mágicas). Vivemos na dependência do sistema interbancário internacional, controlado por famílias ricas de judeus.
E o Benfica? Ah! Isso não, não há ligação. Não? Então pronto! Pronto mesmo, quanto mais tik-tok, mais chegadinhos a Trump e Milei nesta desventura.
Em boa verdade, os Descobrimentos poderão ser obra de judeus venezianos, cansados de tantos assaltos nas suas rotas terrestres de há mais de 500 anos. E viva o Benfica!
O misterioso caso do juiz Ivo-Rosa
Juízes eleitos pelo Povo, já!
Os juízes e magistrados tem de ser votados pelo Povo, para merecerem a confiança dos portugueses, ou continuaremos embrulhados em casos como o do juiz Ivo Rosa, impedido de aceder a processos arquivados sobre investigações a seu respeito.
Entre nós, prevalece ainda ideia que votar é ser parcial. Quando votar é de facto expressar confiança. O Presidente de República não fica sob suspeita de parcialidade, por ser

votado, nem os partidos. Aliás nos períodos críticos da nossa História foi o Povo a escolher os seus representantes, incluindo João das Regras.
Pergunta-se: o Povo votaria num juiz de 28 anos para um Tribunal de Família (que os há)? Ou aprovaria a subida ao Tribunal da Relação de um juiz com dezenas de mães queixosas de injustas retiradas de filhos? Ou aceitaria confiar nesse juiz que chamou a Tribunal um cão para escolher um dos donos, em processo de separação.
Vamos mais longe. É também necessário conhecer os nomes e caras dos juizes e magistrados ou ficaremos aparentarmos com os ICE de Trump que agem de rosto completamente tapado com gorros, a "caçar" pessoas como se fossem coelhos.
O caso do juiz Ivo Rosa envergonha o País e só se resolve (este e muitos outro casos) com o sufrágio popular dos agentes da Justiça. Independentes, sim! mas votados. Porque não queremos torres de marfim e muito menos o campear constante de bizarrices. josé ramos e ramos

Giorgio Armani, celebrando
20 Anos de Alta-Costura

"Nas minhas colecções de Alta-Costura, revelo minha visão de estilo e elegância através da arte do artesanato e do savoir-faire: é aqui que encontro a liberdade absoluta de criar sem limites. Vinte anos de Giorgio Armani Privé foram uma jornada extraordinária, um caminho de descobertas e libertação.
Agora, desejo partilhar esse percurso com um público mais amplo, convidando-o a entrar nesse meu sonho — um sonho de vestidos tecidos com imaginação e emoção, onde cada fio guarda a essência da beleza, da leveza e da eterna procura pela perfeição." Giorgio Armani.
A 4 de Setembro de 2025, morreu o grande génio da alta costura Italiana, Giorgio Armani. Foi uma grande perda para a moda actual. Nas suas colecções, podíamos ver um estilo de elegância, através da arte do artesanato e do savoir-faire. Considerado uma lenda da moda mundial, Armani criou a empresa de roupas masculinas homónima em 1975, que se transformou num império mundial com diferentes marcas como Emporio Armani e Armani Exchange.
Conheci Giorgio Armani em Nova Iorque, por ocasião de uma grande exposição retrospectiva que lhe foi dedicada em Outubro de 2000 pelo Guggenheim Museum, New York que celebrou a relação especial entre o estilista, os Estados Unidos e a cidade de Nova Iorque. Após quatro anos de ausência, o estilista regressou à Big Apple, a cidade que representou o início do seu trabalho e do seu sucesso, e que lhe prestou homenagem nesse ano.
Fiquei fascinada pelas suas colecções expostas, especialmente pelos vestidos de noite de uma criatividade sem igual com bordados lindíssimos e os "tailleurs" bem concebidos como realizados por um mestre alfaiate para mulheres executivas.
Armani começou a sua linha de moda em 1975 e era relativamente desconhecido até 1980 na altura em que realizou os fatos para Richard Gere para o filme "American Gigolo" proporcionou um momento de revelação tanto para Gere como para Armani. O filme "American Gigolo"de 1980 transformou tanto o actor quanto o estilista em estrelas.
Apresentada pela primeira vez em 2005, em Paris, a capital da alta-costura, a colecção Giorgio Armani Privé surgiu imediatamente como uma nova expressão do estilo Armani — ao mesmo tempo complementar e distinta do prêt-à-porter —, mas unificada pela busca de uma assinatura linear, elegante e refinada.


Exposição: Giorgio Armani Privé 2005-2025: Vinte Anos da Alta Costura
Agora, quero compartilhar esta exposição com um público mais amplo, convidando-o a fazer parte deste meu sonho — um sonho de vestidos tecidos com imaginação e graça. Um mundo muito especial que ganha um novo significado nesta mostra.
Em 30 de Abril de 2015, Giorgio Armani inaugurou o Armani/Silos na Via Bergognone 40, em Milão, para celebrar os 40 anos de sua carreira. Originalmente o celeiro de uma grande empresa internacional, construído em 1950 e com cerca de 4.500 metros quadrados distribuídos em quatro andares.
A exposição Giorgio Armani Privé: 2005-2025: Vinte Anos da Alta Costura

agora patente e instalada no Armani/Silos, até 28 de Dezembro (o espaço expositivo da maison, aberto desde o início de 2015), percorre duas décadas de alta-costura moldadas por uma estética inconfundível: linear, elegante e rarefeita. As criações Privé, que são reveladas duas vezes por ano durante a Semana de Alta-Costura de Paris, encontram-se agora em Milão, suspensas e reinterpretadas como autênticas peças de Armani.
Ao longo das salas fluidamente coreografadas no Silos, com a curadoria de Armani resiste à cronologia, optando antes por uma sequência sensorial moldada pelo estado de espírito e pela materialidade. Cerca de 150 peças foram seleccionadas do cofre de tesouros da casa, repleto de silhuetas ornamentadas que incluem vestidos compridos drapeados, corpetes decorados e peças provocantemente plissadas – formando uma composição ampliada do léxico Armani.
Esta exposição traz a Giorgio Armani Privé para Milão, o coração pulsante do universo Armani, oferecendo a oportunidade de admirar essas criações de perto e apreciar o seu artesanato requintado. A colecção nasce de uma visão de criatividade moderna, expressa em linhas refinadas, materiais e técnicas preciosas e bordados semelhantes a joias, criados por mãos habilidosas.
Com a alta-costura, Giorgio Armani permite-se experimentar e imaginar livremente, sem jamais perder o contacto com a realidade, oferecendo uma perspectiva surpreendente do seu estilo. Ele abraçou novas aventuras, inspirando-se em lugares e atmosferas distantes, criando um fascínio sereno e sedutor, numa narrativa contada no presente. Porque, quando são autênticas, as criações de moda são atemporais.
O estilista nasceu em Piacenza, no norte da Itália, em 1934. A relação profissional com a moda surgiu anos mais tarde, quando trabalhou numa loja de departamento e, apenas nos anos 1960, ganhou a primeira oportunidade como estilista na empresa Nino Cerruti.
Armani começou a sua linha de moda em 1975, com a ajuda do arquitecto Sergio Galeotti. A primeira colecção de roupas masculinas foi lançada um ano mais tarde. O costureiro adaptou o design dos fatos para valorizar o corpo de quem os vestia. Para isso, removeu ombreiras e certos tecidos dos seus modelos.
Armani também teve um importante papel nas roupas utilizadas por mulheres no mercado de trabalho. Ele foi responsável por produzir fatos elegantes para o público feminino que, na época, estava a lutar por um espaço mais significativo dentro das empresas. As suas roupas, explica Armani eram feitas para o "público, não para a indústria da moda".
Através da moda, Armani participou de outras artes, vestindo personagens icônicos do cinema americano. Um dos principais foi Julian Kaye, interpretado por Richard Gere no longa-metragem "American Gigolo". Também produziu as roupas do filme "Os Intocáveis" e de Leonardo DiCaprio em "Lobo de Wall Street".

Giorgio Armani, celebrando
20 Anos de Alta-Costura

"Nas minhas colecções de Alta-Costura, revelo minha visão de estilo e elegância através da arte do artesanato e do savoir-faire: é aqui que encontro a liberdade absoluta de criar sem limites. Vinte anos de Giorgio Armani Privé foram uma jornada extraordinária, um caminho de descobertas e libertação.
Agora, desejo partilhar esse percurso com um público mais amplo, convidando-o a entrar nesse meu sonho — um sonho de vestidos tecidos com imaginação e emoção, onde cada fio guarda a essência da beleza, da leveza e da eterna procura pela perfeição." Giorgio Armani.
A 4 de Setembro de 2025, morreu o grande génio da alta costura Italiana, Giorgio Armani. Foi uma grande perda para a moda actual. Nas suas colecções, podíamos ver um estilo de elegância, através da arte do artesanato e do savoir-faire. Considerado uma lenda da moda mundial, Armani criou a empresa de roupas masculinas homónima em 1975, que se transformou num império mundial com diferentes marcas como Emporio Armani e Armani Exchange.
Conheci Giorgio Armani em Nova Iorque, por ocasião de uma grande exposição retrospectiva que lhe foi dedicada em Outubro de 2000 pelo Guggenheim Museum, New York que celebrou a relação especial entre o estilista, os Estados Unidos e a cidade de Nova Iorque. Após quatro anos de ausência, o estilista regressou à Big Apple, a cidade que representou o início do seu trabalho e do seu sucesso, e que lhe prestou homenagem nesse ano.
Fiquei fascinada pelas suas colecções expostas, especialmente pelos vestidos de noite de uma criatividade sem igual com bordados lindíssimos e os "tailleurs" bem concebidos como realizados por um mestre alfaiate para mulheres executivas.
Armani começou a sua linha de moda em 1975 e era relativamente desconhecido até 1980 na altura em que realizou os fatos para Richard Gere para o filme "American Gigolo" proporcionou um momento de revelação tanto para Gere como para Armani. O filme "American Gigolo"de 1980 transformou tanto o actor quanto o estilista em estrelas.
Apresentada pela primeira vez em 2005, em Paris, a capital da alta-costura, a colecção Giorgio Armani Privé surgiu imediatamente como uma nova expressão do estilo Armani — ao mesmo tempo complementar e distinta do prêt-à-porter —, mas unificada pela busca de uma assinatura linear, elegante e refinada.


Exposição: Giorgio Armani Privé 2005-2025: Vinte Anos da Alta Costura
Agora, quero compartilhar esta exposição com um público mais amplo, convidando-o a fazer parte deste meu sonho — um sonho de vestidos tecidos com imaginação e graça. Um mundo muito especial que ganha um novo significado nesta mostra.
Em 30 de Abril de 2015, Giorgio Armani inaugurou o Armani/Silos na Via Bergognone 40, em Milão, para celebrar os 40 anos de sua carreira. Originalmente o celeiro de uma grande empresa internacional, construído em 1950 e com cerca de 4.500 metros quadrados distribuídos em quatro andares.
A exposição Giorgio Armani Privé: 2005-2025: Vinte Anos da Alta Costura

agora patente e instalada no Armani/Silos, até 28 de Dezembro (o espaço expositivo da maison, aberto desde o início de 2015), percorre duas décadas de alta-costura moldadas por uma estética inconfundível: linear, elegante e rarefeita. As criações Privé, que são reveladas duas vezes por ano durante a Semana de Alta-Costura de Paris, encontram-se agora em Milão, suspensas e reinterpretadas como autênticas peças de Armani.
Ao longo das salas fluidamente coreografadas no Silos, com a curadoria de Armani resiste à cronologia, optando antes por uma sequência sensorial moldada pelo estado de espírito e pela materialidade. Cerca de 150 peças foram seleccionadas do cofre de tesouros da casa, repleto de silhuetas ornamentadas que incluem vestidos compridos drapeados, corpetes decorados e peças provocantemente plissadas – formando uma composição ampliada do léxico Armani.
Esta exposição traz a Giorgio Armani Privé para Milão, o coração pulsante do universo Armani, oferecendo a oportunidade de admirar essas criações de perto e apreciar o seu artesanato requintado. A colecção nasce de uma visão de criatividade moderna, expressa em linhas refinadas, materiais e técnicas preciosas e bordados semelhantes a joias, criados por mãos habilidosas.
Com a alta-costura, Giorgio Armani permite-se experimentar e imaginar livremente, sem jamais perder o contacto com a realidade, oferecendo uma perspectiva surpreendente do seu estilo. Ele abraçou novas aventuras, inspirando-se em lugares e atmosferas distantes, criando um fascínio sereno e sedutor, numa narrativa contada no presente. Porque, quando são autênticas, as criações de moda são atemporais.
O estilista nasceu em Piacenza, no norte da Itália, em 1934. A relação profissional com a moda surgiu anos mais tarde, quando trabalhou numa loja de departamento e, apenas nos anos 1960, ganhou a primeira oportunidade como estilista na empresa Nino Cerruti.
Armani começou a sua linha de moda em 1975, com a ajuda do arquitecto Sergio Galeotti. A primeira colecção de roupas masculinas foi lançada um ano mais tarde. O costureiro adaptou o design dos fatos para valorizar o corpo de quem os vestia. Para isso, removeu ombreiras e certos tecidos dos seus modelos.
Armani também teve um importante papel nas roupas utilizadas por mulheres no mercado de trabalho. Ele foi responsável por produzir fatos elegantes para o público feminino que, na época, estava a lutar por um espaço mais significativo dentro das empresas. As suas roupas, explica Armani eram feitas para o "público, não para a indústria da moda".
Através da moda, Armani participou de outras artes, vestindo personagens icônicos do cinema americano. Um dos principais foi Julian Kaye, interpretado por Richard Gere no longa-metragem "American Gigolo". Também produziu as roupas do filme "Os Intocáveis" e de Leonardo DiCaprio em "Lobo de Wall Street".


A comprar a trindade de enchidos no estaminé do querido Manuel Andrade
ao mercado da Parede e a abster-me de levar almôndegas em vez disso.
Que me deu o súbito arrepio de lembrar quando antes do acne anunciei ao senhor meu pai que tinha namorada. Ao que ele aconselhava: 'casa com uma mulher rica ou que tenha um pai que tenha um talho'. Bochechices...


DRAMA na Barraca, Música em Queluz

DRAMA DE COZINHA PARA UM PAÍS FASCISTA em cena de 23 Outubro a 2 Novembro, Quinta a Sábado às 20.00h Domingo às 17.00h
O Teatro A Barraca acolhe a Nova Companhia,texto, espaço cénico e direção: Martim Pedroso | Interpretação: Ana Afonso Lourenço, João Amaral, Lupa Fernandes, Martim Pedroso e Rita Lello Figurinos, caraterização e apoio ao movimento: Noé I Seleção Musical: Martim Pedroso | Sonoplastia: Carlos Morgado | Direção técnica, desenho de luz e operação:
Duração: 80min aprox.
M/16



O bom humor não preço





OS MAIAS de EÇA Companhia Nacional Bailado



Cartoonistas de olho em Gaza






Edição de 06 a 09 Novembro 2025 sujeita a actualizações diárias
A mitificação de Salazar


No seu modo reticente de ser, Eduardo Lourenço lamentava não ter jeito para a ficção pois gostaria de escrever um romance sobre Salazar, enigmática esfinge do seu tempo. E, de seguida, incentivava-nos a ler, pela "profundidade de pensamento e qualidade de escrita", os seus discursos e artigos.
Críticos do Estado Novo, como Mello e Castro, Baptista-Bastos, Fernando Namora, Natália Correia, David Mourão-Ferreira consideravam, entre outros, o antigo presidente do Conselho "um invulgar ensaísta político". Para se conhecer essa época, anotava Agostinho da Silva, "é avisado estudá-lo, ele não veio de Marte, mas da fundura do País". Foi o governante que mais poder teve, durante mais tempo, na nossa longa história.
Nascido em ambiente de pobreza, na Beira Alta, Salazar influenciou como poucos portugueses o curso do século XX. Convidado a liderar o País, impôs um partido único (a União Nacional), um controle de informações (a Censura), uma vigilância dos cidadãos (a Pide), uma religião oficiosa (em que deixou de acreditar), um paternalismo circunstancial (de solteirão), uma modéstia de escala: "A mania das grandezas prejudica todas as nossas iniciativas", justificava.
A sua projecção internacional deu-se ao conseguir a neutralidade de Portugal e Espanha na Segunda Guerra Mundial. O apoio de Franco, a anuência da Grã-Bretanha, a importância geoestratégica dos Açores, a qualidade do nosso volfrâmio, a habilidade da sua diplomacia e a desistência de Hitler em invadir a Península Ibérica pesaram no êxito dessa estratégia.
A ditadura portuguesa seria, na Europa de então, a única que não era de militares, mas de professores universitários. Um dos objectivos mais curiosos conseguidos por ele foi o da construção do seu mito pessoal. Perspicaz encenador do teatro político (era atento a Amélia Rey-Colaço), ergueu esse mito pela distância, pelo silêncio, numa inacessibilidade geradora de temor, de mistério, de abstracção – maneira dificílima de ser em ausência.


Quase nunca utilizou a televisão e, com a rádio, foi parco no fazê-lo. Cumprimentava tirando o chapéu para não apertar mãos a outros. Durante muito tempo hesitou em deixar-se entrevistar por António Ferro; as raras entrevistas que concedeu foram-no, aliás, a jornais estrangeiros que os portugueses, depois, transcreviam; a única biografia em que colaborou (excelente, por sinal) pertenceu a uma francesa, a sofisticada jornalista e escritora Christine Garnier.
Meio Fascismo ou Fascismo em segunda mão?
Eduardo Lourenço perturbaria a inteligência instituída ao insinuar no livro O Fascismo Nunca Existiu que ele, fascismo, existiu em negação, através de um autoritarismo enfático e burocrático - ideia subscrita por, entre outros, Mário Soares, Sá Carneiro, Sottomayor Cardia, Henrique de Barros.
Eduardo Lourenço acrescentava, entretanto, não ter sido o Estado Novo a inculcar, como se propalava, o terror fascizante entre nós, mas a Inquisição, anterior a ele e mais grave, muitíssimo mais grave do que ele. O Santo Ofício (da Igreja Católica) lançou, na verdade, o desígnio de, pelo fogo, pela tortura, pelo assassínio, pela demência, arrancar-nos a alma (original) e substituí-la por pias bentas, castradoras de liberdades, de dignidades.
Séculos, gerações, culturas, ideologias de medo, de submissão, de perseguição fizeram o que somos, infantilizando-nos, adoecendo-nos a tal ponto que os regimes de democracia não foram capazes de resgatar-nos. Ainda.
"Mesmo os que se julgam muito progressistas continuam a trazer dentro de si um fanático e um beato", prevenia Antero de Quental. De idêntico aceramento, Jorge de Sena anotava ter-se "o fascismo português acantonado na burocracia e na sacristia", "não parecendo haver revolução que o elimine". Ainda.
Admitindo não ter existido um verdadeiro fascismo - quando muito tivemos, segundo alguns, um meio fascismo, um fascismo em segunda mão, um fascismo turístico na expressão de Natália Correia - suportamos, no entanto, um autoritarismo concreto, duro, condicionador do desenvolvimento mental, económico, cívico do país. Salazar justificava a rigidez da austeridade afirmando que "desenvolvimento não significa só por si progresso, podendo significar o contrário, enriquecimento de minorias e empobrecimento de maiorias, maiores fossos e injustiças sociais, indiferentemente dos regimes existente".

Repudiando a democracia (nivela tudo por baixo), recusando o socialismo (anula o indivíduo), distanciando o capitalismo (torna o homem um meio, não um fim), ele tentou uma terceira via, a do corporativismo, apoiada na pequena propriedade, no campo (com excepção do Alentejo), e no pequeno comércio (familiar, de bairro) nas cidades. A indústria e o operariado ficavam em cinturas convenientemente vigiadas.
Salazar fascinado por António Ferro
Durante algum tempo Salazar interessa-se pela política de Mussolini - muito por influência de Ferro, que o entrevistara - mas logo a afasta, enfadado com o seu exibicionismo. A célebre foto (autografada) do Duce, que esteve na sua secretária durante um mês, seria levada por D. Maria, a irascível guardiã de São Bento, para a cave do edifício.
Nacionalista e cosmopolita, memorialista e futurista, António Ferro conciliou capacidades invulgares de organização e criação, sendo dele algum do charme, na fase inicial, do Estado Novo. O presidente do Conselho utilizou-o e fingiu deixar-se utilizar por ele enquanto lhe interessou. Ferro tinha o mundo, a desenvoltura, a vitalidade, a criatividade que ele, Salazar, não tinha – e isso fascinava-o, incomodava-o.
Portugal conhece nessa época vultos cimeiros da cultura, generosamente apoiados por António Ferro sem discriminações ideológicas, religiosas, culturais, sexuais. Fernando Pessoa, Almada Negreiros, Pascoaes, Amália, Vieira da Silva, António Botto, Sá-Carneiro, Sarah Afonso, António Lopes Ribeiro, Amélia Rey-Colaço, Guilhermina Suggia, Bernardo Marques, Maria Keil, José Gomes Ferreira, Manuel da Fonseca, e outros, constituem uma plêiade de excepcionais como jamais voltou a haver.
A indecência dos painéis de Almada
Perspicaz, o chefe do Governo não interferiu. Fernanda de Castro, notável poetisa (mulher de António Ferro) contava-nos que em certa ocasião Salazar, consciente das suas limitações em questões de arte moderna, pediu a Ferro que fosse à Gare de Conde Óbidos ver o que Almada estava lá a pintar pois Duarte Pacheco, indignado, havia-lhe dito que eram uma indecência os seus painéis, devendo ser destruídos. Ferro foi,
viu, regressou e disse, "são uma obra-prima". "Então que fiquem", determinou Salazar. Ficaram.
Salazar castigou Aristides
De porte aristocrático, Salazar não era propriamente um mundano (detestava multidões), um racista (entre os seus melhores amigos figurava o médico moçambicano Manuel Nazaré), um beato (perdeu a fé aos 25 anos, não se confessava, não sublinhava Fátima), um misógino (rodeou-se sempre de mulheres apesar de permitir a sua secundarização), um homofóbico (trabalhou e conviveu com homossexuais, embora não impedisse a sua discriminação), um anti-semita (acolheu milhares de judeus em Portugal mas, com receio de Hitler, castigou Aristides de Sousa Mendes), não era ingénuo, nem optimista, nem alegre – tinha dos olhares mais tristes que vi até hoje.
A modéstia fez-se-lhe orgulho, a inacessibilidade trono. Querendo um adversário à altura, dilatou Álvaro Cunhal; necessitando de um inimigo para unir os seus, ensanguentou o Partido Comunista. "O poder pessoal tem seduções a que é difícil resistir", reconhecerá.

Possuía um sentido de humor subtil, próprio dos muito inteligentes. Manuel Nazaré gostava de, dele, contar: Numa tarde de Agosto, no Forte de Santo António do Estoril, recebeu um ministro a quem entregou, ao sentarem-se, uma manta de lã. Surpreendido, o visado exclamou, obrigado senhor presidente, mas não é preciso, está até muito calor! Sibilino, Salazar respondeu-lhe, aceite, aceite que quando ouvir o que tenho para dizer-lhe vai ficar gelado.
Em São Bento, procurado pelo criador do Instituto Português do Cancro, actual Instituto Português de Oncologia, seu adversário político em risco de ser substituído, Salazar, depois de ouvi-lo, assegura-lhe, esteja descansado pois enquanto eu estivar no poder ninguém lhe toca, agora quando forem os seus correligionários a mandar, não sei.
A visão de uma 3ª Guerra mundial
As manchas negras do Estado Novo situam-se na repressão das ideias, da criatividade, da liberdade de expressão, no campo do Tarrafal, no forte de Peniche, no presídio de Caxias, nos curros do Aljube, nos tribunais plenários (as medidas de segurança podiam significar prisão perpétua), na Pide, na Censura Prévia, na intransigência ultramarina, mecanismos de perseguição e anulação enviesados pelos pequenos poderes dos pequenos servidores do regime.
Quando perguntado porque mantinha, sem saída, o conflito africano, justificava dizendo ir dar se na década de 60 uma terceira guerra mundial, aniquiladora da União Soviética e dos Estados Unidos, da qual surgiria uma nova ordem internacional favorável a Portugal e ao seu império. Esteve, com a crise dos mísseis de Cuba, para acontecer. Não tendo ocorrido, passou a argumentar (revelar-me-iam os generais Costa Gomes e Kaúlza de Arriaga, e os embaixadores Franco Nogueira e António Leite Faria) que o bloco soviético, era uma questão de esperar, implodiria em breve - implodiu três décadas depois.
Conversando com Manuel Nazaré, pergunta-lhe, "acha que eu sou muito reaccionário, e fascista?" Gozão, o médico atira-lhe, "os seus inimigos acham que sim, e coisas muito piores". Salazar entupiu. Depois exclamou: "Penso que não sou, o que se passa é que os portugueses são, na sua maioria, reaccionários, alguns mesmo fascistas. Ora eu tenho de governar para eles, e com eles. Se o não fizer mudam-me. Não mudaram.
Mudado foi António Ferro. A ideia de Portugal que ambicionava divergia da do presidente do Conselho pelo que, na sequência da guerra fria, ficou sem espaço. Sonhador, chegara a pensar, "talvez haja poesia na rima clara e sonora das contas certas". Viu-se.

António Salazar e o Presidente dos EUA Eisenhower

António Salazar e a Rainha Isabel II
Os labirintos de Salazar segundo E. Lourenço
A maioria dos artistas "não defendia, directamente, a cultura do Estado Novo, defendia a cultura do País, mas para o fazer não podia hostilizar o regime", sintetizava-nos António Quadros, um dos grandes vultos da moderna filosofia portuguesa, filho de António Ferro e Fernanda de Castro.
Salazar moveu-se sempre, como Eduardo Lourenço assinalou, em labirintos: o da vida pessoal, o da situação do país, o dos ataques da oposição, o da duplicidade da Igreja, o da arrogância das potências internacionais, o dos conflitos coloniais.
Uma guerra o distinguiu, a Segunda Mundial, uma guerra o diluiu, a de África. "Não quero imaginar a confusão em que isto vai ficar quando eu desaparecer", desabafava no final da vida. "Temo mesmo que Portugal, como outros países, possa desaparecer no próximo século".
Fernando Dacosta
Actualização eleições em Nova Iorque - Edição 03 a 09 Novembro sujeita a actualizações diárias
Nova Iorque derrota Trump
ICE, Natanyahu, gigantes tecnológicos e promotores imobiliários serão afectados
A grande vitória inesperada de Zohran deixa Trump numa situação política muito difícil. O novo perfeito tem um programa que contraria todas as medidas de Trump. E vence no território onde o presidente americano construiu um império imobiliário gigantesco.
Um dos principais alvos de Zohran é o ICE, a polícia que persegue os imigrantes, como os ingleses e irlandeses fizeram com os índios nos últimos 250 anos. Trump já não é bem-vindo na maior cidade americana e emblemática no mundo.

Zohran Mamdani foi eleito prefeito de Nova York, é o 110 º presidente da câmara, o primeiro socialista e muçulmano. Zohran venceu as primeiras eleições de grande impacto do segundo mandato de Donald Trump. Teve o apoio do ex-presidente Barak Obama.
Zohran entrou na disputa no ano passado praticamente como uma figura desconhecida do público, com pouco dinheiro e sem apoio institucional do Partido Democrata.
Ele é o prefeito mais jovem da cidade desde 1892, o primeiro muçulmano e o primeiro nascido na África.
Em discurso após a vitória, o prefeito eleito de Nova York provocou o atual presidente dos Estados Unidos:
"Donald Trump, eu sei que você está assistindo. Só tenho quatro palavras para você: Aumente o volume!", exclamou o presidente eleito, deixando claro que vai confrontar o presidente americano.
"Para chegar a qualquer um de nós, você terá que passar por cima de todos nós", prosseguiu. "É assim que vamos parar não só Trump, mas é assim que vamos parar quem vier depois dele." (com recurso a texto à BBC)
Ministra da Saúde no Teatro de Revista
Ana Paula Martins, ministra da Saúde seria estraçalhada no tempo em que os lisboetas preferiam o Teatro de Revista ao estúpido Tik-Tok.
A ministra é um "boneco" sem palco, sem direito ao riso, que nos empanturrava no Parque Mayer.
Em tempos tivemos o INEM a 2 minutos de distância, hoje é uma roleta russa no casino dos hospitais, Mellos, helios e por aí fora.
O primeiro sinal do fim do INEM apareceu na morte de Carlos Amaral Dias, no centro de Lisboa e a 5 minutos do primeiro hospital. A ambulância não funcionava. E e nada funcionou, incluindo a filha que se farta de falar.
Há anos entrevistei esta senhoras numa grande reportagem de 30 minutos da RTP, sobre farmácias, intilutada "Uma Dor de Cabeça", no Linha da Frente, e percebi de imediato ser Ana Paula Martins um descalabro onde quer que pousasse.
Não faz sentido justificar uma morte (que já levou ao pedido de demissão do Conselho de Administração do Hospital Amadora-Sintra) evocando a nacionalidade da grávida vitima, ou ainda por ser pobre ou por não ter telemóvel. Não se diz... nem se pensa. josé ramos e ramos

grande reportagem "O Juiz" RTP Linha da Frente link:
https://youtu.be/ZR6wNLp1s6c?si=dsE1R6lZeZkiaz7j

Socrates "o mártir"
O advogado Pedro Delille renunciou à defesa de José Sócrates declarando: "repudio e recuso participar e validar, mais um minuto, neste simulacro de julgamento, neste julgamento a brincar".
Mais de 11 anos de investigação e de processo judicial fazem de José Sócrates um mártir do sistema judicial português.
O "menino de ouro" do PS foi acusado pelo juiz Carlos Alexandre - que na reportagem da RTP "O Juiz" (Linha da Frente, 30 minutos) confessou ter sido ameaçado no início da sua carreira no TICÃO, por alguém dizendo: "meta-se com pessoas do seu tamanho (ele é baixo) se quer ter o seu ordenado ao fim do mês"
Quem é a mão por detrás do arbusto da Justiça, que ameaça um juiz que depois manda prender um ex-primeiro ministro?
E afinal que trapalhada foi o erro do computador na atribuição do processo a Ivo Rosa. E porque razão o juiz Carlos Alexandre faltou nesse dia ao sorteio. O "tinha de ser, então foi" do Juiz Carlos Alexandre (na reportagem de TV acima citada) levanta ainda mais dúvidas. E agora sabe-se que Ivo Rosa foi investigado por 3 anos que o próprio está a ser impedido de consultar o seu processo.
Justiça tem de ir a votos do Povo. Tal como acontece com a Assembleia da República e o Presidente da República.
O resto é conversa.
Em Lisboa
Um dos maiores palácios da Europa está abandonado

A página da internet GG Photography revela-nos o abandono do histórico Palácio Burnay, em Lisboa, através do olhar certeiro de Gonçalo Gouveia. Ao longo dos últimos anos este técnico de informática tem divulgado, no urbex, dezenas de importantes locais abandonados na Europa
O imóvel em causa, localizado na zona da Junqueira, em Lisboa, assistiu ao longo dos últimos três séculos a acontecimentos marcantes.
O seu mais célebre detentor foi o Conde de Burnay, banqueiro, empresário e político, que o adquiriu, restaurou e decorou com inúmeras preciosidades. Ao longo de 25 anos, de 1883 a 1909, o aristocrata comprou, essencialmente em França, pinturas, esculturas, cerâmicas, têxteis, mobiliários e ourivesaria. A sua morte, em 1909, e a da mulher, em 1924, provocaram complexas partilhas entre filhos e netos.
O Estado não autorizou o leilão da sua colecção em Londres ou em Paris. A família, descontente, viu-se obrigada a leiloar o acervo em 1936. Foi um grande evento que atraiu inúmeros marchands e colecionadores da Europa, engalanando durante meses a fachada da leiloeira. No interior, multidões pagaram bilhetes para observar o palácio e as colecções, como era hábito na época.Foi um dos maiores eventos do género realizados em Portugal, apenas comparável ao das colecções do Marquês da Foz e do Conde Daupiaz.
Santo Agostinho de Pierro della Francesca
O governo português concedeu então a verba de 2.165 contos (o equivalente a 5 milhões de euros) para adquirir as principais obras de arte. O Estado optou por 100 lotes, perante a desilusão de antiquários e colecionadores, que distribuiu por museus e palácios nacionais. Entre as obras cimeiras encontram-se o painel de Santo Agostinho, obra-prima de Pierro della Francesca. Nos móveis destaca-se um raríssimo contador indo-português de influência mogol, séculos XVI XVII.
Nos têxteis evidenciam-se diversas colchas indo-portuguesas, chinesas e de Castelo Branco, tapetes persas de Herat e tapeçarias flamengas. Muitas destas obras integram a exposição permanente do Museu de Arte Antiga. Após o leilão, o Palácio Burnay ficou desabitado e vazio até que o Conde o adquiriu empreendendo obras

https://youtu.be/COmYSfmze4o?si=IdbaAHGKSFSGPyS2
dirigidas por Nicola Bigaglia. As salas foram engrandecidas com estuques de Rodrigues Pitam, tendo a escadaria sido inspirada no Palácio de Buckingham. Os tectos e as paredes foram pintados por Ordoñez e José Malhoa.
O Palácio Burnay está nos nossos dias ao abandono. Nas últimas décadas albergou o Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas e o Instituto de Investigação Científica e Tropical. A antiga Sala de Jantar ostenta um magnífico tecto naturalista de Malhoa sobre estuque; a Sala de Baile apresenta um tecto de estuque com meninos a tocar instrumentos musicais e, nas paredes, telas naturalista de Ordonez - entretanto roubadas.
Os jardins perderam a imponência de outros tempos, bem como a antiga estufa, em declínio. Na sua decadência adivinha-se uma grandeza rara entre nós, sendo actualmente um dos maiores palácios abandonados da Europa, apenas comparável ao Castelo dos Marqueses de Fayolle, em França.
TEATRO EM CASA
com La Féria

Filipe La Féria assinala o 120º aniversário de Antoine de Saint-Éxupery levando até casa do público o espetáculo "O Principezinho - O Musical", em formato digital.
Numa versão musical Filipe La Féria criou um espetáculo para toda a família aliando a poesia, o imaginário as imagens de Saint-Exupéry e a mais recente tecnologia de vídeo na construção de atmosferas surpreendentes da magia através da sensibilidade e a filosofia do autor, com personagens plenas de simbolismos: a Raposa, a Flor, o Rei, o Homem de Negócios, o Vaidoso Solitário, a Serpente entre outros.
O Principezinho vivia sozinho num pequeno planeta com três vulcões. No planeta havia uma formosa flor de grande beleza mas muito vaidosa. Foi a vaidade da rosa que fez entristecer o Principezinho e o levou a começar uma viagem que o trouxe ao planeta Terra onde encontrou diversas personagens a partir das quais conseguiu descobrir o segredo do que é realmente importante na vida.
TRAQUEM O POVO EM CASA
A ideia parece excelente, mas continua a colar o Povo ao sofá, em vez de a malta ir ao Teatro, e falar, e apanhar o Metro, e aplaudir os actores felizes.
A Lisboa é do tamanho de Cascais a Vila Franca, de Bucelas a Palmela. Não há transporte colectivo que resista e Teatro que sobreviva. O automóvel e a construção "à la carte" descontinuaram a cidade. Ver o Principezinho no computador custa 7 euros. Coisa barata que um dia há-de sair cara. jrr
Portugal tem a melhor colecção de arte angolana


A melhor colecção do mundo de arte angolana, composta por centenas de peças, encontra-se há muito no nosso País, guardada no Museu Nacional de Etnologia, em Lisboa, resultando de aquisições, transferências e ofertas efectuadas a partir de 1947.
A oportunidade da sua revelação internacional ocorreu através da exposição "Escultura Angolana-Memorial de Culturas", organizada em 1994 no âmbito das actividades de Lisboa - Capital Europeia da Cultura. O evento, composto por 250 espécies, teve uma enorme repercussão mundial e uma invulgar aderência de visitantes. Como consequência, o Museu de Etnologia passou a ser frequentado por inúmeros especialistas em arte africana, surpreendidos pela raridade, qualidade e diversidade do seu acervo.
O interesse despertado levou à organização da retrospectiva intitulada "Na Presença dos Espíritos" que foi apresentada nos Estados Undos, sucessivamente no Museum for African Art de Nova Iorque, no Flint Institution of Arts do Michigan, no Smithsonian Institte de Washington e, por fim, no Birmingham Museum de Alabama.
As exposições revelaram, segundo o seu comissário Frank Herreman, "as variadas facetas da herança africana que não cessam nunca de nos surpreender e maravilhar".
Através do espólio de Lisboa podemos percorrer as vivências, os rituais e as tradições de todas as etnias angolanas. Nelas destacam-se as esculturas dos deuses locais, as máscaras usadas em cerimónias sagradas, os bancos como tronos dos reis, os bastões dos chefes tribais, as estelas funerárias e os objectos de uso quotidiano como ornamentos, cachimbos e pentes.
Para os especialistas internacionais, o espólio do museu português é superior ao existente no Museu do Homem de Paris, considerado um dos maiores centros de estudo da civilização africana. António Brás
Ó graciosa mete a terceira


De tão agradecido aos que me tomam por alegre chega a hora de confessar-me como alegórico, que sempre desfilei avenida acima em fado popular.
E o que das graças furtei à falta de piada só a mim diz respeito e concerne, em alergia fugidia de calão de calões. Estou com
quem se lembra e compara. Com quem sabe da lição de ter esquecido. Com os que nem em píncel ou à brocha se estão nas tintas de não ser entendidos à primeira.
Ou à segunda. Ou como dizem os amigos açorianos 'ó graciosa, mete a terceira'. Que como um tonto mal achado no baldio sou um ilhéu que ainda se pergunta para que lado fica o mar.


JB: o fim das garagens
Já não é necessário ter uma garagem para fundar uma gigante tecnológica com a Apple, a Microsoft ou até a Amazon. Basta ter um quarto como aconteceu Mark Zuckerberg do Facebook.
A narrativa das multinacionais americanas obrigava à idade de 18 anos, ao convite a vários amigos descrentes e ao arrendamento de uma garagem isolada da habitação. E zás! Num ano já existia uma muralha de computadores de 300 km por 3 metros de altura. Tudo muito simples.
Musk quebrou essa narrativa. É emigrante da Africa do Sul. Mark Zuckerberg preferiu colocar no currículo um quarto.
E depois? Em meia dúzia de anos sentam-se todos à mesa do presidente americano de serviço. Quer grandes histórias. jb
Música em Queluz





o que a infância pedia às andorinhas - Natália Correia





Actualização Edição de 10 a 16 Novembro 2025 sujeita a actualizações diárias
Portugal financia América de Trump e Israel

O anúncio é feito no site do governo, leia-se no seguinte link: https://www.portugal.gov.pt/pt/gc25/comunicacao/noticia?i=portugal-vai-investir-60-milhoes-na-compra-de-armamento-para-a-ucrania
O anúncio foi feito pelo ministro Nuno Melo no final da reunião do Grupo de Contacto para a Defesa da Ucrânia que se seguiu à reunião ministerial da NATO, em Bruxelas, na Bélgica.
A Europa tem uma pujante indústria aeronáutica, a Airbus, mas Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia continua a menorizar a economia europeia, com o apoio de António Costa, presidente do Conselho Europeu.
Os portugueses vão financiar a economia norte-americana de Trump com 50 milhões de euros, para armamento para a Ucrânia, sem qualquer comprovativo sobre a real utilização dessa verba.
Os Países Baixos já entregaram 4 mil milhões de euros aos EUA para pagarem alegadamente as armas que os americanos fabricarão para a defesa da Ucrânia, numa guerra sem fim, onde todos os dias a Russia está a conquistar mais território.
O anúncio é feito no site do governo, leia-se no seguinte link: https://www.portugal.gov.pt/pt/gc25/comunicacao/noticia?i=portugal-vai-investir-60-milhoes-na-compra-de-armamento-para-a-ucrania
Portugal vai oferecer no total 221 milhões de euros sem qualquer garantia dos EUA.
Este plano está em linha com o célebre Plano Marshall que atrofiou a indistria de armamento europeu após a segunda guerra mundial. Acresce o facto dos EUA estarem a retirar forças militares da Europa e transferi-las para a zona do Pacífico. jrr
Portugal não só financia o emprego e injecta dinheiro na economia americana de Trump, com também em Israel. Os EUA já investiram 18,6 mil ME de ajuda militar a Israel desde início da invasão de Gaza. De forma clara, os portugueses financiam também Israel na invasão e genocídio em Gaza e na Cisjordânia

Morre-se por falta de amor

Continuamos, hoje, a morrer de amor, de falta dele, a matar por ele como nas novelas românticas do século XIX, lembrava-o Almerindo Lessa, destacado gerontologista português .
O nosso povo é sentimentalmente roxo, a cor do ciúme, da paixão, do desdobramento afectivo. A maior parte de nós tem um amor a que se dedica sensualmente e outro a que se dedica espiritualmente, que quase nunca coincidem. Apesar de divididos, é-nos muito agudo o sentido de posse. A pior coisa para nós é a falta de felicidade. Se não nos sentirmos retribuídos, podemos falecer de angústia.
Daí os idosos choram muito, emocionam-se muito, sofrem muitíssimo com a falta de carinho e com o isolamento. Os quintos andares das grandes cidades estão cheios de velhos esquecidos. Lisboa é um terceiro mundo ao domicílio. Eles sentem-se seres despedidos pela sociedade, pela família, sentem-se inaproveitados, rejeitados, desintegrados economicamente, politicamente, eroticamente. Dizer que não amam, não necessitam de afagos é uma enormidade.
O problema do amor não está tanto na sua afirmação, mas na sua atracção, ou não, na sua reciprocidade, ou não.
A não correspondência nele, na amizade, na lealdade é um drama do ser humano, agudizado por invejas, rejeições, violências; ora comemos com beijos o objecto desejado, ora o imolamos, nos imolamos por ele. Extremadas, as paixões provocam distúrbios físicos, destruições psicológicas, doenças, suicídios, assassínios, massacres, guerras. Jamais se deve entregar a outros a decisão da nossa felicidade.

A maior parte dos crimes de morte ocorridos no País são de natureza passional. O agudizar da violência doméstica, do assassínio de mulheres pelos companheiros, de pais pelos filhos, por exemplo, traduz tremendas faltas de amor.
As instituições existentes não estão preparadas para lidar com idosos, com rejeitados, com solitários, com deficientes, a evolução tecnológica andou mais depressa do que a evolução das mentalidades, cada vez se torna mais urgente uma ecologia da rejeição. Agustina Bessa-Luiz, inesquecível Sibila, repetia que temos a cultura da afectuosidade como outros povos têm a do dinheiro, a do poder, a da tecnologia, insistindo no dize-lo por estarmos em risco de perdê-la – para tragédia nossa.

Horror em Itália
jornalista Gavazzeni denuncia
ricos caçam crianças a tiro
A Itália acordou em choque, homens ricos mataram crianças por "desporto" a tiro nas ruas da cidade europeia Sarajevo da Bósnia.
A denúncia foi feita pelo jornalista e escritor Ezio Gavazzeni e já tinha sido abordada pelo cineasta Miran Zupanič. Estes horríveis factos remontam aos anos de 1992 a 1996 na Guerra da Bósnia, quando os sérvios cercaram a cidade de Sarajevo por 4 anos.
A procuradoria de Milão está a investigar cidadãos italianos, de que se desconhece a identidade, por suspeitas de oferecer muitos milhares de euros às milícias sérvias em redor de Sarajevo para poderem disparar sobre os habitantes da capital bósnia. Matar uma criança custava mais que matar um adulto.
Em 2022, o cineasta esloveno Miran Zupanic publicou o documentário "Sarajevo Safari" onde descreveu o turismo de caça humana na Bósnia. Estrangeiros pagavam fortunas para disparar contra civis.
A investigação italiana está a ser liderada por Alessandro Gobbi, com base da denúncia do escritor Ezio Gavazzeni e de um relatório enviado à antiga presidente de câmara de Sarajevo, Benjamina Karić.

Avenida dos Franco-Atiradores é uma avenida central de Sarajevo, perto do rio Miljacka. Durante a Guerra da Bósnia (1992-1996), foi local de atiradores sérvios que dispararam sobre qualquer pessoa, tanto civil como militar. A avenida liga a zona industrial ao centro histórico da cidade. A primeira vítima de uma grande série foi Suada Dilberovic, uma jovem estudante.
Neste zona, todos os edifícios têm marcas de díspares de espingarda, armas semiautomáticas e automáticas. A avenida estava obstruída por contentores de mercadorias, automóveis, autocarros e eléctricos queimados que impediam a circulação, obrigando a um serpentear.
As únicas formas de atravessar esta zona era esperar pelos blindados das Nações Unidas usando-os como escudos. De acordo com um relatório de 1995, os franco atiradores alvejaram 1.030 pessoas, atingindo mortalmente 225.


Quem é o jornalista Ezio Gavazzeni
Os dados sobre Ezio Gavazzeni são escassos. Na Amazon rfere-se que é natural de Milão, colaborou com numerosos editores e agências como copywriter e editor.
Entrou na escola de Scrittura del CAM, Comune di Milano e poi della Soci COOP. Presidiu o prémio Giallo Independente.
Com a cancela Eclissi publicou Motel 309, Il Tempo non Dimentica e Rosso Notte, tendo como protagonista o investigador privado Manlio Rune.
Raquel Varela
vale mais que uma TV

Podemos concordar ou não com Raquel Varela. Mas Raquel vale mais que um canal de Televisão. É eloquente, expressiva e consistente. Ultrapassa de longe Mortágua, famosa a partir das audiências a José Berardo, que quis transformar a Assembleia da República num circo.
A dispensa de Raquel pela RTP foi um erro de Vitor Gonçalves que cedeu, como cedeu na entrevista a Mário Centeno, na questão das ligações familiares.
Raquel Varela é, às vezes, boa demais, na capacidade de dizer muito em poucos segundos e estabelecer ligações julgadas improváveis.
Raquel é uma mulher muito poderosa. Oxalá os pequenos (até os mais insuspeitos) não a transformem agora numa Gulliver, amarrada de pés e mãos nas areias. A.Breda
Portugal tem a melhor colecção de arte angolana
A melhor colecção do mundo de arte angolana, composta por centenas de peças, encontra-se há muito no nosso País, guardada no Museu Nacional de Etnologia, em Lisboa, resultando de aquisições, transferências e ofertas efectuadas a partir de 1947.


A oportunidade da sua revelação internacional ocorreu através da exposição "Escultura Angolana-Memorial de Culturas", organizada em 1994 no âmbito das actividades de Lisboa - Capital Europeia da Cultura. O evento, composto por 250 espécies, teve uma enorme repercussão mundial e uma invulgar aderência de visitantes. Como consequência, o Museu de Etnologia passou a ser frequentado por inúmeros especialistas em arte africana, surpreendidos pela raridade, qualidade e diversidade do seu acervo.
O interesse despertado levou à organização da retrospectiva intitulada "Na Presença dos Espíritos" que foi apresentada nos Estados Undos, sucessivamente no Museum for African Art de Nova Iorque, no Flint Institution of Arts do Michigan, no Smithsonian Institte de Washington e, por fim, no Birmingham Museum de Alabama.
As exposições revelaram, segundo o seu comissário Frank Herreman, "as variadas facetas da herança africana que não cessam nunca de nos surpreender e maravilhar".
Através do espólio de Lisboa podemos percorrer as vivências, os rituais e as tradições de todas as etnias angolanas. Nelas destacam-se as esculturas dos deuses locais, as máscaras usadas em cerimónias sagradas, os bancos como tronos dos reis, os bastões dos chefes tribais, as estelas funerárias e os objectos de uso quotidiano como ornamentos, cachimbos e pentes.
Para os especialistas internacionais, o espólio do museu português é superior ao existente no Museu do Homem de Paris, considerado um dos maiores centros de estudo da civilização africana. António Brás
casa com uma mulher rica


A comprar a trindade de enchidos no estaminé do querido Manuel Andrade ao mercado da Parede e a abster-me de levar almôndegas em vez disso.
Que me deu o súbito arrepio de lembrar quando antes do acne anunciei ao senhor meu pai que tinha namorada. Ao que ele aconselhava: 'casa com uma mulher rica ou que tenha um pai que tenha um talho'. Bochechices...



Uma viagem pelo cinema com a Orquestra Sinfónica Portuguesa, num concerto que reúne bandas sonoras de filmes memoráveis.
Era uma vez na América revela memórias de amizade e traição, carregadas de melancolia; em Vertigo, cada nota pulsa com tensão e desejo; Oito e Meio transporta-nos para um universo onde realidade e fantasia se confundem;
África Minha pinta a vastidão da savana com otimismo e dúvida, West Side Story invoca ritmos latinos e de jazz para contar uma história de amor e tragédia e Guerra das Estrelas ergue-se em temas heróicos e aventuras épicas.

A primeira página
Mia Couto o biólogo que ama gatos

É a primeira página de "O Último Voo do Flamingo de Mia Couto. As primeiras páginas são o "arranque" de qualquer livro. E definem a prosa e o sentido da obra
Mia Couto é um escritor importante de língua portuguesa, muito popular, seguido por mais de 600 mil pessoas na sua página na internet. A primeira página foi retirada de um Kobo

Entrevista ao Canal Daniella Zupo
Mia Couto nasceu e estudou na Beira, Moçambique. Adotou o pseudónimo de Mia Couto porque tinha uma paixão por gatos. Abandonou medicina no 3º para ser jornalista depois do 25 de Abril de 1974. Trabalhou na Tribuna até à destruição das suas instalações em setembro de 1975, por colonos que se opunham à independência.
Foi diretor da Agência de Informação de Moçambique (AIM), diretor da revista Tempo até 1981 e jornalista no Notícias até 1985. Nesse ano continuou os estudos universitários em biologia.
É o escritor moçambicano mais traduzido. Terra Sonâmbula foi o seu primeiro romance, 1992, Em de Novembro de 1998 foi feito Comendador da Ordem Militar de Santiago da Espada. É fundador de uma empresa de estudos ambientais onde trabalha.
Em 2013,recebeu o Prémio Camões, entregue pelos presidentes de Portugal, Cavaco Silva, e do Brasil, Dilma Rousseff. Em junho de 2022, recebeu o título de Doutor honoris causa da Universidade Estadual Paulista.Em setembro de 2024, venceu o prémio da Feira Internacional do Livro (FIL) de Guadalajara de Literatura em Línguas Românicas.
https://youtu.be/Smbwyqwyyes?si=IpJEfu5JoMzTYHJ
O genocídio da Palestina
O recente "Acordo de Paz" de Trump não produziu efeitos. O mesmo acontece com o reconhecimento do Estado Palestino por inúmeros países, entre eles Portugal, Espanha, França, Bélgica ou Suécia.
https://youtu.be/b3lDQHIpl_w?si=1CVI4baKLGpnZzD5
Jacob", deixando de fora o direito dos filhos de Ismael, usando uma linguagem messeânica. Israel continua a expandir os colonatos na Cisjordânia e a bombardear Gaza. A curto prazo a Palestina será um Estado virtual. jrr

O bom humor não preço



https://sicnoticias.pt/pais/2025-09-29-video-deputada-do-chega-nao-esta-arrependida-f73ca389
Mentiu, foi condenada
mas não se arrepende
Um muro no estômago de Rita Matias
Um poucas palavras Rita Matias mentiu na lista dos nomes do miudos dos povos do oriente. Afinal retirou a lista da internet sem confirmar. O tribunal condenou-a maas ela não revela a sentença. E diz que não está arrependida.
Tanto quanto se sabe terá de pagar uma indemnização de... 500 euros a um pai de uma criança que apresentou queixa.
Se não pararmos, com penas pesadas, esta gente (filha de goeses que vocifera na Assembleia da República contra o excesso de imigrantes).... eles irão parar o Estado de Direito Democrático em que vivemos há 50 anos. jrr

Rita Matias: goesa à portuguesa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Rita_Matias
A deputada Rita Matias aponta a espada aos imigrantes mas afinal é filha de indianos, mas da Índia portuguesa, ressalva (lê-se no seu perfil na Wikipédia https://pt.wikipedia.org/wiki/Rita_Matias):
"Neta de uma moçambicana de origem Goesa, filha de um casal católico natural de Goa no território da Índia Portuguesa, que emigrou para Moçambique durante o período colonial. Após a descolonização de África, a avó materna fixou-se em Portugal, trazendo consigo esta componente luso-asiática da linhagem familiar. Esta ascendência, amplamente apontada em fóruns públicos, traduz uma herança luso‑indiana e africana por via materna." Dois quilómetros ao lado (em Belgaum, Hubli ou Kadwad) e era filha da Índia indiana. E viva o Benfica!. jrr

JB: a pior altura para morrer
Balsemão morreu na pior altura, sem deixar uma solução para o assustador declínio do jornal Expresso, fundamental para a Democracia portuguesa. Os jornais fazem tanta falta como o pão de cada dia.
O Expresso caiu desde 2011. Dos 140 mil exemplares está agora em 35 mil. Um valor insuficiente para pagar água, luz e vencimentos de jornalistas. Mais de 60 por cento do preço de capa é consumido de imediato pela Impressão e distribuição. E publicidade já não há.
Balsemão já tinha entregue um império de títulos a Luís Delgado, que também não os consegui aguentar. Em Balsemão residia a esperança de inventar um novo modelo de negócio que salvasse a Imprensa.
Sem Imprensa não há liberdade e morre a Democracia.
Restará o Facebook. Mas o Face é como um pai tirar um dente de leite a um filho e depois gabar-se de ser dentista. E Estamos nisto. Pior que a crise na Imprensa, só a crise climática. jb
Cartoonistas de olho em Trump






MIGUEL TORGA: "ELA NASCEU PÓSTUMA"
Natália Correia foi desses seres que chegam adiantados no tempo, vindos do futuro para no-lo antecipar. Miguel Torga dizia que ela nasceu póstuma. A excepcionalidade de Natália Correia não lhe permitiu, por isso, caber nas normas, nas ideologias, nas culturas, nas religiões, nos sentimentos que a envolviam - e que logo ela extravasou, inovou.
Daí as incompreensões, os desajustamentos sofridos toda a vida. Incompreensões e desajustamentos motivados por um certo anedotário gerado à sua volta - de que ela foi co-responsável por poses, exotismos que a cracterizavam. Reconhecendo-o, afirmará "falar-se muito da minha personalidade, transformando-a num espectáculo para abafar a minha obra" FD

Edição de 17 a 23 Novembro 2025 sujeita a actualizações diárias
A tecnologia serve-se fria

A tecnologia está a tornar-se um sofá para preguiçosos. À distância de um clique e ela, em segundos, ajuda a resolver problemas que, de outra maneira, implicavam maçadas em investigação, em contactos, em deslocações, em burocracias e enfados afins.
O peso das enciclopédias e dicionários, o atabalhoamento dos recortes e arquivos, a falta de espaço, de tempo, de pachorra para a procura no papel, volatilizam-se em instantâneos passes de mágica - de passividade. Tabuadas, gramáticas, cálculos, leituras, pesquisas, raciocínios (uff!) estão a ficar, por fora de moda e de status, nos caixotes da inutilidade.
Dando-nos o privilégio de não ter de pensar (excessivamente), a tecnologia - não por culpa sua, mas de quem a manipula - evita-nos estados incómodos e inquietações transcendentes, isto é, dá-nos a felicidade de não necessitarmos de ser (muito) racionais, ou seja, excessivamente humanos.
O Instituto Nacional de Saúde da França acaba de, a propósito, divulgar estarem já muitos jovens a revelar-se, por influência das tecnologias, "menos inteligentes do que as gerações anteriores", fenómeno "nunca ocorrido na história da humanidade", ou seja, desde as cavernas até hoje, desde Adão até Trump.
A dependência que eles criam das redes sociais torna-os intelectualmente, afectivamente mais amorfos, com capacidades diminuídas de evolução, de afirmação.A visão que revelam das coisas é esquizofrénica devido ao bombardeamento de imagens, o seu zapping provoca devastações no equilíbrio mental, pois o cérebro não
consegue integrar as informações recebidas, provocando-lhes alheamentos geradores de comportamos como os dos analfabetos, isto é, o interpretar o que se vê sem compreender.
Confunde-se a realidade com a ficção, numa espécie de alucinação que provoca o que se chama ´pele de elefante`, o endurecimento da sensibilidade com consequências nos relacionamentos pessoais. Estudos do MIT anotam que o ChatGPT, por exemplo, torna o cérebro mais preguiçoso pois baixa a nossa envolvência no que fazemos, bem como a nossa capacidade crítica e criativa.
"Somos mais rápidos 60 por cento no que fazemos, mas com menos 30 por cento de intervenção mental e de utilização da memória. Os mais atingidos são os filhos de classes dominantes - precisamente os que irão ocupar funções decisoras na política, na economia, na cultura, na vida pública, levando sociólogos a dizer que a pior estupidez não é a dos (subalternizados) ignorantes mas a dos (pretensiosos) intelectuais - uma estupidez contente, arrogante, elegante.
Indivíduos que retiram espaço aos das classes desfavorecidas, não por serem mais inteligentes e criativos, mas por deterem o controle da ascensão social.
A Inteligência Artificial tem a vantagem de, afiançam os seus defensores, desconhecer esse fosso. O ideal será actuar-se com as nossas próprias capacidades e, em complemento, utilizar a IA. Como em quase tudo, a disfunção não está nela, IA, mas na maneira como é utilizada. A tecnologia serve-se fria


"Algo positivo que tenho é que não gosto de ler" - Cristiano Ronaldo
Nasceu um Ronaldo diferente
Ronaldo valia mais que Trump, mas agora deixou de ser um ídolo e tornou-se num político simples...por amor aos futuros mais-milhões, creio.
Mudou de pele, acontece em todas as seitas, fraternidades e compromissos, morre-se para a vida anterior e renasce-se por baptismo, quando se ambiciona uma vida melhor, neste caso muito mais dinheiro, creio.
Ronaldo deixou de ser o Ronaldo de muitos e passou a ser o amigalhaço de Trump, já se adivinhava quando arrecadou 500 milhões da Arábia Saudita.
O futebol é um escândalo de 11 milionários a jogar contra 11 milionários, muitas vezes apenas aspirantes.
Foi-se o "miúdo" das esmolitas de vez em quando, mas felizmente já não teremos outro futebolista no Panteão dos nossos heróis.
A J Breda

António Costa neste papel, depois de 7 anos de governos de maioria absoluta de Esquerda
Cristiano Ronaldo foi recebido na Casa Branca porque é admirador confesso Trump! Enfim! E porque vem aí a Copa de 2026 no México, Canadá e EUA, pois! E também porque, em 2034, será a vez da Copa na Arábia Saudita. Tlim!
Cristiano Ronaldo tornou-se numa nova Nossa Senhora de Fátima do Portugal que mergulha todos os fins-de-semana na bebedeira do futebol, acompanhada por uma "mini".
Há 50 anos o futebol era o ópio do povo.
Num rápido voo de pássaro, pusemos um futebolista no Panteão Nacional, deixámos este rapaz atirar o microfone do Correio da Manhã TV para um lago (sem qualquer justificação) e empurrar o director de Informação da RTP, Paulo Dentinho, para a demissão (por causa de um post no facebook). Ronaldo é agora dono do Correio da Manhã e já fala de política internacional. E ninguém ri? Ninguém fala dos insondáveis negócios milionários do futebol? Tlim! A.Breda
Cumplicidades inesperadas

Ficou célebre este beijo, que não era habitual no Ocidente. Estávamos nos anos da Guerra Fria com uma "cortina de ferro" entre a parte Leste e Oeste da Europa. A Alemanha conseguira começar a unificar-se apenas em 1867, quando é criada a Liga do Norte da Alemanha. Mas 1945, a Alemanha de então ficou dividida ao meio, por causa da 2ª Grande Guerra Mundial.
Na década de 60 do Séc. XX. O beijo entre dirigentes comunistas expressava grande e inesperada solidariedade ideológica contra o Ocidente. Era uma espécie de selo que ficou conhecido "por estar de beijo na boca". Esdta expressão ainda hoje é famosas.
Hoje este beijo terá caído em desuso ou talvez não, porque continuam a surgir inesperadas confluências de interesses.
Dmitri Vrubel, autor do graffiti que retrata o icónico beijo entre Leonidas Brezhnev e Erich Honecker morreu na sequência do Covid-19
O artista russo Dmitri Vrubel criou em 1990 o graffiti mais famoso do Muro de Berlim, durante a dissolução da antiga Alemanha Oriental
A obra é um dos pontos mais fotografados da capital alemã e retrata um beijo entre o líderes da União Soviética, Leonidas Brezhnev, e o último chefe de Estado da da República Democrática Alemã, Erich Honecker.
Numa parte do que ainda restava do Muro de Berlim, conhecida como East Side Gallery, no lado oriental do muro já parcialmente derrubado, Vrubel pintou o seu mais famoso graffiti — e que se viria a tornar um dos pontos mais visitados e fotografados da capital alemã.
Inspirada numa fotografia de Régis Bossu
O graffiti, que mostra Brezhnev e Honecker a beijar-se na boca, é acompanhado de uma legenda escrita em alemão e russo: ""Meu Deus, ajuda-me a sobreviver a este amor mortíferol". A imagem foi inspirada numa fotografia de Régis Bossu que mostra os dois líderes comunistas na comemoração dos 30 anos da RDA, em 1979.
https://youtu.be/AGQw01AL0Bo?si=DEzkB9Ae5kq8df9j

Na Barraca até dia 23 de Novembro
Uma mulher tenta escrever uma carta para alguém do passado. À medida que escreve, reescreve e apaga, a mesa transforma-se num espaço de hesitação e confissões. As cartas deixam de ser uma simples tentativa de comunicação para se transformarem num monólogo - um espelho do que ela é. A escrita e a análise tornam-se não apenas num exercício intelectual, mas numa forma de se aproximar de si mesma.
Texto e Encenação | Raquel Ferradosa Interpretação | Andreia Bento Assistência de encenação | Maria Romana Desenho de luz | Rafael Balão Vídeos promocionais | Rui Paulo Silva Vídeos documentais | Afonso Stichini Direcção de produção | Raquel Ferradosa Produção executiva | Rafael Balão, Rodrigo Amor Fotografias de ensaio | João Pedro Santos
Tel: 213 965 360, 924 460 664, 968 792 495 e-mail: bilheteira@abarraca.pt
e-mail: bilheteira@abarraca.pt
Horror em Itália
jornalista Gavazzeni denuncia
ricos caçam crianças a tiro
A Itália acordou em choque, homens ricos mataram crianças por "desporto" a tiro nas ruas da cidade europeia Sarajevo da Bósnia.
A denúncia foi feita pelo jornalista e escritor Ezio Gavazzeni e já tinha sido abordada pelo cineasta Miran Zupanič. Estes horríveis factos remontam aos anos de 1992 a 1996 na Guerra da Bósnia, quando os sérvios cercaram a cidade de Sarajevo por 4 anos.
A procuradoria de Milão está a investigar cidadãos italianos, de que se desconhece a identidade, por suspeitas de oferecer muitos milhares de euros às milícias sérvias em redor de Sarajevo para poderem disparar sobre os habitantes da capital bósnia. Matar uma criança custava mais que matar um adulto.
Em 2022, o cineasta esloveno Miran Zupanic publicou o documentário "Sarajevo Safari" onde descreveu o turismo de caça humana na Bósnia. Estrangeiros pagavam fortunas para disparar contra civis.
A investigação italiana está a ser liderada por Alessandro Gobbi, com base da denúncia do escritor Ezio Gavazzeni e de um relatório enviado à antiga presidente de câmara de Sarajevo, Benjamina Karić.

Avenida dos Franco-Atiradores é uma avenida central de Sarajevo, perto do rio Miljacka. Durante a Guerra da Bósnia (1992-1996), foi local de atiradores sérvios que dispararam sobre qualquer pessoa, tanto civil como militar. A avenida liga a zona industrial ao centro histórico da cidade. A primeira vítima de uma grande série foi Suada Dilberovic, uma jovem estudante.
Neste zona, todos os edifícios têm marcas de díspares de espingarda, armas semiautomáticas e automáticas. A avenida estava obstruída por contentores de mercadorias, automóveis, autocarros e eléctricos queimados que impediam a circulação, obrigando a um serpentear.
As únicas formas de atravessar esta zona era esperar pelos blindados das Nações Unidas usando-os como escudos. De acordo com um relatório de 1995, os franco atiradores alvejaram 1.030 pessoas, atingindo mortalmente 225.


Quem é o jornalista Ezio Gavazzeni
Os dados sobre Ezio Gavazzeni são escassos. Na Amazon rfere-se que é natural de Milão, colaborou com numerosos editores e agências como copywriter e editor.
Entrou na escola de Scrittura del CAM, Comune di Milano e poi della Soci COOP. Presidiu o prémio Giallo Independente.
Com a cancela Eclissi publicou Motel 309, Il Tempo non Dimentica e Rosso Notte, tendo como protagonista o investigador privado Manlio Rune.
Vamos morrer a ligar para o SNS
com uma ministra que mente?


O que se faz a uma ministra da Saúde que mente? Leia-se o Expresso, na primeira página. Mente sem qualquer desmentido, passadas 2 semanas.
Eu acreditava no SNS como António Arnault o desenhou. Levei-o muitas vezes do GOL, de regresso, ao modesto hotel em que ficava, junto à Praça Marquês de Pombal.
E por tudo, horrorizei-me com as declarações racistas sobre a grávida da Guiné, feitas por uma ministra que afinal também nasceu mna Guiné... mas tem telemóvel (a outra infeliz não disse Ana Paula Martins).
Não sei suportamos uma farmacêutica a apoiar na TV o SNS-24-horas, aceitando sem rebuço ser apenas um call-center da Altice, com operadoras sem qualquer preparação clinica. Esta senhora quer matar-nos a todos. Já não são só as grávidas a ter filhos pelas estradas de Portugal. Esta senhora quer tornar o derrube da ditadura num mero golpe militar?
E assim morre o Estado Democrático de Direito, onde os incompetentes e trafulhas estavam proibidos de entrar no Conselho de Ministros (incluindo no tempo de Salazar).
josé ramos e ramos
Rita Matias, a palestiniana

Os poíticos mentirosos deviam ser afastados da Assembleia da República por motivos óbvios. Afinal Rita Matias é filha de pais goeses imigrantes mas, pasme-se, anda todos os dias de espada afiada contra imigrantes, culpando-os de crimes, sobrelotação do sistema de segurança social e receptação de subsídios... que não existem.
Várias foram também as criticas que Rita fez a Mortágua por apoiar o Estado Palestino. E afinal já foi apoiante convicta recente da causa palestiniana, usando até os lenços caracteristicos.
Rita Matias é uma mentirosa compulsiva que está a atear ódios com um partido apoiado por portugueses vendedores de armas de guerra e especuladores imobiliários. josé ramos e ramos
Portugal financia América de Trump e Israel

O anúncio é feito no site do governo, leia-se no seguinte link: https://www.portugal.gov.pt/pt/gc25/comunicacao/noticia?i=portugal-vai-investir-60-milhoes-na-compra-de-armamento-para-a-ucrania
O anúncio foi feito pelo ministro Nuno Melo no final da reunião do Grupo de Contacto para a Defesa da Ucrânia que se seguiu à reunião ministerial da NATO, em Bruxelas, na Bélgica.
A Europa tem uma pujante indústria aeronáutica, a Airbus, mas Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia continua a menorizar a economia europeia, com o apoio de António Costa, presidente do Conselho Europeu.
Os portugueses vão financiar a economia norte-americana de Trump com 50 milhões de euros, para armamento para a Ucrânia, sem qualquer comprovativo sobre a real utilização dessa verba.
Os Países Baixos já entregaram 4 mil milhões de euros aos EUA para pagarem alegadamente as armas que os americanos fabricarão para a defesa da Ucrânia, numa guerra sem fim, onde todos os dias a Russia está a conquistar mais território.
O anúncio é feito no site do governo, leia-se no seguinte link: https://www.portugal.gov.pt/pt/gc25/comunicacao/noticia?i=portugal-vai-investir-60-milhoes-na-compra-de-armamento-para-a-ucrania
Portugal vai oferecer no total 221 milhões de euros sem qualquer garantia dos EUA.
Este plano está em linha com o célebre Plano Marshall que atrofiou a indistria de armamento europeu após a segunda guerra mundial. Acresce o facto dos EUA estarem a retirar forças militares da Europa e transferi-las para a zona do Pacífico. jrr
Portugal não só financia o emprego e injecta dinheiro na economia americana de Trump, com também em Israel. Os EUA já investiram 18,6 mil ME de ajuda militar a Israel desde início da invasão de Gaza. De forma clara, os portugueses financiam também Israel na invasão e genocídio em Gaza e na Cisjordânia

Portugal tem a melhor colecção de arte angolana
A melhor colecção do mundo de arte angolana, composta por centenas de peças, encontra-se há muito no nosso País, guardada no Museu Nacional de Etnologia, em Lisboa, resultando de aquisições, transferências e ofertas efectuadas a partir de 1947.


A oportunidade da sua revelação internacional ocorreu através da exposição "Escultura Angolana-Memorial de Culturas", organizada em 1994 no âmbito das actividades de Lisboa - Capital Europeia da Cultura. O evento, composto por 250 espécies, teve uma enorme repercussão mundial e uma invulgar aderência de visitantes. Como consequência, o Museu de Etnologia passou a ser frequentado por inúmeros especialistas em arte africana, surpreendidos pela raridade, qualidade e diversidade do seu acervo.
O interesse despertado levou à organização da retrospectiva intitulada "Na Presença dos Espíritos" que foi apresentada nos Estados Undos, sucessivamente no Museum for African Art de Nova Iorque, no Flint Institution of Arts do Michigan, no Smithsonian Institte de Washington e, por fim, no Birmingham Museum de Alabama.
As exposições revelaram, segundo o seu comissário Frank Herreman, "as variadas facetas da herança africana que não cessam nunca de nos surpreender e maravilhar".
Através do espólio de Lisboa podemos percorrer as vivências, os rituais e as tradições de todas as etnias angolanas. Nelas destacam-se as esculturas dos deuses locais, as máscaras usadas em cerimónias sagradas, os bancos como tronos dos reis, os bastões dos chefes tribais, as estelas funerárias e os objectos de uso quotidiano como ornamentos, cachimbos e pentes.
Para os especialistas internacionais, o espólio do museu português é superior ao existente no Museu do Homem de Paris, considerado um dos maiores centros de estudo da civilização africana. António Brás



A primeira página
Mia Couto o biólogo que ama gatos

É a primeira página de "O Último Voo do Flamingo de Mia Couto. As primeiras páginas são o "arranque" de qualquer livro. E definem a prosa e o sentido da obra
Mia Couto é um escritor importante de língua portuguesa, muito popular, seguido por mais de 600 mil pessoas na sua página na internet. A primeira página foi retirada de um Kobo

Entrevista ao Canal Daniella Zupo
Mia Couto nasceu e estudou na Beira, Moçambique. Adotou o pseudónimo de Mia Couto porque tinha uma paixão por gatos. Abandonou medicina no 3º para ser jornalista depois do 25 de Abril de 1974. Trabalhou na Tribuna até à destruição das suas instalações em setembro de 1975, por colonos que se opunham à independência.
Foi diretor da Agência de Informação de Moçambique (AIM), diretor da revista Tempo até 1981 e jornalista no Notícias até 1985. Nesse ano continuou os estudos universitários em biologia.
É o escritor moçambicano mais traduzido. Terra Sonâmbula foi o seu primeiro romance, 1992, Em de Novembro de 1998 foi feito Comendador da Ordem Militar de Santiago da Espada. É fundador de uma empresa de estudos ambientais onde trabalha.
Em 2013,recebeu o Prémio Camões, entregue pelos presidentes de Portugal, Cavaco Silva, e do Brasil, Dilma Rousseff. Em junho de 2022, recebeu o título de Doutor honoris causa da Universidade Estadual Paulista.Em setembro de 2024, venceu o prémio da Feira Internacional do Livro (FIL) de Guadalajara de Literatura em Línguas Românicas.
Casal "adopta" 36 orfãos em Gaza
https://youtu.be/PGdE5B5HRQw?si=AOclK8bsWAlyg9dL
O genocídio da Palestina
https://youtu.be/z0UKe7tXZc8?si=rnNrNVaOeKXYWlsw
colonatos na Cisjordânia e a bombardear Gaza. A curto prazo a Palestina será um Estado virtual. jrr


O bom humor não preço


Cartoonistas de olho em Trump





A grande literatura pertence ao sagrado

A deste conto nunca contar.
Mas como ainda sou criança
Quero a mim própria embalar.
Estavam na praia três donzelas
Como três laranjas num pomar.
Nenhuma sabia para qual delas
Cantava o príncipe do mar.
Rosas fatais, as três donzelas
A mão de espuma as desfolhou.
Nenhum soube para qual delas
O príncipe do mar cantou.
O primeiro afloramento civilizacional que projectou Portugal além fronteiras, lembrava Fernando Pessoa, foi de natureza literária (poemas do Cancioneiro e crónicas de cavalaria), não militar, não comercial, não religiosa. Os nossos maiores génios, Camões e Pessoa, são poetas – universais.
A grande literatura pertence ao domínio do sagrado, não do super mercado, provocava outro génio, também poeta: Natália Correia.
F. D.


Edição 01 a 06 de Dezembro 2025 sujeita a actualizações diárias
Edição de 24 a 30 de Novembro 2025 sujeita a actualizações diárias
Eanes, a decência na política

Ramalho Eanes esteve para ser, em vez de Otelo Saraiva de Carvalho, o líder do 25 de Abril se, na altura, não se encontrasse no norte de Angola. Regressado a Lisboa é incumbido de presidir à Comissão ad hoc para a Imprensa, instituída a seguir ao derrube da Censura Prévia.
De início enfrenta generalizadas desconfianças dos jornalistas dada a rigidez da sua figura, o que levou alguns a tomá-lo por censor dos capitães. Será Natália Correia, pela sua perspicácia, das primeiras pessoas a desfazer publicamente tal equívoco.
Transita, pouco depois, para a presidência da RTP e chama Vitorino Nemésio, saneado por comunistas da estação, para retomar o "Se bem me lembro", popularíssimo programa do Professor. Promove a criação – porque Portugal precisava de rir – do duo Senhor Feliz e Senhor Contente. As intrigas à sua volta tornam-se, no entanto, de tal maneira abjectas que bate com a porta e sai. Vitorino Nemésio volta a ser saneado.
A Ramalho Eanes se deve, a partir daí, a estratégia que, consubstanciada no Documento dos Nove, gerou o 25 de Novembro de 1975, acção militar decisiva para a democracia no País. Com Vasco Lourenço, Melo Antunes, Loureiro dos Santos, Jaime Neves, Pézarat Correia e, sobretudo Costa Gomes, entre outros, evita a guerra civil. Ao faze-lo arriscou, se falhasse, ser preso e fuzilado.


Promovido a general, é eleito a 27 de Junho de 1976 chefe de Estado com 61,5 por cento de votos tornando-se, aos 41 anos, o mais jovem, mais grave, mais importante Presidente da República – mais importante, dadas as circunstâncias vigentes no pós Revolução de Abril.
De repente vê-se catapultado de oficial de Infantaria para presidente da República e presidente do Conselho da Revolução, liderando um País fracturado a braços com a perda do império, a integração dos (impropriamente chamados) retornados, a paralisia económica, as hostilidades do capitalismo e do comunismo nacionais e internacionais.

É hercúlea a acção que desenvolve: despartiriza as Forças Armadas, extingue o Conselho da Revolução, apoia a cultura, a justiça, a solidariedade, percebe a importância da lusofonia, a delicadeza da CEE e dos tratados internacionais.
Em Belém, a sua actuação surpreende pela austeridade, pelo rigor impostos. As refeições vêm da cantina do quartel da Ajuda, nos restaurantes paga a despesa do seu bolso, os carros oficiais só circulam em serviço, as deslocações de Estado são feitas em cargueiros da Força Aérea.
Por insuficiência de verbas vende um apartamento que a mulher, Manuela Eanes, tem na Caparica a fim de aguentar despesas da presidência.A sua postura leva-o a ser "olhado por alguns como um perigo, uma ameaça", palavras suas, e "detestado por outros por motivos pessoais, por antipatia, por preconceitos, porque eu a certa altura resolvi ajudar a fazer um partido político que era um pouco um anti partido".
Muitos são os que ou o idolatram ou o depreciam. Não recua, porém, mesmo que outros sejam afectados. "É verdade, deixei cair muitos amigos, pois tentei sempre que o exercício da função tivesse apenas a ver com os imperativos da função, não com as amizades, não com as relações familiares. Nunca tive na Presidência da República nenhum familiar meu. E alguns tinham habilitações e gosto em estar lá".
Os piores momentos da sua vida foram os que mediaram entre a entrada e a saída do PRD. "O poder é uma ficção", uma "encenação", comenta, "vivi um período em que tinha o poder formal mas não tinha o poder real , em 1980, antes de ser reeleito, quando os partidos e os políticos me hostilizaram."

António Ramalho Eanes é um homem de extrema afabilidade, disponibilidade para com os outros, as ideias, as situações dos outros: "É necessário que a solidariedade seja encarada de outra maneira. Se os desempregados, os excedentarizados não forem assistidos vamos ter aumentos de suicídios, de violências. Deixada a presidência, tira na Universidade de Navarra o curso de Filosofia de Acção Directiva, recusa o bastão de Marechal, não aceita receber um milhão e 300 mil euros que os tribunais lhe atribuem por sonegação de direitos de um governo socialista,
recusa 100 mil euros de um prémio de prestígio, escusa um convite para ingressar na Academia de Ciências de Lisboa bem como outas honrarias e homenagens. "Abril ofereceu as liberdades mas esqueceu-se de criar cidadão!", exclama.
"Se houvesse uma ameaça gravíssima que pusesse em perigo a sobrevivência de Portugal, quem era a figura moral em quem confiava para nos defender?", perguntava-se numa sondagem. Oitenta (80) por cento dos inquiridos respondeu: Ramalho Eanes.
Grande noite de Fado
no Convento da Graça
para restaurar Presépio com 300 anos
Aconteceu a 27 de Novembro, com notáveis tocadores e fadistas, entre os quais Sónia Soprano, numa organização de Cândida Evangelista e António Brás e restante membros da Igreja de Nossa Senhora do Monte.
A sala encheu por completo e a receita destina-se à recuperação do Presépio da Igreja de Nossa Senhora do Monte com 300 anos.
Cândida Evangelista -Capela Nossa Senhora do Monte, Graça
Numa das colinas de Lisboa localiza-se a Capela dedicada inicialmente a São Gens, lendário Bispo de Lisboa e, mais tarde, a Nossa Senhora do Monte. A Capela original do século IV, foi reedificada no século XII e XVI, mas ficou profundamente danificada pelo terramoto de 1755, sendo reconstruída pouco depois.
O templo tem uma nave única dentro da tipologia barroca. A capela-mor é dominada pelo altar em talha dourada, anterior ao terramoto, com características Joaninas, dedicado a Nossa Senhora do Monte, ladeada por imagens de São Gens e São Domingos.
.
por António Brás
Vai ser restaurado o presépio com mais de 300 anos da Capela de Nossa Senhora da Glória e São Gens, mais conhecida por Capela de Nossa Senhora do Monte.
Para ajudar no restauro decorre no próximo dia 27 de Novembro uma sessão de fados na Igreja da Graça, patrocinada pela revista Botequim, pt, com o objectivo de recolher os fundos necessários.
O Presépio é atribuido ao escultor António Ferreira e tem mais de 100 figuras, entre cenas da Bíblia e do quotidiano, dispostos em cinco planos. O resultado revela-se duma grandiosa encenação barroca plena de cor e luz.
As figuras são modeladas em barro cozido policromado, organizadas em cinco planos. Restauro será executado pelo especialista Andre Varela Remigio..
O presépio tem três metros de largura por dois de altura e dois metros de profundidade. A estrutura é em cortiça e madeira coberta de musgo, O seu realismo é impressionante.
Os elementos principais do presépio foram feitos por António Ferreira, os restantes, caso de homens, mulheres e elementos vegetais e arquitectónicos, são da autoria dos seus colaboradores., havendo ainda imagens mais recentes.
O Presépio revela-se completo, conseguindo representar os episódios mais importantes ligados ao nascimento de Jesus: a Natividade, Sagrada Família, Adoração dos Reis Magos, Adoração e Anunciação dos Pastores, Cortejo Régio e a Matança dos Inocentes.

Dos lados da capela-mor observam-se quatro painéis de azulejos barrocos, da Fábrica do Rato, representado a Anunciação, a Natividade, a Circuncisão e a Crucificação.
Os dois altares laterais, o do lado da Epístola, pouco profundo, é dedicado a Nossa Senhora de Fátima, enquanto o do Evangelho, sob a evocação do Senhor dos Enfermos, imagem que pertenceu ao Colégio de Santo Antão-o-Novo, hoje Hospital de São José, tem a forma de uma capela elevada. Em tempos esta imagem era objecto de grande devoção. Os tectos, em abobadilha, são cobertos a estuque com pintura ornamental monocromática.
A cadeira de São Gens, encontra-se no lado esquerdo da entrada, sendo célebre pelas romagens de Senhoras em Esperanças ou em Transe de Parto, incluindo a Rainha Dona Mariana Vitória, mulher de D. João V, data do século IV mas foi valorizada no século XVII com um espaldar em lioz e mármore, assemelhando-se quase a um trono, tem por parede azulejos seiscentistas de padrão de inspiração têxtil.

Cadeira de S. Gens onde a crença afirma ter poderes de ajuda nos partos



O adro da Capela de Nossa Senhora do Monte é um dos mais vastos miradouros de Lisboa, onde se desenvolve a cidade desde o Castelo, a Graça, o Monte, a Penha de França, o Tejo, Monsanto e o aeroporto, dando-nos uma deslumbrante vista panorâmica.
A capela de Nossa Senhora do Monte continua local de profunda fé. Às terças- feiras reza-se Missa às 19 horas, e ao domingo às 09h30, estando aberta diariamente das 14 âs 18 horas.
O Outono da nossa desilusão

É ignóbil. A proposta de paz para Ucrânia prova que a América de Trump equilibra a sua economia na promoção da guerra em aliança com a Rússia.
Trump nem compareceu ao encerramento da reunião do G20. Recorde-se, também não convidou a União Europeia quando da sua tomada de posse. Trump é pessoa rude, anti-social, autocrático e um perseguido pelo escândalo sexual Epstein.
As condições para a paz na Ucrânia são uma clara violação do Direito Internacional: aceitam a alteração de fronteiras pela força, a restrição da soberania de um país e a intromissão não admissível do seu funcionamento democrático.
Trump tem vindo a exigir à Europa o pagamento de 5 por cento do PIB de cada país para o pagamento das armas, que entregaria à Ucrânia. Mas para quê? E ainda assegurou as terras raras daquele país.
Vale recordar, Trump havia prometido acabar com a invasão da Ucrânia em apenas 24 horas, depois da sua posse.
A América de Trump já não é um aliado fiável da Europa. O melhor amigo da Europa é a União Europeia. Apenas. AJ Breda
O traço comum do abismo

Se o célebre cronista do Expresso (com podcast semanal) olhasse para o lado, quando caça..., veria um venturoso e um ministro sentados à mesa de um homem, que já se deu com Costa. A poucos metros. Para lá da cerca da herdade da Isabel.
O Estado é realmente um bom partido, sobretudo para os que enchem a boca a falar mal do Estado, mas que têm o Estado quase como único parceiro económico. Há 23 grandes famílias em Portugal peritas nisso, desde a monarquia.
A Visão e a Sábado já se fartaram de falar no assunto, de uma ou outra forma. É perigoso e o jornalismo está de esmolas.
Como dizia Ladeiro Monteiro, da CI* (angolana) e mais tarde do SI*, vem tudo escrito nos jornais. 95 por cento. Nem sequer é preciso andar a escutar telemóveis com o Pegasu*.
Vá lá Miguel! Uma ginginha e vamos falar de quem está a fornecer a pólvora para o foguetório que anda a queimar o País. VR

Quem tem um gato
tem tudo
Os gatos superam na importância as pessoas, que não aparecem, nem ligam, nem respondem.
Por causa disso, cá por casa não vedam as latinhas de Gromet. E o sabor de peixe está excluido, para não existirem dúvidas sobre a sua natureza humana, acho eu.
O gato é quem melhor nos conhece. Não pergunta, não cobra e compreende tudo. Há muitas teorias sobre o seu papel, energias e coisas assim. Mas eu contento-me com a omipresença.
Um dia li o "Cão Como Nós" de Manuel Alegre. Excelente. Também já tive duas Labradoras. Formidáveis! Mas não há melhor cão que um gato. Não nos larga. Felizmente.
Abençoado gato. jrr

"Cão Como Nós"
Manuel Alegre (n. 1936) é poeta, escritor e político, conhecido pela sua resistência contra a ditadura do Estado Novo, que o levou à prisão e ao exílio na Argélia. Após o 25 de Abril de 1974, regressou a Portugal, tornou-se um influente membro do Partido Socialista e desempenhou cargos como Vice-Presidente da Assembleia da República. A sua obra literária, com prémios como o Prémio Pessoa (1999) e o Prémio Camões (2017), aborda temas como a liberdade, a memória e o exílio.
O livro comovente
de Alegre
É um épagneul-breton a personagem principal do novo livro de Manuel Alegre. Com "manchas castanhas e uma espécie de estrela branca no meio da cabeça". Cão... como nós. Como nós, porque sabe da amizade (o cão é o melhor amigo do homem), da solidariedade, protege a criança, consola o dono, pressente a desgraça, 'chora' a morte. Mas também é altivo e irrequieto. Às vezes desobediente e exibicionista. Chama-se Kurika, e acompanhou o escritor e a sua família ao longo de anos. Aliás, ele 'é' parte da família, diz Manuel Alegre. Um livro alegre e comovente.
"...sendo sobre um cão, o livro é sobre os homens. Certos homens com um certo tipo de valores só aparentemente contraditórios: a liberdade e a fidelidade, a solidariedade, a independência, a altivez.
"(...) um belíssimo poema de amor de um homem a um cão. Como nós.
"(...) Por isso (a minha cadela, a gata) me tocou tanto este livro. E tenho a certeza que a tantos outros leitores, novos e velhos, pobres, ricos, remediados. Cada um a ver no Kuirika dos Alegre o seu Leão, o seu Tejo, o seu Farrusco, o seu Saikó, o seu Jimmy, a sua Mimi, a sua Ró-ró."
Adelino Gomes, Publico, Mil Folhas
"Na prosa desta pessoalíssima novela em forma de pequenas reflexões, Alegre consegue um equilíbrio perfeito entre um registo poético e humorístico. (...) Uma obra para ser lida por quem sabe de experiência própria. E porventura também pelos outros, já que não raras vezes... este cão fala por nós."
S.B.L., Visão da Wook
O bom humor não preço




como abutres benfazejos


o daniel na cova e sem os leões. finou-se ontem como se já não lhe interessasse todo o tempo do mundo. partilhámos mais trocadalhos que brindes de brancos maduros. ele acreditava que as pessoas de fé acreditavam
e nunca insistiu em estar mais perto do céu do que isso. penso nele ao raiar da jornada, tecto cinzento-escuro de núvens, andorinhas ao léu como abutres benfazejos. 'cada um é para o que morre', dizia sempre o daniel. e eu que cheguei a pensar que era piada... no face de JAM
Espectáculos a não perder:
Porto, Lisboa, Londres

TITUS no Teatro Carlos Alberto: releitura da tragédia de Shakespeare
Titus Andronicus foi a primeira tragédia escrita por William Shakespeare, marcada por uma violência extrema e um retrato grotesco do colapso da civilização. Na nova criação da companhia Estrutura, com encenação de Cátia Pinheiro e José Nunes, esta obra ganha uma nova vida – mais próxima da atualidade do que gostaríamos de admitir.
O espetáculo TITUS não é apenas uma adaptação: é um ensaio encenado sobre a permanência dos mecanismos de vingança, poder e desumanização que atravessam os séculos. Em tempos de guerra, radicalização e normalização da violência, esta versão propõe um espelho desconfortável, mas necessário, sobre o nosso presente.
Encenação de Cátia Pinheiro & José Nunes
de 27 de novembro a 7 de dezembro de 2025
🕘 Horários: • Quartas, quintas e sábados: 19h00
• Sextas: 21h00
• Domingos: 16h00
Teatro Carlos Alberto, Porto 🎟️ Bilhetes disponíveis em breve em www.tnsj.pt

As Estórias de Pinóquio
Teatro Intervalo, no auditório de Linda-a-Velha.
Inspirado na clássica história infantil, este Pinóquio convida-nos a refletir, com humor, ternura e música, sobre valores que nunca passam de moda: a honestidade, o crescimento e a importância de sermos fieis a nós próprios.
Entre aventuras, travessuras e lições de vida, acompanhamos o boneco de madeira que sonha ser um menino de verdade, guiado pelo amor do seu pai Geppetto e pela sabedoria do Grilo Falante.
Mas o caminho não é fácil, num mundo cheio de tentações e falsos "Joões Honestos"…
Teatro da Trindade INATEL
Dentro da gaiola só se esvoaça

Mais de 130 anos depois da estreia, Menina Júlia continua a ser um extraordinário tratado sobre sedução, desejo, ódio, repulsa, recalques e conflitualidade de classes. Numa época em que voltam a soar alarmes que julgávamos silenciados, João de Brito dirige Helena Caldeira, João Jesus e Rita Brütt num novo olhar sobre o clássico de Strindberg.
Menina Júlia estreia-se a 27 de novembro na Sala Estúdio do Teatro da Trindade INATEL, mantendo-se em cena até 18 de janeiro do próximo ano.

Museu Marionetas Porto

O Museu das Marionetas do Porto é um museu de autor, centrado na obra de João Paulo Seara Cardoso (1956-2010), fundador do Teatro de Marionetas do Porto. A companhia já criou cerca de 50
espetáculos e todos os anos adiciona estreias a essa lista. No museu pode ver marionetas e adereços de algumas dessas criações.
Desejamos que faça uma excelente viagem pelo universo onírico das
Marionetas do Porto.

Companhia Nacional de Bailado com Orquestra Sinfónica Portuguesa
Romeu e JulietaEnsaio Geral Solidário
Criado em 2011 por Luís Moreira, ex-bailarino da CNB, o Ensaio Geral Solidário (EGS) é uma iniciativa que alia dança e responsabilidade social, e que tem marcado presença regular nos ensaios gerais da Companhia, realizados no Teatro Camões.
Em cada espetáculo, a CNB oferece o seu ensaio geral a instituições de solidariedade social, criando uma oportunidade concreta de mobilização: o acesso ao espetáculo é organizado pelas próprias instituições, que o utilizam como forma de angariar fundos e promover as suas causas junto da comunidade.


e em Londres


Comédia Musical "MÃES" regressa ao Teatro Villaret
Depois de uma temporada esgotada entre março e junho de 2024, o espetáculo "MÃES" está de volta para aquecer o coração (e os maxilares) do público lisboeta! A partir de 5 de novembro até 21 de dezembro de 2025, de quarta a sábado às 21h e aos domingos às 17h, o Teatro Villaret volta a receber esta comédia musical irresistível sobre os altos e baixos da maternidade.
📅 Datas: 5 de novembro a 21 de dezembro de 2025
🕘 Horário: Quarta a sábado às 21h | Domingo às 17h
📍 Local: Teatro Villaret, Lisboa
💸 Bilhetes: consultar plataformas oficiais
👥 Classificação etária: Maiores de 14 anos
⏱ Duração: 90 minutos
🎶 Nota: Espetáculo com música ao vivo
✨ Sobre o espetáculo
"MÃES" é a versão portuguesa do sucesso da Broadway criado por Sue Fabisch, com encenação de Ricardo Neves-Neves e adaptação de Henrique Dias (que também traduziu as letras das canções em parceria com Miguel Viterbo). A direção musical é de Artur Guimarães.
No palco, encontramos três mães e uma grávida num baby shower onde se partilham confissões, desabafos, desastres e momentos hilariantes sobre o caótico (e inesquecível) mundo da maternidade. Entre fraldas, birras e noites mal dormidas, o espetáculo mergulha no quotidiano de quatro mulheres que descobrem, juntas, a força da amizade e da empatia.
Com um elenco de luxo composto por Ana Cloe, Gabriela Barros, Raquel Tillo e Tânia Alves, e músicos ao vivo (André Galvão, Artur Guimarães e Tom Neiva), "MÃES" é um musical onde o riso e a emoção andam de mãos dadas — com muita roupa para lavar pelo caminho.

A maior exposição LEGO da Europa na Alfândega do Porto
A maior exposição LEGO® da Europa regressa ao Porto com modelos inéditos e espetaculares! 🧱✨
De 24 de outubro de 2025 a 6 de abril de 2026, o Centro de Congressos da Alfândega do Porto recebe novamente a maior Exposição de Modelos Feitos com Peças LEGO® da Europa — uma mostra absolutamente imperdível para miúdos e graúdos!

Lidl da Estação de Serviço é a 115ª criação do Teatro da Garagem. Com a estreia marcada para o dia 27 de novembro, estará em cena durante 8 dias, no Teatro Taborda: 27, 28, 29 e 30 de novembro; 4, 5, 6 e 7 de dezembro. Partimos de um cenário inesperado: o intenso trânsito da autoestrada A5 (Lisboa-Cascais) e, tal como o título indica, o Lidl da estação de serviço. A nova criação utiliza a ansiedade do trânsito, uma metáfora para a inquietação do Ocidente e a quebra de confiança nos valores cívicos, como ponto de partida para a reflexão.
Contudo, o tom é de celebração. O pessimismo é subvertido pelo humor, poesia e música, transformando o Lidl num santuário cénico: um espaço onde o público é convidado a fazer uma pausa, redescobrir a fraternidade e reaprender a divertir-se.
SINOPSE:
O Lidl da Estação de Serviço, texto e encenação de Carlos J. Pessoa, é uma criação singular do Teatro da Garagem que cruza teatro, música e vídeo num exercício coral de intensidade e delicadeza.
Em cena, Ana Lúcia Palminha, Pedro Lacerda, João Estima e Célia Teixeira assumem um desempenho total: cantam, dançam e representam, fazendo do palco um espaço híbrido, próximo do teatro musical, onde grotesco e poético se encontram em invenção contínua.
As canções originais de Filipe Sambado, interpretadas ao vivo, dão ao espetáculo uma pulsação emotiva própria, por vezes em contraponto à sequência dos quadros, enriquecendo as possibilidades de leitura; os vídeos de José Dornellas expandem a cena e multiplicam sentidos, abrindo fendas inesperadas no real. Um Lidl numa estação de serviço de uma autoestrada deixa então de ser apenas um supermercado: converte-se em refúgio e santuário, lugar de passagem onde, por instantes, o bulício da autoestrada dá lugar a uma inesperada intimidade.


O Teatro Taborda foi inaugurado em 31 de dezembro de 1870 na Encosta do Castelo. O edificío assenta sobre antigas instalações conventuais cuja origem remontava ao século XVI. O projeto de transformação do espaço em sala de espetáculo é da autoria do arquiteto de renome da época, Domingos Parente da Silva. Os cenários de Rambois e Cinatti foram recuperados do velho Teatro das Laranjeiras, entretanto destruído por um incêndio.
O seu nome é uma homenagem ao ator Francisco Taborda, nascido em Abrantes em 1846.
O Teatro Taborda sobreviveu ao longo de dezenas de anos, sofrendo obras de alteração interna a partir de 1909. A CML adquire-o nos anos 60 do séc. XX, e, no início dos anos 90, através de projeto dos arquitetos Nuno Teotónio Pereira e Bartolomeu da Costa Cabral, o espaço sofre nova recuperação, recomeçando a sua atividade no dia 1 de junho de 1995.
A companhia de teatro Teatro da Garagem, companhia experimental, fundada em 1989, funciona neste espaço, na qualidade de companhia residente, desde 2005.O teatro conserva a estrutura original, na harmonia arquitetónica e no ambiente dos pequenos teatros de bolso do século XIX: plateia enquadrada por duas galerias, devidamente reformuladas e abertas, mantendo a estrutura correspondente à arquitetura de frisas e camarotes.
Desde 2005/2006 o Teatro da Garagem é a Companhia residente do Teatro Taborda, a convite da EGEAC e da Câmara Municipal de Lisboa.
Lotação/Capacidade 150 lugares

Teatro Nacional S. Carlos Datas e horários Dias de semana 11, 12, 18 e 19, às 20:00 Sábados 13, 20 e 27, às 18:30 Domingos 14, 21 e 28, às 16:00 Escolas (dia 17) às 15:00 Ensaio Geral Solidário dia 10, às 20:00 Duração 2h30, com dois intervalos Preço 15€ a 30€

Criado em 1962 para o Stuttgart Ballet, Romeu e Julieta de John Cranko, com música de Sergei Prokofiev, é hoje considerado uma obra-prima do repertório clássico.
A sua abordagem coreográfica é profundamente teatral, combinando precisão técnica com um grande poder expressivo. Cranko transforma a dança em linguagem dramatúrgica, explorando com subtileza os dilemas emocionais das personagens e o peso do destino que as condena.
A música de Prokofiev, interpretada neste espetáculo pela Orquestra Sinfónica Portuguesa sob direção de Cesário Costa, foi composta entre 1935 e 1936, complementa a narrativa com a sua riqueza orquestral, alternando entre a violência dramática das rivalidades familiares e a delicadeza dos momentos mais íntimos.
Mais do que uma história de amor trágico, Romeu e Julieta é um retrato intemporal da juventude, da coragem e da esperança face à violência e à intolerância.
Israel continua a bombardear Gaza
https://youtu.be/nuSfZUPsemQ?si=PQw_SpigCx779ueP
O genocídio da Palestina
A grande esperança será o envio de tropas de manutenção de paz, proposta apoiada pelo primeiro ministro espanhol
https://youtu.be/cJ1AkVpX_8M?si=g9C2YbzRFt-FGwWZ
Cartoonistas de olho em Trump




dão-nos um nome e um jornal


Dão-nos um lírio e um canivete
e uma alma para ir à escola
mais um letreiro que promete
raízes, hastes e corola
Dão-nos um mapa imaginário
que tem a forma de uma cidade
mais um relógio e um calendário
onde não vem a nossa idade
Dão-nos a honra de manequim
para dar corda à nossa ausência.
Dão-nos um prémio de ser assim
sem pecado e sem inocência
Dão-nos um barco e um chapéu
para tirarmos o retrato
Dão-nos bilhetes para o céu
levado à cena num teatro
Penteiam-nos os crâneos ermos
com as cabeleiras das avós
para jamais nos parecermos
connosco quando estamos sós
Dão-nos um bolo que é a história
da nossa historia sem enredo
e não nos soa na memória
outra palavra que o medo
Temos fantasmas tão educados
que adormecemos no seu ombro
somos vazios despovoados
de personagens de assombro
Dão-nos a capa do evangelho
e um pacote de tabaco
dão-nos um pente e um espelho
pra pentearmos um macaco
Dão-nos um cravo preso à cabeça
e uma cabeça presa à cintura
para que o corpo não pareça
a forma da alma que o procura
Dão-nos um esquife feito de ferro
com embutidos de diamante
para organizar já o enterro
do nosso corpo mais adiante
Dão-nos um nome e um jornal
um avião e um violino
mas não nos dão o animal
que espeta os cornos no destino
Dão-nos marujos de papelão
com carimbo no passaporte
por isso a nossa dimensão
não é a vida, nem é a morte
NATÁLIA CORREIA,



































